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Fonte: Convergência Digital
[09/06/14]
TV digital: TOTVS e Oracle pedem Ginga nos conversores distribuídos pela Anatel
- por Luís Osvaldo Grossmann
Principal empresa a investir em um sistema operacional baseado no Ginga, a TOTVS,
por meio de sua unidade de softwares para TV Digital, pediu à Anatel que inclua
no edital da faixa de 700 MHz a exigência do middleware desenvolvido no Brasil
nos conversores que serão distribuídos pelas operadoras móveis.
O edital já prevê que, dentre os custos da “limpeza” da faixa de 700 MHz – ou
seja, o remanejamento de emissoras de televisão para outra parte do espectro –
serão distribuídos conversores para recepção dos sinais digitais por aparelhos
analógicos.
A própria Anatel, em recorrentes manifestações públicas, vem defendendo que
esses conversores contemplem o Ginga, que foi desenvolvido no Brasil para servir
como sistema básico da interatividade no modelo de TV Digital adotado pelo país
– por sinal, um dos argumentos pela escolha do padrão japonês.
Em essência, o Ginga funciona como um programa intermediário neutro ou
“poliglota”, de forma que tanto as emissoras como os fabricantes de aparelhos de
televisão podem prever recursos de interatividade de forma que todos conversem
entre si.
Apesar de aparentemente defender a adoção do sistema, ao descrever a obrigação
de distribuição dos conversores, preliminarmente às famílias cadastradas no
Bolsa Família, a Anatel não fez referência expressa ao Ginga ou mesmo à
interatividade.
O diretor-geral da TQTVD, a divisão da TOTVS para TV Digital, David de Britto,
sustenta que “a maioria das companhias fabricantes de aparelhos de TV, em
acordos comerciais com a indústria brasileira de software, já colocaram no
mercado vários modelos de TVs dotados dos recursos de interatividade”, na
contribuição pública enviada à Anatel.
Visto a mencionada adoção e o fato de que “o Ginga teve amplo reconhecimento
internacional, ele defende “não haver restrições tecnológicas, nem de circuitos
eletrônicos, nem de softwares, para a adoção da interatividade.” Para Britto,
trata-se da garantia de que a exigência do middleware é viável.
Da mesma maneira, a Oracle do Brasil – subsidiária da detentora do Java, usado
também pelo Ginga – lembra que “a interatividade sempre foi vendida pelo governo
como um dos grandes diferenciais competitivos do Sistema Brasileiro de TV
Digital e não pode ser deixada de lado”.
Para a Oracle, o middleware representa “imenso potencial que pode ser muito
explorado pelas empresas de software utilizando o padrão Ginga para gerar novos
aplicativos, modelos de negócios inovadores e integração de serviços com
potencial de fortalecer este segmento empresarial no Brasil”. Na semana
passada,a Anatel concluiu a consulta pública número 19 sobre o 700 MHz.