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WirelessBrasil  -->  Bloco Tecnologia  -->  TV Digital: Interatividade e Ginga  

Esta é a página inicial do website "TV Digital: Interatividade e Ginga"


Consulte o Índice de artigos e notícias para acessar o arquivo das matérias referentes à "TV Digital: Interatividade e Ginga"


Legislação e referências:

Íntegra da Port. 481 de 9 de Julho de 2014 que estabelece condições e detalha como será feito o desligamento do sinal analógico de televisão no Brasil.

Portaria Nº 482, de 6 de dezembro de 2012 do Minicom - Programa de Estímulo ao Desenvolvimento do Padrão Nacional de Interatividade da Televisão Digital Brasileira - Ginga Brasil

Portaria interministerial n° 224 de 24 de dezembro de 2009 que trata do novo Processo Produtivo Básico para terminais celulares, com TV Digital embutida

Portal Teleco:

Íntegra da Portaria Minicom 652 10/12/2006 (etapas a serem cumpridas por cada Emissora de TV analógica para implantação da TV Digital no Brasil)

Íntegra do Decreto 5.820, de 29 de junho de 2006, que define o padrão Japonês

Tutoriais:

TV Digital

TV Digital no Brasil

DVB, Um modelo mundial para TV Digital no Brasil?

TV Digital: Uma Visão Geral da Escolha de um Padrão

Padrões de Middleware para TV Digital

Entidades:

• "Gired (Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV) é o grupo criado pela Abert, pelas emissoras de TV aberta e por operadoras de telefonia que decide todo o processo de migração das TVs analógicas para os canais digitais.
Este grupo opina sobre como deve ser feita esta migração, a distribuição dos conversores de TV digital, antenas e filtros para a população de baixa renda, e as cidades onde poderá haver a antecipação do cronograma do switch off (desligamento) analógico." Ler notícia sobre a Primeira reunião do GIRED.

"A Entidade Administradora da Digitalização, ou simplesmente EAD, foi criada pelas operadoras móveis (Vivo, Tim, Claro e Algar) que adquiriram nacos de 700 MHz em leilão realizado no ano passado. Como previa o edital, elas ratearam os R$ 3,6 bilhões de capital dessa empresa.
A EAD tem como missão divulgar o desligamento analógico e distribuir aos beneficiários do Bolsa Família – cerca de 14 milhões – conversores, antenas e filtros que garantam a recepção dos sinais digitais. Também terá que atuar nos casos de interferência entre o 4G e a TV Digital. E, principalmente, medir se 93% dos domicílios em cada município recebem a TV Digital, patamar mínimo para o desligamento dos sinais analógicos."

Resumo: O Gired é o grupo que vai planejar o processo, sendo a Entidade Administradora da Digitalização, ou EAD, o braço operacional.


Acompanhamento

Nota de Helio Rosa:

01.
A primeira parte deste "acompanhamento" é uma tentativa de montagem de um "histórico comentado", registrado ao longo do tempo, com base apenas no que foi publicado na mídia, mesclado com comentários que fiz, na época, em mensagens/"posts" veiculados nos Grupos de Debates WirelessBR e Celld-group (hoje "TelecomHall Brasil"). Foi atualizado, aos poucos, até 2009 quando, por motivo de força maior, interrompi o acompanhamento do tema. No início de 2013 fiz uma coleta de notícias anteriores e tentei fazer um registro dos fatos mais marcantes.

02.
Texto escrito ao longo de 2008/2009:

Para os recém-chegados e para os que estão se interessando agora pelo tema, temos, no WirelessBRASIL, mais dois "websites internos" sobre TV Digital, com a eterna dificuldade de mantê-los atualizados:

-"TV Digital", com ênfase nos problemas técnicos como "padrão", espectro, "middleware", "set top box", início das transmissões, "One Seg", etc).

- "TV Pública" ou "TV Brasil" ou "TV Lula" ou "TV do PT", significando a nova rede "Empresa Brasil de Comunicação" com nome de fantasia "TV Brasil", resultante da fusão de duas empresas já existentes - Radiobrás e Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp) que o governo criou por Medida Provisória

E lembramos também que há um "tema genérico sobre TV pública", na mídia, que abrange o universo das emissoras públicas, educativas, culturais, universitárias, legislativas e comunitárias.

03.
É uma longa "tradição" no WirelessBRASIL e Grupos de Debates informalmente vinculados, acompanhar programas governamentais sem fazer política partidária, com espírito crítico, para "ajudar a dar certo".

De um modo geral, independente do governo de plantão, os programas são bons mas não vingam por incompetência e má administração, falta de acompanhamento e auditoria e, não raro, muita malandragem e corrupção.
 
Estamos acompanhando a implantação da TV Digital.
Sem maiores considerações, vemos que a imposição de um padrão sem levar em conta os estudos anteriores patrocinados pelo próprio governo e a precipitada implantação parecem obedecer à fatores outros que não os diretamente ligados ao interesse da população.

O início prematuro das transmissões, a ausência de estudos sobre os canais de retorno no "mundo real" e a venda de conversores capengas é simplesmente um escândalo.
Mas está aí e veio para ficar.
Agora tem que dar certo, com transparência, sem enganação ou prejuízo para o consumidor.
No momento, nossa ajuda é procurar entender, para depois fiscalizar.

Agradeço a todos que, nos bastidores, enviaram e enviam críticas, correções e sugestões!

04.
"Histórico comentado" até 2009
 
Middleware, os "Gingas", os "interesses", a "Academia pragmática", o "canal de retorno", o "Fórum Nacional de TV Digital"...

Definição de middleware

Muito genericamente, "middleware" (alguns traduzem como "mediador") é um programa ou software intermediário que interliga outros dois aplicativos que normalmente encontram-se em camadas diferentes.

No caso da TV Digital é a ligação entre o "ambiente software/hardware" do receptor de TV e o "ambiente" do conversor (set-top box).
Nesta situação, um "programador de interatividade" pode "operar" apenas o "middleware" sem necessidade de maiores conhecimentos sobre os dois ambientes.

Outros "padrões"

Pelo que consta, ainda não existe um padrão universal de middleware para TV Digital.
"Lá fora" três grupos principais tentam formalizar um padrão aberto:
- a Europa com sistema DVB tenta padronizar o MHP,
- os Estados Unidos com ATSC tenta o DASE e
- o Japão com ISDB tenta o ARIB.

Não temos maiores informações sobre o o middleware japonês Broadcast Markup Language (BML). Mas consta que está incluído nas normas técnicas do Fórum de TV Digital.

O Ginga

O SBTVD - "Sistema Brasileiro de TV Digital" especificou um middleware com a denominação de Ginga para ser o "padrão" nacional e está sendo desenvolvido
- pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e
- pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba). 

O Ginga é o único componente genuinamente nacional  do "sistema nipo-brasileiro" de TV Digital.

A PUC-Rio e a UFPB foram contratadas pelo governo federal em 2005 para o desenvolvimento. Por falta de recursos, o ritmo foi desacelerado em 2006 tendo sido necessário o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia.
No total, o FUNTTEL (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) investiu 5,7 milhões de reais no desenvolvimento do Ginga.

Ainda não entendi bem a "mecânica da coisa" mas, aparentemente, o governo contratou junto às universidades a elaboração de uma "especificação" que se confunde com um protótipo ou "produto acabado" básico.
Como é aberto, as empresas o recebem gratuitamente e o modificam para embuti-lo em seu equipamento. E, antes da comercialização, tudo teria que ser homologado  ou certificado com o "selo de conformidade Ginga".

Nada consta se o contrato entre o governo e as universidades está ou será concluído com a entrega do "produto".

A PUC-Rio (que é uma universidade particular) e a UFBP (que é federal), travam uma feroz batalha para emplacar seus sub-sistemas.
Consta que, no momento, existem apenas duas empresas fornecedoras do middleware (Ginga) no Brasil:
- a TQTVD e
- a Mopa (comentários mais abaixo).

O middleware desenvolvido pela PUC-Rio é conhecido como Ginga-NCL, Ginga 1.0 ou Ginga NCL-Lua.
O middleware desenvolvido pela UFPB é conhecido como Ginga-J ou Ginga Java.

Do website do Ginga anotamos estas duas "manchetes":

• O Ginga-NCL foi desenvolvido pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). Ele define um ambiente de apresentação para aplicações declarativas escritas em NCL (Nested Context Language) e sua linguagem de script Lua.

Em 29/04/09 a UIT - União Internacional de Telecomunicações que trabalha na normatização do IPTV, aprovou a linguagem NCL e seu ambiente de apresentação Ginga-NCL, tecnologias genuinamente brasileiras, criadas para oferecer interatividade plena em sistemas de TV Digital, como recomendação internacional, sob o número H.761.

• O Ginga-Java foi desenvolvido pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba). Ele provê uma infra-estrutura de execução de aplicações baseadas na linguagem Java, com facilidades especificamente voltadas para o ambiente de TV digital.

Assim, vemos que o middleware Ginga pode ser dividido em dois subsistemas principais, que permitem o desenvolvimento de aplicações seguindo dois paradigmas de programação diferentes. Dependendo das funcionalidades requeridas no projeto de cada aplicação, um paradigma possuirá uma melhor adequação que o outro.

O "OpenGinga"
Atualização em 27/02/09

Open Ginga é uma implementação de código aberto do Ginga, o middleware do Sistema Brasileiro de TV Digital.
As aplicações que executam no Ginga podem ser classificadas em duas categorias dependendo se o conteúdo inicial da aplicação é declarativo ou procedural.
O ambiente de execução que processa aplicações NCL é chamado de Ginga-NCL e o ambiente que controla a execução de aplicações baseadas na Java DTV é chamado de Ginga-J..
Atualmente, estamos disponibilizando uma versão beta da implementação do ambiente procedural do middleware (Ginga-J).
O ambiente declarativo, Ginga-NCL, pode ser obtido através do Portal do Software Público. Nós próximos meses estaremos disponibilizando neste site versões preliminares do release que conterá os dois ambientes (Ginga-NCL e Ginga-J) integrados, bem com a implementação de todas as APIs Java propostas para o Ginga-J, inclusive as APIs de inovações brasileiras.
O OpenGinga foi projetado para plataformas PC com o sistema operacional Linux. Com o OpenGinga instalado, um computador com suporte a hardware específico, pode ser usado como um receptor de TV Digital.
Este projeto é financiado pela FINEP (Financiadora do Estudos e Projetos)

[Fonte: OpenGinga]
Consta que o OpenGinga é baseado no GEM e portanto possui partes sujeiras à royalties.

Os "interesses comerciais"
 
Os interesses comerciais, como sempre, são enormes.
O middleware totalmente desenvolvido no país representa uma grande oportunidade para as empresas que desenvolvem de softwares que poderão explorar tanto no mercado nacional quanto internacional novas formas de interatividade.

Consta que o Ginga-NCL da PUC-Rio esteja pronto e em condições de ser "embarcado" (jargão bastante usado da mídia) nos conversores (set-top box).

O Ginga Java parece ser a melhor aposta devido à universalização do Java. Mas está "sub judice" pois utilizou em seu desenvolvimento módulos proprietários sujeitos ao pagamento de royalties para a empresa americana Via Licensing. Isto parece surpresa na mídia recente mas já é noticiado desde 2006.

O Ginga Java e a parceria com a Sun 

Para solucionar o impasse o "Grupo do Ginga-Java" fez parceria com a Sun Microsystem para desenvolver "aplicativos substitutos" que permitam uma versão "free". Consta que o interesse da Sun é vender "grandes sistemas" para as emissoras de TV que precisarão armazenar "terabytes" de informação.
Mas não está descartada uma versão que permitiria a cobrança pelo licenciamento.

Atualização em 24/02/09:
(...) Falando sobre interatividade por conversores tradicionais para TVs, Soares revela que há um empecilho. “Ainda está pendente uma questão de propriedade intelectual da parte Java do Ginga”, diz. “Temos duas versões do Java, uma antiga com base na especificação Gem, e a nova se baseia no pacote da Sun.” (...)

A nova especificação feita pela Sun recebeu o nome de Java DTV.
Trata-se de uma plataforma aberta, interoperável e sem cobrança de royalties que permite a implementação de serviços interativos com a linguagem Java de código aberto para Ginga-J, o Padrão da TV Digital Brasileira.

A especificação anterior baseava-se no Globally Executable MHP (GEM) sujeita ao pagamento de royalties.

Com a oficialização, o Java DVT deverá ser repassado do Fórum SBTVD para a ABNT, que deverá certificar a especificação para que a tecnologia aberta seja oficializada como padrão na criação de ferramentas de interatividade na TV Digital brasileira.
A partir do momento em que a ABNT certificar o Java DVT, o Open-Ginga será distribuído para fabricantes de equipamentos, como conversores ou TVs, para que haja a integração customizada segundo cada empresa em seus aparelhos.

O Ginga-NCL e a parceria com a Intel

O mercado é impaciente e não espera a "burocracia"...
A Mopa (Mopa Embedded Systems) nasceu a partir de uma encubadora da Universidade da Paraíba e implantou fábricas de software em João Pessoa (PB) e Natal (RN), com o objetivo de transformar o Ginga em produto.

As empresas TOTVS e a Quality estabeleceram uma aliança chamada TQTVD (TOTVS - QUALITY para TV Digital) e desenvolvem o middleware AstroTV que é uma "implementação comercial 100% compatível com a especificação brasileira do Middleware Ginga".
A empresa pretende criar uma rede com desenvolvedores, já  batizada de AstroDevNete e pretende "educar"  o mercado sobre seu produto, além de oferecer treinamento para os desenvolvedores.

A Intel anunciou um acordo com a TQTVD para suporte do middleware "AstroTV". O grande diferencial da plataforma da Intel, segundo a TQTVD, desenvolvedora dessa aplicação, é o tempo de resposta de processamento.

Atualização em 24/02/09:
(...) Na próxima reunião, o Conselho Deliberativo do Fórum SBTVD deve aprovar o pedido de ingresso da Intel no seu quadro de associados. Já estão lá duas fortes concorrentes nos mercados de dispositivos portáteis: a Qualcomm e a Stmicroeletronics. (...)

"Rua Santa Efigênia"

Assim, verifica-se que o Ginga, dado como "pronto" pelas universidades, exigirá ainda um grande esforço de programação para embuti-lo nos conversores, que deverão posteriormente ser homologado.
Enquanto os "grandes" debatem no Fórum SBTVD, uma pequena empresa da Rua Santa Ifigênia, que concentra lojas de eletrônicos no centro de São Paulo, lançou um conversor de TV digital com a parte do Ginga que não tem problemas de royalties. O nome do aparelho é ZBT-620, e é fabricado pela Neo Security com o "Mopa" embarcado. Não consta que tenha sido homologado ou certificado. A conferir.

Atualização em 24/02/09:
...) Além disso, os conversores populares a 200 reais ainda não chegaram ao mercado - há apenas um modelo da Proview que custa 299 reais. Estes modelos não estão prontos para a interatividade, pois não têm o middleware Ginga. Mas só 650 mil brasileiros têm TV Digital - não interativa -, e ainda não precisam de um novo modelo. (...)


O "Fórum Nacional de TV Digital"
 
O Fórum SBTVD (ou Fórum Nacional de TV Digital) é uma entidade muito estranha. Não possui e-mail para contato, não há uma relação dos integrantes em seu portal (e em nenhuma notícia) e "entidades de classe"  não participam do Fórum conforme o art. 10 do seu Estatuto:  Não serão aceitas na composição do presente Fórum, em quaisquer categorias ou cargos, entidades de classe, constituídas sob qualquer forma societária." [Fonte: TV Digital (25) - O que é o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD)]
 
Atualização em 24/02/09:
Contatos para a imprensa
* Pólo de Comunicação
Fone: (11) 5573.4749
Maria Emília Farto - Jornalista responsável

memilia@polodecomunicacao.com.br
Fabiana Albuquerque
fabiana@polodecomunicacao.com.br

Conta que possua apenas com 11 membros, sendo que quatro da indústria – dois do segmento de transmissão e dois de aparelhos de recepção; quatro da radiodifusão; dois de universidades e um da indústria de software.

Atualização em 24/02/09:
Nesta página estão as relações de associados dos seguintes setores:
- Setor de Radiodifusão,
- Setor de Indústria e Recepção,
- Setor Acadêmico,
- Setor da Indústria de Transmissão,
- Setor da Indústria de Software e
- Sócios Efetivos


Podem participar do Fórum, com direito à voto, "Emissoras de radiodifusão", "Fabricantes de equipamentos de recepção ou transmissão", "Indústrias de software" e "Entidades de ensino e pesquisa que desenvolvam atividades diretamente relacionadas ao sistema brasileiro de TV Digital".

 
O Fórum SBTVD, uma organização colegiada responsável pela implantação da TV Digital, não possui representantes das "entidades de classe", nem das operadoras de telefonia. Representantes dos consumidores? Aparentemente, nem pensar! O tempo passa, e tudo se passa como se o povo continuasse sendo "apenas um detalhe", conforme estabeleceu a famosa mas de triste lembrança, Zélia de Melo, quando ministra do Collor.
 
Este Fórum parece ter poderes de uma "agência de regulação e execução" e tudo se passa como se o Governo, que fez enorme esforço na imposição de um padrão, agora "não tem mais nada com isso". Posso estar paranóico mas é muito estranho...
 
Consta, no entanto, que o Fórum não tem tanta autonomia assim, pois suas decisões precisam ser referendadas "Comitê de Desenvolvimento do SBTVDT", criado pelo decreto 231, de 27 de novembro de 2003. Dele fazem parte a Casa Civil da Presidência da República e os Ministérios das Comunicações; da Ciência e Tecnologia; o Ministério da Cultura; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; da Educação; da Fazenda; do Planejamento, Orçamento e Gestão; das Relações Exteriores; e a Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República. Ufa!
 
O Fórum é presidido pelo diretor de tecnologia da rede SBT/Silvio Santos.

Atualização em 24/02/09:
O atual presidente do Fórum SBTVD é Frederico Nogueira, vice-presidente do Grupo Bandeirantes.


Não está muito claro se o Fórum tem preferência por um dos sub-sistemas mas se opõe fortemente à liberação prematura do Ginga-NCL antes do Ginga-Java pois quer garantir que os aparelhos que forem para o mercado sejam compatíveis entre si. "Meno male".

As principais entidades da área de software - Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) e a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro) pressionam para que o Ginga-NCL possa ser "embarcado" de imediato, sem esperar pelo Ginga-Java.

 
Repetindo, está evidenciado o forte conflito de interesses comerciais entre fabricantes de conversores, radiodifusores, desenvolvedores de software e até da "Academia"!
Esses interesses não permitiram a participação de fabricantes no grupo de trabalho que está, ao lado da Sun Microsystems, desenvolvendo a versão do Ginga Java free. Até porque quem entra nesse grupo é obrigado a assinar um contrato dizendo que não vai cobrar patente.
Esse grupo é composto de apenas sete empresas, entre elas - duas de radiodifusão - Globo e SBT - e duas de software - TQTVD e Hyrix. Este número é considerado bem aquém do ideal para a discussão técnica e da mobilização necessária de um setor que pode estar tendo pela frente uma chance única de ganhar presença mundial.
 
Se não fossem os interesses comerciais, aparentemente não haveria necessidade de disputa pois consta que as atualizações dos softwares poderiam ser feitas "pelo ar" (o bom e velho "éter"), pelas próprias emissoras. E também através de download da Internet e inserção no "set-top box" com o uso de um "pen drive".  A conferir.

O Canal de Retorno ou de Interatividade
A batalha na área de software é apenas uma parte da guerra pois sem "canal de retorno" não haverá interatividade.
 
Continuando com nossa estranheza em relação ao Fórum SBTVD, vemos que as operadoras de telecom - fixas e móveis - ainda não participam.
Os executivos do Fórum afirmaram que há uma mobilização para atrai-las, principalmente porque houve uma decisão significativa: não há "canal de retorno", mas sim "canal de interatividade" (ah, bom!), e esse pode ser ocupado pela tecnologia mais adequada - 3G, ADSL, WiMAX, entre outras.

E comento: Pois é, parece que, ao planejar a interatividade, que ajudou a justificar a importância da TV Digital para a "inclusão", esqueceram de um pequeno "detalhe": o canal de retorno. 

Pode não ser o único mas certamente é um grande fantasma para a TV Digital destepaís: A "banda larga em 3G" e o iPhone e similares estão aí... e a IPTV também.

Nada muito preocupante, ao que parece: se não vingar por aqui já se aposta nestaAméricaLatina...
O vice-ministro de Comunicações e Assuntos Interiores do Japão ofereceu almoço em Brasília à autoridades brasileiras e embaixadores latino-americanos e o nosso ministro Helio Costa já até falou em empréstimo do BNDS à Argentina.
Por que será que me lembrei do bordão "não existe almoço de graça"? 

Projeto Ginga CDN

Atualização em 26/02/09
(...) Ginga CDN não é mais uma implementação do Ginga, como a AstroTV, da TQTVD, ou a OpenGinga, projeto encabeçado pela Universidade Federal da Paraíba. Ginga CDN é o acrônimo de Ginga Code Development Network, projeto submetido ao CTIC (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Digitais para Informação e Comunicação), gerido pela RNP, aprovado e com contrato assinado desde 20 de fevereiro. A expectativa é de que os recursos comecem a ser liberados agora, no início de março. O que faz do Ginga CDN o primeiro projeto financiado pelo CTIC.

Criado pelo governo federal com o objetivo de desenvolver a competência nacional para inovação em comunicações digitais, o CTIC prevê a instalação de redes temáticas nos moldes do que vem acontecendo em outras áreas de Pesquisa e Desenvolvimento. Entenda-se por redes temáticas a articulação de diversos grupos e laboratórios interessados em investigar e propor soluções para desafios tecnológicos. No caso da TV Digital, nas áreas de codificação, transmissão, recepção, acesso, interatividade, middleware, aplicações e serviços.

O projeto Ginga CDN propõe a criação, gerenciamento e operação de uma rede de desenvolvedores de código para o middleware Ginga composta pelas seguintes instituições: UFPB, PUC-Rio,UFRN-DIMap ,UFRN – DCA, UERN, PUC-Caldas, UNIFACS, UFPel, UFG, UFSCar, UFC, Mackenzie, USP-LSI, UFRGS e CEFET-CE.(...)

Fonte: TV Digital: Já ouviu falar no Ginga CDN?


Observação:
A partir deste ponto, como citei no início desta página,  interrompi, por motivo de força maior, o acompanhamento diário do tema "Ginga", em 2009.
O que se segue é resultado da consulta da coleção de notícias anteriores organizada no início de 2013.
HR


Em 10 de setembro de 2009 foi divulgado que o "padrão nipo-brasileiro de TV Digital, o ISDB-T, recebeu o aval oficial da União Internacional de Telecomunicações (UIT), ligado à ONU, que passa, assim, a recomendar as normas brasileiras de radiodifusão digital como subsistemas ao padrão japonês. Há alguns meses, a UIT analisava o último rascunho das normas. Com a oficialização, a adoção do padrão nipo-brasileiro por outros países passa a ser incontestável do ponto de vista tecnológico." [Fonte: Convergência Digital]

Em 29 de dezembro de 2009 o "governo publicou nesta terça-feira, 29/12, no Diário Oficial da União, a portaria interministerial n° 224 (ver íntegra), que trata do novo Processo Produtivo Básico para terminais celulares, com TV Digital embutida. O governo cedeu, em parte, ao pedido da indústria no tocante à fabricação desses terminais. Antes exigia TV Digital em 5% da produção de aparelhos, agora criou um período de transição até chegar a este patamar." [Fonte: Convergência Digital]

Em 09 de março de 2010 foi divulgado que já "estão em consulta pública no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) a parte quatro e a emenda na parte um das especificações de Codificação de dados e especificações de transmissão para radiodifusão digital. Trocando em miúdos, os ajustes que faltavam ao middleware Ginga, para definir os perfis de interatividade do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). O prazo para envio de manifestações por parte de técnicos interessados no assunto termina no dia 5 de abril." [Fonte: Blog Circuito de Luca]

Em 24 de março de 2010 foi divulgado "que outras partes do Ginga, além do módulo NCL, foram reconhecidas pela União Internacional de Telecomunicações - UIT, foi recebida pelo Fórum SBTVD. O padrão brasileiro Ginga passa a constar agora como quarto padrão mundial para interatividade, ao lado do o americano (ATSC), do europeu (DVB) e o próprio ISDB, na recomendação do organismo da ONU que busca a harmonização técnica entre eles em um único middleware padrão.
A chegada do Ginga-J, tecnologia de ponta e sem os custos de royalties, quebra parâmetros no próprio conceito de TV digital da UIT. Até aqui, todos os padrões harmonizados, baseados no GEM, tinham custos de royalties associados. Com o Ginga-J esse quadro muda.
Muda também a arquitetura básica de middleware da UIT. A partir de agora, a estrutura modelo do middleware harmonizado passa a ser muito semelhante à do Ginga, incluindo as novas ferramentas que compõem o JavaDTV." [Fonte: Blog Circuito de Luca]

Em 16 de abril de 2010 foi divulgado que estão disponíveis, "no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas, as normas ABNT NBR 15606-1:2007/Emenda e ABNT NBR 15606-4, que completam as especificações do Ginga, o middleware interativo criado no Brasil para uso nos conversores e televisores usados pelo Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).
A aprovação e publicação das normas pela ABNT são pré-requisito para a que outras partes do Ginga, além do módulo NCL, sejam reconhecidas pela União Internacional de Telecomunicações -UIT, e a arquitetura do middleware brasileiro, harmonizada tecnicamente com a dos outros três padrões mundiais (o americano ATSC, o europeu DVB e o japonês ISDB), passe a ser adotada como estrutura modelo para “o padrão internacional” definido para UIT, capaz de garantir que aplicações criadas para qualquer um deles possam rodar bem em todos. [Fonte: Blog Circuito de Luca]

Em 01 de junho de 2010 foi divulgado que a "LG é a primeira fabricante de celular no país a ter um aparelho com o Ginga, middleware de interatividade da TV digital, no padrão nipo-brasileiro, o SBTVD. O terminal LG TV Phone GM600, em parceria inicial com a TV globo, permitirá interação com a programação da emissora para a Copa do Mundo. Porém o acordo não é exclusivo e aplicativos de outras emissoras já estão sendo testados pela fabricante. A LG também não fechou acordo de venda exclusiva com as teles móveis." [Fonte: Convergência Digital]

Em 21 de junho de 2010 a jornalista Cristina de Luca publica em seu Blog esta ótima matéria e o título já diz tudo:  Antena UHF: ainda, de fato, o calcanhar de aquiles da TV Digital. Vale conferir!

Em 05 de agosto de 2010 foi divulgado que, "por maioria de votos, os ministros presentes à sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram com o relator, ministro Carlos Ayres Britto, e consideraram improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3944 ajuizada pelo PSOL contra dispositivos do Decreto 5.820/2006, que estabelece as regras para a implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital no Brasil (SBTVD). Apenas o ministro Marco Aurélio votou contra."(...)
"Para recordar: Em julho de 2009 a Procuradoria Geral da República considerou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) movida pelo PSOL contra o Decreto 5.820/2006, que instituiu o Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). O parecer, assinado pelo ex-procurador geral Antonio Fernando de Souza foi solicitado pelo próprio relator da Adin no Supremo, ministro Carlos Ayres Britto, e validava o argumento de que a digitalização cria novas possibilidades de comunicação para as empresas concessionárias, caracterizando um novo serviço, diverso da transmissão analógica, para o qual seria necessário nova outorga de concessão de canais." [Fonte: Blog Circuito de Luca]

Em 05 de novembro de 2010 é divulgado o lançamento de um "projeto inovador: o OpenITVLab, serviço gratuito para teste de aplicações interativas criadas em Ginga-J e Ginga-NCL, via ar, em diferentes marcas de conversores, simulando uma emissora real." [Fonte: Blog Circuito de Luca]

Em 10 de novembro de 2010, a jornalista Cristina de Luca comenta neste artigo UIT equipara JavaDTV ao GEM: "O Brasil deu mais um importante passo na internacionalização do padrão nipo-brasileiro de TV Digital (ISDB-T) no fim de outubro, com a aprovação, pela UIT (União Internacional de Telecomunicações), da revisão da Recomendação ITU-R BT. 1722, que diz respeito à harmonização de formatos para aplicações de TV interativa, e da nova recomendação sobre arquitetura de middleware para TV digital (ainda sem número, porque foi feita do zero), inspirada na arquitetura do Ginga. A partir de agora, a estrutura modelo do middleware harmonizado passa a ser muito semelhante à do Ginga, incluindo as novas ferramentas que compõem o JavaDTV.
Portanto, com essas duas decisões da UIT, as oito normas padronizadas para a TV digital brasileira passam a ser reconhecidas pela organização, sendo referenciadas, até o momento, em oito recomendações da própria UIT , finalizando um processo que se estendeu por pouco mais de dois anos. E esse conjunto de oito recomendações aprovadas lá fora passam a ser um importante trunfo para a promoção do ISDB-T internacionalmente." (...)

Em 28 de dezembro de 2010, "alegando questões “geopolíticas”, o governo uruguaio decidiu nessa segunda-feira, 28/12, ceder à região e adotar o padrão nipo brasileiro para televisão digital terrestre no lugar no padrão europeu, escolhido anteriormente pelo ex-presidente Vázquez (2005-2010). (...) Fonte: Blog Circuito de Luca]

Em 28 de abril de 2011 é divulgado a jornalista Cristina de Luca comenta: "Se no Brasil, a estratégia para a TV Digital não está definida no Governo Dilma Rousseff, na Argentina, as autoridades estão dispostas a assumir o controle de todas as atividades ligadas à digitalização de TV, após a decisão de adotar o ISDB-T, o padrão nipo-brasileiro.
Os planos envolvem, além da construção de uma rede nacional de fibra óptica para sustentar a oferta de novos serviços, entre eles, o IPTV, especialistas trabalham numa versão própria do middleware de interatividade para avançar na oferta de aplicativos.
As iniciativas fazem parte do projeto Argentina Conectada, que começa a ser divulgado pelas autoridades do setor de Telecomunicações. A proposta inclui ainda a criação do BACUA - Banco Audivisual de Conteúo Universal Argentino), com a missão de desenvolver soluções para serem ofertadas nas TVs públicas." (...) [ Fonte: Argentina prepara concorrente ao Ginga brasileiro]

Em 08 de maio de 2012 é divulgado que a "Argentina quer se consolidar, de fato, como um player na área de TV Digital. Tanto é assim que nesta terça-feira, 08/05, o laboratório da Universidade de La Plata (UNLP) liberou a versão 1.3 do Ginga.ar, versão portenha para o middleware de interatividade, criado no Brasil, para o padrão nipo-brasileiro de TV Digital, o SBTVD.
Segundo o informe da UNLP, a versão 1.2 traz melhorias para o trabalho de desenvolvedores e para os usuários do middleware de interatividade. A nova versão tem suporte a HTML e, de acordo com a UNPL, transparência com as aplicações NCL. A versão 2.0 deverá ser lançada até dezembro.(...) [Fonte: Convergência Digital]

Em 12  de julho de 2012 "a TOTVS e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC – Rio) informam que o Ginga, middleware de interatividade da TV digital, está embutido em cerca de três milhões de televisores interativos (DTVi), disponíveis no mercado brasileiro. Os novos aparelhos já incorporam a implementação Ginga-NCL, desenvolvida pela PUC–Rio integrada à solução TOTVS e embarcada nos televisores da LG, SONY, Panasonic, Philips e Toshiba." [Fonte: Convergência Digital]

Em 20 de agosto de 2012 a jornalista Cristina de Luca, em longo artigo, comenta esta questão: "Afinal de contas o Java é livre ou não? O Open JDK é GPL?". Vale conferir aqui: Licença Java: pomo da discórdia do padrão de interatividade da TV digital

Em 24 de agosto de 2012 anoto esta última "visão panorâmica" sobre a situação do Ginga, em texto da jornalista Cristina de Luca: TV Digital: Java é página virada. O que vem por aí?  A matéria está transcrita mais abaixo nesta página.

Em 07 de dezembro de 2012 o Ministério das Comunicações publicou uma portaria criando o Programa de Estímulo ao Desenvolvimento do Padrão Nacional de Interatividade da Televisão Digital Brasileira - Ginga Brasil.
O plano, que tem parte ainda sujeita a aprovação do Orçamento de 2013 e eventuais contingenciamentos, prevê a disponibilização de até R$ 50 milhões para fomentar aplicativos de interatividade. Até aqui, no entanto, apenas uma parcela desses recursos, R$ 10 milhões, estaria razoavelmente assegurada. Como sói ocorrer, a liberação depende do tamanho do esforço fiscal do governo." (...) [Fonte: Convergência Digital]

Em 03 de maio de 2013 a mídia divulgou esta notícia: "O Ministério das Comunicações vai selecionar emissoras públicas para receberem laboratórios de testes de conteúdos e aplicações interativas de TV digital desenvolvidos para operar com o middleware Ginga. Ao todo, serão selecionadas 10 entidades que enviarem suas propostas até o dia 17 de junho. O objetivo é difundir os serviços interativos de e-gov." [Fonte: Tele.Síntese]

Em 15 de agosto de 2013, o Ministério das Comunicações publicou, no Diário Oficial da União a portaria nº 54, com o resultado final do Ginga.BR.Labs, que integra o programa Ginga Brasil, relacionando as 10 emissoras de TV públicas selecionadas.

Em 10 de julho de 2014 foi publicada no DO a Portaria nº 481 de 9 de Julho de 2014, do Ministério das Comunicações, que estabelece condições e detalha como será feito o desligamento do sinal analógico de televisão no Brasil. A migração do sistema analógico para o digital começa em 2016 e vai até 2018. O documento traz a relação de municípios e a data do desligamento, além de determinar que os conversores que serão distribuídos, inicialmente aos mais pobres, deverão trazer o Ginga “obrigatoriamente”.

Em 08 de junho de 2015 o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital aprovou nesta as especificações do Ginga C – ou seja, da versão mais robusta do programa que permite os recursos de interatividade no novo padrão tecnológico de televisão.

Em 01 de março de 2016 as emissoras de TV que operam na cidade de Rio Verde (GO) encerraram as transmissões em sinal analógico. Com isso, toda a programação de TV do município será transmitida através de sinal digital.

Em 11 de maio de 2016 foi divulgado que "está sacramentado o acordo entre as emissoras de TV comerciais e as operadoras móveis, com as bênçãos do governo e da Anatel, para que a transição para a TV Digital seja restrita aos maiores aglomerados urbanos do Brasil. O Diário Oficial da União desta data trouxe o Decreto presidencial 8.753, que formaliza a mudança nos planos, ficando o desligamento dos sinais analógicos restrito aos municípios onde a radiodifusão utiliza a faixa de 700 MHz.

Em 02 de junho de 2016 o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações iniciou a distribuição de conversores de TV digital a famílias de baixa renda de Brasília e de nove cidades de Goiás. A medida faz parte do processo de implantação do Sistema Brasileiro de TV Digital, que prevê o desligamento da transmissão de sinal analógico até o fim de 2018 em todo o País.  O desligamento do sinal analógico no Distrito Federal e nove cidades goianas do Entorno (Cristalina, Luziânia, Santo Antônio do Descoberto, Valparaíso de Goiás, Cidade Ocidental, Novo Gama, Formosa, Águas Lindas de Goiás e Planaltina) acontece em 26 de outubro.

Em 29 de agosto de 2016 foi divulgado que "O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações publicouno Diário Oficial da União, as mudanças no conversor/receptor que será distribuídos aos brasileiros mais pobres, além do detalhamento do novo cronograma de desligamento, que no todo vai abranger apenas 989 municípios no país – nos demais, não há mais prazo para que isso aconteça.
Como definido pelo grupo de operadoras móveis, emissoras de televisão e governo que coordena o processo de transição, o conversor – que permite que os sinais digitais sejam captados mesmo por televisores analógicos – teve sua configuração prejudicada, fruto da pressão das teles e TVs comerciais para reduzir custos com esses equipamentos.
A nova Portaria (3.493) é fruto do rearranjo pelo qual a transição do sistema analógico para digital vai se concentrar nos grandes centros e em cidades próximas a eles. Como resultado, no lugar dos 5.570 municípios do país, o processo só vai se dar em 989 deles. Nos demais, sem interesse econômico para as emissoras comerciais, não há mais previsão de transmissão digital de televisão."

Em 20 de setembro de 2016 foi divulgado que "O governo não vai atender o novo pleito das fabricantes de televisores pelo fim do Ginga, o software de interatividade da TV Digital, na fabricação de aparelhos que usufruem de incentivos fiscais. Mas apresentou uma contraproposta: o uso dos conversores distribuídos aos brasileiros mais pobres como crédito na compra de um televisor novo. "

Em 05 de outubro de 2016 foi divulgado que "Estudos realizados pelos grupos de assessoramento do GIRED apontam que a faixa de 700Mhz em Teresina (PI) está liberada para uso do LTE (Long Term Evolution). Subsidiado pela Anatel, o GIRED aprovou a liberação técnica em 128 municípios na Bahia, 18 no Ceará, 28 no Maranhão, 86 na Paraíba, 48 em Pernambuco, 130 no Piauí, 27 no RN, 32 em Minas Gerais e 3 em Tocantins, além de duas cidades no Piaui e uma no Maranhão, totalizando 503 municípios no Nordeste, Minas Gerais e Tocantins.
Caso as empresas de telecomunicações vencedoras do leilão da faixa de 700MHz queiram iniciar operação, deverão apresentar uma solicitação para este fim a ser analisada pelo GIRED."

Em 09 de novembro de 2016 foi divulgado que "O presidente da Anatel, Juarez Quadros, acumulará a coordenação do Grupo de Implantação da TV Digital (Gired), responsável pelo processo de desligamento da TV analógica, transição para a TV digital e liberação da faixa de 700 MHz para a banda larga móvel. Quadros assume o lugar do ex-conselheiro Rodrigo Zerbone, que deixou a agência na semana passada ao fim de seu mandato. Também assumirá o superintendente de recursos à prestação, Vítor Elisio Menezes, no lugar do superintendente de regulamentação, José Bicalho."

Em 17 de novembro de 2016 foi divulgado que "O ministro Gilberto Kassab, de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações assinou uma portaria que determina o desligamento dos sinais analógicos de televisão a partir das 0h de sexta, 18/11, no Distrito Federal e em nove cidades da região. Com pesquisas indicando entre 90% e 92% dos domicílios prontos para o ‘apagão’, a TV Digital passará a ser a única disponível na capital.


Helio Rosa
[19/11/16]

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