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Leia na Fonte: IDG Now!
[22/09/11]  Operadora celular "desaparece" deixando R$ 100 milhões em dívidas

Com nome comercial Aeiou, Unicel começou a operar há 3 anos em SP e já esteve envolvida em escândalos em 2010; nem Anatel sabe paradeiro de empresa.

Já ouviu falar de uma empresa que simplesmente desapareceu? Pois foi isso mesmo que aconteceu com a operadora celular brasileira Unicel, de acordo com informações do jornal Valor Econômico.

Como aponta a reportagem, nem mesmo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) sabe sobre o paradeiro da companhia, e até publicou um comunicado no “Diário Oficial da Uníão”, em agosto, dizendo que “a Unicel se encontra em local incerto e não sabido.” Procurada pelo jornal, a Anatel também não soube informar se a operadora continua em atividade.

E, como não poderia deixar de ser, a Unicel sumiu do mapa sem deixar rastros, mas deixando muitas reclamações – mais de 70 no site Reclame Aqui, principalmente sobre falta de sinal de rede, e outras 36 no Proteste em 2010 – e inúmeras dívidas como suas heranças malditas. No entanto, até mesmo as ações contra a empresa, que incluem pedidos de falência, caminham lentamente na Justiça porque os oficiais não a encontram para entregar as notificações.

A companhia está devendo cerca de 100 milhões de reais referentes a pagamentos de licenças compradas em leilões realizados pela Anatel em 2005 e 2007, sendo uma para atuar na Grande SP e outra uma faixa de extensão – as licenças podem ser perdidas caso os pagamentos não sejam efetuados, de acordo com a Anatel.

Segundo o Valor, a “operadora fantasma”, cujo nome comercial é Aeiou, não envia informações à Anatel desde maio deste ano, quando tinha 14 mil clientes no país, número que representava apenas 0,007% dos assinantes móveis brasileiros. Lançada em 2008 na Grande SP, a Unicel planejava chegar a 500 mil assinantes em um ano, mas não passou dos 22 mil no auge.

A Unicel esteve envolvida em outra polêmica no ano passado, após surgirem suspeitas de um suposto favorecimento para a operadora por parte da ex-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, no ano passado, cujo marido, José Roberto Camargos Campos, trabalhava como consultor da operadora celular.