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Leia na Fonte: Convergência Digital
[13/08/12]
Governo culpa resistência de fabricantes ao Ginga pelo atraso - por Luís
Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz
Apesar das difíceis negociações – e da relutância de boa parte dos fabricantes
de aparelhos de TV de incorporarem o Ginga como software de interatividade no
sistema digital – o Ministério das Comunicações acredita que a partir do próximo
ano o mercado começa a recuperar o tempo perdido.
“Tomamos uma decisão de tornar obrigatória a instalação do hardware com o
software nos aparelhos receptores. Isso vai ajudar a deslanchar. E estamos
começando a discutir com as produtoras de conteúdo, as emissoras. Vai acabar
pegando”, lembra o ministro.
“Os fabricantes não queriam colocar. Discutimos com eles praticamente um ano. No
fim, não teve acordo. Então, fizemos. Tinha uma briga porque o pessoal queria
ter outras soluções, não queria por o Ginga, queria ter software fechado
embarcado.”
Sem acordo, o governo baixou novas normas de Processos Produtivos Básicos
relacionadas à fabricação de aparelhos de TV, determinando que a partir de 2013
os equipamentos tragam o Ginga (de início, 75% deles; percentual que passa a 90%
em 2014.
A dúvida é se o tempo será suficiente para que os brasileiros troquem os
televisores até 2016. E ainda há aqueles que adquiriram televisores supostamente
compatíveis com o sistema digital, mas que – por conta da disputa lembrada pelo
ministro – não contemplam a interatividade.
“Quem já trocou de televisão, não vai fazer igual celular. Quem compra uma
televisão vai querer ficar com ela seis, sete anos. Então quem já tem, acho que
foi um espaço que perdemos, vai demorar mais. Por outro lado, começando no ano
que vem, as pessoas já vão começar a comprar com tecnologia embarcada. Acaba
ficando mais atraente para a própria televisão adotar as tecnologias.”