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Leia na Fonte: Convergência Digital
[09/02/11]
TV Digital: Governo cobra proposta da indústria para interatividade
O Ginga, middleware de interatividade, provoca uma saia-justa entre governo e
indústria. Oficialmente, ministro Paulo Bernardo diz querer debater o tema para
evitar a elitização. Presidente do Forum, Roberto Franco, no entanto, disse que
o Ginga não esteve na pauta de debates, na reunião realizada nesta quarta-feira,
09/02, em Brasília.
Oficialmente, no entanto, por meio da página do Minicom, o ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, informa que solicitou à indústria um
posicionamento oficial sobre a obrigatoriedade da adoção do Ginga, middleware de
interatividade, pelos fabricantes de televisão no país. “A ideia é fazermos um
debate sobre a interatividade para massificar a TV Digital, e não elitizá-la com
elevação dos preços”, disse na nota oficial.
Fato constrangedor foi o presidente do Forum SBTVD, em entrevista à imprensa,
reproduzida pela CDTV, do Portal Convergência Digital, afirmar que o Ginga não
foi debatido entre as partes. Sobre o Ginga, Franco foi além. Apesar de
reconhecer que o middleware brasileiro é único, diz que há muita ansiedade e
impaciência no país para a massificação da interatividade. (veja a matéria)
O Ginga é a ferramenta que garante a interatividade, permitindo ao telespectador
fazer compras, acessar saldos bancários e consultar dados da Previdência Social,
por exemplo - tudo por meio da televisão. A interatividade é uma das diretrizes
estabelecidas pelo decreto de adoção da TV Digital no Brasil, ao lado da
mobilidade e da portabilidade.
Durante a reunião, segue a nota, também ficou acertada a participação brasileira
no IV Fórum Internacional ISDB-T, no Chile. O evento reunirá representantes dos
12 países que aderiram ao padrão nipo-brasileiro de TV Digital: Brasil, Japão,
Argentina, Bolívia, Chile, Costa Rica, Equador, Filipinas, Paraguai, Peru,
Venezuela e Uruguai.
O Secretário de Telecomunicações do MiniCom, Nelson Fujimoto, que também
participou do encontro no ministério, destacou a importância da presença do
governo no fórum internacional, já que o Brasil liderou a expansão do sistema
nipo-brasileiro, principalmente na América Latina. “Essa é uma leitura que os
próprios parceiros japoneses têm de que o papel do Brasil foi muito importante e
fez a TV Digital se expandir”, acrescentou.
O fórum no Chile deverá reservar um espaço exclusivo para as discussões e trocas
de experiências entre representantes de governo. De acordo com Fujimoto, é
relevante que o evento consiga integrar os países não só técnica, mas também
politicamente.
O fórum também deverá convidar outras nações interessadas em adotar o sistema
nipo-brasileiro de TV Digital, como Angola, Nicarágua e Guatemala. O evento
ocorre semestralmente desde 2009 e já foi realizado no Peru, Argentina e Brasil.
O principal objetivo é garantir a harmonização das normas técnicas entre os
países que já adotaram o padrão nipo-brasileiro.