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Leia na Fonte: Convergência Digital
[26/01/12]
Anatel abre brecha para tarifas de interconexão maiores para empresas sem PMS
- por Luiz Queiroz
O Conselho Diretor da Anatel aprovou nesta quinta-feira, 26/01, um voto
divergente da conselheira Emília Ribeiro, no qual ela asseguraria um recurso à
Unicel, no qual foi solicitado o direito de cobrar a tarifa máxima de
interconexão contra a Telefônica, que teria sido negado pela agência num
processo datado de 2008. Medida abre jurisprudência para que operadoras sem
poder de mercado significativo (PMS) possam cobrar tarifa máxima de interconexão
das grandes operadoras.
Ao, agora, analisar o recurso da Unicel, Emília Ribeiro se contrapôs ao voto do
relator do processo, conselheiro Jarbas Valente, que manteve a decisão de 2008
de não conceder à empresa o direito de cobrar até 20% na tarifa de interconexão
da Telefônica.
A conselheira entendeu que a Unicel, por não ter Poder de Mercado Significativo
(PMS), poderia cobrar o maior valor praticado da VU-M, elevada em até 20%, como
recomenda o regimento de interconexão.
Na última reunião, após proferir o seu voto divergente, a discussão terminou sem
um acordo no conselho, o que obrigou o presidente João Rezende a pedir vistas.
Porém na sessão desta quinta-feira, 26,ao retomarem a questão, todos acabaram
votando, inclusive Jarbas Valente, com a posição de Emília Ribeiro.
O que ocorreu de diferente, entretanto, que deixa a Unicel com a sensação de que
obteve uma "vitória de Pirro", foi o fato de que o conselho aprovou o voto
divergente da conselheira Emília, mas determinou que a tarifa de interconexão
ainda seja analisada pela Comissão de Arbitragem - a mesma que, em 2008, foi
contrário ao direito da operadora. Neste caso, dificilmente a Unicel poderá
cobrar da Telefonica a tarifa máxima pleiteada.
Vale lembrar também que a Unicel praticamente não existe mais no mercado. A
empresa enfrenta problemas de controle acionário e quase não tem assinantes em
São Paulo. Empresa, inclusive, já enfrentou pedidos de falência, mas a decisão
pode vir a favorecer outras operadoras, sem PMS, já que abre uma jurisprudência
legal na agência reguladora.
CDTV acompanhou esse trecho da reunião do Conselho Diretor da Anatel. Assistam.