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Leia na Fonte: Convergência Digital
[25/05/12]
TV digital movimenta mercado de desenvolvimento
A partir de 2013, 75% das televisões fabricadas no Brasil deverão sair de
fábrica já equipadas com o Ginga, middleware aberto do sistema brasileiro de TV
digital e que, em última instância, vai permitir que os telespectadores
interajam com seus programas e emissoras favoritos. Como o mercado brasileiro de
TVs é avaliado em cerca de 10 milhões de TVs ano, o potencial de novos usuários
do sistema começa a mexer com o mercado de desenvolvimento.
Um exemplo é a comunidade Java brasileira, estimada em mais de 135 mil
desenvolvedores e que, de acordo com Paulo Riskalla, líder da área de Java OEM/Parceiros
da Oracle para a América Latina, há algum tempo está envolvida nas discussões
sobre TV digital no Brasil. O executivo afirma que a comunidade enxerga este
mercado como um novo nicho a ser explorado, e vem discutindo isso sempre que
possível.
“Na semana passada, o JustJava teve uma palestra exclusiva sobre TV Digital. Há
pelo menos dois ou três anos todos os eventos da comunidade tem contado com
discussões sobre o assunto. Na verdade, a comunidade está ansiosa para ver o
mercado deslanchar de fato”, diz. Riskalla diz que a Oracle tem participado dos
eventos com demonstrações de TV digital e acredita que, a partir do ano que vem,
será possível mensurar o quanto do contingente de desenvolvedores estará
envolvido com o novo mercado.
De todo modo, o executivo acredita que muitas oportunidades surgirão. “O que
temos visto hoje são emissoras usando aplicações relacionadas ao conteúdo que
está sendo transmitido ou algum tipo de e-commerce. Elas têm utilizado a
interatividade relacionada ao conteúdo”, diz, afirmando que este é um cenário
que pode mudar.
O governo, por exemplo, enxerga a TV digital como ferramenta de inclusão
digital, através da qual o cidadão poderá usar aplicativos como checar FGTS,
aplicações de e-Banking em bancos públicos. Para Riskalla, tudo vai depender do
modelo de negócios a ser adotado pelos radiodifusores.
Hoje as emissoras estão investindo mais em aplicativos relacionados ao conteúdo
que transmitem. A TV Globo, por exemplo, teve aplicativos relacionados à novela
Caminho das Índias e às transmissões dos jogos do Campeonato Paulista de
Futebol. “Tudo vai depender de como os radiodifusores vão organizar a receita
que virá desses aplicativos. As possibilidades são infinitas, porque a TV
passará a ser um portal”, conclui.