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Leia na Fonte: Convergência Digital
[23/07/18]
Via Direta recorre e diz que STF legitimou ‘escândalo’ entre Telebras/Viasat
- por Luís Osvaldo Grossmann
A Via Direta apresentou nesta segunda-feira, 23/7, um recurso contra a decisão
da presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lucia, que autorizou a
retomada do acordo entre a Telebras e a Viasat para uso do satélite
geoestacionário de defesa e comunicações. A Via Direta alega que com a decisão o
STF legitima um contrato que considera ilegal.
“Causou perplexidade o recuo de Vossa Excelência para autorizar o funcionamento
do SGDC. No mínimo, esperava-se que Vossa Excelência levasse a matéria de
tamanha complexidade e importância para um debate mais aprofundado no plenário
desta Corte Suprema. Ao permitir o funcionamento do SGDC, Vossa Excelência
legitimou o maior escândalo das telecomunicações de toda história brasileira”,
dispara o próprio dono da Via Direta, Ronaldo Tiradentes, na petição apresentada
ao STF.
Segundo alega, o contrato firmado entre a estatal e a empresa americana não
respeitou as condições previstas no chamamento público realizado ainda em 2017,
que restou deserto e desencadeou um ciclo de negociações diretas com empresas do
segmento satelital.
“No caso presente, em que houve um chamamento público que restou frustrado, de
fato era cabível a dispensa de licitação, tanto que as Agravantes adotaram esse
caminho para a contratação com a Telebrás. Sucede que a dispensa de licitação
não poderia ser realizada para que a contratação seguisse qualquer modelagem.
Necessariamente a contratação decorrente de dispensa deve seguir os mesmos
parâmetros do ato de chamamento, sob pena de burla ao dever de licitar”,
sustenta o pedido da Via Direta.
Segundo a empresa de Manaus, “as condições oferecidas à estrangeira Viasat não
foram oferecidas a nenhuma outra empresa brasileira” e que “a intenção da Via
Direta de participar de qualquer procedimento para exploração do SGDC foi
formalizada através de ofício protocolado na Telebrás, no dia 8 de fevereiro,
proposta totalmente ignorada”.