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Leia na Fonte: Convergência Digital
[14/10/09]  TV Digital: PPB para conversores está bastante adiantado, diz MDIC - por Cristina De Luca

As propostas para definição de um Processo Produtivo Básico (PPB) para massificar a fabricação de conversores digitais interativos no Brasil, muito provavelmente a partir da Zona Franca de Manaus, estão bastante adiantadas. A informação é do gerente de Projetos do Departamento de Articulação Tecnológica do Ministério do Desenvolvimento, Rafael Henrique Rodrigues Moreira, presente nesta terça-feira, 13/10, à cerimônia de abertura da 11ª edição do Futurecom, na capital paulista.

"Já temos as minutas prontas. Vamos tentar dar um corte muito claro, restringir ao máximo, com todo o cuidado, para evitar um desmonte da indústria nacional. O PPB será para um segmento de mercado no qual eles dizem não ter interesse. Vamos tentar também redesenhar esse modelo do PPB hoje, de focar só em componente, e focar na inovação que está presente no processo, que tem valor agregado", disse ele.

O racional por trás dessa mudança, em estudo, é tentar atrair o centro global de P&D de uma multinacional e deixá-la importar mais componentes. O país perderia um pouco na balança comercial, por um lado, e ganharia de outro, em exportação de produtos com valor agregado, em royalties, etc.

Não é a primeira vez que Rafael Henrique Rodrigues Moreira toca nesse assunto. Dias atrás, durante o Seminário "Competitividade da Indústria Brasileira de Tecnologia da Informação", promovido pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados e coberto pela CDTV, do Portal Convergência Digital, ele já havia comentado um pouco sobre o novo modelo.

Outra preocupação grande do pessoal do MDIC é a de que o PPB para massificação de conversores já inclua definições sobre canal de retorno. A norma brasileira define o uso de várias tecnologias. Mas muitas delas ainda carecem de modelo de negócio. "Precisamos definir logo qual será o marco dos dois principais pontos do Fórum SBTVD agora: o Ginga e o canal de retorno para interatividade full. Quem vai fazer e em que banda?", diz ele. A intenção é evitar que o canal de retorno venha a ser o novo calcanhar-de-aquiles da interatividade.

Nesse sentido, o país já começou a trabalhar nos modelos de negócio para tecnologias ainda em desenvolvimento, como LTE e WiMAX.

"A Índia deve entrar com a gente no projeto de desenvolvimento do canal de retorno via WiMAX, na faixa de 700 MHz. Se isso acontecer, ganhamos escala", afirma André Barbosa, assessor da Cada Civil para TV Digital. A ideia é usar uma faixa de 10 GHz, antes mesmo do dividendo digital.

A apresentação das pesquisas feitas no Brasil para o WiMAX Fórum será no início do ano que vem em Taiwan.
Pergunta que não quer calar: dá tempo de negociar muitos desses pontos até o início do ano que vem, para fechar o PPB até o fim de fevereiro, como gostaria a Casa Civil? André Barbosa e Rafael Henrique acreditam que sim.

A ver.