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Leia na Fonte: Convergência Digital
[25/10/10]
TV Digital: Disputa acirrada pelos países africanos - por Luís Osvaldo
Grossmann e Luiz Queiroz
Se a adesão do Uruguai ao sistema nipo-brasileiro de TV Digital (ISDB-T) parece
uma questão de tempo, a briga pelos países africanos ainda não permite apostar
num resultado. O próprio governo brasileiro admite que há uma grande pressão dos
europeus pela manutenção do padrão DVB e que eles ainda têm alguma vantagem
política.
O alvo são os países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
(SADC, na sigla em inglês) – África do Sul, Angola, Botsuana, Congo, Lesoto,
Madagáscar, Malawi, Maurício, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia
e Zimbábue. Houve avanços para Brasil e Japão – como a posição técnica de não
referendar o DVB – mas os europeus contra-atacam.
“A África está um pouco mais duro. Existem parceiros industriais europeus
pressionando bastante que as administrações decidam pelo DVB e têm cometido
inclusive alguns deslizes, como dizendo que somos mais caros ou que não temos
equipamentos de 8 MHz, além de que a troca seria muito cara já que os sistemas
se equivalem. Eles mentem”, dispara o assessor especial da Casa Civil, André
Barbosa.
Segundo ele, a estratégia dos europeus “reforça a ideia que os africanos têm de
que os europeus têm política colonialista, uma política só de levar
equipamentos, fazer empresas de maquilagem, de montagem, sem criação de valor
agregado”. Para Barbosa, a popularidade do presidente Lula entre os países
também ajuda.
Ainda assim, ele reconhece que “a briga está 50% a 50%, com uma pequena vantagem
dos europeus, até pela própria integração deles”. O governo aposta, no entanto,
que até a decisão final dos governos africanos, prevista para o fim de novembro,
haverá resultados dos testes efetivos do ISDB-T. “Os primeiros resultados podem
nos ajudar muito a mostrar que o nosso sistema é mais eficaz que o europeu”, diz
Barbosa.
Outra aliança é com pequenos e médios empresários da África do Sul, uma vez que
a interpretação é de que os grandes, em geral Afrikaners – descendentes de
europeus – estariam mais voltados ao padrão DVB.Acompanhe a entrevista de André
Barbosa à CDTV sobre a disputa da TV digital na África.