WirelessBRASIL

WirelessBrasil  -->  Bloco Tecnologia  -->  TV Digital: Interatividade e Ginga  -->  Índice de artigos e notícias --> 2009

Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo


Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/08/09]  TV Digital: Fórum SBTVD já prepara testes para o Ginga - por Cristina De Luca

"Não pensem que a interatividade é trivial. Lançar a interatividade, lançar o Ginga em todo o país é de complexidade igual à lançar a própria TV Digital. É complexo. Temos realmente que discutir muito, trabalhar muito", disse Ana Eliza Faria e Silva, coordenadora do Módulo Técnico do Fórum SBTVD, ao fim do painel da SET 2009 que apresentou a proposta do órgão para a elaboração da suíte de testes do Ginga.

Coube a Domingos Starvridis, da Samsung, coordenador do grupo de trabalho encarregado da suíte de testes, apresentar publicamente o que já está em desenvolvimento no Fórum SBTVD. Sua maior preocupação foi demonstrar porque a suíte de testes é vital para a produção do Ginga. E porque esse trabalho requer empenho de toda a cadeia produtiva. Especialmente os fabricantes de receptores e as emissoras.

"Não estamos fazendo um trabalho pioneiro. Mas é bom deixar claro que temos muitas funcionalidades novas no Ginga sem referência. Ou funcionalidades com referências que ganham novas funções. Vale tudo. E se vale tudo, precisamos estar preparados para que as diferentes implementações se comportem da mesma maneira em funcionamento" explicou.

Em resumo, é preciso que, em uso, os receptores interpretem a norma da mesma forma. "Interoperabilidade significa problemas. Podem ocorrer diferentes comportamentos de uma mesma aplicação interativa em diferentes receptores. É isso que queremos evitar. Como? Listando o maior número possível dessas ocorrência, indicando como resolver", disse.

A suíte de testes assegura que todos os receptores estão em conformidade com a norma, têm a mesma interpretação dela e funcionam da mesma forma.

A especificação em si é um trabalho colaborativo. Uma vez definida a documentação da suíte de testes _ trabalho que deve tomar os próximos meses _ a proposta de trabalho do Fórum SBTVD é a de que cada fabricante faça a sua própria implementação da suíte. E, a partir daí, realimentar todo o processo, sempre que forem encontradas ocorreências nos testes realizados.

Para aqueles mais curiosos em saber se a norma tratará de temas como memória mínima dos receptores, taxas médias de transmissão para evitar perdas nos receptores em função de diferentes poder de processamento, Ana Eliza explica que a norma de especificação do Ginga terá algumas indicações de muito alto nível, tipo "é necessário ter 6Mb livres no tasksuite para rodar uma aplicação".

E na norma de receptores deve receber um par disso, um pouco mais específico. A norma de receptores vai ter que passar por alguma revisão. "Ela precisa ser atualizada para refletir essa nova realidade. A gente pode esperar alguma revisão da norma de receptores", afirmou.

"Note bem, nós não vamos definir qual processador deverá ser usado. Isso vai depender muito da implementação do fabricante, o quão eficiente é o código dele, o quão enxuta são as aplicações nativas. A gente vai dizer apenas o quanto é o adicional para colocar o Ginga. A gente não entra no mérito de tudo o que é implementação do próprio fabricante. Vamos apenas indicar o que é necessário para o Ginga rodar bem", explicou.