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Leia na Fonte: Teletime
[12/03/18]
SindiSat pede explicações sobre parceria Viasat/Telebras - por Samuel
Possebon
O Sindisat (Sindicato Nacional das Empresas de Telecomunicações por Satélite)
informa, por meio de nota oficial, ter dado entrada junto à Telebras em um
"pedido de esclarecimento sobre o contrato assinado com a empresa Viasat Inc.,
conforme anunciado na imprensa, para exploração do satélite SGDC em banda Ka". A
solicitação aconteceu na semana passada.
O objetivo da solicitação, que já teria sido discutida em uma reunião entre o
SindiSat e a Telebras na semana passada, é entender as condições gerais, visto
que houve um chamamento público sobre o tema, com determinadas condições. A nota
do Sindisat diz, neste sentido, que a iniciativa busca "entender melhor as bases
do contrato assinado pela Telebras, uma sociedade de economia mista. A entidade
entende ser oportuno solicitar essas informações tendo em vista a natureza
estatal da Telebras e a preocupação da entidade em preservar o equilíbrio das
condições competitivas no mercado brasileiro".
Segundo fontes ouvidas por este noticiário dentro do setor de satélites, o grau
de divergência das empresas de satélite à parceria varia. Há desde empresas que
consideram natural a chegada de mais um competidor até empresas que estão
apreensivas com potenciais condições privilegiadas da Viasat no mercado
brasileiro. Também há dúvidas sobre o acesso que a ViaSat terá sobre os clientes
governamentais que hoje podem ser atendidos pela Telebras sem a necessidade de
licitação.
A Telebras optou por fazer a parceria com a VisaSat, com base na Lei das
Estatais (Lei 13.303/2016), já que no chamamento público não hove nenhuma
proposta manifestada formalmente. Segundo informações apuradas por este
noticiário, a parceria com a Viasat permite a ocupação de 100% da capacidade
não-militar do SGDC, de um total de quase 60 Gbps, mas o total que ficará
reservado para a Telebras e o que a Viasat poderá dispor livremente não estão
divulgados. Especula-se que seja uma partilha da ordem de 60/40 em favor da
Viasat.
Os termos comerciais da parceria também não são conhecidos ainda, mas o modelo é
de compartilhamento de receita, e espera-se que em 10 anos sejam gerados mais de
US$ 1 bilhão em receitas no Brasil. A ViaSat pretende atender a projetos de
universalização da banda larga mas também poderá atuar no segmento corporativo
(inclusive governamental) e também no acesso de banda larga residencial em banda
Ka por meio da capacidade do SGDC.