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Leia na Fonte: Teletime
[05/08/10]
Em dificuldades, operadora móvel Aeiou vive momento decisivo - por Samuel
Possebon
A pequena operadora de telefonia celular Aeiou (Unicel), que atua na região
metropolitana de São Paulo, vive momentos de importantes definições sobre seu
futuro. A empresa não conseguiu até aqui sair de 20 mil assinantes, número que
alcançou nos primeiros meses após o início da operação, em agosto de 2008. Em se
tratando do principal mercado do país, o resultado é ínfimo.
Além das disputas judiciais trabalhistas e com fornecedores, a operadora terá
que pagar, este mês, a parcela de quase R$ 20 milhões equivalente ao primeiro
pagamento pela outorga. O montante equivale a 10% do total ofertado mais as
correções. Outras seis parcelas de 15% do valor ofertado no leilão precisam ser
desembolsadas em seis anos. A operadora arrematou a banda E (15 MHz + 15 MHz na
faixa de 1,8 GHz) na região metropolitana de São Paulo em março de 2007,
oferecendo em leilão R$ 93.834.413,00 na época. Posteriormente, a empresa ainda
levou a banda de extensão de 2,5 MHz + 2,5 MHz na faixa dos 900 MHz por cerca de
R$ 15 milhões. Caso a Aeiou não consiga pagar o valor da outorga, a Anatel
poderá abrir um processo administrativo, eventualmente cassando a licença de uso
do espectro. Há ainda, dentro da agência, a preocupação com a situação
operacional da empresa, já que o contrato de operação e manutenção de rede com a
Huawei foi suspenso no começo do ano e muitos funcionários deixaram a empresa.
Esta semana, TELETIME News recebeu denúncias de que a Aeiou teria suspendido
suas atividades, mas as informações se revelaram incorretas. Esse noticiário
ouviu um executivo da operadora, que desmentiu qualquer problema operacional. O
telefone do executivo era um celular da Aeiou, e estava funcionando, como a
própria conversa confirmou. Na Anatel, também não há informação sobre
desligamento da rede. Além disso, o call center da empresa continuava atendendo.
A atendente informa que a empresa tem deficiências na cobertura e recomenda que
os celulares da Aeiou sejam adquiridos apenas como uma segunda linha, para fazer
ligações, em função dos preços mais baratos.
Segundo o executivo da Aeiou ouvido por este noticiário, de fato a situação da
empresa não é simples e há muitas disputas judiciais em curso, mas a empresa
trabalha para resolver seus problemas econômicos. A notícia positiva para a
Aeiou é que seus acionistas obtiveram, em março deste ano, uma vitória arbitral
que resolveu a pendência societária com o grupo árabe Hits Telecom, que havia se
comprometido a investir na empresa. Segundo apurou este noticiário, esta nova
configuração está permitindo à empresa negociar com possíveis investidores em
melhores condições.