FERNANDO NETO BOTELHO

TELECOMUNICAÇÕES - QUESTÕES JURÍDICAS

Julho 2004               Índice (Home)


05/07/04

E-mail não-privativo/EUA

----- Original Message ----- 
From: Fernando Botelho 
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br ; Celld-group@yahoogrupos.com.br ; abdimg@yahoogrupos.com.br 
Sent: Monday, July 05, 2004 11:43 AM
Subject: [wireless.br] E-mail não-privativo/EUA
Leiam só essa aí embaixo....
Uma violência assustadora, que, a ser mantida, arrisca a sustentação dos próprios serviços SMTP.
Não creio que isso resita a uma análise mínima de constitucionalidade, no Brasil.
Em todo caso, é um leading case - americano - importante.
Abs.,
Fernando Botelho

Negócios São Paulo, 5 de Julho de 2004 
E-mail não é privativo, diz tribunal dos EUA 
A Corte de Apelações dos Estados Unidos determinou que o vice-presidente de um provedor de acesso à internet não pode ser acusado de violar leis federais de privacidade por ler e-mails enviados a seus clientes.

Segundo advogados especializados em privacidade, a decisão dá sinal verde para provedores e outros fornecedores de serviços de e-mail espionarem mensagens de internautas.

A Corte reforçou na terça-feira (29/06) a decisão de um tribunal inferior que isentou Bradford C. Concilman, vice-presidente do provedor Interloc, de acusações de violação de privacidade. O Interloc era inicialmente um serviço de listagem de livros antigos, e passou a fornecer serviços de e-mail para seus clientes em 1998. Em janeiro daquele ano, Councilman afirmou a seus funcionários para criar um código de computador que lesse as mensagens enviadas pelo Amazon.com, seu concorrente na venda de livros.

O executivo foi acusado de violar uma lei que proíbe cidadãos privados de interceptar meios de comunicação. No entanto, o juiz da Corte de Apelações, Juan R. Torruella, afirmou que a legislação norte-americana não proíbe os provedores e empresas prestadoras de serviços de e-mail de ler mensagens que estão em seus servidores.

Segundo o magistrado, a lei dá proteção contra a interceptação da comunicação oral e via cabos (como em telefones fixos), mas não determina especificamente sobre informações armazenadas ou comunicação eletrônica.

Advogados do Centro para a Democracia e Tecnologia (CDT) e da Electronic Frontier Foundation (EFF), questionaram a decisão da Corte. Segundo eles, a sentença "provoca uma grande brecha na privacidade da comunicação via internet".

Os representantes de Councilman afirmaram que a decisão foi correta, já que o Congresso prevê proteção menor para os meios eletrônicos do que para outros tipos de comunicação.

Grant Gross - IDG News Service, EUA 
Tradução de IDGNow! 
02/07/2004 
http://computerworld.uol.com.br/AdPortalV3/adCmsDocumentoShow.aspx?documento=28498&Area=1 

 


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