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Leia na Fonte: Convergência Digital
[30/11/09]
TV Digital: Brasileiro quer acesso à Internet pelo controle remoto - por
Luís Osvaldo Grossmann
Os brasileiros querem que a TV Digital propicie o mesmo tipo de facilidades que
hoje desfrutam em frente ao computador quando conectados à internet. Ou melhor,
esperam que essa experiência seja ainda mais simples, baseada na praticidade de
manipular um controle remoto.
A avaliação tem base em uma pesquisa feita no país a pedido da Intel e foi um
dos argumentos usados numa apresentação para empresários nacionais interessados
em montar conversores para a TV Digital. Segundo a Superintendência da Zona
Franca de Manaus, que hospedou esse encontro na semana passada, durante a Feira
Internacional da Amazônia, havia 26 fabricantes brasileiros presentes.
“As pessoas querem ter acesso na sua televisão às mesmas aplicações a que têm
acesso na internet. E querem, basicamente, acessar aplicações, interatividade,
novos serviços, da mesma forma que eles aumentam o volume ou trocam de canal,
através de uma interface bastante simples no controle remoto”, diz o gerente de
novas tecnologias da Intel Brasil, Américo Tomé.
Assim como ele, representantes da Broadcom, NXP, ST Microeletronics e da indiana
Piqqual mostraram plataformas quase prontas de conversores - essencialmente só
falta cobrir a placa de silício, colar uma marca e distribuir ao varejo. E todos
trataram a interatividade como um dos elementos garantidos nos equipamentos.
Além disso, embora a reunião tenha sido fruto de um esforço do governo de
popularizar a TV Digital, os grandes desenvolvedores mundiais parecem ter
despertado para o potencial de mercado. “Havia uma certa apreensão sobre o
mercado brasileiro, e ainda há. Mas o país fez um grande progresso,
especialmente expandindo o mercado à Argentina, Venezuela e outros países”, diz
o presidente da Piqqual, Amrish Patel. O executivo foi bastante cauteloso e
pouco adiantou os planos da companhia para o pais.
“O apelo pela conectividade da internet na televisão é real. Isso a gente também
viu na pesquisa brasileira. Essa característica de acesso à internet, de
interatividade na televisão, vai ser uma característica padrão no futuro nas
televisões, diretamente em produtos integrados ou pelos conversores”, afirma
Américo Tomé.
Os conversores irão além do papel de garantir a troca do sinal analógico pelo
digital. “No set top box, além de toda a interatividade que o Ginga viabiliza,
as pessoas mostraram interesse pela gravação de programas, possibilidade de
videochamadas para falar com amigos e parentes, no compartilhamento de conteúdo
com a televisão”, segue o gerente de novas tecnologias da Intel Brasil.
E como já fazem com seus celulares e computadores, segundo a pesquisa os usos
mais desejados são o acesso a músicas, vídeos e fotos na televisão – além de
serviços de chat e acesso a e-mail.
“A Intel acredita que os dispositivos não vão ter simplesmente a possibilidade
de estar conectados, mas estarão conectados especificamente à internet. E a Web
traz muitas oportunidades para todo o ecossistema – para os fabricantes de
equipamentos, de middleware, para empresas que vão desenvolver aplicações e os
serviços que vão estar disponíveis através desses equipamentos”, conclui Tomé.