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Leia na Fonte: Convergência Digital
[13/01/12]
Falta de consenso entre governo e indústria atrasa PPB do Ginga - por Luís
Osvaldo Grossmann
Sem um acerto completo entre fabricantes de televisores e governo, acabou sendo
novamente adiada a publicação da portaria com o Processo Produtivo Básico dos
equipamentos que contempla um cronograma até que todos os equipamentos
fabricados no país já saiam de fábrica com a incorporação do Ginga, a camada de
programação voltada à interatividade na TV Digital.
Como ainda há expectativa de um acerto, uma nova meta é publicar o PPB nos
próximos dias. O nó está no ponto de partida desse calendário. Em geral, chegar
a 2014 com o Ginga incorporado é ponto pacífico. Mas as empresas tentam ainda
empurrar um pouco o início desse processo.
“Tem uma reivindicação da indústria de que o prazo proposto no texto que passou
por consulta pública, de que começasse a valer a partir de julho deste ano,
fosse adiado, mas ainda estamos discutindo”, reconheceu o ministro do
Desenvolvimento, Fernando Pimentel, após o novo adiamento do PPB.
Originalmente, o governo propôs, em consulta pública, começar forte, com 75% dos
aparelhos com Ginga a partir de julho deste ano. Esse percentual, porém, já
mudou. O governo aceita que o primeiro passo inclua 50% dos televisores, mas
resiste a adiar o prazo.
Os fabricantes, por outro lado, contra-argumentam com a proposta de que 20% dos
televisores comecem a vir com o middleware de interatividade a partir de
outubro. Sustentam que precisam mais tempo para se prepararem e ganharam apoio
do governo do Amazonas – onde a maioria da indústria está.
“O ministro interino do MDIC, Alessandro Teixeira, mostrou-se solidário a
questões colocadas como urgentes para o Amazonas, como a prorrogação do período
de implantação do sistema Ginga nos televisores”, afirmou Omar Aziz. “Pedimos
até outubro para que as empresas possam se adequar”, completou.
O governo, ciente de que ainda deve uma resposta mais eficiente ao programa de
implantação da TV Digital e, especialmente, ao Ginga, parece disposto a
encontrar um meio termo entre as duas posições. E há quem tema que, se as
fabricantes levarem à questão ao Judiciário, nenhum cronograma sobreviva.
Por esse raciocínio, o ganho estaria em ser preservado o fim do calendário, com
o Ginga em todos os aparelhos quando se aproximar o período de maiores vendas –
as proximidades da Copa do Mundo de 2014. Falta encontrar um percentual entre
20% e 50% e um mês entre julho e outubro.