WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Telebrás e PNBL --> Índice de artigos e notícias --> 2018
Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo
Leia na Fonte: Convergência
Digital
[13/04/18]
Telebras e Viasat divulgam nota de esclarecimento para rebater 'informações
falsas e proteger parceria' - por Ana Paula Lobo
Com o acerto suspenso judicialmente, a Telebras e a Viasat decidiram lançar na
noite desta sexta-feira, 13/04, uma nota de esclarecimento sobre os termos
firmados entre as partes. No documento, as empresas sustentam que "concorrentes
têm difundido informações falsas sobre a parceria para proteger interesses
próprio".
No dia 09, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou o pedido da União para
que seja mantido o contrato entre a Telebras e a americana Viasat. À Justiça, o
governo sustentou que o acordo é a base de políticas públicas já anunciadas com
vistas a conectividade via satélite de áreas remotas e de escolas públicas. Mas
o Poder Judiciário achou melhor avaliar primeiro a lisura das tratativas para
uso do satélite geoestacionário de defesa e comunicações.
A ação judicial contra o acordo foi impetrada pela Via Direta Telecom, de
Manaus, no dia 16 de março. A empresa questionou a negociação entre a Telebras e
a empresa norte-americana Viasat e pediu a suspensão do contrato pelo qual a
estatal terceirizou toda a capacidade de banda Ka do satélite geoestacionário de
defesa e comunicações estratégicas.
O acordo entre a Telebras e a Viasat foi comunicado ao mercado - sem divulgação
de detalhes - no dia 26 de fevereiro. Depois do fracasso do leilão, realizado em
outubro do ano passado e que ficou deserto, sem interessados, a Telebras
informou que "“oportunidades de mercado recém-habilitadas possam gerar mais de 1
bilhão de dólares em receitas para a empresa nos próximos 10 anos”.
Os equipamentos da Viasat começaram a ser enviados para o Brasil em fevereiro de
2018, e havia, à época, uma expectativa que o serviço começasse a ser prestado
no mês de abril. O governo brasileiro investiu cerca de R$ 2,7 bilhões no
satélite geoestacionário.O portal Convergência Digital divulga a íntegra da nota
de esclarecimento da Telebras e Viasat, a primeira conjunta de esclarecimento do
acerto entre as partes:
"A Telebras e a Viasat sentem-se no dever de fornecer uma visão precisa sobre
a parceria e a operacionalização do SGDC-1. Foram divulgadas diversas
informações imprecisas sobre o acordo, com afirmações infundadas que visam o fim
da parceria. Queremos esclarecer a situação.
Primeiro, temos convicção de que nossa parceria está totalmente de acordo com as
leis brasileiras, protegendo a soberania do Brasil, preservando a segurança
nacional e trazendo banda larga de alta velocidade para a população brasileira.
Tanto a Telebras como a Viasat sabem da importância do programa do satélite
brasileiro, e estamos comprometidos firmemente com o seu sucesso. A legislação
brasileira foi seguida para assegurar que o satélite permanecesse sobre controle
brasileiro. Garantimos que o programa favorece a todos os brasileiros,
especialmente aqueles que nunca estiveram adequadamente conectados à internet.
Neste sentido, a população brasileira precisa saber que:
A Telebras detém 100% da capacidade civil (banda Ka) do SGDC-1 e esta permanece
sobre seu total controle. A Viasat não é proprietária da capacidade do SGDC-1.
• A Viasat não tem direito ou capacidade de acessar os controles do satélite ou
sua telemetria, nem autoridade para pedir à Telebras que tome quaisquer medidas
referentes ao controle ou operação do satélite.
• A banda X do satélite, de uso militar, é absolutamente separada e gerenciada
exclusivamente pelas Forças Armadas brasileiras. A Viasat não tem acesso a
qualquer parte da banda militar do SGDC-1, e não terá participação na operação
ou nos serviços de comunicação militares. O acordo entre a Viasat e a Telebras
exclui quaisquer termos relacionados à banda X.
• Para a banda Ka de uso civil, a Telebras tem o direito exclusivo de fornecer
conectividade a milhares de escolas, postos de saúde, instituições
governamentais e comunidades isoladas. O único papel da Viasat nesses locais é
dar suporte à Telebras com a instalação de equipamentos terrestres e na garantia
do bom funcionamento da rede. A Viasat não tem direito de explorar
comercialmente a capacidade direcionada à Telebras no atendimento a clientes
governamentais. Ainda, a Viasat está comprometida em priorizar esses clientes,
fornecendo serviço a escolas, postos de saúde, instituições governamentais e
comunidades isoladas antes de adicionar quaisquer de seus clientes.
• Em relação à capacidade civil restante, o acordo garante à Viasat o direito de
utilizar essa capacidade com o objetivo principal de fornecer serviços de
internet de alta qualidade em zonas rurais. A Viasat não é proprietária dessa
capacidade, e o direito de uso não é gratuito à Viasat. Em vez disso, a Viasat
pagará à Telebras um percentual significativo das receitas desses serviços no
Brasil. Futuramente, a Viasat pode também fornecer Wi-Fi para aviões ou internet
de alta velocidade para empresas e consumidores residenciais. Todos esses
serviços trarão melhor qualidade ao acesso à internet em banda larga no Brasil.
O pagamento de receita significativa à Telebras garante que o projeto SGDC-1
seja econômica e socialmente viável, além de permitir novos investimentos no
programa ou outros meios para conectar ainda mais a população brasileira.
• Tanto a Viasat como a Telebras acreditam na importância de se cobrir cada
centímetro do território nacional. A Viasat ativará serviços onde quer que a
Telebras determine, incluindo os locais mais remotos e de difícil acesso do
Brasil. Outros programas de satélites no Brasil cobrem somente grandes centros
populacionais que, geralmente, possuem outras opções de banda larga. Uma das
razões para a parceria entre a Telebras e a Viasat é o histórico bem-sucedido da
Viasat em conectar regiões remotas de forma economicamente sustentável, onde
outras companhias não conseguem ou não querem entrar.
• A Viasat já investiu milhões de dólares para apoiar a parceria com a Telebras,
e está comprometida em investir muito mais, trazendo internet banda larga para
todos os cantos do Brasil. A Viasat está comprometida também em criar centenas
de novos empregos no Brasil para dar apoio à Telebras. A parceria da Telebras
com a Viasat e sua subsidiária brasileira é financeiramente sustentável e
garantida pelos recursos bilionários da empresa de capital aberto.
Infelizmente, alguns concorrentes usaram alegações falsas para tentar evitar que
essa parceria avance. Tais alegações já causam impacto negativo para a população
brasileira: antes de serem legalmente notificadas da liminar, a Viasat e a
Telebras começaram a fornecer internet banda larga de alta qualidade a crianças
de escolas municipais, escola indígena e o Posto de Fronteira do Exército
Brasileiro localizado na cidade de Pacaraima, no Estado de Roraima. Estamos
prontos para fazer a instalação em centenas de novos pontos nas próximas
semanas, levando internet a zonas ainda sem conexão.
A desinformação e as pretensões judiciais descabidas podem se tornar um
obstáculo de curto prazo para a Telebras e a Viasat. Contudo, estamos investindo
no longo prazo. A Telebras e a Viasat permanecem confiantes de que a parceria
será mantida nos tribunais e reconhecida pelo que realmente é: uma abordagem
lícita e inovadora para trazer benefícios sociais importantes, como internet de
alta velocidade a todo o Brasil."