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Fonte: Convergência Digital
[20/05/16]
TV digital: Brasília recruta 1000 alunos e cria a Patrulha Digital - por
Luís Osvaldo Grossmann
O governo do Distrito Federal começou a se preparar para o
apagão analógico de televisão, marcado para 26 de outubro próximo. Um primeiro
grupo de 1.020 alunos do Senai começam neste fim de semana a percorrer regiões
da capital para ajudar os mais pobres a instalar os conversores, de forma que
mesmo quem não possui aparelho digital continue a assistir TV depois do
desligamento dos sinais analógicos.
Os primeiros alvos são as maiores cidades do DF, Taguatinga e Ceilândia. Mas
além das demais regiões da capital, os equipamentos também já estão sendo
distribuídos aos inscritos no Cadastro Único dos programas sociais do governo
federal. Os alunos tiveram aulas práticas e teóricas com técnicos da Globo para
a instalação das antenas, conversores e amplificadores de sinal.
Segundo a EAD (agora Seja Digital), o braço operacional da digitalização, cerca
de 370 mil conversores serão distribuídos em Brasília (212 mil) e em nove
cidades do Entorno Águas Lindas, Cidade Ocidental, Cristalina, Formosa, Luziânia,
Novo Gama, Planaltina, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso.
As emissoras de televisão também pediram ao governo do Distrito Federal que
inclua avisos sobre o desligamento dos sinais analógicos em todas as contas de
água e de energia elétrica – algo que o governador Rodrigo Rollemberg já
sinalizara como possível quando, no início de abril, foi procurado pelo então
ministro das Comunicações, André Figueiredo.
Paralelamente, a EAD, empresa criada pelas operadoras móveis e que atua como
braço operacional da transição digital, firmou nesta mesma semana um convênio
com a Universidade Católica de Brasília para divulgar o desligamento analógico
na capital.
Pelo acordo, a EAD – que agora vai passar a se chamar Seja Digital – “fornecerá
todos os recursos financeiros para as ações e materiais de comunicação sobre a
transição de sinal”. O valor, porém, não foi revelado porque de acordo com a
Seja Digital “pode variar de acordo com o volume de atividades desenvolvidas
pelos grupos de alunos e as demandas dos projetos”.
A Universidade Católica de Brasília tem envolvimento direto com o tema, não
apenas por oferecer pós graduação em TV Digital, mas por ter programas
específicos sobre o middleware Ginga, que poderia ser descrito como uma camada
de interoperabilidade para aplicações interativas na TV Digital.
Não por menos, o convênio prevê que pesquisadores do mestrado em Comunicação da
UCB farão testes de usabilidade do Ginga, por meio de pesquisa no campo da
recepção. Além disso, estudantes vão trabalhar na disseminação de informações
sobre o processo de migração da TV Digital, indo por exemplo a locais de
atendimento de serviços públicos, como hospitais.