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Teletime
[15/09/20]
Viasat adiciona mais 14 estados e passa a cobrir 93% do Brasil - por Bruno
do Amaral
A operadora satelital Viasat anunciou nesta terça-feira, 15, ter chegado a uma
cobertura de 93% da população brasileira. Em julho, a empresa lançou em sete
estados, além do Distrito Federal, o serviço, que utiliza a capacidade comercial
em banda Ka do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) da
Telebras, com quem compartilha receita. Agora, a companhia adicionou mais 14
estados, com previsão de adicionar os cinco restantes para completar a cobertura
total no Brasil já nas próximas semanas, ou no começo de outubro.
Os novos estados adicionados são: Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, Alagoas, Sergipe, Maranhão, Pará,
Rondônia, Amapá e Acre. O serviço estava disponível desde julho em São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas e
no Distrito Federal.
Atualmente, 90% da base da Viasat no Brasil está em municípios com menos de 50
mil habitantes. Conforme dados da Anatel, a companhia ainda teria uma base
limitada – de apenas 199 acessos. A operadora liberará os números totais da
operação na teleconferência de resultados do segundo trimestre.
Houve grande demanda em locais como no Amazonas, onde "provavelmente teve o
maior crescimento", segundo o VP global de serviços comerciais da Viasat, Evan
Dixon, em conversa online com a imprensa. A empresa trabalha para agilizar a
instalação ao oferecer contatos com vendedores locais, além da possibilidade de
contato direto, para um rápido início da prestação do serviço. "Queremos fazer
as coisas de maneira que tenhamos um produto e serviço em um ponto de preço que
esteja disponível para todos no Brasil, para que seja fácil as pessoas acharem a
gente."
Planejamento
Houve um certo atraso nos planos: o lançamento estava previsto inicialmente para
março, mas a pandemia acabou mudando tudo. De acordo com Dixon, essa foi uma
decisão acertada, uma vez que ainda havia muitas incertezas, "o que deixou todo
mundo desconfortável para definir se era o momento certo". Além disso, os
acordos para atuação nos estados agora estão mais avançados, e a empresa
consegue lançar o produto com maior abrangência.
"Lançamos o serviço de banda larga no Brasil em julho, no pico da pandemia,
quando as coisas estavam muito ruins. Me perguntaram muitas vezes do porquê de
lançar, mas era o momento correto, porque era quando as pessoas precisavam
mais", declara o executivo. Segundo ele, além do Brasil, todos os mercados da
operadora, incluindo Estados Unidos e Europa mostraram crescimento "em uníssono"
durante a pandemia, com diferentes níveis de quarentena.
"Hoje, cobrimos 93% da população brasileira, mas vamos atingir os outros 7% em
breve. Já é algo muito empolgante para nós, e nossos parceiros têm sido
fantásticos", afirma Dixon, citando a principal parceria, com a Telebras. A
companhia também conta com acordos com as parceiras Visiontec e Ruralweb, com
quem trabalha para o mercado empresarial. Segundo o executivo, a Viasat está
trabalhando com pelo menos duas novas parceiras, que deverão ser anunciadas nas
próximas semanas.
Pacotes
Outra promessa são o novo portfólio de ofertas. Dixon diz que a empresa trabalha
com pacotes "mais rápidos e mais atrativos", que chegarão para diferentes
segmentos do mercado. Atualmente, a empresa oferece um plano básico de 10 Mbps e
um avançado de 20 Mbps, ambos com acesso de páginas Web e mensagens de texto
(incluindo WhatsApp) sem consumir pacote de dados da franquia. Também há uma
"zona livre de cobrança", com o consumo ilimitado na madrugada, entre as 2h e as
7h.
Em 2021, a companhia prevê o lançamento do satélite da classe ViaSat-3, que
deverá permitir maior capacidade para o Brasil, atuando em conjunto com o SGDC.