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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[27/10/17]
Via Direta pede bloqueio de contas da Viasat
Operadora de satélite também pede bloqueio de bens dos diretores da Telebras que
assinaram o contrato com a Viasat, autorizando a exploração de toda a capacidade
civil do satélite SGDC-1.
A operadora de satélite manauara Via Direta pediu na semana passada o bloqueio
das contas da empresa Viasat no Brasil. A Via Direta contesta o contrato firmado
entre a estatal Telebras e a companhia, que dá à norte-americana o direito de
exploração de toda a capacidade civil do satélite brasileiro SGDC-1.
“O pedido se justifica porque a VIASAT recebeu 60 milhões de reais adiantados da
TELEBRÁS para implementar o programa GESAC do Governo Federal, o qual
encontra-se suspenso por ordem do TCU”, diz a Via Direta. O protocolo foi feito
na 1ª Vara Federal do Amazonas.
A Telebras, por sua vez, não crê que os pedidos frutifique. Afirma que devido a
suspensão do processo pelo TRF, não há como acrescentar novos pleitos à ação.
Além disso, diz que não foi notificada sobre as novas investidas da Via Direta.
A Via Direta afirma que os pedidos são urgentes, podendo, assim, serem
acrescidos ao processo – que está suspenso por ordem do TRF. “É urgente porque
há o risco de o Brasil perder esses R$ 60 milhões”, afirma Ronaldo Tiradentes,
diretor da Via Direta. Todo o material foi protocolado na última semana, no dia
17.
A operadora amazonense também solicitou que os diretores Jarbas Valente,
Maximiliano Martinhão, Paulo Ferreira e Rômulo Barbosa, todos da Telebras, sejam
investigados por improbidade administrativa. Pede, ainda, que eles tenham os
bens bloqueados.
Tiradentes, da Via Direta, acusa também a Viasat de ser uma empresa de fachada
por ter se registrada no Brasil com capital social de apenas R$ 5 mil. A Viasat
refuta a afirmação.
“A Viasat Brasil tem o total apoio da Viasat, Inc., uma empresa de capital
aberto na Nasdaq com uma capitalização de mercado de quase US$ 4 bilhões de
dólares. A Viasat, Inc. concordou em garantir totalmente o desempenho de sua
subsidiária brasileira em seu contrato de parceria com a Telebras”, diz a
companhia, em nota.
Também semana passada, o Ministério Público Federal pediu o traslado do processo
para a ação civil pública movida pelo Sindisat contra o acordo. Caso o TRF acate
o pedido de traslado, o MPF poderá se manifestar publicamente sobre a questão
envolvendo a Via Direta. Até aqui, esta ação corre em sigilo, diferente da
movida pelo Sindisat.