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Leia na Fonte: IDGNow! / Blog
Circuito de Luca
[04/04/11]
TV Digital: cercada de ceticismo, a interatividade avança - por Cristina de
Luca
Criticadas por vários setores do ecossistema de TV Digital por não estarem
investindo em interatividades _ semana passada foi a vez do VP de telecom da
Samsung, Silvio Stagni, debitar na conta delas o atraso da chegada ao mercado de
terminais 1-seg e full-seg da fabricante já com o Ginga embarcado _ as emissoras
de TV brasileiras demonstram claramente não estarem paradas.
Hoje a Rede Globo estreia a interatividade de mais uma novela, “Morde & Assopra”
(*), enquanto a Band passa a transmitir a primeira aplicação interativa da TV
brasileira da área de jornalismo, durante os horários de seus telejornais.
Até o fim de Abril, a Globo também se prepara para pôr no ar aplicações
interativas dos programas “Caldeirão do Huck” e “Domingão do Faustão”. Na
sequência, volta a transmitir sua aplicação interativa para o Brasileirão, nas
versões full-seg e 1-seg, este ano com um conjunto adicional de informações,
incluindo dados estatísticos sobre cada jogador.
“Temos a consciência tranquila de que estamos ampliando a grade de
interatividade no ar. Já temos mais de 30 horas de transmissão de interatividade
para terminais full-seg e, até o fim do Big Brother, eram 8 horas de
interatividade para terminais 1-seg”, afirma o diretor de engenharia da TV Globo
São Paulo, Raymundo Barros. “Fazemos um esforço permanente para ampliar a grade
interativa”, completa o executivo.
Raymundo Barros garante que as estratégias para interatividade e mobilidade da
Rede Globo estão rigorosamente dentro do planejado. “Sabemos que são dois
aspectos novos da TV Digital que levam muito tempo para serem massificados. Foi
assim também no Japão”, comenta.
Com relação à mobilidade, a Rede Globo foca não só no desenvolvimento das
aplicações interativas 1-seg, como também no desenvolvimento de aplicativos
móveis para os sistemas iOS e, agora, Android. “O que amplia muito o nosso
alcance”, diz Raymundo.
Semana passada, durante a cerimônia de apresentação da nova grade de programação
da emissora para a imprensa especializada e as agências de publicidade, a Rede
Globo distribuiu algumas unidades do tablet Galaxy Tab com conteúdo próprio
embarcado (fotos, clips, wallpapers, uma versão do Google Maps com detalhes do
Projac e aplicativos Android) e até a implementação Ginga da Samsung para
terminais 1-seg, para possibilitar o uso da interatividade transmitida hoje. No
caso, com o fim do Big Brother, apenas a voltada para futebol, durante as
partidas do campeonato paulista.
“A intenção foi mostrar para a imprensa e o mercado publicitário todas as
possibilidades das ações que estamos fazendo rumo ao modelo estratégico de uma
media station, com vários canais de distribuição. Já não somos apenas uma TV
station”, explica Raymundo. “Esse é um processo de longo prazo, em implantação”,
diz.
Interatividade tem massa crítica
Segundo o executivo, a Globo tem feito várias pesquisas sobre a receptividade de
seus conteúdos interativos casados com a programação. “Percebemos que já temos
massa crítica, principalmente quando olhamos o resultado das enquetes que
colamos no ar”, diz.
Hoje, as enquetes são um componente padrão das aplicações interativas da
emissora, tanto em terminais 1-seg quanto em full-seg. Nos terminais 1-seg as
aplicações usam dois tipos de canal de retorno: via SMS e via plano de dados 3G.
Nos full-seg, o retorno é via conexão internet das TVs conectadas.
A cobertura da transmissão interativa também foi ampliada. Segundo Raymundo, as
aplicações transmitidas a partir do Rio de Janeiro e de São Paulo já chegam a
todas as praças, retransmitidas por todas as afilidas, no caso dos programas em
rede nacional, como as novelas, e caso a caso, em aplicações como futebol. “No
Brasileirão, transmitimos três partidas simultaneamente: 40% veem a mesma
partida transmitida para São Paulo, outros 40% a do Rio e 20% a de um terceiro
estado”, diz.
“Não vamos deixar de investir em interatividade porque só pouco mais de 20% dos
domicílios brasileiros têm um receptor de TV digital”, afirma Raymundo Barros.
“Esse já é um número significativo”, completa. Nas contas da Globo, hoje, cerca
de metade dos domicílios brasileiros já é coberta pelo sinal digital de alguma
emissora de TV. E, a medida que a indústria de recepção continuar fazendo a sua
parte, investindo no padrão nipo-brasileiro, esse número só crescerá.
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BAND – A interatividade do Jornal da Band será demonstrada no NAB Show 2011, que
acontece entre 9 e 14 de abril no Las Vegas Convention Center, em Las Vegas,
Estados Unidos, pela EiTV. O desenvolvimento do aplicativo foi da HXD, que
também desenvolveu a interatividade da TV Brasil.
Screen shot 2011-04-04 at 10.41.46 PM
O NAB 2011 terá um pavilhão brasileiro (Pavilhão Brasil – SU 4625), onde o Fórum
SBTVD e seus associados – EiTV, Inatel, Linear, Screen Service, TQTVD, Tecsys e
STB – farão demonstrações do padrão nipo-brasileiro de TV digital com
transmissões simultâneas em televisores e em dispositivos móveis. O Ginga,
middleware de interatividade desenvolvido no Brasil, será demonstrado durante
todo o evento em um televisor com o middleware embarcado cedido pela Panasonic,
rodando aplicações da TOTVS.
EXPANSÃO INTERNACIONAL – O Brasil acaba de assumir de forma efetiva a
presidência do Fórum ISDB Internacional. Desde dezembro passado, o presidente do
Fórum SBTVD, Roberto Franco, estava interinamente à frente da entidade e agora
permanecerá no cargo para um mandato de dois anos. Ana Eliza Farias também foi
eleita, por aclamação, coordenadora do grupo de harmonização de Normas ISDB
internacional.
BROADBAND TV – Ao contrário do SBT, que considera broadband tv e a
interatividade da tv digital aberta, via Ginga, complementares, a Rede Globo vê
as duas tecnologias como negócios muito diferentes. Segundo Raymundo Barros,
broadband tv constitui uma estratégia de catch up importante, associada à Globo
Marcas. “Faz todo sentido ter uma loja da Globo Marcas nas broadband tvs”, diz o
executivo.
O que incomoda muito à Rede Globo é a falta de padrão para a tecnologia. “Não dá
para ter cinco enfoques diferentes para o mesmo produto”, afirma o executivo.
Segundo ele, a Globo segue discutindo estratégia de parcerias e de conteúdo para
broadband tv. E deve lançar algo ainda este ano.