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Leia na Fonte: Convergência Digital
[01/09/08]
Brasil vai à UIT para validar o Ginga como padrão IPTV - por Cristina de
Luca
ATUALIZADA -Os esforços de internacionalização do Ginga, o middleware brasileiro
de TV Digital pode escrever um capítulo decisivo mundialmente, e porque não,
também para o seu desenvolvimento mais acelerado no próprio Brasil.
Representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e da Fundação Centro de
Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) defenderam nesta
segunda-feira, 01/09, em reunião da União Internacional de Telecomunicações (UIT),
a validação do GINGA, como um dos middlewares de padrão aberto existente
atualmente para sistemas IPTV.
Se passar por esta etapa, o Ginga possui grandes chances de ser recomendado pela
UIT. Procurada pelo Convergência Digital, a Anatel, por meio da Assessoria,
disse que não falaria sobre o tema. A decisão final deve ser tomada na próxima
reunião da UIT, no início de outubro, no Brasil, antes da Assembléia Geral da
organização, na África do Sul. O IPTV é um dos mais promissores sistemas de
transmissão de TV Digital.A indicação do Brasil foi feita por japoneses e
brasileiros, em outubro de 2007, na primeira reunião da UIT-IPTV em Tóquio.
De lá para cá, uma contribuição técnica sobre o GINGA-J e GINGA-NCL foi aprovada
dentro do "Focus Group on IPTV" da UIT criando, assim, a base para o início dos
trabalhos de recomendação do GINGA como um middleware para sistemas IPTV.
Através de reuniões em Genebra, como a desta segunda-feira, 01/09, o GINGA-NCL
passou a integrar a documentação do "Question 13/Study Group 16" da UIT,
responsável por definir recomendações na área de "Multimedia application
platforms and end systems for IPTV".
Recentemente, os japoneses propuseram a recomendação formal à UIT do GINGA-NCL
para sistemas IPTV. "Eu diria que o Ginga-NCL é uma das proposições mais fortes
para se tornar padrão", afirma o professor Luiz Fernando Soares, da PUC-Rio,
coordenador do desenvolvimento do Ginga. E os próprios japoneses reconhecem
isso.
Apesar do significado especial que a chancela da UIT pode vir a representar para
o Ginga, neste momento em que se discute a criação de um roadmap no Forum SBTVD,
capaz de viabilizar o aparecimento das primeiras aplicações interativas
comerciais na TV Digital já no primeiro semestre de 2009, esse esforço de
internacionalização é histórico. Isso porque é a primeira vez que o Brasil
consegue aprovar um tema para apreciação na UIT.
Outros esforços estão em curso
Além da frente aberta na UIT, Luiz Fernando Soares submeteu o Ginga também ao
grupo do W3C (SYMM) que trabalha na nova versão do SMIL que deve incluir uma
profile da linguagem para TV Digital Interativa.
"O W3C foi muito importante ao atestar a qualidade da linguagem NCL e ao propor
uma fusão do NCL com a SMIL para criação de um novo padrão multimídia", explica
Luiz Fernando. A apresentação formal do Ginga ao W3C tem como principal objetivo
definir uma profile SMIL, cujas aplicações possam vir a ser facilmente
convertidas para NCL e vice-versa.
Dessa forma será possível - e é esse o plano dos especialistas brasileiros
-desenvolver "players" SMIL (Synchronized Multimedia Integration Language) e NCL
que dêem suporte às duas linguagens. E, no futuro, viabilizar a integração das
duas linguagens em um único padrão W3C, ou no mínimo, assegurar que todas as
funcionalidades de SMIL estejam presentes na NCL e vice-versa.
O professor Luiz Fernando Soares é Invited Expert do grupo de trabalho de de
sincronização de mídia (W3C SYMM Group), e mantém um trabalho em conjunto com o
professor Dick Bulterman, presidente deste grupo,há mais de oito anos.