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Leia na Fonte: Convergência Digital
[16/10/09]
TV Digital: mercado para conversores, há. Quem vai fabricar? - por Cristina
De Luca
O consumidor brasileiro que espera pela interatividade na TV Digital deve anotar
e cobrar depois: Walter Duran, diretor Executivo do Instituto de Pesquisa e
Desenvolvimento da Philips, falando em nome da Eletros, associação que congrega
os fabricantes de receptores, garante que a maioria deles já "trabalha duro para
ter produtos com o Ginga, a preço acessível e em uma data aceitável".
Que data seria essa? "Podemos considerar a Copa do Mundo de 2010", disse ele,
sem esquecer de fazer a ressalva de que o consumidor que quiser comprar um
televisor apto a receber o sinal de TV Digital não precisa esperar. Pode comprar
um dos modelos sem interatividade disponíveis hoje e um conversor interativo no
primeiro semestre do ano que vem.
"O mercado vai ser sempre segmentado. Você nunca vai comprar a última palavra em
computador, porque dois meses depois já existe algo melhor. É a dinâmica da era
digital. Também funciona assim para a eletrônica de consumo digital", afirma o
executivo.
Walter Duran foi um dos participantes do painel que discutiu o futuro da TV
Digital na América Latina, durante o Futurecom 2009. E defendeu o mesmo
argumento do assessor da Casa Civil, André Barbosa - como ele integrante do
Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital - de que há mercado para conversores.
Segundo ele, a base instalada de televisores no Brasil ainda é 50% composta de
aparelhos de tubo.
Duran fala sobre os aparelhos de plasma e LCD. "Aqui no Brasil estamos entrando
na quarta onda das TVs de LCD. E os equipamentos das primeiras gerações não são
jogados fora. Vão para as casas de praia, os sítios, cômodos menos nobres onde o
cabo não chega e a recepção é ruim, e nos quais o receptor digital pode ser a
solução", diz ele. Mas, perguntado se a Philips manteria a fabricação de
conversor, Duran respondeu que um "talvez" seria, hoje, a melhor resposta.
Segundo ele, as vendas de televisores com conversores digitais embutidos superam
hoje as de conversores avulsos no mercado brasileiro. A Philips foi uma das
primeiras a fabricar conversores aqui. Hoje está otimista com a expansão do
mercado para países da América Latina. A empresa tem duas fábricas na região:
uma no Brasil, outra na Argentina. E a logística, para quem tem fabricação
local, fica mais simples do que para quem tem que trazer produtos acabados de
outros continentes.
Presente ao mesmo painel, David Brito, presidente da TQTVD, desenvolvedora do
Astro-TV, implementação do Ginga, garante que a chegada da interatividade é uma
questão de meses. "Está aí na esquina", disse. Ao menos dois produtos
interativos em demonstração no estande do Fórum SBTVD ainda mantêm o cronograma
de lançamento para o Natal.