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Leia na Fonte: Correio Braziliense
[09/04/19]
Telebras continua torrando dinheiro público. Em 2018: prejuízos de R$ 224,8
milhões
A Telebras, estatal ressuscitada durante os governos do PT, continua torrando
dinheiro público. Balanço publicado pela empresa mostra que, mesmo
tendo aumentado suas receitas, de R$ 73 milhões, em 2017, para R$ 199 milhões,
no ano passado, registrou prejuízos de R$ 224,8 milhões. Em três
anos, as perdas chegam a R$ 739,6 milhões.
O buraco está tão grande, que o governo foi obrigado a injetar R$ 1,3 bilhão no
caixa da estatal. Desse total, sobraram apenas R$ 370 milhões em
patrimônio líquido. Ou seja, se os prejuízos continuarem e o Tesouro Nacional
não enfiar mais nenhum centavo na companhia, o patrimônio ficará
negativo.
Mesmo operando no vermelho, a Telebras ampliou o quadro de pessoal. Os gastos
com salários atingiram, em 2018, R$ 76,1 milhões, 14,3% a mais do
que ano ano anterior (R$ 66,5 milhões). As despesas com pessoal vêm aumentando
sistematicamente ano a ano.
A estatal alega que os gastos maiores com a folha de salários decorre da
concessão de aumentos dados a seus empregados por meio de promoções por
mérito e antiguidade. Também houve aumento no quadro de colabores. Dentro do
governo, muitos se questionam se o inchaço da folha é justificado.
Segundo o balanço da empresa, os salários dos diretores foram de R$ 38,8 mil
(dado de dezembro de 2018). Entre os empregados. o maior salário pago
foi de R$ 27,5 mil e o menor, de R$ 2,4 mil. O salário médio entre os
funcionário ficou em R$ 11 mil.
Satélite
A Telebras tem se metido em uma série de confusões. Nos últimos anos, destinou
mais de R$ 2 bilhões para a construção de um satélite, apontando com
fundamental para levar internet às regiões mais remotas do país. Até hoje,
porém, nenhum serviço está sendo prestado.
Depois de uma longa batalha na Justiça, a estatal conseguiu o reconhecimento de
sua parceria no satélite com a empresa Viasat Brasil. No caso do
projeto de cabo submarino ligando o Brasil e a Europa, a Telebras substituiu a
sua participação societária pelo direito do uso irrevogável de parte da
capacidade do sistema de comunicação.
No balanço, a Telebras informa que, tanto com o satélite quanto com o cabo
submarino, formará “a mais moderna e abrangente rede de
telecomunicações do Brasil”. A previsão é atender uma população superior a 130
milhões de pessoas. Mas isso exigirá sempre uma boa gestão.