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Fonte: Coluna Circuito de Cristina de Luca - Convergência
Digital
[29/08/08] Eletros contesta fracasso da TV Digital
- por Cristina de Luca
Carlos Goya, diretor da Eletros e coordenador do módulo de mercado do Fórum de
TV Digital, foi enfático hoje, na SET, ao comentar as cobranças da mídia sobre a
oferta de televisores e conversores para TV Digital. Segundo ele, o modelo não
fracassou e as vendas estão rigorosamente dentro do planejamento traçado pelos
fabricantes para esses meses iniciais de transmissões digitais no Brasil.
As estatísticas da Eletros ainda não são oficiais, mas já apontam 15 empresas
vendendo TVs e conversores, e entre 70 mil a 80 mil unidades vendidas até o
momento. A massificação, que virá com o ganho de escala e queda de preços,
segundo ele, depende fundamentalmente da desoneração tributária pedida há dois
anos pelos fabricantes, não atendidos pelo governo até hoje. (Como choram, não?)
Segundo Carlos Goya, o sucesso da TV Digital quem vai definir é o consumidor.
E o que nós consumidores queremos, no entender a Eletros, é a combinação de
qualidade, preço e percepção ddos reais benefícios que ele terá.
Na questão qualidade, Goya afirma com todas as letras que as especificações
técnicas do SBTVD é a mais avançada e a mais robusta existente hoje no mundo.
"As normas de recepção estavam sempre escritas e nossas empresas desenvolvendo
os produtos. O resultado é a chegada ao mercado de receptores de grande
qualidade, incorporando avanços tecnológicos que não eram usadas em projetos
globais do fabricantes", disse ele, centrando na recepção, sem tocar em outros
recursos como a interatividade.
"A indústria de televisores está vivendo um momento de transição tecnológica
interessante, do analógico para o digital, dos tubos para o LCD e para o plasma.
O consumidor ainda confunde o televisor de LCD com o televisor digital",
explicou Goya, conclamando todos os atores desse mercado (governo, fabricantes e
radiodifusores) a divulgarem o que é o TV Digital.
A conclusão da Eletros é que o Brasil é um caso de sucesso na implantação da TV
Digital e a adoção da tecnologia vai seguir um cronograma lento, que pode até
ser acelerado mediante a tomada de decisões corretas.
"O que mais prejudica o crescimento de um novo mercado é o ruído de comunicação.
Dizer não compre agora que o preço vai baixar, ou não compre agora porque o
Ginga vai ficar pronto logo, atrapalham muito", queixou-se Goya, em nome da
Eletros. E essa foi sua única menção ao middleware tido por todos como o maior
dos avanço do modelo brasileiro.
O curioso é que os fabricantes de software acusam a própria Eletros de fazer o
que Goya criticou: informar a grandes anunciantes, potenciais desenvolvedores de
aplicações interativas, para não desenvolverem para o Ginga. Porquê? É algo que
pretendo perguntar ao próprio Goya assim que o painel do qual ele participa aqui
no SET 2008, neste momento, terminar.