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Leia na Fonte: Convergência Digital
[25/08/14]
TV digital: Forum SBTVD diz que 1/3 dos paulistanos ainda tem TVs com tubos
- por Ana Paula Lobo
A digitalização da TV ainda está muito distante da realidade dos seis milhões de
lares da cidade de São Paulo. Essa é a constatação de um estudo realizado pelo
Fórum SBTVD e apresentado na SET Expo. O estudo diz que 51% dos lares
paulistanos dependem da TV aberta para assistir a TV e apenas 9% desses lares
têm TVs com o sinal digital. "Temos muito para trabalhar e essa é a prova", diz
David Britto, do Fórum SBTVD. Dados dão conta que, no ano passado, existiam 20
milhões de TVs com Ginga no país.
O levantamento do Fórum SBTVD mostra ainda que a política do governo de
distribuição de conversores, inicialmente com alvo nos beneficiários do Bolsa
Família e a distribuição de 14 milhões de conversores, tem uma razão de ser. E
mais: como aconteceu em 2007, quando os fabricantes de TVs resistiram à ideia
dos conversores e do próprio uso do Ginga, o sistema de interatividade
desenvolvido no Brasil, hoje também há arestas para serem aparadas nessa área.
Ao participar de painel sobre o edital 700 MHz, o vice-presidente da Samsung,
Benjamin Sicsú, revelou a preocupação dos fabricantes, que embutem o conversor
nos aparelhos de TVs, deixou claro a sua não tão boa vontade de ter os
conversores como política estratégica."Nosso setor sempre acreditou que a melhor
solução para chegar aos 93% é com o equipamento final (televisores completos).
Não acreditamos que seja através da digitalização de equipamentos analógicos".
Sicsú foi além. "Precisamos pensar bem no modelo a ser adotado. Quem comprou TVs
no último ano, vai ter que trocar a sua? Vai ter que comprar um conversor? Temos
que pensar que as TVs têm conversores com Ginga embutidos. Esses conversores
podem e devem ser usados", disse. A disputa fica clara como o foi em 2007,
quando os fabricantes de TVs decidiram colocar conversores embutidos, com as
suas versões do Ginga e com pouco uso efetivo pelo consumidor.
A estratégia do conversor para as TVs mais antigas acabou sendo posta de lado,
uma vez que o custo também não chegou ao pretendido à época pelo governo - R$
250,00. Neste novo conceito de conversores, o custo está sendo repassado para as
operadoras de telecomunicações - em especial para o programa Bolsa Família. Mas
há a preocupação com quem não faz parte desse projeto.
"Há muitos brasileiros que têm TVs antigas e não estão no Bolsa Família. Os
conversores podem ser uma saída, mas temos que pensar no filtro. Eu estou
acreditando que a 'máxima do Bernardo' será cumprida: não haverá tela preta por
conta da interferência do 4G. Mas acho que o ritmo de migração está sendo
acelerado demais. A TV está em qualquer lugar do Brasil. O celular não",
destacou o vice-presidente do Grupo Bandeirantes, Walter Ceneviva.