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Leia na Fonte: Convergência Digital
[18/06/18]
Justiça suspende multa à Telebras, mas dobra valor em caso de descumprimento
- por Luís Osvaldo Grossmann
A Telebras e a Viasat conseguiram evitar, ao menos por enquanto, o depósito de
R$ 5,1 milhões determinado pela Justiça Federal do Amazonas por não terem
apresentado a íntegra do contrato entre ambas para o uso do satélite brasileiro
de defesa e comunicações. Mas a mesma decisão dobra o valor diário para o caso
de um eventual novo descumprimento.
O desembargador federal Souza Prudente acatou argumentos de que não havia
previsão de tal multa na decisão original que exigiu o contrato, mas resolveu
cobrar R$ 200 mil por dia de cada uma das sócias, e não mais R$ 100 mil, para o
caso de eventual materialização da parceria enquanto ainda vigente a ordem que
suspende os efeitos do questionado acordo.
Em nota, a Telebras afirma que essa decisão de dobrar a multa não tem impacto
neste momento, uma vez que após o desligamento determinado judicialmente,
“nenhum ponto de conexão novo foi instalado”. Segundo a empresa, antes de ser
judicialmente notificada tinha instalado em caráter experimental quatro pontos
de conexão em Roraima.
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Leia na Fonte: G1
[15/06/18]
Justiça suspende multa de R$ 5 milhões por Telebras não entregar contrato de
satélite bilionário
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu a multa de R$ 5
milhões aplicada a Telebras e Viasat por não entregarem o contrato firmado pelas
duas para operação do satélite brasileiro.
A decisão foi emitida nesta segunda-feira (11) pelo desembargador federal Souza
Prudente e representa uma rara vitória para a estatal. A última decisão havia
sito do Supremo Tribunal Federal (STF), que manteve a suspensão do acordo entre
Telebras e Viasat.
As duas empresas foram obrigadas a entregar o contrato assinado pela Telebras
com a Viasat para que a empresa norte-americana operasse o Satélite
Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). O documento
entregue, no entanto, foi um documento com partes cruciais do negócio omitidas
por tarjas pretas.
Agora, Souza Prudente acolheu o argumento da Telebras e resolveu suspender a
cobrança da multa até que mérito da ação judicial fosse julgado. O acordo entre
Telebras e Viasat foi parar na Justiça após uma empresa concorrente da
norte-americana, a Via Direta, reclamar de ter sido preterida.
Ele também exigiu que as antenas já instaladas para receber sinal do satélite
deveriam ser retiradas. Inicialmente, fixou multa diária de R$ 100 mil em caso
de descumprimento. Agora, elevou o valor para R$ 200 mil. As duas empresas, no
entanto, já cumpriram a determinação.
Ao custo de R$ 2,78 bilhões, o satélite é o primeiro operado pelo Brasil e tem
seu uso compartilhado entre militares e civis. O Exército usa 30% da capacidade
do equipamento para conectar suas instalações, como postos da fronteira. Já a
Telebras, que é uma empresa de capital misto, usa o restante para fornecer
conexão contratada por diversos órgãos do governo federal.
Para operar sua parte do satélite, a Telebras contratou a Viasat após manter um
processo de chamamento público aberto por oito meses e não encontrar
interessados. A empresa amazonense Via Direta Telecomunicações entrou na Justiça
alegando que foi preterida do processo depois de iniciar as negociações para
operar parte da capacidade do satélite e conseguiu decisão suspendendo o
contrato entre a Telebras e a Viasat.
A Telebras afirma que a Via Direta sequer apresentou proposta para participar do
negócio. Após a Telebras recorrer e perder na segunda instância, o processo
subiu para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o encaminhou ao STF porque,
além da questão contratual, a Via Direta questionou se o acordo colocaria a
soberania do país em risco.