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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[08/04/21]
Rede privativa proposta pela Telebras é diferente da prevista no leilão 5G, diz
Minicom - por Rafael Bucco
Em nota enviada ao Tele.Síntese, pasta explica que estudos da Telebras que
orçaram rede privativa em R$ 3,5 bilhões no período de seis anos serviram de
referência, mas o projeto previsto na minuta do leilão 5G traz diferenças
significativas e vai gerar receitas.
O Ministério das Comunicações enviou nota ao Tele.Síntese nesta quinta-feira, 8,
na qual afirma que o projeto de rede privativa federal elaborado pela Telebras é
diferente do que foi estabelecido como política pública e inserido no âmbito do
leilão 5G. O certame será realizado neste ano pela Anatel e prevê, entre as
obrigações, a construção de uma rede móvel e fixa, segregada das redes
comerciais das operadoras, para uso do governo federal.
Ontem, o Tele.Síntese publicou nota técnica de fevereiro deste ano que traz
estudos da Telebras a respeito dos custos de construção e manutenção de uma rede
privativa para uso exclusivo pelo Poder Público. O material indica que a rede
custaria R$ 3,5 bilhões em seis anos. Em 15 anos, os custos alcançariam R$ 11,68
bilhões. E que o cronograma de construção seria de quatro anos.
No posicionamento enviado hoje, a Pasta afirma que o estudo da Telebras foi um
referência. Diz que a proposta final colocada no edital do leilão 5G difere
tanto em dimensão, quanto em prazo de implantação. E que a rede vai gerar
receita. Veja, abaixo, a íntegra da nota enviada pelo Minicom:
“O Ministério das Comunicações esclarece que o valor estimado para a Rede
Privativa do Governo Federal usou como referência alguns elementos dos projetos
apresentados pela Telebras, mas não se confunde com eles. A proposta apresentada
pela Companhia evidencia diferenças significativas entre as duas concepções, que
vão desde a dimensão física ao tempo de implantação da rede de comunicações.
O valor para a Rede Privativa do Governo Federal, de R$ 1 bilhão, será custeado
com recursos do Edital do 5G e refere-se apenas a despesas de capital (recursos
de investimento/Capex) e não de operação (Opex). Também é importante ressaltar
que se espera que a exploração comercial das Redes e do Serviço de Segurança
gere receitas que viabilizem um plano de negócio com resultado econômico
positivo, inclusive para suas manutenções (Opex).
O montante de despesas de capital proposto por este Ministério considera a
implantação de redes terrestres metropolitanas e de acesso em todas as capitais
do país, a implantação de rede móvel restrita ao território do Distrito Federal,
o desenvolvimento de solução de criptografia e a aquisição de dispositivos de
usuário, equipamentos e sistemas de TI necessários para sua operação – tudo
dentro do prazo de 4 anos.
Por fim, o Ministério informa que todos os detalhamentos da Rede Privativa da
Administração Pública Federal foram encaminhados à Anatel e ao Tribunal de
Contas da União.”