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Leia na Fonte: Convergência Digital
[20/01/11]
TV Digital: Projeto Acesso Ginga abre espaço aos desenvolvedores de software
- por Ana Paula Lobo*
Fomentar o uso da interatividade na TV digital é um desafio para a indústria de
software no país. Para impulsionar o uso do Ginga, middleware brasileiro, a HXD
Interactive Television, em parceria com o Instituto Nokia de Tecnologia (INDT)
disponibiliza a partir desta quinta-feira, 20/01, um serviço para testes de
aplicações Ginga em celulares 1-seg da Nokia. A fabricante já possui atualmente
11 aparelhos que podem utilizar o receptor de TV Digital SU-33Wb, suportando
aplicativos interativos baseados no middleware.
Os desenvolvedores interessados em testarem os seus aplicativos nos modelos de
celulares da Nokia, poderão submetê-los na página
http://dtviteste.hxd.com.br. O
serviço é gratuito e após os testes, a HXD publicará um vídeo com o resultado.
Iniciativa, que foi formalizada no Campus Party, evento que acontece na capiytal
paulista, faz parte do Projeto Acesso Ginga, que envolverá outras empresas do
segmento para massificar a interatividade na TV Digital aberta no país e
facilitar o acesso da comunidade de desenvolvedores a ambientes de testes com
dispositivos que já estão no mercado.
De acordo com Salustiano Fagundes, CEO da HXD, além de fomentar o mercado a
iniciativa busca também descobrir e reconhecer novos talentos. “No segundo
semestre vamos selecionar os três melhores aplicativos publicados na página e
premiá-los ”, destaca. O uso do Ginga no país também mobiliza o governo. Com a
resistência da indústria tradicional em adotar o middleware brasileiro, medidas
começam a ser desenhadas em âmbito federal para obrigar o uso da ferramenta nas
TVs.
O assessor da Secretaria de Telecomunicações do ministério das Comunicações,
Flávio Lenz, admite que ainda falta a produção industrial em larga escala de
televisores com o Ginga implantado. Segundo ele, o Fórum do Sistema Brasileiro
de TV Digital (que reúne governo, indústria e radiodifusores) estabeleceu as
especificações técnicas para a produção de aparelhos com o Ginga, que não
dependem de autorização nem da realização de testes por parte do governo.
“Não há nenhum empecilho para que a indústria comece a produzir televisores com
o Ginga. Existe um selo com a sigla DTVI, que pode ser colocado nas TVs e que
indica a execução de aplicações interativas. A indústria é a responsável por
autocertificar seus equipamentos, de acordo com o Código de Defesa do
Consumidor. Esse foi o modelo adotado no Brasil”, reforça Lenz.
Documento elaborado pelo Minicom, inclusive, prevê uma revisão do Processo
Produtivo Básico (PPB) para a produção de aparelhos de TV que contam com
incentivos fiscais. A proposta é que todos os aparelhos que já tenham o
conversor integrado tragam também o Ginga a partir de julho. Atualmente, todas
as TVs com 26 polegadas ou mais são produzidas com o conversor digital. Neste
momento, a ideia está em avaliação nos ministérios da Ciência e Tecnologia e do
Desenvolvimento, segundo informações oficiais do Minicom.
A implantação do sistema de TV Digital no Brasil segue três diretrizes
principais: transmissão digital em alta definição (HDTV) e em definição padrão (SDTV);
transmissão simultânea para recepção fixa, móvel e portátil; e interatividade.
Esse último quesito é garantido pelo Ginga, ferramenta desenvolvida por técnicos
brasileiros que permite ao telespectador utilizar recursos como acesso a
movimentações bancárias, serviços prestados pelo governo e compras.
*Com informações do ministério das Comunicações