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Leia na Fonte: Convergência Digital
[28/08/08]  Fabricantes são o ponto de resistência ao selo Ginga - por Cristina de Luca

O mercado de TV Digital vive dias agitados no Brasil. O momento é de definição. Para os fornecedores de tecnologia presentes ao SET 2008, evento que acontece na capital paulista, a interatividade via o middleware nacional deverá chegar ao consumidor bem antes dos dois outros pilares do sistema SBTVD: A mobilidade e a multiprogramação. O Fórum Nacional de TV Digital tenta um consenso para viabilizar o Ginga 1.0 o quanto antes.

Conforme revela a jornalista Cristina de Luca, na sua coluna Circuito, numa entrevista feita com o presidente do Fórum Nacional de TV Digital, Roberto Franco, também diretor de Tecnologia do SBT, a entidade trabalha para criar um selo para os conversores com conformidade Ginga.

Os fabricantes - do elo da cadeia ligada à tecnologia - são os mais resistentes à idéia, mas já há também quem acredite que essa possa vir a ser a solução para ampliar o espaço da TV Digital no Brasil.

Cobrança, aliás, feita pela primeira vez pelo ministro Hélio Costa aos Radiodifusores, ao participar do evento. Costa criticou o fato de as emissoras e os fabricantes não estarem fazendo o esforço necessário para massificar o novo sistema nacional de TV.

"A interatividade é um atrativo relevante. E os radiodifusores já perceberam isso. Pouquíssimos brasileiros têm hoje um televisor capaz de oferecer alta definição de imagem, mesmo que o conversor tenha saída HDMI", explica Luiz Eduardo Leite, sócio da Mopa, uma das desenvolvedoras do Ginga no país.

A multiprogramação não é de interesse das próprias emissoras - posição, inclusive, foi defendida pelo diretor de engenharia da Globo, Fernando Bittencourt, em evento realizado na semana passada no Rio de Janeiro. O executivo deixou claro que a multiprogramação é "cara e complexa neste momento".

Na prática, as emissoras preferem oferecer melhor qualidade de som e de imagem ao telespectador. No caso da Imagem, só possível na transmissão H264 a 13,7Mbps. "Acredito que a multiprogramação seja mais importante para as empresas públicas" argumenta Roberto Franco.

"Mas mesmo a BBC já viu que será preciso aliar alta definição à interatividade. E esse modelo misto limita o uso do espectro", completou o presidente do Fórum Nacional de TV Digital. Já a mobilidade,apesar da especificação disponível, desperta pouco interesse dos fabricantes, pelo menos, neste momento.

Leia mais sobre os bastidores do SET 2008, evento que acontece na capital paulista, na coluna Circuito, da jornalista Cristina de Luca, que faz uma cobertura especial para o Convergência Digital.
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