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Leia na Fonte: Teletime
[26/11/18]
Para a transição, Planejamento destaca importância do PLC 79 e fala de Fistel,
OTTs e papel da Telebras - por Samuel Possebon
Não é de hoje que o Ministério do Planejamento tem o setor de telecomunicações
no radar. Desde o governo Dilma, o papel do setor no desenvolvimento econômico e
a importância do avanço das reformas no marco setorial têm sido apontados pelo
Planejamento como formas de contribuir para o desenvolvimento econômico de
maneira geral e dinamização das atividades governamentais. Não por acaso, este
conjunto de análises sobre o setor acabou compondo o documento que o ministério
do Planejamento deixou para o governo de transição. O material, disponível no
site da transição, destaca o papel das telecomunicações na melhoria dos
indicadores (ruins) de competitividade do país.
A análise do Planejamento vai além e defende diretamente a aprovação do PLC
79/2016, que está há quase dois anos aguardando a conclusão de sua tramitação no
Senado Federal (há chances de o projeto ser aprovado ainda este ano, a depender
da votação do pedido de urgência e da pauta do plenário até o final do ano).
Para o Planejamento, "as alterações darão segurança jurídica para novos
investimentos e permitirão que as atuais obrigações das concessionárias de
telefonia fixa sejam adaptadas para as necessidades de universalização da
internet banda larga", diz o documento entregue à equipe de transição, que
coloca o PLC 79/2016 inclusive como ponto de alerta para o primeiro semestre de
2019, ao lado de pautas como a aprovação do PL das Agências, do Cadastro
Positivo e da Política de Óleo Diesel
O documento destaca ainda a necessidade de discussões sobre:
– Realinhamento das taxas do Fistel, com redução dos valores cobrados para
terminais máquina a máquina e antenas satélites;
– Aperfeiçoamento da tributação de serviços Over-the-Top (OTTs) de forma a
mitigar eventual erosão da base tributária associada ao crescimento da economia
digital;
– Cobrança de Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica
Nacional (Condecine) sobre a publicidade audiovisual veiculada na internet;
– Debate sobre fim da exigência de que as comunicações de dados sejam feitas por
intermédio da Telebras, o que, segundo o Planejamento, tem sido apontado pelo
MCTIC "uma restrição injustificável de mercado à iniciativa privada, com custos
extras para o governo federal".
– Proposta de alteração legislativa que vise a dar fim à insegurança jurídica
quanto à cobrança de Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações –
FUST sobre radiodifusão, segundo palavras do Planejamento. Este é um assunto
polêmico, como mostram as reportagens aqui, aqui e aqui. E é um dos temas que o
PLC 79 tenta resolver.
Governo Digital
O também defende a modernização da legislação das agências reguladoras e dedica
um bom espaço à Transformação Digital do governo, destacando não apenas a
importância do tema como listando uma série de ações que, segundo o
Planejamento, requerem continuidade e atenção. "A transformação digital no
governo é uma oportunidade para tornar o Estado mais eficiente, dado que as
tecnologias facilitam a alocação adequada de recursos humanos e materiais,
permitindo resultados efetivos das políticas públicas", diz o documento.