FERNANDO NETO BOTELHO
TELECOMUNICAÇÕES - QUESTÕES JURÍDICAS
Janeiro 2004 Índice (Home)
26/01/04
• Europa terá acesso à Internet, via dirigíveis
Trecho da notícia comentada:
"AGÊNCIA ESTADO 26-01-2004 - A 20 quilômetros de altitude, os dirigíveis
funcionarão como um satélite de telecomunicações, permitindo conexões 200 vezes
mais velozes do que as proporcionadas por ADSL."
----- Original Message -----
From: Fernando Botelho
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, January 26, 2004 2:00 PM
Subject: Re: [wireless.br] Europa terá acesso à Internet, via dirigíveis
Prezado Marilson,
Acabei tendo uma inevitável curiosidade sobre esse assunto abaixo, que não sei
se a matéria a esclarece, ou se você mesmo teria esta informação.
Embora interessante e curiosa a iniciativa de posicionamento do "satélite" em
balões - particularmente, acho que o protótipo não poderia ser enquadrado como
tal, pois não se sujeitaria ao conceito de gravitação autônoma, isto é, de
elemento sujeito à atração gravitacional pura, sendo na verdade suportado por
atividade do balão, e posicionado ainda dentro da própria camada atmosférica (da
troposfera), e não da ionosfera - gostaria particularmente de saber como estará
programada a questão do posicionamento do "satélite" neste nível da atmosfera,
já que há informações (já li sobre isso) de que a questão crítica da atividade
satelital e da exploração da capacidade espectral-satelital situa-se exatamente
no problema do posicionamento (e necessidade de reposicionamento) orbital dos
satélites.
Neste exato posicionamento - corrigido, permanentemente, por ação das ET -
estações terrenas (pelas antenas), e emissão de sinais de RF para acionamento de
foguetes do próprio satélite - estará a boa ou má-performance dos uplinks/downlinks
típicos das transmissões de dados, razão pela qual satélites que visam compor
esta específica topologia (interconexão de backbones, para transmissão de dados,
ou mesmo de voz) são usualmente posicionados em órbita alta (mais de 40.000 km),
onde a atividade gravitacional é menor e o reposicionamento orbital menos
necessário e, conseqüentemente, menos oneroso.
A pergunta é: como farão para controlar o posicionamento de um "satélite" como
esse (suportado por balões, que se sujeitarão à ação intensa da atmosfera) a
cada momento de seu deslocamento (mínimo que seja) neste nível da
troposfera?....a menos que estejam programando handoffs, com deslocamentos da
transmissão por diversas antenas terrenas.
Será isso?
Obrigado, e um abraço,
Fernando Botelho