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Leia na Fonte: Convergência
Digital
[31/07/09]
TV Digital: interatividade, com Ginga, pronta para o mercado
No fim de agosto, em São Paulo, quando o salão do Centro de Exposições
Imigrantes abrir suas portas para receber os participantes do Congresso SET
2009, o Sistema Brasileiro de TV Digital entrará definitivamente na era da
interatividade, com Ginga.
"Queremos fazer da Set um marco para o Ginga completo, com a norma Ginga-J já
publicada pela ABNT e pronta para uso", afirma Ana Eliza Faria e Silva,
coordenadora do Módulo Técnico do Fórum SBTVD.
E pelo menos duas empresas terão produtos prontos para entrar no mercado: a
multinacional LG e a fabricante brasileira de conversores, Visiontec.
Na quinta-feira, 30/07, durante o encontro entre a presidente do Chile, Michelle
Bachelet e o presidente Lula, na Fiesp, o Diretor de Relações Governamentais da
LG Electronics, Dilson Funaro, ao apresentar o Ginga rodando em um dos
televisores com conversor embutido da fabricante, revelou o que seus gerentes
vinham lutando para esconder: a terceira geração da linha Time Machine Digital,
já no mercado, está apta a receber a atualização para o middleware Ginga.
Sabe-se ainda que a gigante trabalha dura para tentar adiantar seu cronograma e
já ter outros televisores com interatividade prontos para venda no Natal. Embora
a informação oficial da empresa seja a de que a interatividade não está nos
planos, no curto prazo.
No ano passado, a SET marcou a entrada do tema interatividade na agenda da
indústria. Muito se discutiu a respeito. Agora, chegou a hora de passar dos
debates à prática. Arregaçar as mangas e pôr mãos à obra, porque muito ainda há
a ser feito para que a interatividade, local ou completa (com acesso á
internet), venha a ser um recurso disponível para o maior número possível de
brasileiros.
Não será um caminho fácil, a julgar por tudo o que vimos acontecer com a própria
indústria de receptores no último ano. O rol de demandas, de diferentes
segmentos deste mercado, continua enorme. E a entrada da interatividade no
cenário de negócios deverá torná-lo ainda maior.
Espere a SET, para ter noção exata dos desafios ainda por vir.
Namoro entre a RNP e a cultura vai bem...
...e tem tudo para virar casamento. Não deve demorar muito para que a adesão do
Ministério da Cultura ao Programa Interministerial MEC/MCCT, que mantém a Rede
Nacional de Pesquisa seja oficializado.
O namoro começou em 2006, quando a RNP começou a colaborar com ações do MinC.
Está em andamento um projeto-piloto para conexão de 10 institutos do MinC às
Redecomep do Rio e de São Paulo. Entre eles, a Cinemateca Brasileira, a
Biblioteca Nacional, a CTAV, o IPHAN e a Funarte.
Nessa sexta-feira, 31/07, o MinC e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)
lançaram o o Fórum da Cultura Digital Brasileira (www.culturadigital.br),
primeiro site de Rede Social proposto pelo Governo Federal, com o objetivo de
transformá-lo em instrumento para formulação de políticas públicas.
A proposta da rede social é servir de suporte digital para um diálogo plural
entre governo e sociedade.
A ver.
Brasil recebe mais uma reunião preparatória do IGF
Acontece no Rio de janeiro, entre os dias 11 a 13 de agosto, a II Reunião
Latinoamericana e Caribenha Preparatória ao Fórum de Governança da Internet. A
meta é que os temas destacados sejam considerados na agenda da quarta reunião
global IGF 2009 - Governança da Internet: criando oportunidades para todos/as,
que acontecerá em novembro, no Egito.
A reunião preparatória está organizada em cinco painéis principais: Acesso;
Recursos Críticos da Internet; Privacidade; Abertura; Segurança; Acessibilidade
e Multilinguismo. Serão abordados temas como: políticas e custos da
conectividade à internet, infraestrutura e administração de sistemas de domínio
e protocolo para endereços na internet, liberdade de expressão, fluxo livre de
informação, autorização e acesso ao conhecimento, diversidade lingüística,
conteúdos locais na internet, além de privacidade e segurança.
Mas o tema governança da Internet dificilmente ficará de fora, dada a proximdade
do fim do acordo entre a ICANN (Internet Corporation for Assigned Names e
Numbers) e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
Em jogo, o futuro da gestão de elementos fundamentais para o bom funcionamento
da Internet, tais como servidores raiz, os nomes de domínio ou endereços IP. Uma
das propostas é passar essas tarefas para as mãos da iniciativa privada. Mas há
muitas entidades e países contrários a ela.
A maioria dos especialistas acredita que a ICANN, efetivamente, já tem condições
de adotar um modelo auto-gestão sustentável. Só que os congressistas americanos
demonstram não estarem dispostos a deixar que os EUA possa vir a perder
privilégios como, por exemplo, o poder de vetar qualquer alteração no root
server que possa alterar a estabilidade da rede, embora, historicamente, nunca
tenha feito isto.
Desde a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação o Brasil alerta para o fato de
que a governança da Internet é muito mais do que a simples administração de
nomes de domínio e endereços de propriedade intelectual. Proteção de dados,
spam, cyber-segurança, multilinguagem e conteúdo local são questões da
governança de Internet. Custos de interconexão, proteção da propriedade
intelectual, e a divisão digital também são questões da Internet. Na maioria
destas áreas, a responsabilidade maior é dos governos. No Brasil, não só. O páis
é pioneiro de um modelo de administração da Internet que estimula a participação
efetiva da sociedade nas decisões sobre a implementação, gestão e utilização da
rede, através do Comitê Gestor, composto por representantes dos ministérios e
agências governamentais, empresas, sociedade civil e da comunidade científica.
Há 21 membros no total, 12 do setor privado e 9 do governo.
Iniciado em 2006, em Atenas, o IGF é uma resposta à necessidade de se ter um
mecanismo internacional e inclusivo dos vários segmentos da sociedade – governo,
terceiro setor, setor produtivo - para discutir e chegar a consensos sobre as
questões e regras de funcionamento para a Internet.
Até aqui, o Governo brasileiro está comprometido em atuar para que o IGF evolua
em direção a um foro orientado a resultados, de modo a gerar recomendações
substantivas quanto aos temas de que trata e ao futuro da governança da Internet
como um todo.
Saiba mais em
www.nupef.org.br/igf/prog.html.