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Leia na Fonte: Convergência Digital
[28/08/09]
Governo propõe adiar produção do celular com TV e exclusão do GINGA-NCL nos
aparelhos - por Luiz Queiroz
Confusão à vista. A Secretaria do Desenvolvimento da Produção, do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, publicou nesta
sexta-feira,28/08, a Portaria nº 11, no Diário Oficial da União, na qual abre
uma "consulta pública" com proposta de alteração no Processo Produtivo Básico
(PPB) dos celulares.
E dentre as mudanças, o governo adia de 1° de janeiro de 2010 para 1° de julho
de 2011, a data de obrigatoriedade dos fabricantes embutirem TV nos aparelhos.
Também acaba com a exigência de inserção do middleware GINGA-NCL nesses
equipamentos.
Esse recuo do governo, em princípio, será bem recebido por todos os fabricantes,
sobretudo na questão do middleware GINGA-NCL. Porém, o adiamento salva
principalmente a Motorola, que está em crise e precisaria de mais tempo para se
adaptar à regra brasileira. Entretanto, em recente reunião no Ministério do
Desenvolvimento, a empresa chegou a afirmar que, mesmo com o adiamento para
2011, dificilmente cumprirá o PPB de produzir celular com TV.
Irritação
Mas o que já deixou irritados alguns fabricantes que se preparam para lançar
novos celulares com TV embutida foi a decisão do Ministério do Desenvolvimento
de não aceitar o pedido de flexibilização das regras de montagem de placas de
circuitos.
Ao invés de resolver o problema das empresas sem TV digital no aparelho, caso da
Motorola, o governo criou uma espécie de "punição" para as empresas que se
esforçaram para ter a solução. O governo reduziu o percentual de dispensa de
placas de 15% para 10%, sendo que as empresas que produzirem aparelhos com TV
terão um adicional de dispensa proporcional a produção de aparelhos com TV, até
o limite de 5%.
Como o mercado estimado de aparelhos com TV é inferior a 1% e nenhuma empresa,
por mais esforço que faça, conseguirá chegar a mais de 1% de produção, de certa
forma, o governo puniu as empresas com uma perda de 4% de dispensa de placas. O
que a indústria pedia era factível porque seria uma espécie de "estímulo",
principalmente, para tentar abaixar os preços altos, que é tido com um dos
principais entraves para a expansão deste mercado.
Segundo o portal Convergência Digital apurou, alguns fabricantes já dispõem de
pesquisas feitas com jovens - público que seria o 'alvo' para esse tipo de
equipamento - desanimadoras. A maioria dos que responderam a pesquisa disse
preferir ouvir música no celular do que assistir televisão. Então, para reverter
tal quadro, os fabricantes apostavam numa redução de custos como forma de
provocar, consequentemente, a queda nos preços, e atrair consumidores de outras
faixas etárias para a novidade. Ficou complicada essa estratégia.
A Abinee, entidade do setor de eletroeletrônico, convocou uma reunião de
emergência para a próxima semana com os seus associados para tratar dessa
questão. Até porque o prazo da 'consulta pública' é bastante apertado - 10 dias.
Há posições divergentes entre os fabricantes e a Abinee terá que mediar e
encontrar um consenso.
As principais propostas de mudanças nas regras do PPB são as seguintes:
1) Prorrogar a data para início de exigência de modelos de telefones celulares,
estabelecida no art. 4o, de 1o de janeiro de 2010 para 1o de julho de 2011,
mantendo o mesmo percentual. tv
2) Reduzir o percentual estabelecido no art. 2o de dispensa de montagem de
placas de circuitos impressos com componentes dos atuais 15% (quinze por cento)
para 10% (dez por cento), a partir de 1o de janeiro de 2010.
3) Para cada 1% de modelos com TV Digital fabricados pela empresa, em termos de
quantidade de aparelhos celulares, o fabricante poderá utilizar o percentual
adicional de dispensa de montagem de placas de circuito impresso em 1%(um por
cento), limitado a 5%
(cinco por cento). Ou seja, a dispensa de montagem de placa ficará limitada a,
no máximo, 15% (quinze por cento).
4) Excluir a obrigatoriedade de utilização do middleware GINGA-NCL, constante do
art. 4o.
O prazo desta consulta começou a valer a partir de hoje, com a publicação da
portaria no Diário Oficial da União e terminará dentro de 10 dias úteis.