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Tom Jones Moreira de Assis (tomjonesmoreira@yahoo.com.br) é formado em Processamento de Dados. É especialista em redes Windows. É membro da Brazil IPv6 Task Force. Atua como consultor técnico e pesquisador de novas tecnologias, entre elas, TV Digital, VoIP, Wi-Fi e  IPv6. É autor do site TV DigitalBR.

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Apresentação

Transcrição de um "pequeno grande" artigo de Gabriel Torres que vale como uma apresentação e também um resumo do assunto "TV Digital".

Fonte: Clube do Hardware  Visite!

TV Digital

http://www.clubedohardware.com.br/artigos/1010
Autor: Gabriel Torres  Última Atualização: 19 de abril de 2005  

O Brasil é um dos poucos grandes países do mundo que ainda não decidiu qual padrão de transmissão de TV digital adotará. Uma das causas dessa demora é fato do ex-Ministro das Comunicações Miro Teixeira insistir pelo desenvolvimento de um padrão próprio brasileiro. A conseqüência direta na demora dessa decisão é que deixa o Brasil para trás em comparação aos demais mercados do mundo, incluindo outros importantes países em desenvolvimento tais como México, Rússia, Índia e China, que já decidiram qual padrão seguir. Outro detalhe é que o FCC (a Anatel norte-americana) estipulou que até maio de 2006 todas as transmissões de TV aberta nos EUA terão de ser digitais.

No mundo existem três padrões:

  • ATSC (Advanced Television Systems Committee), adotado pelos EUA, Canadá, México e Coréia do Sul;
  • ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial), adotado pelo Japão;
  • DVB-T (Digital Video Broadcast Terrestrial), adotado pelos demais países que já decidiram qual padrão seguir, em especial os países da Europa, Ásia, África e Oceania.

O sistema de transmissão digital usa a codificação MPEG-2 digitalizar as imagens, o mesmo padrão de codificação usado pelo DVD. A diferença entre os sistemas de transmissão está na maneira com que as imagens são codificadas para a transmissão, o formato de vídeo antes da codificação, o formato de vídeo após a codificação e a maneira com que o áudio é codificado. O sistema ATSC usa um esquema chamado 8-VSB, enquanto os outros dois sistemas usam um esquema chamado COFDM, que é menos sensível a interferências.

Interessante notar que o Brasil é o único país no mundo pensando em adotar o sistema japonês. Testes realizados pela ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e pela SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações) sob supervisão do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) demonstrou que dos três padrões, o ISDB-T era o melhor, seguido do DVB-T e finalmente pelo ATSC.

Aparentemente o fato de o ATSC ser o mais sensível a interferências não preocupa o mercado norte-americano, onde poucas pessoas ainda assistem TV aberta (isto é, através de antenas). O que nos faz pensar se a escolha do ATSC terá sido a melhor opção para o México. Por outro lado, devemos nos lembrar que o México faz parte do NAFTA (North American Free Trade Association, Zona de Livre Comércio da América do Norte), que faz do país um dos principais fabricantes e exportadores de produtos para o mercado norte-americano e, portanto, a adoção do mesmo sistema dos EUA aparentemente é melhor mais por motivos comerciais do que técnicos.
 


Artigos



O futuro da TV chegou
Valdecir Becker - Plano de Comunicação do SBTVD (12/12/2005)
 

Portal AliceRamos.com
Editorial
Tv digital prestes a sair do papel para a telinha


Autores: Marcus Manhães (manhaes@cpqd.com.br) e Pei Jen Shieh  (pei@cpqd.com.br) :

- Canal de Interatividade: Uma Visão de Futuro

- Canal de Interatividade: Conceitos, Potencialidades e Compromissos

- Padrão para TV Digital Brasileira: o Limite do Sistema Canal de Interatividade



Vale conferir a Seção TV Digital do site TELECO em http://www.teleco.com.br/tvdigital.asp
 


 

Mensagens


 
----- Original Message -----
Sent: Monday, February 13, 2006 12:38 PM
Subject: [Celld-group] TV Digital... "Em Debate"... no TELECO

 
Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
 
O site TELECO possui uma Seção denominada "Em Debate".
No dia 06 de fevereiro José Luis de Souza, diretor do TELECO, publicou um excelente texto na Seção, propondo-se a estender o debate para as próximas semanas.
 
(...) Estes textos abordam praticamente todos os aspectos que envolvem a implantação da TV Digital no Brasil.
Esta semana iniciamos um Em Debate Especial sobre o assunto, a fim de que um maior número de pessoas possa externar suas opiniões e aprofundar-se em suas contribuições.
Na próxima semana, dando seqüência ao debate, teremos textos de defesa de cada um dos três padrões, escritos por seus representantes. Nas duas semanas seguintes procuraremos obter textos de profissionais da indústria, centros de pesquisa, radiodifusores e operadores de telecomunicações aumentando o ângulo de visão de tão complexa decisão.
O presente texto visa, portanto, dar início a um ciclo de 4 semanas dedicadas à discussão da implantação da TV Digital no Brasil. (...)
 
Já estão publicados:
Em Debate Especial
[06/02/06]   Implantação da TV Digital no Brasil
José Luis de Souza
(Transcrição parcial abaixo)
 
A defesa de cada padrão: 
[11/02/06]   O DVB e sua importância social, técnica e economica para o Brasil
Salomão Wajnberg (padrão europeu)
 
[11/02/06]   ISDB-T - Um Sistema de TV Digital para o Brasil
Murilo Pederneiras (padrão japonês)
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

heliorosa@wirelessbrasil.org
Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-group WirelessBr
Coordenador da
ComUnidade WirelessBRASIL e do Giga Site WirelessBR
Coordenador-Adjunto para "Novas Tecnologias":
Eduardo Prado
"Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
 

Geral 

A implantação da TV Digital no Brasil tem sido tema de discussão em diversos níveis da sociedade brasileira. O Teleco e seus colaboradores tem procurado esclarecer as tecnologias e o contexto desta importante mudança no cenário da comunicação de massa em diversos trabalhos como na página do Teleco dedicada à TV Digital e nos seguintes tutoriais:

TV Digital
Francisco Sukys e Cristiano Akamine

TV Digital no Brasil
Hélio Graciosa

DVB, Um modelo mundial para TV Digital no Brasil?
Eduardo Nascimento Lima, Marilson Duarte Soares e Salomão Wajnberg

Estes textos abordam praticamente todos os aspectos que envolvem a implantação da TV Digital no Brasil. 
Esta semana iniciamos um Em Debate Especial sobre o assunto, a fim de que um maior número de pessoas possa externar suas opiniões e aprofundar-se em suas contribuições. 
Na próxima semana, dando seqüência ao debate, teremos textos de defesa de cada um dos três padrões, escritos por seus representantes. Nas duas semanas seguintes procuraremos obter textos de profissionais da indústria, centros de pesquisa, radiodifusores e operadores de telecomunicações aumentando o ângulo de visão de tão complexa decisão. 
O presente texto visa, portanto, dar início a um ciclo de 4 semanas dedicadas à discussão da implantação da TV Digital no Brasil. 
Por ser um site aberto, desejamos que as contribuições que aqui serão apresentadas sejam utilizadas por aqueles que têm a missão de preparar análises e argumentos que balizarão a decisão do Governo.

O que se pretende?
Pretende-se escolher um padrão de TV digital que seja o melhor para a Nação Brasileira dentre as 3 opções existentes mundialmente: ATSC (americano), DVB (europeu) e ISDB (japonês). 
A complexidade da análise é significativa, considerando as diferenças sociais e extensão geográfica brasileiras, internacionalização da economia, mercado para a programação Nacional, política externa, etc. 

Que aspectos devem ser levados em conta na análise das alternativas de padrão? 
Sem querer ser exaustivo na resposta e pedindo contribuições à resposta:
 

Aspectos Políticos e Institucionais Alcance/ desenvolvimento social

Desenvolvimento científico e tecnológico

Desenvolvimento Industrial

Incentivo à geração de conteúdo Nacional

Política Externa

Etc,

Aspectos Legais e Regulatórios Propriedade intelectual

Conteúdo e direitos associados

Licenças de serviços envolvidas

Eventuais mudanças na lei

Eventuais mudanças regulatórias

Etc,

Aspectos Técnicos Uso ótimo do espectro de freqüências

Definição de imagem

Interatividade

Mobilidade

Portabilidade

Evolução tecnológica

Migração para o sistema digital

Etc,

Aspectos Comerciais Modelo de negócio de cada ator da cadeia de valor

Investimentos em equipamentos de infra-estrutura

Pagamento de royalties,

Contrapartidas ofertadas

Escala industrial

Custos dos Set Top Boxes e Televisores

Balança comercial

Etc,

Outros Aspectos  

 

Os Critérios de análise. O que pode ser decisivo para o Brasil? 
Parece claro que não se trata de tomar uma decisão apenas técnica para escolher o padrão de TV digital para o Brasil. 
Certamente cada setor da cadeia de valor contribuirá de maneira diferente nesta resposta. 
Considerando que se trata de uma decisão de alto nível do Governo Brasileiro, parece razoável pensar que Aspectos Políticos e Institucionais terão maior peso. 
Temos ouvido que os aspectos chaves são a Interatividade, a Mobilidade, a Portabilidade e a Definição de Imagem. Por serem fatores técnicos podem ser disponibilizados por qualquer padrão ainda que em datas diferentes? 
O fator decisivo é a preservação do modelo de negócio das emissoras de TV, como defendido por alguns? 
A produção de conteúdo nacional deve ser protegida? Incentivada? 
Os centros de P&D nacionais devem ser privilegiados no desenvolvimento de aplicativos? Como? 
Dado o volume de produção previsto para o Brasil, deveriam ser criados mecanismos que refletissem maiores exportações de receptores fixos e móveis (TV’s, Set Top Boxes, Handhelds), como ocorre com aparelhos celulares?
O fator preço dos receptores fixos e móveis (Set Top Boxes, TV’s, Handhekds) é decisivo para o sucesso do serviço, além da facilidade de pagamento, pelas características do brasileiro. Estes preços chegarão competitivos? Tendo em vista a necessidade da inclusão digital o Governo deveria subsidiar a compra num momento inicial para conferir maior volume de produção à indústria e portanto, preços mais baixos? 
Enfim, este é um bom tema para este debate. Quais os pesos que deveríamos atribuir a cada grupo de aspectos e quais de cada grupo de fato devem fazer a diferença nos critérios de desempate? Quais os fatores eliminatórios? Deveria ser discutido com a sociedade um processo e critérios de decisão? 

Qual a data provável da decisão? Estamos prontos para decidir? 
É comum a opinião de que o Governo não estará pronto para escolher o padrão até 10 de fevereiro. De fato, o mais comum é ouvir-se que esta decisão ainda vai demorar. 

Penso que o processo decisório precisa de aprimoramentos e de ser didaticamente explicado e debatido, em benefício da qualidade da decisão. Uma decisão desta grandeza deve ser suportada por processo baseado em conceitos claros. 

Os diversos Ministérios já foram envolvidos assim como o Congresso Nacional e diferentes instituições de telecomunicações e radiodifusão. Tudo indica que o Governo quer dar prazo para que todos expressem suas opiniões. Uma decisão no dia 10 de fevereiro certamente causaria surpresa a todos. 

O que deve conter a decisão? 
Não só a escolha do padrão, mas todo um programa de implantação da nova tecnologia, envolvendo definições quanto a aspectos sociais, políticos, de desenvolvimento tecnológico e industrial, enfim um conjunto completo de balizadores do que se pretende com a implantação de tão abrangente tecnologia assim como um conjunto de medidas a serem executadas pelos diferentes Ministérios. 

Uma vez decidido, em quanto tempo a transmissão digital entraria em operação comercial? 
Penso que a competição fará com que as emissoras acelerem a cobertura digital nas principais capitais, oferecendo programação em aproximadamente 12 meses após a decisão ou 6 meses após a conclusão dos testes. Receptores importados seriam encontrados no comércio imediatamente após a definição do padrão.

Consulte o texto original em http://www.teleco.com.br/emdebate/jluis02.asp para ler o restante da matéria com os seguintes tópicos (vale conferir...muito conteúdo!):

Comentário de Ismar Marques

Comentário de Gustavo Gindre do Coletivo Intervozes

Comentário de Jose Roberto de Souza Pinto

Comentário de César Rômulo 

Carta enviada pela Telebrasil ao Ministro Hélio Costa em 27/01/2006
 


----- Original Message -----

Sent: Sunday, February 12, 2006 7:43 PM
Subject: [Celld-group] TV Digital: Debate no Congresso + Resumo do TELECO

 
Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
 
Hoje estou esperto e conseguindo ler (no papel) o Estadão do domingo...no domingo!  :-)

No Caderno de Economia, Ethevaldo Siqueira continua tratando da TV Digital na sua coluna semanal e repercute o debate realizado na quarta-feira passada na Câmara dos Deputados.
 
Copio (digitando) alguns trechos:  :-)
 
(...) Tudo pode mudar, portanto, naquilo que, segundo o ministro das Comunicações, já era convicção final.
O governo quer ouvir todas as partes, examinar com muito mais cuidado e seriedade as diversas propostas e opções, antes de decidir. (...)

(...) "O debate ... funcionou como verdadeira audiência pública, democrática e transparente.
Foram mais de 50 apresentações de representantes das tecnologias internacionais, das associações de radiodifusores, das emissoras de TV, da indústria, da universidade, dos consórcios nacionais de pesquisa e até entidades civis interessadas no tema." (...)
 
(...) Como uma orquestra em uníssono, a maioria esmagadora das emissoras de TV - lideradas pela Abert e pela Rede Globo - defendeu o padrão japonês (ISDB)  (...)
 
(...) Só agora o debate parece ter atingido a amplitude exigida para que se faça um exame mais profundo do problema. (...)
 
Ethevaldo conclui:
"A questão é tão relevante que não pode nem deve ser decidida sem que o governo tenha o mais alto grau de convicção sobre as vantagens, bem como das desvantagens, de uma opção final. E o máximo de ética e transparência."
 
Na ComUnidade, procuramos estar bem informados e nossa participação é individual, usando a:
Democracia Digital Direta:  :-)
- Ministério das Comunicações - Tv Digital: TvDigital@mc.gov.br
- Mensagem para a ANATEL: formulário aqui
- Mensagem para todos os Deputados e Senadores: formulário no site "Um Brasil Melhor"
- Mensagem para o Presidente da República: Formulário em "Fale com o Presidente"
É preciso acreditar que um simples e-mail pode "fazer a diferença" e ajudar no processo!
 
O site TELECO tem um ótimo resumo do "quadro geral" da implantação da TV Digital no país.
Mas fica uma sugestão ao TELECO: informar, mesmo que resumidamente, as conclusões dos "consórcios nacionais de pesquisa", já que lista as entidades envolvidas e seus projetos setoriais.
 
Lembro sempre as atividades vinculadas à ComUnidade:
- Site TVDigitalBR e
- blog TV Digital, com coleção de notícias e mensagens (em atualização).
 
Continuamos atentos e sempre aguardando as participações de nossos membros.
Em frente, ComUnidade!  :-)
 
Um abraço cordial de "Boa Semana"!!!  :-)
Helio Rosa

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----- Original Message -----

Sent: Friday, February 10, 2006 1:58 PM
Subject: [wireless.br] "Cientistas criam a TV digital brasileira"

 
Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
 
Olá, Courtnay!
"Tirou daqui, ó"  o conteúdo da sua última mensagem.  :-)
Tinha até ido buscar seu e-mail, aquele... em que apostou seus tacos de golfe:  :-)
"O que realmente importa é a batalha LEGISLATIVA sobre o direito de EMPRESAS DE TELECOM PODEREM DESENVOLVER SERVIÇOS DE CONTEÚDO, essenciais ao mundo de IpTV."
Estamos aguardando seus já famosos comentários pessoais do fim de semana!  :-))
 
Mas vamos ao "assunto" desta mensagem.
O governo gastou uma "nota preta" para dar partida numa ousadia chamada "padrão brasileiro de TV Digital".
Que, para surpresa geral, consta ter chegado à um bom termo!
Mas... cadê ele?
Simplesmente escafedeu-se do noticiário.
E a "língua" do pessoal que o desenvolveu? O gato comeu?   :-)
Alguns poucos se manifestaram apenas discretamente.
 
Brincadeiras à parte, vamos recordar o que escreveu o conhecido "guru" Ethevaldo Siqueira em novembro passado.
Lembro que, na época, me referi à esta matéria como sendo "estimulante" e "imperdível".
 
Por tudo isso, o bom senso e a ética mandam que não se decida nada em ano eleitoral.
 
Transcrevo abaixo o texto do Ethevaldo, ótimo tema para meditação...  :-)
Estadão - 20/11/2005
Cientistas criam a TV digital brasileira
Primeiras imagens de alta definição estão em teste desde 15 de novembro
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Democracia Digital Direta:
  :-)
- Ministério das Comunicações - Tv Digital: TvDigital@mc.gov.br
- Mensagem para a ANATEL: formulário aqui
- Mensagem para todos os Deputados e Senadores: formulário no site "Um Brasil Melhor"
- Mensagem para o Presidente da República: Formulário em "Fale com o Presidente"
 

20/11/2005
Cientistas criam a TV digital brasileira
Primeiras imagens de alta definição estão em teste desde 15 de novembro
Ethevaldo Siqueira

Transmissor brasileiro, caixa de conversão brasileira, software básico brasileiro. E tudo compatível com o resto do mundo. Assim começa a TV digital brasileira, cujo primeiro sinal está no ar desde o feriado de 15 de Novembro, em São Paulo. Bem melhor que o nome – Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) – são suas imagens de alta definição, com 1.080 linhas, transmitidas do Alto do Sumaré e recebidas na Cidade Universitária, da Universidade de São Paulo (USP), em televisores fabricados no Brasil, sendo um deles de 40 polegadas de tela plana, no Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica. O sinal digital é decodificado numa caixa de conversão desenvolvida pelos pesquisadores do LSI sob a coordenação do professor Marcelo Knörich Zuffo.

“Essa é a primeira prova de que o Brasil pode ter um sistema próprio de TV digital, sem qualquer incompatibilidade, concebido para atender à sua realidade socioeconômica e cultural e criado mediante a associação de padrões abertos internacionais e padrões proprietários nacionais e internacionais”, comemora Zuffo.

O fato essencial é que a tecnologia utilizada no projeto funciona. Em TV digital não há meio termo: ou a imagem chega perfeita ou se transforma numa tela preta ou numa imagem congelada. É impressionante a qualidade obtida nas primeiras transmissões, graças ao padrão de modulação utilizado, que os especialistas chamam de Muliplexação por Divisão de Freqüência Ortogonal (OFDM. Com esse padrão de modulação, o sinal se torna muito mais intenso e estável, garantindo boa recepção em locais de difícil propagação e até com antenas internas de baixo custo.

Sem pretender reinventar a roda, a equipe de pesquisadores optou pelo padrão OFDM de modulação do sinal, o mesmo utilizado nos padrões japonês (ISDB) e europeu (DVB). O transmissor utilizado foi desenvolvido pela empresa brasileira STB, de Santa Rita do Sapucaí (MG), com apoio dos pesquisadores da Universidade Mackenzie, liderados pelo professor Gunnar Dedics.

Com financiamento da Finep, recursos do Fundo Nacional de Tecnologia de Telecomunicações (Funttel) e apoio do Ministério das Comunicações, o SBTVD congrega o esforço de mais de 90 pesquisadores, incluindo equipes da Universidade Federal de Santa Catarina, liderada pelo professor Valdecir Becker; do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), da Universidade da Paraíba e de entidades como FiTEC, CPqD e Instituto Genius.

PRIMEIRA FASE

Entre os pesquisadores, ninguém pensa que o desafio está vencido. Por maior que seja a vitória inicial, essa é apenas a primeira fase, a da integração de uma plataforma da TV digital brasileira. O circuito básico de transmissão só se completou no dia 14 de novembro, com o acoplamento da caixa de conversão brasileira. As etapas seguintes incluem os testes de middleware, a partir de amanhã. “A cada semana deveremos dar um passo adiante e anunciar novos avanços”, prevê Zuffo.

O SBTVD, segundo os pesquisadores, se propõe a ser totalmente compatível com os demais sistemas do resto do mundo, permitindo a adoção das tecnologias mais avançadas de produção, transmissão e recepção, tanto para imagens de alta qualidade como para as aplicações interativas. Para Marcelo Zuffo, “o SBTD segue a trajetória de evolução da televisão no Brasil, por incorporar em suas grandes linhas os padrões abertos e as tecnologias de domínio universal, como o próprio OFDM”.

Uma das peças básicas desse sistema é a caixa de conversão. Esse equipamento é, na realidade, um conversor digital-analógico que possibilita a recepção de sinais da TV digital pelos televisores de hoje, com imagens da melhor qualidade. Foi desenvolvido pela equipe do SBTVD da Escola Politécnica, com apoio da ST Microelectronics.

Graças a um controle remoto padronizado para a TV digital brasileira, essa caixa de conversão permitirá, ainda, um grande número de aplicações interativas, como pesquisas de opinião e audiência, votações eletrônicas e comércio eletrônico. A previsão é que o preço das caixas de conversão, quando produzidas em escala industrial, não supere os R$ 300.

Além da excelente imagem, a TV digital proporciona o salto qualitativo da interatividade. É com base nessa característica que o Brasil poderá criar projetos de inclusão digital e de governo eletrônico. Num só canal de freqüência de 6 Megahertz (MHz) podem ser transmitidos até quatro programas, em quatro níveis de definição: baixa, normal ou padrão, melhorada e alta ou high definition (HDTV).

A essência da contribuição brasileira ao projeto está no chamado middleware, software intermediário que funciona à semelhança de sistema operacional e conecta duas aplicações separadas, que torna possível a maioria das aplicações interativas. Há uma tendência mundial à padronização do middleware, liderada pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), que tem recomendações específicas nessa área. O Brasil poderá utilizar muito dessas recomendações de middleware de TV digital.

Guido Lemos, líder das pesquisas no Mackenzie e representante do consórcio de desenvolvimento do middleware, diz que o projeto brasileiro levantou e estudou os pontos comuns aos diversos middlewares (europeu, japonês e americano) para, a partir daí, incluir a contribuição brasileira a esse segmento essencial da tecnologia de TV digital. Desse modo, o Brasil poderá não apenas manter as características do núcleo comum aos diversos middlewares, comoacrescentar as funcionalidades que a realidade brasileira assim o recomendar, sem depender de autorização dos detentores dos padrões internacionais. O padrão que atende a essas condições está em desenvolvimento final na UIT.

 

----- Original Message -----

Sent: Thursday, February 09, 2006 6:03 AM
Subject: [Celld-group] TV Digital: 04 Tutoriais e 03 artigos técnicos

 
Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
Helio Rosa escrevendo.
Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
 
Para complementar todo o "agito" da mídia sobre o tema TV Digital nada melhor que uma leitura dos excelentes tutoriais do TELECO...e dos artigos publicados na ComUnidade!  :-)
 
Transcrevo mais abaixo o título, o link e uma visão rápida do conteúdo de 4 Tutoriais do TELECO:
- TV Digital 
- TV Digital no Brasil
- Televisão Digital e a Interatividade
- Padrões de Middleware para TV Digital 
 
Na ComUnidade temos:
- Site "parceiro" : TV DigitalBR
- Blog Comunitário TV Digital com coleção de artigos e notícias.
 
 
Resumo biográfico dos autores:
Marcus Manhães (manhaes@cpqd.com.br)
Trabalha no CPqD desde 1984; obteve o titulo de mestre em educação pela Universidade Estadual de Campinas -Unicamp em 2003.
Na Fundação CPqD vem participando de pesquisas e desenvolvimentos em projetos de telecomunicações wireless, passando por sistemas de rádio digital, telefonia celular e televisão digital. Realizou inúmeros trabalhos de certificação internacional em equipamentos de telecomunicações, além de ter desenvolvido metodologias para testes de interoperabilidade, benchmarking e otimizarão em redes de telecomunicações celulares CDMA e GSM. Atualmente está envolvido no desenvolvimento do Sistema Canal de Interatividade para a Televisão Digital brasileira.

Pei Jen Shieh  (pei@cpqd.com.br)
Possui graduação em Bacharelado em Física pela Universidade de São Paulo (1981) e mestrado na Área de Tecnologia Nuclear/Crescimento de Cristais pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (1984).
É Pesquisadora em Telecomunicações da Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações; trabalhou na área de Dispositivos Ópticos, passando depois para a de Gerência de Redes.
Sua presente atuação é na área de TV Digital, principalmente no tema Canal de Interatividade.
 

Boa leitura!!!
Um abraço cordial
Helio Rosa
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O objetivo deste tutorial é fornecer os subsídios básicos necessários para entender o princípio de funcionamento dos três sistemas de TV digital existentes no mundo: o sistema americano, conhecido pela sigla ATSC (Advanced Television System Committee), o sistema europeu conhecido pela sigla DVB-T (Digital Video Broadcast Terrestrial) e o sistema japonês, conhecido pela sigla ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial).
 
Autores
Francisco Sukys
Eng. Eletrônico (ITA - 1965). Prof. titular de Eletrônica Aplicada e Sistemas de TV da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pesquisador do Laboratório de Rádio e TV Digital da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
 
Cristiano Akamine
Eng. Eletrônico (Mackenzie - 1999). Mestrando em Telecomunicações pela UNICAMP. Membro Estudante da SMPTE “Society of Motion Pictures Television Engineers”. Pesquisador do Laboratório de Rádio e TV Digital da Escola de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

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Este tutorial apresenta uma visão da implantação da TV digital no Brasil, bem como os aspectos envolvidos na definição de um padrão brasileiro de TV Digital.
 
Autor: Hélio Marcos M. Graciosa
Presidente CPqD
Engenheiro de Telecomunicações (1970) e Mestre em Ciências em Engenharia Elétrica (1972) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC.
Foi Professor da PUC/RJ e da Universidade Gama Filho.
Trabalhou no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da TELEBRÁS desde sua criação, em 1976, tendo atuado nas áreas de transmissão digital, comunicações ópticas, microeletrônica e planejamento tecnológico. Foi Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento das Telecomunicações Brasileiras S/A - TELEBRÁS e atualmente é o Presidente da Fundação CPqD - Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações e da CPqD Technologies & Systems Inc., em San Jose - Califórnia / USA.
Possui diversos trabalhos publicados no Brasil e no exterior. Participou em diversas bancas de tese de mestrado, como também apresentou diversos trabalhos em seminários nacionais e internacionais.
Foi durante 4 anos (1990-1994), Presidente da Sociedade Brasileira de Telecomunicações. Atualmente é Sócio Sênior do SbrT.
Foi Presidente do Conselho de Administração da TELESC (fev/96 a jun/96) e do Conselho de Administração da TELEBAHIA (jul/96 a set/98).
Vencedor do Prêmio "Personalidade do Ano de 2000" na Área de Telecomunicações, organizado pela Advanstar e RNT.
Atualmente é membro dos Conselhos de Administração da TRÓPICO S/A, da ALGAR, da CLEARTECH LTDA e da TELEBRASIL.
 

 
 
Este tutorial tem como objetivo realizar uma análise inicial dos sistemas existentes de televisão digital, bem como um estudo sobre televisão digital interativa. Além disso, é parte do objetivo deste trabalho, realizar uma identificação dos diversos tipos de serviços e aplicações para televisão digital interativa e avaliar as possíveis soluções para canal de interatividade. Adicionalmente, o objetivo principal é o desenvolvimento de um serviço para televisão digital interativa que faça uso do canal de interatividade.
 
Rodrigo de Almeida Moreira
Mais de 3 anos de experiência nas áreas de Desenvolvimento, Especificação, Análise, Planejamento e Testes de Serviços de Telecomunicações, Levantamento e Gerência de Requisitos de Sistemas e Redes de Telecomunicações. Ampla experiência em Sistemas de Televisão Digital e trabalhando desde a fase inicial no projeto do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) no CPqD e atualmente trabalhando na FITec Inovacoes Tecnologicas com Desenvolvimento de Hardware para TV Digital.
Email: ramoreira@gmail.com

 

 
O objetivo deste trabalho é apresentar o conceito de middleware para TV Digital, os atuais padrões de mercado e uma comparação entre eles, em termos de funcionalidades disponibilizadas.
O trabalho está estruturado como se segue. Os conceitos de TV Digital e os principais padrões de mercado são apresentados na seção 2.
Na seção 3, é mostrada a definição de middleware para TV Digital e apresentado um resumo das principais características dos padrões de middleware.
Na seção 4, é feita uma comparação entre os padrões e a última seção exibe as considerações finais.
 
Autores:
Alexsandro Paes
E-mail:alexsandro.paes@sky.tv.br
Funcionário da empresa Sky Brasil ha nove anos, onde trabalha com exibições, transmissões e operações de sistemas de TV Digital. Possui experiência profissional na área de telecomunicação em diversas empresas; Vivo Celular, Jornal O Estado de São Paulo, Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, Quadrata Engenharia, Assurê Seguros e Golden Cross Assistência Médica.
É graduado em Engenharia de Telecomunicações e Processamento de Dados, e está cursando Mestrado em Engenharia de Telecomunicações. No mestrado sua atividade de pesquisa está direcionada para Redes de Comunicações e Sistemas Multimídia. 
 
Renato H. Antoniazzi
Engenheiro Eletrônico pela PUC-RJ e mestrando da Universidade Federal Fluminense. Hoje trabalha na empresa de consultoria multinacional Accenture. 
 
Debora C. M. Saade
Doutora pela PUC-RJ e professora da UFF.

 

----- Original Message -----

Sent: Thursday, February 09, 2006 4:47 AM
Subject: [Celld-group] TV Digital: CPqD já tem o esqueleto da plataforma brasileira

 
Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
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Estou visitando novamente o site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Anoto e transcrevo mais abaixo um artigo de 21/12/2005:
CPqD já tem o esqueleto da plataforma brasileira de TV Digital

 
Recorto este trecho do parágrafo inicial:
(...) a Fundação CPqD simulou duas possíveis soluções para um modelo nacional. Ambas são muito similares – só existe diferença na tecnologia que seria usada em uma das camadas do sistema – e exigiriam a adoção dos padrões japonês (ISDB) ou europeu (DVB). Com acesso exclusivo a uma síntese destes resultados, o e-Fórum apresenta ao final deste texto as possíveis “caras” do SBTVD. (...)
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

heliorosa@wirelessbrasil.org
Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-group WirelessBr
Coordenador da
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Coordenador-Adjunto para "Novas Tecnologias":
Eduardo Prado
"Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
 


Democracia Digital Direta
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CPqD já tem o esqueleto da plataforma brasileira de TV Digital
21/12/2005 |
James Görgen

A Fundação CPqD apresentou nesta semana ao governo federal os resultados de dois anos das pesquisas contratadas para o desenvolvimento das soluções nacionais que serão adotadas em seis subsistemas do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). Os relatórios dos consórcios de universidades estão sendo agora analisados pelo Grupo Gestor do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), composto de assessores de 10 ministérios e secretarias. Ainda não existe data para os mesmos serem apresentados à sociedade. Mas com base nas conclusões das pesquisas, a Fundação CPqD simulou duas possíveis soluções para um modelo nacional. Ambas são muito similares – só existe diferença na tecnologia que seria usada em uma das camadas do sistema – e exigiriam a adoção dos padrões japonês (ISDB) ou europeu (DVB). Com acesso exclusivo a uma síntese destes resultados, o e-Fórum apresenta ao final deste texto as possíveis “caras” do SBTVD.

Financiados com R$ 38 milhões do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), os 22 consórcios, formados por mais de 90 universidades e instituições de pesquisa, estudaram soluções tanto para a estrutura de transmissão e modulação dos sinais de vídeo, áudio e dados (difusão e acesso) quanto para os equipamentos de recepção (terminal de acesso) e a interatividade (canal de retorno). Com as arquiteturas mínimas desenhadas, o CPqD pôde medir os impactos e a viabilidade de cada proposta e chegar à formatação das duas soluções nacionais.

Da forma como os resultados estão compilados até o momento, é possível constatar que existe poucas ligações efetivas entre as partes nacionais do futuro sistema. Por exemplo, o único terminal de acesso desenvolvido por um consórcio foi demonstrado apenas no padrão japonês (ISDB). As aplicações e serviços testados, por sua vez, dão conta de soluções variadas que vão desde T-mail, T-voto, T-Gov, guia eletrônico de programação, Museu virtual 3D, Declaração de Isento, Serviço de Saúde. Entretanto, a maioria delas funciona em MHP, o sistema operacional do padrão europeu de TV Digital (DVB). Nenhuma destas aplicações foi validada de forma sistêmica por falta da estação experimental (veja abaixo).

Opções em aberto

Esta falta de compatibilidade inicial entre os "ossos" do esqueleto esbarra ainda em outros obstáculos para os quais as pesquisas não apresentam resposta. Na maior parte dos casos, o CPqD deixou a opção em aberto para que a escolha seja mais política e econômica do que técnica. É o caso, por exemplo, do padrão de compressão de vídeo. Em geral, os padrões existentes no mundo trabalham com o protocolo MPEG-2, que utiliza entre 17-18 Mb por segundo para transmitir imagens em alta definição em um mesmo canal de 6 MHz. Mas já existe no mercado um padrão (H.264), mais caro, onde a mesma qualidade final de vídeo é alcançada ocupando apenas 8 Mb/s do mesmo canal. A opção entre uma tecnologia ou outra pode parecer um detalhe mas é ela que definirá, por exemplo, se será possível usar um mesmo canal de 6 MHz (onde atualmente trafega uma taxa máxima de 19 Mb por segundo) apenas para transmitir um programa ou usar o mesmo espaço para a chamada multiprogramação.

Canal de interatividade

Outra dúvida do CPqD diz respeito à característica do canal de interatividade da TV Digital brasileira. Apesar de terem sido apresentadas duas propostas pela PUC-RJ e pela Unicamp – o primeiro utilizando tecnologia existente de telefonia móvel e o segundo empregando tecnologia sem-fio de alta velocidade (Wimax) – o centro de pesquisas preferiu deixar esta opção em aberto para que sejam consideradas também a adoção de canal de retorno pelas redes de TV a Cabo, MMDS, telefonia fixa e outras infra-estruturas existentes. Em todos os casos, a escolha posterior não causaria problemas, desde que a unidade receptora-decodificadora (URD) possua uma porta USB ou equivalente para permitir a conexão da "caixinha" ou do aparelho de TV Digital à rede.

Falta da estação-piloto

Segundo o CPqD, a inexistência de uma estação experimental para os testes prejudicou a avaliação de impactos e a análise dos resultados uma vez que “todos os middlewares, serviços e aplicações e canais de interatividade são validados de forma isolada, sem um teste sistêmico conclusivo”. O centro de pesquisas recomendou ao governo a liberação de R$ 2,5 milhões para a construção desta estação-piloto, que não foi adquirida antes por falta de recursos.

Independentemente desta iniciativa, a instituição entende que é possível, neste momento, definir uma arquitetura mínima do set-top-box (unidade receptora-decodificadora) que suporte estas inovações, permitindo a negociação com os fabricantes. “Mas ao longo do próximo ano, sem essa estação, será difícil convencer a qualquer ator da cadeia de valor a adotar uma das inovações, sem esses testes sistêmicos integrados”, justifica o CPqD.

SOLUÇÃO NACIONAL 1

Subsistema

Propostas para Difusão e Acesso

Propostas para Terminal de Acesso

Serviços, Aplicações e Conteúdo Universidade Federal do Ceará, Brisa, Instituto Genius e Universidade Federal de Santa Catarina Universidade Federal do Ceará, Brisa, Instituto Genius e Universidade Federal de Santa Catarina
Middleware Nenhuma proposta consolidada Unicamp/Universidade Federal da Paraíba (APIs sobre kernel MHP) e PUC-RJ (Formatador NCL)
Codificação de sinal-fonte Estudos CPqD recomendam Vídeo (MPEG-2/H.264) e Áudio (AAC) Estudos CPqD recomendam Vídeo (MPEG-2/H.264) e Áudio (AAC)
Camada de Transporte Unisinos+CPqD (implementação PSI) Unisinos+CPqD (implementação PSI)
Camada Física Finatel (LDPC compatível com ISDB ou DVB) Finatel (LDPC compatível com ISDB ou DVB)
Canal de Interatividade Em aberto (opções estão entre Wimax, Wi-Fi, Rede de Telefonia Fixa, Wireless, cabo [ethernet], MMDS, VSAT)

 

SOLUÇÃO NACIONAL 2

 

Subsistema

Propostas para Difusão e Acesso

Propostas para Terminal de Acesso

Serviços, Aplicações e Conteúdo Universidade Federal do Ceará, Brisa, Instituto Genius e Universidade Federal de Santa Catarina Universidade Federal do Ceará, Brisa, Instituto Genius e Universidade Federal de Santa Catarina
Middleware Nenhuma proposta Unicamp/Universidade Federal da Paraíba (APIs sobre kernel MHP) e PUC-RJ (Formatador NCL)
Codificação de sinal-fonte Estudos CPqD recomendam Vídeo (MPEG-2/H.264) e Áudio (AAC) Estudos CPqD recomendam Vídeo (MPEG-2/H.264) e Áudio (AAC)
Camada de Transporte Unisinos+CPqD (implementação PSI) Unisinos+CPqD (implementação PSI)
Camada Física Mackenzie (Turbo Code compatível com ISDB ou DVB) Mackenzie (Turbo Code compatível com ISDB ou DVB)
Canal de Interatividade Em aberto (opções estão entre Wimax, Wi-Fi, Rede de Telefonia Fixa, Wireless, cabo [ethernet], MMDS, VSAT)

Clique aqui para ler um tutorial sobre TV Digital feito pela equipe do site especializado Teleco.

 

----- Original Message -----
Sent: Wednesday, February 08, 2006 3:30 PM
Subject: [wireless.br] TV Digital: "Em Brasília, discussões e pressão internacional"

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Antes do assunto principal, anote como exercitar a Democracia Digital Direta.  :-)
"De repente", sua mensagem pode fazer a diferença...quem sabe?  :-)


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O caderno Link do Estadão (segunda, 06 fev) publicou o artigo "Em Brasília, discussões e pressão internacional", abaixo transcrito, do qual recorto estes trechos:
 
(...) Falta pouco para o resultado conclusivo do trabalho ser divulgado para a sociedade, mas há o medo de que o ministro das Comunicações, Hélio Costa, “atropele” tudo. Ele anunciou que tomará uma decisão nesta sexta-feira, mesma data da divulgação do relatório com as recomendações que deveriam ajudar na escolha.(...)
 
(...) ...pesquisadores têm receio de que uma decisão intempestiva possa jogar fora todo o trabalho já desenvolvido – e os R$ 65 milhões investidos no SBTVD. “A TV digital é um prato para se comer morno”, diz o professor Marcelo Zuffo, da Universidade de São Paulo (USP), um dos 1.300 pesquisadores que estudam o sistema. “Uma decisão precipitada vai prejudicar setores importantes da sociedade brasileira.” (...)
 
(...) ...o único ponto sobre o qual ainda não há consenso entre estudiosos e governo está na forma como o sinal digital será transmitido pelo ar, a modulação – que se refletiria em 1% do custo de uma TV de LCD, por exemplo. “Pela evolução tecnológica, mais cedo ou mais tarde todos os padrões vão se aproximar”, diz Gunnar Bedicks Jr, do Mackenzie, também pesquisador do SBTVD (...)
 
Boa leitura!
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Helio Rosa

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Deputados e pesquisadores temem escolha ‘atropelada’

A definição de como será o Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) vem se arrastando desde 1994. O processo só começou a avançar pra valer há dois anos, quando o governo federal chamou a comunidade científica para participar. Ao todo, 79 instituições de ensino e pesquisa de todo o País debruçaram-se sobre o tema, desenvolveram soluções e apresentaram relatórios. Falta pouco para o resultado conclusivo do trabalho ser divulgado para a sociedade, mas há o medo de que o ministro das Comunicações, Hélio Costa, “atropele” tudo.
 
Ele anunciou que tomará uma decisão nesta sexta-feira, mesma data da divulgação do relatório com as recomendações que deveriam ajudar na escolha. Por conta disso, as discussões esquentaram. Temendo uma atitude precipitada, os deputados federais resolveram participar do processo. Ao mesmo tempo, representantes dos padrões americano, europeu e japonês de TV Digital decidiram iniciar um “leilão de vantagens” para convencer o governo a adotar os seus sistemas.
 
Na outra ponta, pesquisadores têm receio de que uma decisão intempestiva possa jogar fora todo o trabalho já desenvolvido – e os R$ 65 milhões investidos no SBTVD. “A TV digital é um prato para se comer morno”, diz o professor Marcelo Zuffo, da Universidade de São Paulo (USP), um dos 1.300 pesquisadores que estudam o sistema. “Uma decisão precipitada vai prejudicar setores importantes da sociedade brasileira.”
 
Para se ter uma idéia do impacto da mudança do sistema analógico para o digital, basta ver os números sobre o mercado de televisão no Brasil. A quantidade de aparelhos em funcionamento deve chegar a 100 milhões este ano. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 90% das residências do País tinham TV em 2004.
 
Qualquer erro custará milhões de reais e afetará as emissoras, a indústria de eletroeletrônicos e, principalmente, a população. Como o processo todo de mudança deve durar 15 anos, não há espaço para falhas. “O Brasil nunca esteve tão preparado para tomar uma decisão isenta”, acredita Zuffo. “Nunca se colocou todo o acervo de pesquisa e engenharia do País a serviço de um grande projeto.” O problema, segundo ele, é que o debate não tem sido neutro.
 
Nas últimas semanas, as discussões começaram a girar em torno de qual padrão deveria ser escolhido: o americano, o europeu e o japonês. Mas os pesquisadores já provaram que, aproveitando algumas das tecnologias de cada um deles, é possível criar um modelo brasileiro mais avançado. “De uma forma ou de outra, os lobbies internacionais querem fazer crer que temos de adotar um dos seus padrões na íntegra”, observa o professor Gunnar Bedicks Jr, do Mackenzie, também pesquisador do SBTVD.
 
Segundo ele, o único ponto sobre o qual ainda não há consenso entre estudiosos e governo está na forma como o sinal digital será transmitido pelo ar, a modulação – que se refletiria em 1% do custo de uma TV de LCD, por exemplo. “Pela evolução tecnológica, mais cedo ou mais tarde todos os padrões vão se aproximar”, diz Bedicks.
 
Na quarta-feira, os parlamentares vão promover um grande debate em Brasília, de olho no impacto de qualquer escolha. “Queremos só uma imagem mais bonita? Acho que não”, explica o deputado federal Walter Pinheiro (PT-BA). “Essa decisão deve ser casada com a oportunidade de a nação brasileira discutir uma nova política industrial e de comunicação. Pode ser o momento ideal para resolvermos alguns dos problemas que temos no País. M.M.S.
 


----- Original Message -----
Sent: Wednesday, February 08, 2006 2:56 PM
Subject: [Celld-group] TV Digital: DVB-H x ISDB

 
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Transcrevo abaixo mais um artigo sobre a decisão pelo padrão da TV Digital, este do site Observatório da Imprensa:
O que está por trás da recepção móvel  de Gustavo Gindre,  jornalista, mestre em Comunicação, coordenador-geral do Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura (Indecs) e integrante do Coletivo Intervozes

Vale conferir todo o artigo mas recorto estes trechos para degustação:  :-)
 
(...) DVB-H e ISDB apresentam, ambos, resultados satisfatórios para a realidade brasileira.
 
Então, por que os radiodifusores preferem o ISDB?
Porque, como o ISDB para recepção móvel é uma segmentação da transmissão original para a TV, o sinal continua partindo das torres de transmissão das TVs e circula pela mesma banda de espectro (VHF e UHF) da TV aberta.  (...)
 
(...) Cabe lembrar que como estamos falando de cidades grandes com diversos problemas de recepção, o uso do ISDB implicará a obrigação das emissoras de TV terem que construir novas antenas, reforçadoras de sinal.
 
Já o DVB-H é uma nova transmissão, fora do espectro do VHF e do UHF, e demanda uma outra estrutura de transmissão. Esta, muito provavelmente, será a das estações rádio-base das teles celulares. Ou seja, no primeiro caso a transmissão fica com os radiodifusores e, no segundo caso, com as teles.
 
Em síntese, as emissoras de TV preferem condicionar toda a definição de um sistema tecnológico para o país; preferem ter que arcar com a construção de novas antenas apenas para serem elas as emissoras dos sinais para recepção móvel, fugindo das redes das teles móveis. (...)
 
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Gustavo Gindre
Jornalista, mestre em Comunicação, coordenador-geral do Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura (Indecs) e integrante do Coletivo Intervozes
 
Para muitos analistas e observadores, a recepção móvel de TV é a próxima killer aplication, ou seja, a aplicação que vai impulsionar uma fatia considerável do mercado. Sinceramente, tenho minhas dúvidas sobre o tamanho desta demanda no Brasil. E, baseado nessas dúvidas, preocupa-me o fato de que a discussão sobre a escolha do sistema tecnológico para a TV digital aberta, no Brasil, tenha recaído justamente sobre este ponto.
 
Existem diversas tecnologias disputando a hegemonia do mercado. Temos o MediaFlo (da coreana Qualcomm, a mesma detentora da patente do CDMA), o HSPDA (evolução do GSM europeu), o WiBro (Wi-Max móvel), o DMB-T (padrão coreano para recepção móvel de TV), o DVB-H (padrão europeu para recepção móvel de TV), o ISDB (padrão universal japonês) e, enquanto escrevo, provavelmente uma outra solução está sendo inventada a partir do interesse de algum grupo econômico.
 
Na atual discussão sobre a TV digital aberta no Brasil, o debate parece ter ficado reduzido à disputa entre DVB-H e ISDB.
 
O que não significa que outras soluções não serão implementadas. Por exemplo, as operadoras de TV por assinatura via microondas (notadamente a TVA) têm planos de usar o WiBro e pode-se esperar que, no futuro, o HSPDA e o MediaFlo sejam adotados pelas teles celulares.
 
Mas, no momento, o debate é em torno da TV aberta. E a recepção móvel tem sido o principal argumento para fazer a diferenciação entre os sistemas europeu e japonês. (O outro motivo – $ – da preferência específica da Globo pelo ISDB obviamente não será colocado à mesa.)
 
Transmissão segmentada
 
A grande mídia divulga que apenas o ISDB permite a recepção móvel. O que não é verdade.
 
De fato, o que ocorre é que o ISDB faz um uso mais inteligente da modulação COFDM (a mesma usada pelo DVB). Com este uso mais inteligente, o ISDB pode segmentar seu sinal de forma a fazer diferentes transmissões, inclusive para recepção móvel. Assim, uma emissora poderá transmitir a mesma programação em standard definition, em high definition e em low definition (esta última, especificamente para a recepção móvel).
 
O DVB também permite esta segmentação do sinal, mas não apresenta bom rendimento para recepção móvel. A saída encontrada, então, foi criar um novo membro da "família" DVB, chamado DVB-H, que serve especificamente para a recepção móvel.
 
DVB-H e ISDB apresentam, ambos, resultados satisfatórios para a realidade brasileira.
 
Então, por que os rádiodifusores preferem o ISDB? Porque, como o ISDB para recepção móvel é uma segmentação da transmissão original para a TV, o sinal continua partindo das torres de transmissão das TVs e circula pela mesma banda de espectro (VHF e UHF) da TV aberta.
 
Fator determinante
 
Cabe lembrar que como estamos falando de cidades grandes com diversos problemas de recepção, o uso do ISDB implicará a obrigação das emissoras de TV terem que construir novas antenas, reforçadoras de sinal.
 
Já o DVB-H é uma nova transmissão, fora do espectro do VHF e do UHF, e demanda uma outra estrutura de transmissão. Esta, muito provavelmente, será a das estações rádio-base das teles celulares. Ou seja, no primeiro caso a transmissão fica com os radiodifusores e, no segundo caso, com as teles.
 
Em síntese, as emissoras de TV preferem condicionar toda a definição de um sistema tecnológico para o país; preferem ter que arcar com a construção de novas antenas apenas para serem elas as emissoras dos sinais para recepção móvel, fugindo das redes das teles móveis.
 
É a disputa entre rádiodifusores e teles que determina a opção pelo ISDB. E todo o país fica refém dessa briga.
 
(*) Jornalista, mestre em Comunicação, coordenador-geral do Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura (Indecs) e integrante do Coletivo Intervozes
 

----- Original Message -----

Sent: Wednesday, February 08, 2006 10:54 AM
Subject: [Celld-group] TV Digital: "Alice Ramos" e "Estadão"

 
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Consta que esteja ocorrendo hoje no Congresso em Brasília um amplo debate sobre TV Digital.
 
Por aqui, estou "tartarugando" :-)
Somente hoje estou lendo o Estadão (no papel) do domingo passado (05 fev) e o Editorial (na web) do AliceRamos.com com data de 29 janeiro.
O trecho inicial do Editorial "Tv digital: convergência de tecnologias, divergências de interesses" está transcrito mais abaixo.
 
No Estadão (05 fev, página B8 do Caderno de Economia) registro dois textos
- artigo de Renato Cruz: TV Digital produz racha no governo.
- coluna de Ethevaldo Siqueira: Por que Hélio Costa quer o padrão japonês.
 
Se eu fosse colunista social diria: não convidem o ministro Costa e o Ethevaldo para a mesma mesa...  :-))
Ethevaldo Siqueira bateu forte no ministro mas sua crônica apresenta aspectos bastante ponderados sobre estes "momentos decisivos".
Entre outras considerações anoto:
(...) Não percebe que a TV digital é hoje uma questão de Estado. E não de governo. Nem, muito menos de pessoas. (...)
(...) do ponto de vista industrial e tecnológico, o Brasil não pode adquirir uma caixa preta. O sistema terá, obrigatoriamente, que ser complementado e aprimorado com a contribuição brasileira... (...)
 
Como disse, li os dois textos no papel.
Algum assinante do Estadão poderia acessar a edição on-line e transcrever os dois artigos? 
(05 fev, página B8 do Caderno de Economia)
Obrigado!!!
 
Abaixo, transcrição parcial do Editorial da jornalista Alice Ramos.
Boa leitura!
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• Alice Ramos
 
As velhas disputas pela hegemonia das comunicações brasileiras estão de volta, com a diferença que agora o objeto da discórdia não é mais o conteúdo. No passado o que importava era ideologia, hoje é a tecnologia. Essa (in)definição sobre qual padrão de tv digital o Brasil adotará tem demonstrado que apesar dos avanços dos aparatos tecnológicos a tradição tupiniquim de pequenos grupos tentarem impor seus interesses particulares em assuntos da nação não mudou nada.
 
Daí enormes lobbies estão sendo feitos pelos respectivos interessados nos padrões: japonês (ISDB); europeu (DVB); e o americano (ATSC). Cada um com suas particularidades e limitações, as quais já foram detalhadas em edições passadas desta coluna.
 
Sendo que o ISDB atende os interesses das emissoras de tv por permitir a transmissão para dispositivos portáteis sem precisar passar pelas redes de telefonia, porém não possui mercado externo para o Brasil negociar.
 
Já o americano ATSC apresenta problemas para a realidade do mercado nacional, e o seu uso parece ser o menos cotado.
 
O europeu DVB, por outro lado, tem sido visto com um interesse mais acentuado por permitir a transmissão de até quatro canais por freqüência e outras vantagens. Aliás todos eles possuem apoiadores dentro e fora do governo, mas consenso que é bom está longe.
 
Semana passada as empresas Nokia, Philips, Siemens, STMicroeletronics, Rohde&Schwarz e Thales anunciaram o lançamento da “Coalizão DVB Brasil - Sistema Brasileiro, Padrão Mundial” com a finalidade - segundo seus criadores – de “fornecer subsídios ao debate em torno da próxima decisão do governo brasileiro sobre a escolha do padrão da tv digital”.
 

----- Original Message -----

From: TOM JONES
Sent: Monday, January 30, 2006 11:09 PM
Subject: RE: [wireless.br] RES: [Celld-group] TV Digital: interesses gigantescos...

É Isso mesmo, o ATSC  naquele momento foi o pior padrão a trabalhar com multipercursos, em testes realizados proximos a linhas de trem, toda vez que o trem passava o sinal era interrompido.
Porem isso foi em 1999 e de lá para cá, o padrão tem feito esforços para melhorar suas fragilidades frente ao multipercurso,implementando filtros corretores de erros para tornar o padrão mais robusto a essas interferencias.


----- Original Message -----

Sent: Monday, January 30, 2006 3:44 PM
Subject: [wireless.br] TV Digital: Problemas com o ATSC

 
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Sobre o "padrão americano" ATSC o participante Almeida escreveu:
 
"Senhores,
Mesmo nesta confusão há fatores técnicos, derivados de fato do tipo de modulação usada.
Me lembro dos testes do ATSC realizados pelo Mackenzie em 1999... Se bem me lembro ele não lidava bem com multipath, tornando-o muito ruim em lugares como SP."
 
Esta mensagem do Almeida fez ligar um "enferrujado bit" nesta "cuca jurássica".   :-)
 
O nosso Tom Jones, coordenador do site e do blog sobre TV Digital, há alguns anos, escreveu um Editorial em que o Eng . Eduardo Bicudo citava, numa palestra, alguns problemas com o ATSC.
 
O Tom apresentava o Eng. Bicudo:
(...) Para quem não sabe, o Sr. Eduardo Bicudo é um dos responsáveis pelos testes realizados pela ABERT/SET em conjunto com a faculdade MAKENZIE para  definir o melhor  sistema de transmissão de tv digital para o Brasil. (...)

O Editorial está em
http://geocities.yahoo.com.br/tvdigitalbr/editorial/editorial_03.html e vai transcrito abaixo... para surpresa do Tom, com certeza!   :-))
 
Continuamos na expectativa de comentários técnicos, isentos e ponderados...  :-)
Em frente, ComUnidade!  :-)
 
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EDITORIAL

Revelações sobre o sistema ATSC e os testes da ABERT/SET

Autor: Tom Jones Moreira de Assis (*)

Estive recentemente em uma palestra do engenheiro Eduardo Bicudo.
Para quem não sabe, o Sr. Eduardo Bicudo é um dos responsáveis pelos testes realizados pela ABERT/SET em conjunto com a faculdade MAKENZIE para definir o melhor sistema de transmissão de tv digital para o Brasil.

Durante a palestra, que durou cerca de 2hs, um véu foi descortinado sobre meus olhos e tive a oportunidade de ficar sabendo coisas que até então me pareciam apenas suspeitas, sem fundamento mas que, por fim, tornaram-se verdade e eu as compartilho com vocês agora.

A ABERT/SET foi o primeiro grupo, no mundo, a testar simultaneamente os 3 sistemas ( ATSC, DVB-T e ISDB) e com isso o grupo chamou a atenção de todos para seus testes.

 Na verdade, aqui cabe dizer que, de uma forma meio que pré-determinada pelos grandes fabricantes (Sony, Sansung, etc), o mundo fora dividido da seguinte forma:
- nas Américas, o sistema a ser adotadoo seria o ATSC (Americano);
- na Ásia e no Oriente, o ISDB-T (Japonnês); e
- na África e Europa, o DVB-T (Euuropeu).

Orçamentos já haviam sido definidos para que cada empresa pudesse investir na fatia de cada mercado como fora dividido porém nenhuma delas contava que o BRASIL (representado pelo grupo ABERT/SET) pudesse realizar testes para comprovar grandes divergências entre os sistemas.
Isso gerou uma série de constrangimentos internacionais para o BRASIL que, mais tarde, graças à resolução da ANATEL de contratar uma empresa que auditasse todos os testes que o grupo viesse a fazer, acabou contornando a situação e transformando isso em um referencial mundial para todos os outros paises que estavam pensando em adotar um determinado sistema de transmissão digital.

Bicudo contou, de forma divertida, como os próprios japoneses se opuseram a liberar "protótipos" de seus transmissores para que o grupo pudesse fazer seus testes.
Só após muitos contatos, reuniões e visitas de uma comissão (de 10 peritos japoneses) para comprovar a "seriedade " dos testes é que eles aceitaram liberar o material.

Os testes foram realizados da seguinte forma:
Em campo, munidos de um veículo devidamente equipado com receptores de cada sistema, eram setadas" (ajustadas) as antenas para um padrão que possibilitasse aos 3 sistemas serem colocados à prova de forma idêntica.
A ANATEL liberou o canal 35 que era transmitido do centro de São Paulo pela TV CULTURA (emissora estadual).

Em um desses testes, chamado de "êXITO POR DISTÂNCIA", que consiste em analisar a porcentagem de assinantes que dentro de uma certa distância deixam de ser atendidos pelo sinal digital, o sistema ATSC mostrou muitos problemas.
Originalmente criado para atender à grandes distâncias, o ATSC mostrou problemas dentro da faixa de 3KM de distância (ou seja, em atender assinantes próximos da antena). Onde os outros sistemas apresentavam 100% de recebimento do sinal, o ATSC mantinha níveis de 80%.

Em outros testes, como o chamado Efeito Doopler ou efeito de refração, onde as ondas transmitidas se refletem em um objeto próximo e retornam criando interferências ou mesmo tirando o canal do ar, o sistema ATSC mostrou-se ineficaz (lembrem-se que em um sistema digital - 0 ou 1, "sim" ou "não" - não existe meio termo, ou temos imagem ou não temos - só no analógico é que pela degradação do sinal temos imagens com "chuvisco", no digital não existe meio termo).
Nos testes de campo feitos próximos à estações ferroviárias, toda vez que passava uma composição o ATSC perdia a imagem", afirmou Bicudo na palestra, deixando todos atônitos.

Esses problemas foram comprovados mesmo nos EUA, onde uma equipe da ABERT/SET foi enviada para constatar se isso poderia ser regional ou não.
Segundo o engenheiro, nos EUA, devido à grande rigidez da lei do consumidor que garante que um equipamento vendido deve funcionar em qualquer lugar, as empresas que vendem o sistema digital, só finalizam a venda após a instalação do sistema por seus técnicos que comprovam que o sistema funcionou (se na hora da instalação não funcionar eles não fecham o negócio) pois eles têm o conhecimento de que seu sistema apresenta problemas.

A ATSC se defende dizendo que esses problemas já foram sanados e que a nova geração de transmissores não apresenta mais tais defeitos.
Seja lá como for, até agora todos que acompanham esta Seção sabem o quanto tenho evitado tomar partido desse ou daquele sistema mas, após a revelação desses fatos, sou obrigado a descer do muro e tomar um partido: se a ANATEL tem que tomar uma decisão que essa esteja dividida entre as opções do DVB-T ou ISDB-T - não podemos mais uma vez ficar com o "lixo" dos outros.
O Brasil deve impor-se como o grande mercado que é e deve recusar desde já qualquer coisa que esteja ligada ao sistema ATSC, como ele se encontra.
Bicudo analisa que a falha do sistema está no modo de transmissão que é 8-VSB. "Se eles mudarem para COFDM, todos os problemas estarão resolvidos e o sistema será confiável como os outros" afirma o engenheiro seriamente.

Para finalizar, foi publicado no DIÁRIO OFICIAL , uma determinação da ANATEL que obriga o sistema a ser adotado pelo Brasil a contemplar a "recepção móvel digital"; isso, por si só, já deveria bastar para tirar o sistema ATSC como candidato, pois o mesmo não possui requisitos para "recepção móvel"; porém, como aqui é o BRASIL e interesses e forças maiores sempre acabam interferindo mais do que gostaríamos, é bom que todos fiquem de olho para quando a ANATEL der sua definição final sobre o sistema a ser adotado.
Esperamos que ela cumpra suas próprias determinações .
 


----- Original Message -----

Sent: Monday, January 30, 2006 2:44 PM
Subject: RE: [wireless.br] RES: [Celld-group] TV Digital: interesses gigantescos...(2)

 
Senhores,
 
Mesmo nesta confusão há fatores técnicos, derivados de fato do tipo de modulação usada. Me lembro dos testes do ATSC realizados pelo Mackenzie em 1999... Se bem me lembro ele não lidava bem com multipath, tornando-o muito ruim em lugares como SP.
 
 
Abraços
 

----- Original Message -----

Cc: dbraun
Sent: Monday, January 30, 2006 11:01 AM
Subject: [wireless.br] Mais novas de IpTv
 
Como eu afirmei no email anterior, para saber o que rola no mundo IpTV, vejam algumas apostas...
 
BTW, aposto meus tacos de golfe que em 10 anos estaremos estudando toda essa onda de tv digital como um grande fiasco...
 
O que realmente importa é a batalha LEGISLATIVA sobre o direito de EMPRESAS DE TELECOM PODEREM DESENVOLVER SERVIÇOS DE CONTEÚDO, essenciais ao mundo de IpTV.
 
Sem isso, continuaremos não só em monopólio, mas relegados ao limbo de nichos que temos no Brasil para tecnologias de última geração (redes 3G, px.)
 
Quem viver, verá :)
 
The IPTV World Forum 2006 - Show Highlights
  • The conference will feature over 20 worldwide telcos & ISPs discussing IPTV service deployment issues: BT, T-Online, Telefonica, Belgacom, Fastweb, China Netcom, Bell Canada, Telus, Telekom Austria, Wanadoo, Videonetworks, Tiscali, Bulldog Communications, KPN, Reliance Entertainment, Iceland Telecom, Telecom Italia, Bharti Tele-ventures, MITV, Cesky Telecom, Magnet Networks
  • Leading content players and broadcasters speaking; Sony Pictures, MTV, ITV, Walt Disney, Channel 4, 20th Century Fox, Playboy TV, TVN Entertainment, On-Demand Group, Fashion TV.
  • IPTV showcase area in the exhibtion featuring service demonstrations from 10 leading worldwide IPTV deployments including; Belgacom, Bell Canada, KPN, T-Online, Fastweb and Home Choice
  • Industry party for 600 hosted by Fashion TV at Tantra one of London's leading venues - 6th  March www.tantraclub.co.uk
  • Networking area with over 60 companies exhibiting
  • Daily news and video service supplied by Telecommunications magazine
  • Over 1000 attendees expected at the show -  with exhbition only passes available
  •  
    Motorola Acquires IPTV Embedded Linux Developer
     
    segphault writes "Ars Technica is covering Motorola's acquisition of Kreatel, a European company that designs Linux-based Internet Television Protocol (IPTV) technologies, including a set-top box powered by embedded Linux." From the article: "I'm not big on television (I generally prefer to wait for the shows I like to be released on DVD), but the sheer extensibility of Linux-based IPTV technologies is more than enough to capture my imagination. If provided with a good on-demand service that lets me watch what I want, when I want to watch it, I would definitely be interested. As tantalizing as this Kreatel stuff is, it appears as though the SDK isn't available to average consumers yet. I hope that Motorola has the sense to realize that a devoted fan base of eager Linux device junkies will be a good thing for the platform."
     
    Motorola acquires IPTV embedded Linux developer
    Motorola has acquired Kreatel Communications, one of the leading developers of Internet Protocol Television (IPTV) technologies. IPTV facilitates deployment of digital television over broadband Internet connections. Provided as a subscription service by a number of media distributors, IPTV is becoming popular in Europe. Kreatel provides a complete Linux-based IPTV deployment solution that includes applications, middleware, and set-top boxes powered by embedded Linux.

    The versatility of open source technology has enabled Kreatel to create an IPTV platform that is both flexible and scalable, capable of evolving with consumer demand. The acquisition of Kreatel will extend the functionality of Motorola's own digital video offerings, adding critical set-top box support to the assortment of encoding and infrastructure services that Motorola currently provides. Motorola Connected Home Solutions president Dan Moloney comments:

    "Combining Motorola and Kreatel's strengths is immensely attractive to green field video networks around the world and provides a critical solution as service providers evolve their video networks in the future. Motorola will have a flexible IPTV portfolio that addresses the real challenges faced by service providers worldwide as they build and evolve their networks."

    IPTV hasn't taken off here in the states yet, but TDG Research estimates that global IPTV revenues will exceed US$17 billion by 2010. According to Kreatel, IPTV will enable media distributors to provide on-demand video services and other interactive features desired by modern consumers. Convergence is an important buzzword these days, and a Linux-powered set-top box has the potential to fulfill a lot of different needs. The Kreatel platform provides a complete interface to the underlying hardware through a versatile hardware abstraction layer that will ensure software compatibility between individual Kreatel devices. The Kreatel SDK supports numerous development technologies including web-based AJAX applications and conventional C/C++ applications. Current Kreatel software already provides extensive digital video recording functionality, and third party developers can build their own applications and services to deploy dynamically across IPTV networks. The SDK has all sorts of other goodies, and includes a GNU-based cross-compiling tool chain.

    I'm not big on television (I generally prefer to wait for the shows I like to be released on DVD), but the sheer extensibility of Linux-based IPTV technologies is more than enough to capture my imagination. If provided with a good on-demand service that lets me watch what I want, when I want to watch it, I would definitely be interested. As tantalizing as this Kreatel stuff is, it appears as though the SDK isn't available to average consumers yet. I hope that Motorola has the sense to realize that a devoted fan base of eager Linux device junkies will be a good thing for the platform. I would love to see this stuff opened up entirely so that individual users can start hacking away on enhancements. If they really know what is good for them, they will encourage the homebrew developers and try to build a real community around IPTV software hacking. A lot of Linux users are really excited about MythTV and open source DVR technologies, so there is clearly a demand for this kind of thing. It will be interesting to see how the software evolves, and how Motorola chooses to leverage the Linux set-top hardware.

    On the other hand, the delivery method and the content are two different things, and Motorola may be between a rock and a hard place when it comes to opening up any IPTV solution that may be working on. Content owners are likely to continue their paranoia with regards to access controls, but that's a topic for another day.

    Courtnay Guimarães Jr.
    msn: courtnayguima@hotmail.com
    blog on: - http://valueclouds.blogspot.com/
    "So long and thanks for all the fish"
     

    ----- Original Message -----

    Sent: Monday, January 30, 2006 10:49 AM
    Subject: [Celld-group] Re:[wireless.br] Re: TV Digital: interesses gigantescos...
     
    Só para provocar, q tal imaginar um pequeno cenário...
     
    - Um PC Pentiun II (US $50), como "conversor"...
    - Redes WiMax....
    - Servidores distribuídos em redes telefônicas fixas..
    - Software de IpTV freeware, baseados em Linux...
     
    Pra que mesmo essa discussão de TV Digital baseada em padrões "DeFunctos"?
     
    Sinceramente, essa discussão me lembra muito a arenga do início dos anos 90, sobre AOL, CompuCenter, e outras redes de BBS fechadas... Acabou tudo virando um troço chamado World Wide Web....
     
    BTW, em se tratando de sistemas "fechados" como os que estamos discutindo, é totalmente estéril essa discussão... Nunca produziremos tecnologia para estas coisas, considerando-se que sempre somos importadores de tecnologias de padrão fechado definidos em outros lugares.
     
    Sistemas ABERTOS gente.. sejamos criativos... 
     
    Courtnay Guimarães Jr.
    msn: courtnayguima@hotmail.com
    blog on: - http://valueclouds.blogspot.com/
    "So long and thanks for all the fish"
     

    ----- Original Message -----

    Sent: Monday, January 30, 2006 9:40 AM
    Subject: [wireless.br] TV Digital: "Intervozes" e "FNDC - Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação"
    Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    Continuo por aqui numa "navegança" em busca de outras fontes da sociedade civil que estão repercutindo ou engajadas no tema "TV Digital".
    Visitei os sites (pequena "apresentação" abaixo)
    -  da Intervozes e
    - do FNDC 
    citados na notícia:
    A transcrição está mais abaixo.
     
    Os dois sites contêm mais textos interessantes sobre TV Digital.
     
    Boa leitura!
    Um abraço cordial
    Helio Rosa

    heliorosa@wirelessbrasil.org
    Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-group WirelessBr
    Coordenador da
    ComUnidade WirelessBRASIL e do Giga Site WirelessBR
    Coordenador-Adjunto para "Novas Tecnologias":
    Eduardo Prado
    "Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
     
     
    O Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social  é uma associação civil que atua para transformar a comunicação em um bem público e efetivá-la como um direito humano fundamental para a realização plena da cidadania e da democracia. Buscamos o fortalecimento da esfera pública e a ampliação radical da participação da sociedade civil nos debates e decisões pertinentes à coletividade.
     
    Neste sentido, a comunicação não pode ser entendida como um espaço apenas para especialistas. Tornar o povo brasileiro protagonista de seu presente e autônomo em relação ao futuro depende de uma articulação profunda dos diversos grupos, entidades e pessoas que lutam pela democratização da sociedade.
     
    Participando da construção das políticas públicas de Comunicação, subsidiando as práticas dos movimentos sociais e da defesa do direito à comunicação, e criando espaços de referência que reúnam as experiências de comunicação alternativa, o Intervozes espera fortalecer o diálogo e a cooperação entre os que têm como objetivo a transformação da comunicação e da sociedade.
     
    ------------------------------------------------------------------

    Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC)

    Criado em julho de 1991 como movimento social e transformando-se em entidade em 20 de agosto 1995, o Fórum congrega entidades da sociedade civil para enfrentar os problemas da área das comunicações no País.
     
    A retomada de suas atividades, a partir do final de 2001, coincidiu com o momento histórico em que um projeto nacional de caráter popular chega ao poder da Administração Pública Federal.
     
    Simultaneamente, toda regulamentação da área das comunicações está sendo revista e a sociedade brasileira deve enfrentar o momento histórico de definir qual digitalização das comunicações será mais emancipadora para o Brasil.
     
    Antecipando-se a este cenário, o Fórum formulou e apresentou ao governo federal um programa para a área das comunicações voltado para a construção da democracia, da cidadania e da nacionalidade no Brasil. O texto foi construído durante a realização de sua IX Plenária, ocorrida no Rio de Janeiro, entre 14 e 16 de junho de 2002.
     
    De lá para cá, representantes FNDC passaram a atuar na base, com seus 12 comitês regionais instalados em nove estados da federação, e em espaços institucionais como o Conselho de Comunicação Social e o Comitê Consultivo do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).
     
    ---------------------------------------------------------------------
    Reproduzido do boletim Tela Viva News, de 20/01/2006
    de Samuel Possebon - Editor do Teletime News e Pay-TV News
     
    Duas das principais entidades representativas da sociedade civil na questão da democratização das comunicações estão pedindo, abertamente, que o governo brasileiro adie a definição do Sistema Brasileiro de TV Digital. O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e o Intervozes estão encaminhando a diferentes instâncias do governo manifestações pedindo mais tempo para que sejam definidas questões políticas antes da decisão tecnológica. Representantes das duas entidades participam do Comitê Consultivo de TV Digital. A briga das entidades vai mais além. Já chegou ao Congresso Nacional, com a movimentação de parlamentares de esquerda alinhados com as questões da democratização das comunicações, como a deputada Jandira Feghali (PC do B/SP), e do deputado Walter Pinheiro (PT/BA). E mais: também o Ministério Público deve ser acionado a fim de que se consiga mais tempo para o que as entidades entendem como um debate ma is amplo.
     
    O documento do FNDC foi entregue para o Comitê Consultivo, no Ministério das Comunicações, à Anatel, Ministério da Cultura e à Casa Civil. O documento do Intervozes chegou, além da Casa Civil, ao Ministério da Cultura e ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Basicamente, ambos têm a mesma preocupação: a decisão sobre TV digital, a partir da gestão do ministro Hélio Costa, passou a se dar em função dos interesses das concessionárias de radiodifusão, ignorando as manifestações do Conselho Consultivo, com base apenas em premissas tecnológicas e sem se preocupar com a definição de uma política ou modelo de exploração. Ambos criticam o governo por não se preocupar com a democratização dos meios de comunicação no processo de estabelecimento de uma política de TV digital. Também dizem que o governo ignora princípios constitucionais de desconcentração, regionalização e incentivo à programação cultural e informativa. A falta de uma política industrial também é duramente criticada pelo s dois documentos, assim como a ausência de uma discussão sobre a figura de um operador de rede, que poderia ser importante para a digitalização da rede pública e dos pequenos grupos de comunicação.
     
    As entidades também pedem mais negociação com outros países, especialmente a China, no desenvolvimento de uma política comum. O documento do Intervozes vai ainda além e propõe uma série de diretrizes que deveriam ser seguidas na implantação do Sistema Brasileiro de TV Digital. A íntegra dos documentos está disponível para download pelos endereços www.paytv.com.br/arquivos/documento_forum.pdf e www.paytv.com.br/arquivos/documento_intervozes.pdf , ou nos sites das entidades.
     
    Ministério Público
     
    O movimento Intervozes, que atuou junto ao Ministério Público para que a Rede TV fosse punida em função de abusos na programação, pretende levar o problema da TV digital para o mesmo campo de batalha. O MPF foi provocado por representação da professora Regina Motta, da UFMG, e o Grupo de Trabalho de Comunicação Social da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, através do procurador Luiz Fernando Martins, que pode instaurar um procedimento para obtenção de informações junto ao governo, a fim de saber se o atual processo do SBTVD respeita os direitos do cidadão (entre eles, o direito humano à comunicação). Haverá uma reunião dos procuradores do MPF participantes do grupo com o Ministério das Comunicações para que se esclareça as questões que estão sendo contestadas sobre o processo do SBTVD. E dependendo do resultado deste procedimento, pode vir a ser aberto um inquérito civil público, informa uma fonte qualificada.
     
    Congresso
     
    Outra frente de contestação do governo deve ser o Congresso. O deputado Walter Pinheiro finaliza um projeto de lei justamente para alterar o Código Brasileiro de Telecomunicações (Lei 4.117/62) para que ele contemple a realidade da TV digital, criando assim um ambiente normativo estável e ao mesmo tempo estabelecendo diretrizes para a exploração do serviço de radiodifusão com a digitalização. A deputada Jandira Feghali (PC do B/SP) também se movimenta para discutir o tema no Congresso Nacional.
     

    ----- Original Message -----

    Sent: Monday, January 30, 2006 10:17 AM
    Subject: [wireless.br] TV Digital: O "padrão americano" se defende

     
    Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em 
    www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    A "guerra" continua...
    Transcrevo abaixo a notícia:

    Lembrando: ATSC é o "padrão americano".
    Consta que o ATSC (Advanced Television Systems Committee),  é adotado pelos EUA, Canadá, México e Coréia do Sul.
    Após a notícia: Vale conferir a transcrição de um "pequeno grande" artigo de Gabriel Torres que serve como uma apresentação e também um resumo do assunto "TV Digital".  Fonte: Clube do Hardware  Visite!
    TV Digital
    http://www.clubedohardware.com.br/artigos/1010
    Autor: Gabriel Torres  Última Atualização: 19 de abril de 2005  

    O "blog comunitário" TV Digital está em:
    http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/secoes/blog_tv_digital/tv_digital_01.html

    Boa leitura.
    Um abraço cordial
    Helio Rosa

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    Sexta-feira, 27 janeiro de 2006 - 14:03
    Daniela Moreira, do IDG Now!
    Em resposta às recentes informações publicadas pela imprensa brasileira de que o governo teria descartado o padrão norte-americano como referência para a TV Digital no país, Robert Graves, o presidente do conselho do Fórum ATSC, veio ao Brasil para reafirmar que o modelo ainda está no páreo.
     
    O que gerou as especulações foi um relatório apresentado ao governo na última semana que, supostamente, teria descartado o modelo norte-americano por conta do quesito mobilidade.
     
    "Estamos um pouco atrasados nesta questão, mas até o meio deste ano serão realizados demonstrações de aplicações móveis em funcionamento", defendeu Graves, durante uma demonstração de aplicações nesta sexta-feira (27/01), em São Paulo.
     
    "Além disso", argumentou o executivo, "no padrão europeu a transmissão para terminais móveis ocorre em canais diferentes, coisa que o Brasil não quer, e o padrão japonês é capaz de fazer a transmissão em um único canal, mas sequer implementou comercialmente o serviço".
     
    O próprio CPqD, responsável pela apresentação do relatório, se posicionou dizendo que em nenhum momento o padrão norte-americano foi descartado. Apenas foi considerado o menos apto no quesito portabilidade, valorizado pelas emissoras nacionais.
     
    Graves também apontou outras vantagens da adoção do padrão ATSC, como os ganhos em escala na produção - que reduziriam o custo dos aparelhos de conversão e televisores digitais - e a possibilidade de exportar equipamentos para os países visinhos.
     
    "Se Estados Unidos, Canadá, México e Brasil adotarem o mesmo padrão, provavelmente os demais países da América Latina seguirão a decisão, abrindo oportunidade para exportações", justifica o presidente. 
     
    "As chances do Brasil exportar para o Japão são nulas e, para a Europa, isso só seria possível com adaptações no produto, pois lá a freqüência utilizada para TV digital é de 8 MHz, enquanto no aqui é de 6 MHz", acrescenta
     
    Se optar pelo padrão ATSC como referência, o Brasil terá em 2008 conversores de sinal - os chamados setop boxes - por 50 dólares.
     
    "O custo da tecnologia para a população é uma questão muito importante no Brasil, que tem impacto imediato maior que a mobilidade", afirmou.
     
    Graves afirmou ter conversado com importante lideranças políticas durante sua visita ao país para garantir que esta mensagem fosse difundida.
     
    Quanto à demora para a definição do sistema brasileiro - Graves já vem ao País para conversar sobre TV digital há 10 anos -, o presidente é cauteloso: "Nunca é a hora de tomar a decisão errada. Se for para escolher melhor, que demore o tempo necessário", arremata o presidente.
     
    A definição do modelo que servirá de referência para a TV digital brasileira está marcada para 10 de fevereiro. Os primeiros testes estão marcados para a Copa do Mundo, em junho deste ano, e a transmissão comercial deve ser iniciada em 7 de setembro, segundo o ministro Hélio Costa.
     

     
    Transcrição de um "pequeno grande" artigo de Gabriel Torres que vale como uma apresentação e também um resumo do assunto "TV Digital".
    Fonte: Clube do Hardware  Visite!

    TV Digital

    http://www.clubedohardware.com.br/artigos/1010
    Autor: Gabriel Torres  Última Atualização: 19 de abril de 2005  

    O Brasil é um dos poucos grandes países do mundo que ainda não decidiu qual padrão de transmissão de TV digital adotará. Uma das causas dessa demora é fato do ex-Ministro das Comunicações Miro Teixeira insistir pelo desenvolvimento de um padrão próprio brasileiro. A conseqüência direta na demora dessa decisão é que deixa o Brasil para trás em comparação aos demais mercados do mundo, incluindo outros importantes países em desenvolvimento tais como México, Rússia, Índia e China, que já decidiram qual padrão seguir. Outro detalhe é que o FCC (a Anatel norte-americana) estipulou que até maio de 2006 todas as transmissões de TV aberta nos EUA terão de ser digitais.

    No mundo existem três padrões:

    • ATSC (Advanced Television Systems Committee), adotado pelos EUA, Canadá, México e Coréia do Sul;
    • ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial), adotado pelo Japão;
    • DVB-T (Digital Video Broadcast Terrestrial), adotado pelos demais países que já decidiram qual padrão seguir, em especial os países da Europa, Ásia, África e Oceania.

    O sistema de transmissão digital usa a codificação MPEG-2 digitalizar as imagens, o mesmo padrão de codificação usado pelo DVD. A diferença entre os sistemas de transmissão está na maneira com que as imagens são codificadas para a transmissão, o formato de vídeo antes da codificação, o formato de vídeo após a codificação e a maneira com que o áudio é codificado. O sistema ATSC usa um esquema chamado 8-VSB, enquanto os outros dois sistemas usam um esquema chamado COFDM, que é menos sensível a interferências.

    Interessante notar que o Brasil é o único país no mundo pensando em adotar o sistema japonês. Testes realizados pela ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e pela SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e Telecomunicações) sob supervisão do CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) demonstrou que dos três padrões, o ISDB-T era o melhor, seguido do DVB-T e finalmente pelo ATSC.

    Aparentemente o fato de o ATSC ser o mais sensível a interferências não preocupa o mercado norte-americano, onde poucas pessoas ainda assistem TV aberta (isto é, através de antenas). O que nos faz pensar se a escolha do ATSC terá sido a melhor opção para o México. Por outro lado, devemos nos lembrar que o México faz parte do NAFTA (North American Free Trade Association, Zona de Livre Comércio da América do Norte), que faz do país um dos principais fabricantes e exportadores de produtos para o mercado norte-americano e, portanto, a adoção do mesmo sistema dos EUA aparentemente é melhor mais por motivos comerciais do que técnicos.
     

     

    ----- Original Message -----
    Sent: Saturday, January 28, 2006 10:22 AM
    Subject: [wireless.br] Re: TV Digital: interesses gigantescos...

    Olá, 
    ComUnidade WirelessBRASIL !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    Olá, Peterson, L.A. e Tom Jones!
    Valeu!
    Boa participação!
    "Vou estar blogando" suas mensagens no comunitário TV Digital, logo mais.  :-))
    (A mensagem do Tom está registrada lá no final desta, para o Grupo WirelessBR)

    Como sempre digo (?) notícia é notícia mas as opiniões pessoais dos participantes.... são uma "preciosidade comunitária".  :-)
    Por favor, quem tiver condições de opinar (com seriedade e equilíbrio), fique à vontade.
    Links e trabalhos sobre o tema também são muito bem-vindos!
     
    Estou visitando novamente o excelente site Projeto Brasil
     
    De lá, transcrevo abaixo: "Mário Baumgarten, representante do modelo DVB  - Padrão europeu destaca flexibilidade - Consórcio DVB estima conversor a R$ 180 "
    [Mário Baumgarten, é CTO da Siemens Comunicação no Brasil, e um dos representantes do modelo europeu]
     
    E anoto os seguintes links na home page do Projeto Brasil (os mais recentes podem exigir um pequeno cadastramento "indolor"):   :-)
     
    Poder de compra dos consumidores viabiliza TV digital
    Preços de conversor varia conforme padrão
     
    TV Digital: Panorama da política industrial
    CPqD mostra impacto da nova tecnologia na indústria nacional
     
    Estudo mostra impactos da TV digital na regulação do setor
    Os possíveis conflitos da nova tecnologia com legislação atual
     
     
     
     
    Boa leitura!
    Um abraço cordial
    Helio Rosa

    heliorosa@wirelessbrasil.org
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    Eduardo Prado
    "Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
     

    Tecnologia - 10/1/2006 16:07
    Mário Baumgarten, representante modelo DVB
    Padrão europeu destaca flexibilidade
    Consórcio DVB estima conversor a R$ 180
     

    Um dos consórcios que disputam o mercado de TV digital no Brasil é o DVB, presente em mais de 50 países, incluindo Europa, áfrica e Ásia. A principal vantagem apontada pelos defensores do modelo é a flexibilidade, que permite a adoção por países com realidades completamente diferentes. Segundo Mário Baumgarten, CTO da Siemens Comunicação no Brasil, e um dos representantes do modelo europeu, o Brasil precisa justamente de um padrão que esteja presente nos quatro cantos do país.
     
    O consórcio DVB, formado pelas empresas: Nokia, Philips, Siemens, Rhode&Schwartz, STMicroeletronics e Thales, desenvolveu mais de 100 modelos de Set-top boxes, conversores de sinal digital para Televisões convencionais. Essa variedade permitiu que se chegasse a um valor de R$ 180 por equipamento. O Projeto Brasil entrevistou o empresário Mário Baumgarten, sobre o sistema DVB:
     
    Quais os custos de implantação da TV Digital e quem vai arcar com eles?
     
    Embora não existam valores exatos a este respeito, mesmo porque dependem da competitividade do modelo de negócios escolhido pelo Brasil, é possível dizer que a implantação da TV Digital será paga pelo usuário. E este preço será muito mais alto se a escolha do padrão não for o DVB-T.
     
    Senão vejamos:
     
    Pelo lado dos investimentos a serem levados a cabo pelas emissoras de TV na substituição das estações de transmissão analógicas em todo o Brasil, estima-se que os custos oscilem na casa de R$ 1 bilhão (10 mil estações a R$ 100.000,00). 
     
    Muito maior e mais significativo é o impacto sobre o usuário brasileiro. Estima-se que ele terá de arcar com custos imensamente mais elevados e que variam fortemente com o padrão escolhido. No caso do padrão DVB-T, considerando-se 55 milhões de set-top boxes ao custo atual de R$ 180,00, o investimento ascenderia a aproximadamente R$10 bilhões. No caso de um dos outros padrões, nas mesmas bases, estimamos que o investimento subiria para aproximadamente R$ 16 a R$ 17 bilhões, suposto um preço atual de R$ 300,00 por set-top box (ou U$ 140).
     
    Porque o modelo europeu deve ser o escolhido pelo Brasil?
     
    Em primeiro lugar, o DVB é um padrão global, não é um padrão europeu. Está presente em mais de 50 países e sua penetração vai muito além da Europa, incluindo África do Sul, Austrália, Hong-Kong (China), Israel, Malásia, Nova Zelândia, Russia, Tailândia, Taiwan, vários outros países árabes e africanos. Simplesmente por ser o mais difundido ao redor do mundo é que, pelas suas economias de escala mundiais, oferece a maior variedade de produtos pelo menor preço. Isto está absolutamente em linha com as demandas da população brasileira. 
     
    Apenas na Alemanha, que agora começa a implantar a TV digital terrestre com mais ênfase, o mercado oferece mais de 100 modelos de set-top boxes DVB-T a preços bastante reduzidos, que se somam aos mais de 250 modelos de set-top-boxes DVB-S (satélite) em comercialização naquele país. Isto sem contar com uma infindável oferta de equipamentos DVB-T para computadores, automóveis, barcos, camping.
     
    Mas se o padrão global DVB possui todas estas vantagens, porque não foi adotado no Japão e na América do Norte?
     
    O Japão possui uma antiga tradição de proteção à sua indústria e por isso tende a definir padrões nacionais próprios para uso doméstico. Trata-se de uma escolha política, que acaba sendo paga pela população japonesa na forma de produtos mais caros. Mas a população japonesa possui uma das rendas per capita mais altas do planeta e por isso se dá a este luxo. Além disso, esta é uma forma para assegurar empregos. Na América do Norte, temos um cenário um pouco diferente, em que o emprego de padrões proprietários com foco doméstico tem sido atônica, dando aos atores detentores dos respectivos royalties o prêmio dos lucros mais elevados.
     
    O modelo DVB tem alguma desvantagem? Como minimizá-la?
     
    Acreditamos que a vantagem do padrão global DVB esteja na flexibilidade única que possui, de se adaptar a qualquer modelo de negócios que se deseje estruturar localmente. Pode-se estabelecer modelos de negócios considerando a TV fixa, a móvel, a celular, a de definição standard (qualidade DVD) e de alta definição, em qualquer proporção.  Em princípio, nós só vemos vantagens nessa flexibilidade, pois permite a correção de rumos do modelo de negócios inicialmente adotado, assim como a evolução do modelo de negócios futura. E isso se aplica tanto para as decisões tomadas na esfera do Governo quanto naquelas tomadas pelas emissoras de televisão, na condução do seu negócio.
     
    Sem qualquer demérito aos demais padrões, acreditamos ser importante frisar que, no nosso modo de ver, eles não foram desenvolvidos para poder se adequar flexivelmente a diferentes modelos de negócios. Muito pelo contrário, eles se encontram fortemente vinculados aos modelos de negócios adotados nos seus países de origem. Se o Brasil por ventura adotar um destes padrões, não há como deixar de se incorrer em riscos elevados, a começar pelo risco da escolha de um modelo de negócios que, após grande volume de investimentos, se mostre inadequado para o país e sua população. Pior ainda seria o caso de evolução do modelo de negócios no país de origem, de forma incompatível com as necessidades do mercado local. E, quanto a isso, não há como atuar preventivamente.
     
    Para termos segurança absoluta sobre os rumos do desenvolvimento do padrão, não seria melhor desenvolvermos um padrão nacional?
     
    A questão será sempre a mesma. Queremos participar de um projeto global já estabelecido, repartindo os seus custos com grande número de países, ou queremos pagar integralmente pelo desenvolvimento de um projeto nacional, assumindo 100% dos seus riscos? 
     
    Como fica a opção levantada, da adaptação de um dos três padrões aos requisitos nacionais?
     
    Na essência não é muito diferente do desenvolvimento de um padrão nacional. É necessário ter em mente que a maioria dos custos dos produtos da TV digital depende do custo dos seus componentes microeletrônicos. Qualquer adaptação nacional poderá ter duas grandes implicações. Ou o país terá de produzir produtos combinando chips discretos ou terá que pagar pelo desenvolvimento de chips integrados e específicos. Qualquer uma das opções não só trará preços mais altos como também limitará o portfólio de produtos para o consumidor. 
     
    Vocês poderiam dar um exemplo concreto de como um padrão nacional ou adaptado poderia limitar o portfólio de produtos para o consumidor?
     
    Se por ventura o país decidisse por um padrão com uma modulação diferente do padrão global DVB, uma série se produtos disponíveis no mercado mundial não mais teriam sentido de ser produzidos, comercializados e também exportados pelo Brasil. Podemos, a título de exemplo, citar o caso dos cartões PCMIA / DVB-T para lap-tops; os inumeráveis “sticks DVB-T / USB”, que transformam qualquer computador num receptor de TV a custo mínimo; as placas DVB-T / PCI que transformam computadores em receptores e ilhas de edição; os kits DVB-T para recepção móvel veicular e embarcada; sem contar na impossibilidade de uso de produtos combinados DVB-T e DVB-S (transmissão satélite, já em uso no Brasil), lembrando-se de que a transmissão terrestre é cada vez mais vista como opção de usuário, em combinação com a opção satélite. Quanto a produtos celulares estes não existiriam, dada a sua profunda dependência de uma microeletrônica altamente integrada e de larga escala de fabricação. Todos esses produtos são produtos já existentes, nao apenas promessas.
     
    Mas então o que restaria no caso de um padrão nacional ou adaptado?
     
    Possivelmente, os set-top boxes específicos para o mercado brasileiro. Estes passariam, paulatinamente, a ser incorporados nos televisores produzidos especialmente para o Brasil e para alguns eventuais países que lhe acompanhassem a decisão, sem maiores possibilidades de exportação e de diluição de custos. Em todo o caso, cremos ser necessário ressaltar que as limitações de portfólio anteriormente informadas não se referem a adaptações ou complementos permitidos pela própria estrutura do padrão global DVB. Existe flexibilidade no DVB para incorporar adaptações nacionais, dentro das normas de um padrão global. Existem aí oportunidades importantes para a comunidade cientifica e empresarial brasileiras—participar do desenvolvimento dos produtos DVB Brasil, e competir e participar internacionalmente. 
     
    De que forma o consórcio está tentando convencer o governo?
     
    A Coalizão DVB Brasil procura fornecer de forma ampla e aberta as informações essenciais que auxiliem o Governo brasileiro a realizar uma escolha acertada do padrão de TV Digital, já que ela deverá repercutir sobre o desenvolvimento da indústria do conteúdo local e dos meios de sua disseminação pelos próximos 30 a 50 anos. Adicionalmente, as empresas da coalizão também estão informando ao Governo brasileiro as suas intenções de investimentos no país, incluindo fabricação local, exportações, e participação dos centros de pesquisa que se desenvolveram com o financiamento importante do governo, que não podem perecer, em parcerias conjuntas. Somos empresas comprometidas com o Brasil, com experiência de país e credibilidade que conquistamos ao longo do tempo.
     
    Como esse modelo atende aos objetivos propostos pelo governo federal no decreto 4901?
     
    O decreto se propõe à realização de estudos técnico-econômicos bastante detalhados sobre a viabilidade do uso de tecnologias e soluções, a fim de subsidiar o Governo Federal nas decisões que tomará a respeito da estratégia de implantação da TV Digital no Brasil. Dentro deste contexto, o Consórcio procura adicionar a sua voz de uma forma clara, mostrando que o padrão global DVB é o mais flexível para cobrir não só as certezas, mas principalmente as incertezas que acompanham um projeto da envergadura, dimensão e significado social e cultural do SBTVD. Assumimos também o compromisso de continuar trabalhando com os centros de pesquisas financiados pelo governo, com o qual nossas empresas já possuem um relacionamento bastante estreito.
     
    Quanto o Brasil deve pagar de royalty caso escolha o DVB? 
     
    Em primeiro lugar, gostaríamos de atenuar um pouco a dimensão do debate que se trava em torno dos royalties, pois embora importante, ele não é determinante no custo final dos produtos que terão de ser pagos pelo consumidor. O que será determinante na composição do custo final dos produtos será o custo da microeletrônica, por sua vez dependente da escala mundial de produção e do nível de competição neste âmbito. Set-top boxes DVB-T são atualmente comercializados no mercado internacional por preços tão baixos como R$ 178, um valor já bastante comum e possível de ser comprovado na maioria das grandes lojas de departamentos em vários países. Aí encontram-se incluídos os impostos e royalties. Quanto aos royalties específicos do padrão DVB-T, eles oscilam entre U$ 0,50 e U$ 0,75 por set-top box. Muitos países decidiram adotar o DVB exatamente porque a estrutura de royalties está claramente definida e é a mais barata entre todos os padrões.
     
    Qual o canal de interatividade usado pelo modelo DVB?
     
    O padrão global DVB incorpora uma série de especificações que abre às emissoras de televisão uma ampla gama de possibilidades para implementação do canal de retorno e desenvolvimento de aplicações interativas, o que lhe permite ajustar da melhor maneira o seu modelo de negócios. Entre elas, tem-se a possibilidade de uso de pequenas porções do próprio espectro VHF/UHF, assim como alternativas que consideram links DECT, GSM ou LMDS. 
     


    ----- Original Message -----
    From: ladelacerda
    To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
    Cc: Helio Rosa
    Sent: Saturday, January 28, 2006 7:05 AM
    Subject: RES: [Celld-group] TV Digital: interesses gigantescos...
    Olá.
    Está difícil de acompanhar os interesses dos grupos envolvidos. É um jogo manhoso de mentiras afirmativas e afirmativas mentirosas
    Vejam em http://www.meioemensagem.com.br/mmonline/jsp/Navega.jsp?pIdConteudo=75488
    Abraços,
    LA

    Transcrevo abaixo do site.

    VP do SBT discorda da nota publicada pela Abra

    André Silveira e Marcelo Affini

    [27/01 - 19:59] Carta de apoio ao sistema japonês tem assinatura de integrantes da Abra

    Apesar de a Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra) ter negado, as suas emissoras associadas (Band, SBT e Rede TV) assinaram sim a carta encaminhada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na qual manifestam que o padrão japonês é a melhor opção de interatividade, alta definição e transmissão simultânea de programas em receptores fixos, móveis e portáteis.
    O item 3 da carta, datada de 18 de janeiro, informa que " o Sistema Brasileiro de Televisão Digital deve garantir gratuitamente à população o serviço de melhor qualidade e otimização do espectro: -Transmissão de programas em Alta Definição (HDTV/6 MHz) e em Definição Padrão (SDTV); - Transmissão em programas a serem recebidos simultaneamente em receptores fixos (HDTV/SDTV), móveis e portáteis no mesmo canal; -Interatividade, com estímulo à crescente inclusão digital; - Do ponto de vista tecnológico, a única modulação que atende a esses requisitos é a BST- COFDM (utilizada no sistema ISDB-T implantado no Japão".
    A carta foi assinada pelos dirigentes das emissoras, entre eles, Guilherme Stoliar (Vice-presidente do SBT), Rogério Simões Alves (Diretor de Novos Projetos da Rede TV) e João Carlos Saad (Presidente da Rede Bandeirantes de TV).
    Hoje, 27, a Abra negou que dado preferência ao padrão japonês de TV Digital e chegou a atacar indiretamente o ministro das Comunicações, Hélio Costa, ao afirma em nota oficial, que tal informação seria "mera especulação, fruto da má-fé de pessoas interessadas em defender interesses próprios".
    Esse comunicado provocou reações entre os associados da entidade. O vice-presidente do SBT e representante da emissora na Abra, Guilherme Stoliar disse desconhecer a origem do comunicado da Abra, com o qual não concorda e ratificou a posição ao afirmar que apóia um padrão que tenha as características do japonês.
     

    ----- Original Message -----
    From: TOM JONES
    To: Celld-group@yahoogrupos.com.br
    Sent: Friday, January 27, 2006 11:53 PM
    Subject: Re: [Celld-group] RES: [wireless.br] TV Digital: interesses gigantescos...
    Muito bem notado Peterson.
    Gostaria de comunicar a todos na Comunidade que o artigo do Sr Paulo Franco (Radiodifusores apoiam
    padrao Japones de Tv Digital) possui alguns equivocos ...
    1) O Padrão DVB-transmite sim em hdtv sobre canal de 6mhz.
    2) O Padrão é bem sólido e consolidade com varios players em mobilidade embora ainda peque um pouco em
    convergencia com redes 3G. Mas o esforços do DVB-H tem virado esse jogo.
    Longe de pender para um padrão ou outro, pois acredito que nossos interesses devem sempre ser tecnicos e nao
    politicos.
    O padrão DVB e o ISDB concorrem "pau a pau" em muitos quesitos inclusive em mobilidade e alta definição.
    Com a diferença apenas de que o padrão europeu tem uma penetração muito maior sendo adotado por diversos
    paises (50 se nao me engano) e por isso mesmo tem um historico de "adaptação" a diversos ambientes
    de propagação sejam rurais,metropolitanos ou afins.
    Enquanto que o ISDB apesar de muito bem elaborado, é até agora de uso exclusivo do Japão o que não lhe tira
    o mérito, mas também não da o direito de ninguem falar que é superior a um concorrente da penetração do DVB.
    Porem o ISDB nos testes realizados pela ABERT/SET, no Brasil foi o padrão que mostrou melhor desempenho
    frente a testes como ruido impulsivo e multipercurso.
    O que acredito seja o que tornou o padrão tão famoso por aqui, pela comunidade de tecnicos.
    Se sairmos dessa area e cairmos para os interesses politicos, temos então diversas outras diretrizes que
    elegem esse padrão como o melhor,porem nada que prove tecnicamente que o seja.
    Poderia falar sobre esse essunto por paginas e paginas, porem acho que o importante para nosso debate
    é que do ponto de vista que realmente interessa, (o tecnico) ambos os padrões tem seus méritos e
    desmeritos e apenas repetindo do meu ponto do vista a experiencia GLOBAL do padrao Europeu lhe da uma
    pequena margem de favorecimento frente ao ISDB que pode ser chamado de padrão "ILHADO" uma vez que apenas
    uma ilha o adota :-).
    TOM JONES -Coordenador TVDigitalBr.

    -----------------------------------------------------

    --- peterson_santosbr <peterson_santosbr@yahoo.com.br>
    escreveu:
    Olá !
    Gostaria de uma ajuda do grupo sobre o tema abaixo... Já não é a primeira vez que leio um texto, onde o ISDB é
    colocado como a tecnologia mais favorável, pois principalmente possui versão móvel. Até onde sei, apenas o ATSC não possui uma versão móvel.
    Alguém poderia me explicar por que estão desprezando o DVB-H ?
    Abraços.
    Peterson


    ----- Original Message -----

    Sent: Friday, January 27, 2006 6:30 PM
    Subject: [Celld-group] TV Digital: interesses gigantescos...

     
    Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em 
    www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    TV Digital: interesses gigantescos, inimagináveis em jogo!!!
     
    Ontem divulgamos a notícia veiculada pelo IDG Now! :
    Câmara terá comissão sobre TV digital
     
    Hoje transcrevemos, mais abaixo, a notícia recebida via newsletter Correio INFO:
    Desentendimento no governo pode atrasar TV digital
     
    E, mais abaixo ainda, a Coluna de Luis Nassif, da Folha (27/Jan/06):
    Os impasses na TV digital  (link acessível para assinantes da Folha e do UOL)
     
    Recorto os trechos inicial e final da notícia:
     
    "Discussões entre os ministros das Comunicações, da Casa Civil e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior podem comprometer o cronograma do SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital). (...)

    (...)  "Nesta semana, a Câmara dos Deputados anunciou que entrará nas discussões sobre TV digital. A decisão caiu como uma luva para o governo, pois o tempo necessário aos parlamentares para entendimento do assunto deve ser usado como desculpa para o desrespeito à data de fevereiro."
     
    Luiz Nassif, da Folha, alerta:
    (...)
    Apesar das boas intenções do presidente da Câmara, Aldo Rabello, recomenda-se cuidado com o seminário que será realizado no Parlamento. Isso porque há uma enorme quantidade de deputados e senadores donos de concessões de rádio e televisão -muitas delas, inclusive, arrendadas para terceiros. (...)
     
    (...) Até agora, se está falando de agentes do governo. Mas essas informações, de forma sistematizada, têm que chegar à opinião pública.(...)
     
    Estamos "'de olho comunitário" neste assunto:  :-)
    - Site "parceiro informal da ComUnidade: TV DigitalBR
    - Blog  TV Digital
     
    Uma sugestão para uma participação individual, direta e efetiva, sobre este e outros! temas:
    No site "
    Um Brasil Melhor" há um formulário simples e pequeno para se enviar uma mensagem a todos os Deputados e Senadores!
    Use e abuse da "democracia digital"!!!!   :-)
     
    Lembro: continuamos repercutindo o que "dá" na mídia mas estamos mesmo é na expectativa de comentários do pessoal técnico envolvido no processo.
    Vamos lá?  :-)
     
    Boa leitura!
    Um abraço cordial
    Helio Rosa
    heliorosa@wirelessbrasil.org
    Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-group WirelessBr
    Coordenador da
    ComUnidade WirelessBRASIL e do Giga Site WirelessBR
    Coordenador-Adjunto para "Novas Tecnologias":
    Eduardo Prado
    "Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
     

    Desentendimento no governo pode atrasar TV digital
    Quinta-feira, 26 de janeiro de 2006 - 14h46  


    SÃO PAULO – Discussões entre os ministros das Comunicações, da Casa Civil e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior podem comprometer o cronograma do SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital).
     
    O governo federal tem até o dia 10 de fevereiro para anunciar qual o padrão adotará para a TV digital brasileira. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, quer que o anúncio nesse dia traga o máximo possível de informações, para que as transmissões comerciais comecem no dia 7 de setembro, como acordado entre as emissoras e o governo.
     
    A informação mais aguardada é a escolha do padrão de modulação.
    Existem três ofertas internacionais:
    - o japonês(ISDB),
    - o europeu (DVB) e
    - o americano (ATSC),
    que montaram lobbies fortíssimos para serem escolhidos para o SBTVD.
    As emissoras preferem o japonês, pois é o único já pronto para transmissões a dispositivos portáteis (como receptores em carros) e móveis (como celulares).
    Além disso, ele permite que suas imagens sejam captadas pelos receptores móveis diretamente de suas antenas, sem precisar passar pelas redes de telefonia celular.
    As teles consideram isso uma invasão de seu mercado pelas emissoras.
     
    O padrão europeu se preocupa mais em transmitir até quatro canais em uma mesma freqüência, útil para muitas emissoras concorrendo por poucas freqüências.
     
    Já o americano, de alta definição, não tem abordagem para transmissão móvel ou portátil. Os três padrões oferecem interatividade entre espectador e programação.
     
    Os desentendimentos entre Costa, tido pelo mercado como favorável ao modelo japonês, Dilma Rousseff (Casa Civil) e Luiz Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) começam justamente aí.
    Reportagem do jornal Folha de S.Paulo afirma que Furlan não quer seguir adiante com as definições sem que a política industrial esteja definida. Ele considera o padrão japonês justamente o menos interessante, pois é o menor mercado dos três padrões existentes. Já Rousseff quer escolher primeiro o modelo de negócios. A Casa Civil já declarou apoio ao sistema europeu, que considera mais "democrático", pois permitiria espaço para canais comunitários.
     
    Nesta semana, a Câmara dos Deputados anunciou que entrará nas discussões sobre TV digital. A decisão caiu como uma luva para o governo, pois o tempo necessário aos parlamentares para entendimento do assunto deve ser usado como desculpa para o desrespeito à data de fevereiro.


    A novela da TV digital está no seguinte capítulo:
    1. Na terça-feira, o CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) apresentou seu relatório sobre TV digital a vários ministros, incluindo os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Planejamento, Paulo Bernardo.
    2. Na quarta, houve reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foi uma apresentação ligeira.
    3. Há ainda questões controvertidas. O CPqD juntou um conjunto de instituições de pesquisa para desenvolver o modelo brasileiro de TV digital. Existem divergências em pelo menos dois pontos: a questão da modulação e transmissão (desenvolvida pelo Mackenzie) e o terminal de acesso (desenvolvido pela Poli). Nos próximos dias, técnicos das três instituições se reunirão para chegar (ou não) a um consenso.
    4. Mesmo dentro do governo, há quem julgue que o debate está insuficiente. Há necessidade de organizar todas as informações, separá-las em categorias, como as questões técnicas, os modelos de negócio, os interesses de todas as partes envolvidas.
    5. A decisão sobre a TV digital sairá em fevereiro mesmo, não no dia 10. Nessa data será entregue apenas o relatório final da parte técnica e também da parte econômica, com estudos sobre projeções de penetração do set top box (espécie de decodificador), em função de preço.
    6. Apesar das boas intenções do presidente da Câmara, Aldo Rabello, recomenda-se cuidado com o seminário que será realizado no Parlamento. Isso porque há uma enorme quantidade de deputados e senadores donos de concessões de rádio e televisão -muitas delas, inclusive, arrendadas para terceiros.
    O grande problema na decisão é o rolo compressor montado pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa. O ministro defende um modelo que permita às emissoras abertas terem competitividade diante das TVs a cabo e da telefonia. Se se considerasse apenas esse elemento, o modelo japonês poderia ser o adequado, pelo fato de permitir a imagem em alta definição e a mobilidade (a capacidade de transmitir para celulares sem passar pela operadora).
    Mas há outros pontos relevantes:

    Política industrial: o sistema tem que permitir a fabricação de um aparelho que seja exportável. O padrão japonês só permite exportar para o Japão -que não é importador de televisores. O MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) tem que participar das decisões.

    Tecnologia: o sistema precisa permitir que o Brasil consiga se colocar como produtor de tecnologia, associando-se a um dos sistemas globais existentes. O japonês não dá essa abertura. De qualquer modo, o Ministério de Ciência e Tecnologia tem que participar desse debate.

    Administração do espectro: com a convergência digital, há toda uma discussão sobre a alocação do espectro eletromagnético, o que bate direto no sistema de concessões, na questão do acesso à produção cultural, inclusão digital etc. O Ministério da Cultura tem que participar dessa discussão.

    Até agora, se está falando de agentes do governo. Mas essas informações, de forma sistematizada, têm que chegar à opinião pública.
     

    ----- Original Message -----

    Sent: Thursday, January 26, 2006 2:46 PM
    Subject: [Celld-group] TV Digital: Comissão na Câmara

     
    Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em 
    www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    Transcrevo abaixo uma notícia veiculada pelo IDG Now!:
    Câmara terá comissão sobre TV digital

    Em tempos atuais a primeira reação é torcer o nariz e emitir um som reticente: huuuummmm....   :-)
    No entanto, apesar de "certo conteúdo humano" temos que prestigiar e preservar o Congresso como instituição.
    É o local correto para o debate de tema tão importante.
    Vamos louvar a iniciativa... e acompanhar atentamente!  :-)
     
    Uma sugestão para uma participação individual, direta e efetiva, sobre este e outros! temas:
    No site "
    Um Brasil Melhor" há um formulário simples e pequeno para se enviar uma mensagem a todos os Deputados e Senadores!
    Use e abuse da "democracia digital"!!!!   :-)
     
    Sobre TV Digital lembro as fontes comunitárias:   :-)
    - Site "parceiro informal da ComUnidade: TV DigitalBR
    - Blog 
    TV Digital
     
    Continuamos repercutindo o que "dá" na mídia mas estamos mesmo é na expectativa de comentários do pessoal técnico envolvido no processo.
    Vamos lá?  :-)
     
    Um abraço cordial
    Helio Rosa

    heliorosa@wirelessbrasil.org
    Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-group WirelessBr
    Coordenador da
    ComUnidade WirelessBRASIL e do Giga Site WirelessBR
    Coordenador-Adjunto para "Novas Tecnologias":
    Eduardo Prado
    "Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
     

     
    Câmara terá comissão sobre TV digital
    Quarta-feira, 25 janeiro de 2006 - 11:23
    IDG Now!
    O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, anunciou que será realizada no próximo dia 8 de fevereiro, pela manhã, uma comissão geral da Câmara para debater a implantação da TV digital no Brasil.
     
    Os debates terão a participação de deputados que estudam o assunto, de lideranças partidárias e de especialistas, cientistas, pesquisadores, empresas de telefonia e empresas ligadas à fabricação de equipamentos para as telecomunicações.
     
    Segundo Aldo, o objetivo é permitir que a Câmara contribua para preservar o interesse público e nacional no que se refere à implantação da nova tecnologia, assim como fizeram Parlamentos de outros países.
    Ele informou que, além da comissão geral, a Câmara organizará uma exposição e um seminário para ampliar os debates sobre a TV digital.
     
    "A Casa quer debater o assunto porque essa tecnologia, além de definir pelas próximas décadas o padrão de televisão no Brasil, orientará a pesquisa, a comercialização e a fabricação de equipamentos", ressaltou.
     
    Para Aldo Rebelo, o debate deve levar em conta que apenas 7% dos que assistem televisão têm assinatura de TV a cabo.
     
    Contribuições acadêmicas
     
    Para o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), a discussão precisa ser apartidária. Ele recomendou que sejam convidados estudiosos do Centro de Pesquisa e Qualificação Tecnológica de Campinas, além de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de Campina Grande (PB), da Universidade Federal Fluminense e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A sugestão foi acatada por Aldo Rebelo.
     
    Seminário
     
    Aldo Rebelo reuniu-se durante duas horas, na terça-feira (24/01), com integrantes da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática. Uma das decisões é realizar um seminário sobre o assunto no mês que vem, afirma a deputada Jandira Feghali.
     
    "Vamos fazer um seminário de formulação de posição da Câmara. Existem alguns projetos na Casa, mas é esse seminário que vai mostrar os projetos que a Câmara quer aprovar."
    Segundo Feghali, o seminário vai contar com a participação de especialistas das universidades e da indústria.
     
    O padrão de TV digital a ser adotado no Brasil deve ser definido em fevereiro pelo governo e a primeira transmissão experimental está prevista para junho, durante a Copa do Mundo. Pelo cronograma anunciado, a transmissão em definitivo está prevista para setembro e os telespectadores terão aproximadamente dez anos para trocar os aparelhos de TV. Nesse período, as emissoras serão obrigadas a transmitir tanto o sinal digital quanto o analógico.
    Agência Brasil 
     

    ----- Original Message -----

    Sent: Wednesday, January 25, 2006 8:41 AM
    Subject: [wireless.br] "TV digital brasileira influencia AL"

    Olá, 
    ComUnidade WirelessBRASIL
    !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    Sobre TV Digital lembro:
    Site "parceiro" informal da ComUnidade: TV DigitalBR
    Blog comunitário: TV Digital
     
    Transcrevo abaixo uma notícia recente publicada no Computerworld:
     
    Boa leitura!
    Um abraço cordial
    Helio Rosa
    heliorosa@wirelessbrasil.org
    Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-group WirelessBr
    Coordenador da ComUnidade WirelessBRASIL e do Giga Site
    WirelessBR
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    Eduardo Prado
    "Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
     

     
    TV digital brasileira influencia AL, diz ativista
    Terça-feira, 24 janeiro de 2006 - 17:58
    COMPUTERWORLD

    A definição sobre o padrão que o Brasil adotará no processo de digitalização das transmissões de televisão e rádio pode ser chave para o futuro das definições em toda a América Latina.
     
    O ministro das Comunicações, Hélio Costa, já anunciou que o Brasil escolhe até o próximo mês o padrão da TV digital. Hoje, existem no mundo três sistemas diferentes - o americano (ATSC), o japonês (ISDB) e o europeu (DVB) - desenvolvidos a partir dos interesses de cada país.
     
    A avaliação do ativista argentino Nestor Busso, da Associação Latino-Americana de Educação Radiofônica (Aler), defende que a escolha do novo sistema leve em conta a questão política da integração da América Latina.
     
    "Nossos países têm que definir como questão política a norma para as novas tecnologias digitais. Nesse sentido, dado o atual movimento de integração do continente, seria muito importante que se criasse uma norma latino-americana", afirma.
     
    A entidade de que participa Busso integra uma frente latino-americana de movimentos ligados a bandeiras como a democratização da comunicação e o direito humano à comunicação e a informação. Apesar de alertar para o perigo, Busso diz confiar que o pais vá adotar uma solução tecnológica autônoma. "Penso que o brasil nao vai ceder", afirma. Segundo ele, a adoção pelo Brasil de um padrão de digitalização como o norte-americano "seria uma grande perda, seria lamentável".
     
    As escolhas sobre a TV digital influenciam diretamente o número de emissoras novas que poderão estar disponíveis para os brasileiros. Caso o novo sistema fique situado na faixa de 6 megahertz isso permite que um único canal analógico seja desmembrado em outros 4. Essa é uma das principais reivindicações das empresas, porque poderia ampliar as opções de canal para cada concessão já existente e, ao mesmo tempo, limitar o número de novos donos e concorrentes.
     
    A definição do padrão a ser adotado, lembra Busso, é importante porque a nova tecnologia pode significar ou não uma ampliação do número de canais disponíveis para transmissão. "Mais canais serão mais vozes que poderemos ter no espectro", diz. Além disso, Nestor Busso defende padrões comuns para buscar vantagens na integração. "Se tivermos uma tecnologia comum, vamos poder intercambiar conteúdos, produzir nossos conteúdos sem ser apenas invadidos por o que vem de fora."
     
    Busso pede pressa na definição pelo governo brasileiro. Ele diz que o padrão norte-americano de TV digital está avançando na América Latina. Na Argentina, por exemplo, diz que já estão sendo feitas transmissões comerciais utilizando-se esse padrão.
     
    A situacão da Espanha, diz Busso, serve como alerta para o continente. Por lá, diz ele, já foi decretado arbitrariamente que o "apagão analógico", ou seja, a passagem completa das transmissões para o modo digital, acontecerá em 2009.
     
    A nova tecnologia para a televisão pode combinar as características tradicionais com algumas das funcionalidades dos computadores, transformando a televisão em uma mídia interativa. Essa interatividade possibilitará, inclusive, usos como correio eletrônico, governo eletrônico, informações e transações bancárias.
    Com informações da Agência Brasil 
     
     

    ----- Original Message -----

    Sent: Friday, January 20, 2006 5:03 PM
    Subject: [wireless.br] TV DIGITAL: Vem aí o padrão japonês?

     
    Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    Ontem citamos o site Projeto Brasil numa mensagem sobre TV Digital.
    Fui lá conferir, encontrei muitos artigos "abertos" e alguns exigindo cadastramento - gratuito, ufa!  :-)
     
    De lá coleto mais "combustível" para permitir o acompanhamento do noticiário e formação da opinião.
    Um parênteses:  :-)
    (Respondendo à vários "pvts": A idéia é também dar ao participante condições de, eventualmente, interagir individualmente com a mídia e com as entidades e órgãos envolvidos - meios virtuais não faltam!
    A Comunidade não age coletivamente como um "bloco" ou um "sindicato" defendendo posições e opiniões)
     
    Transcrevo abaixo, do site Projeto Brasil 05 artigos (como sempre, a orientação é: prefira ler no original para prestigiar a fonte e conferir novos artigos e notícias):
     
     
    "Panorâmica" sobre os padrões:
     
    Boa leitura!
    Helio Rosa

    heliorosa@wirelessbrasil.org
    Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-group WirelessBr
    Coordenador da ComUnidade WirelessBRASIL e do Giga Site WirelessBR

    Coordenador-Adjunto para "Novas Tecnologias":
    Eduardo Prado
    "Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
     

     
    Tecnologia - 19/1/2006 16:38
     
    Entidade pede financiamento do BNDES

    As empresas de radiodifusão estão diretamente envolvidas com as mudanças que vão ocorrer após a escolha de um padrão para a TV digital no Brasil. No entanto elas estão divididas em duas entidades: Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), que atualmente representa apenas a TV Globo e a Abra (Associação Brasileira de Radiodifusores), fundada em 2004 para representar a TV Record, SBT, Rede TV! e Bandeirantes.

    Apesar da divisão nas entidades representativas, todas elas aprovam o padrão japonês de TV digital. A Abra apresentou ao Projeto Brasil vários pontos de consenso entre os quatro sócios sobre as características que devem estar presentes no padrão escolhido pelo Brasil. Apenas o sistema adotado no Japão (ISDB-T) atende a todas as especificações dos radiodifusores:

    1. Em primeiro lugar é preciso ter alta definição (HDTV), opinião compartilhada pelo representante da TV Globo. Essa opção exclui o padrão Europeu, já que este transmite em definição standard (SDTV) para permitir a multi-programação.

    2. Utilização do canal de 6 mhz, como ocorre atualmente. O padrão europeu utiliza 8 mhz, o que automaticamente o exclui das alternativas.

    3. Mobilidade e portabilidade, que permite a recepção do sinal em aparelhos móveis ou telefones celulares. Os padrões americano e europeu não possuem essa característica.

    4. Interatividade. Esse serviço é oferecido em graus diferentes por todos os padrões disponíveis.

    Além dessas características, a Abra sugere que o BNDES financie as emissoras para a migração do analógico para o digital. Eles pedem também isenção dos tributos federais e estaduais dos produtos sem similar nacional, bem como sugerem a criação de um Consórcio Brasileiro de TV Digital para a negociação com os sistemas internacionais, envolvendo o governo, a indústria as redes de TV.

    Conheça os padrões de TV digital:

    AMERICANO (ATSC): Padrão ressalta vantagens econômicas

    EUROPEU (DVB): Padrão destaca flexibilidade

    JAPONÊS (ISDB-T): Japoneses apostam em mobilidade e portabilidade

    BRASILEIRO (SBTVD): Pesquisador da USP confirma viabilidade econômica

    Paulo Franco



    Inclusão Digital - 17/1/2006 11:18
     
    TV móvel e portátil estão em fase de testes

    O fórum ATSC (Advanced Television Systems Committee), que representa o modelo de TV digital adotado nos Estados Unidos, argumenta que se o Brasil escolher essa opção, terá os melhores preços do mercado para conversores e aparelhos de TV. Segundo Robert Graves, representante do modelo, quando se fala em custo dos receptores, o mais importante não são as especificações técnicas ou quanto possui de memória, mas quantos milhões são vendidos por ano, pois é isso que leva o preço para baixo.

     

    Se considerar que no Brasil existem 100 milhões de televisores e que todos deverão ser trocados nos próximos anos com a nova tecnologia, os custos de produção cairiam drasticamente. Desde que a TV digital começou a operar nos EUA, em 1998, o total de aparelhos vendidos no país foi de 28 milhões de unidades. Até 2007 todos os televisores americanos deverão ter, por lei, a tecnologia ATSC, o que requer ainda mais produção e conseqüentemente custos menores.

     

    Segundo Graves, o valor dos set-top boxes (conversores) ao consumidor final é de US$ 200 nos EUA, mas é possível encontrar por até US$ 89. Ele estima que com a produção em escala do aparelho no Brasil, o valor pode chegar a US$ 50 e que isso vem de encontro aos interesses de inclusão social e digital propostos pelo decreto 4901.

     

    Se o Brasil escolher o padrão ATSC, Robert Graves dá como certo que todos os outros países da América do sul seguirão mesmo caminho, e dessa forma o País poderia se tornar um pólo produtor e de exportação de equipamentos. Até agora o padrão americano é adotado nos Estados Unidos, Canadá, México e Coréia do Sul.

     

    Segundo o representante do fórum, a recepção do sinal em lugares distantes dos transmissores ou em ambientes internos é melhor no modelo americano se comparado ao japonês ou europeu. Além disso, Graves afirma que o ATSC pode trabalhar com sinais até 40% mais fracos e que os outros sistemas precisam de potência duas vezes e meia maior para funcionar. Ainda de acordo com o representante americano, o sistema europeu transmite a uma taxa de 13.6 mega bits por segundo, enquanto o ATSC fornece a 19.4 mega bits por segundo, que se traduz em um maior número de serviços oferecidos.

     

    Entre os pontos fracos do modelo americano, a questão da mobilidade / portabilidade (transmissão para televisores móveis e celulares) é o que mais preocupa os representantes. Robert Graves diz que o padrão não foi feito originalmente para suportar esse tipo de serviço porque os radiodifusores nos EUA não tinha interesse. Ele explica que para garantir mobilidade e portabilidade seria necessário sacrificar a taxa de transmissão de bits por segundo, o que também não interessava na época.

     

    Existem pelo menos quatro empresas pertencentes ao padrão americano desenvolvendo mecanismos de mobilidade e portabilidade para atender aos interesses dos radiodifusores no Brasil.

     

    O ATSC (Advanced Television Systems Committee, Inc.) é uma organização internacional, sem fins lucrativos, que desenvolve padrões voluntários para a televisão digital. As organizações que fazem parte do ATSC representam as indústrias de radiodifusão, de equipamentos de radiodifusão, cinema, de produtos eletro-eletrônicos, de computação, de serviços de cabo e satélite, e de semicondutores. Veja abaixo a lista das empresas que compõe o fórum:

     

    -AIRCODE (Coréia)

    -ARTEAR (Argentina)

    -Association of Public Television Stations

    -ATI Technologies, Inc.

    -Canadian Digital Television (CDTV)

    -CAPER (Argentina)

    -Capitol Broadcasting/WRAL

    -CBS

    -Dolby Laboratories

    -Electronics And Telecommunications Research Institute

    -Harris Corporations

    -Harmonic

    -LG Electronics, Inc

    -Linear electonic Equipment (Brasil)

    -LINX Electronics

    -Massachusetts Institute of Technology

    -Microsoft

    -National Associations of Broadcasters

    -Sencore

    -STMicroelectronics

    -TELEFE (Argentina)

    -Televisa (Mexico)

    -Texas Instrument

    -Triveni Digital

    -Wiley Rein & Fielding

    -Zenith Electronics Corporation
     


     

    Tecnologia - 10/1/2006 16:07
     
    Consórcio DVB estima conversor a R$ 180


    Um dos consórcios que disputam o mercado de TV digital no Brasil é o DVB, presente em mais de 50 países, incluindo Europa, áfrica e Ásia. A principal vantagem apontada pelos defensores do modelo é a flexibilidade, que permite a adoção por países com realidades completamente diferentes. Segundo Mário Baumgarten, CTO da Siemens Comunicação no Brasil, e um dos representantes do modelo europeu, o Brasil precisa justamente de um padrão que esteja presente nos quatro cantos do país.

    O consórcio DVB, formado pelas empresas: Nokia, Philips, Siemens, Rhode&Schwartz, STMicroeletronics e Thales, desenvolveu mais de 100 modelos de Set-top boxes, conversores de sinal digital para Televisões convencionais. Essa variedade permitiu que se chegasse a um valor de R$ 180 por equipamento. O Projeto Brasil entrevistou o empresário Mário Baumgarten, sobre o sistema DVB: 

    Quais os custos de implantação da TV Digital e quem vai arcar com eles?

    Embora não existam valores exatos a este respeito, mesmo porque dependem da competitividade do modelo de negócios escolhido pelo Brasil, é possível dizer que a implantação da TV Digital será paga pelo usuário. E este preço será muito mais alto se a escolha do padrão não for o DVB-T.

    Senão vejamos:

    Pelo lado dos investimentos a serem levados a cabo pelas emissoras de TV na substituição das estações de transmissão analógicas em todo o Brasil, estima-se que os custos oscilem na casa de R$ 1 bilhão (10 mil estações a R$ 100.000,00).

    Muito maior e mais significativo é o impacto sobre o usuário brasileiro. Estima-se que ele terá de arcar com custos imensamente mais elevados e que variam fortemente com o padrão escolhido. No caso do padrão DVB-T, considerando-se 55 milhões de set-top boxes ao custo atual de R$ 180,00, o investimento ascenderia a aproximadamente R$10 bilhões. No caso de um dos outros padrões, nas mesmas bases, estimamos que o investimento subiria para aproximadamente R$ 16 a R$ 17 bilhões, suposto um preço atual de R$ 300,00 por set-top box (ou U$ 140).

    Porque o modelo europeu deve ser o escolhido pelo Brasil?

    Em primeiro lugar, o DVB é um padrão global, não é um padrão europeu. Está presente em mais de 50 países e sua penetração vai muito além da Europa, incluindo África do Sul, Austrália, Hong-Kong (China), Israel, Malásia, Nova Zelândia, Russia, Tailândia, Taiwan, vários outros países árabes e africanos. Simplesmente por ser o mais difundido ao redor do mundo é que, pelas suas economias de escala mundiais, oferece a maior variedade de produtos pelo menor preço. Isto está absolutamente em linha com as demandas da população brasileira.

    Apenas na Alemanha, que agora começa a implantar a TV digital terrestre com mais ênfase, o mercado oferece mais de 100 modelos de set-top boxes DVB-T a preços bastante reduzidos, que se somam aos mais de 250 modelos de set-top-boxes DVB-S (satélite) em comercialização naquele país. Isto sem contar com uma infindável oferta de equipamentos DVB-T para computadores, automóveis, barcos, camping.

    Mas se o padrão global DVB possui todas estas vantagens, porque não foi adotado no Japão e na América do Norte?

    O Japão possui uma antiga tradição de proteção à sua indústria e por isso tende a definir padrões nacionais próprios para uso doméstico. Trata-se de uma escolha política, que acaba sendo paga pela população japonesa na forma de produtos mais caros. Mas a população japonesa possui uma das rendas per capita mais altas do planeta e por isso se dá a este luxo. Além disso, esta é uma forma para assegurar empregos. Na América do Norte, temos um cenário um pouco diferente, em que o emprego de padrões proprietários com foco doméstico tem sido atônica, dando aos atores detentores dos respectivos royalties o prêmio dos lucros mais elevados.

    O modelo DVB tem alguma desvantagem? Como minimizá-la?

    Acreditamos que a vantagem do padrão global DVB esteja na flexibilidade única que possui, de se adaptar a qualquer modelo de negócios que se deseje estruturar localmente. Pode-se estabelecer modelos de negócios considerando a TV fixa, a móvel, a celular, a de definição standard (qualidade DVD) e de alta definição, em qualquer proporção.  Em princípio, nós só vemos vantagens nessa flexibilidade, pois permite a correção de rumos do modelo de negócios inicialmente adotado, assim como a evolução do modelo de negócios futura. E isso se aplica tanto para as decisões tomadas na esfera do Governo quanto naquelas tomadas pelas emissoras de televisão, na condução do seu negócio.

    Sem qualquer demérito aos demais padrões, acreditamos ser importante frisar que, no nosso modo de ver, eles não foram desenvolvidos para poder se adequar flexivelmente a diferentes modelos de negócios. Muito pelo contrário, eles se encontram fortemente vinculados aos modelos de negócios adotados nos seus países de origem. Se o Brasil por ventura adotar um destes padrões, não há como deixar de se incorrer em riscos elevados, a começar pelo risco da escolha de um modelo de negócios que, após grande volume de investimentos, se mostre inadequado para o país e sua população. Pior ainda seria o caso de evolução do modelo de negócios no país de origem, de forma incompatível com as necessidades do mercado local. E, quanto a isso, não há como atuar preventivamente.

    Para termos segurança absoluta sobre os rumos do desenvolvimento do padrão, não seria melhor desenvolvermos um padrão nacional?

    A questão será sempre a mesma. Queremos participar de um projeto global já estabelecido, repartindo os seus custos com grande número de países, ou queremos pagar integralmente pelo desenvolvimento de um projeto nacional, assumindo 100% dos seus riscos?

    Como fica a opção levantada, da adaptação de um dos três padrões aos requisitos nacionais?

    Na essência não é muito diferente do desenvolvimento de um padrão nacional. É necessário ter em mente que a maioria dos custos dos produtos da TV digital depende do custo dos seus componentes microeletrônicos. Qualquer adaptação nacional poderá ter duas grandes implicações. Ou o país terá de produzir produtos combinando chips discretos ou terá que pagar pelo desenvolvimento de chips integrados e específicos. Qualquer uma das opções não só trará preços mais altos como também limitará o portfólio de produtos para o consumidor.

    Vocês poderiam dar um exemplo concreto de como um padrão nacional ou adaptado poderia limitar o portfólio de produtos para o consumidor?

    Se por ventura o país decidisse por um padrão com uma modulação diferente do padrão global DVB, uma série se produtos disponíveis no mercado mundial não mais teriam sentido de ser produzidos, comercializados e também exportados pelo Brasil. Podemos, a título de exemplo, citar o caso dos cartões PCMIA / DVB-T para lap-tops; os inumeráveis “sticks DVB-T / USB”, que transformam qualquer computador num receptor de TV a custo mínimo; as placas DVB-T / PCI que transformam computadores em receptores e ilhas de edição; os kits DVB-T para recepção móvel veicular e embarcada; sem contar na impossibilidade de uso de produtos combinados DVB-T e DVB-S (transmissão satélite, já em uso no Brasil), lembrando-se de que a transmissão terrestre é cada vez mais vista como opção de usuário, em combinação com a opção satélite. Quanto a produtos celulares estes não existiriam, dada a sua profunda dependência de uma microeletrônica altamente integrada e de larga escala de fabricação. Todos esses produtos são produtos já existentes, nao apenas promessas.

    Mas então o que restaria no caso de um padrão nacional ou adaptado?

    Possivelmente, os set-top boxes específicos para o mercado brasileiro. Estes passariam, paulatinamente, a ser incorporados nos televisores produzidos especialmente para o Brasil e para alguns eventuais países que lhe acompanhassem a decisão, sem maiores possibilidades de exportação e de diluição de custos. Em todo o caso, cremos ser necessário ressaltar que as limitações de portfólio anteriormente informadas não se referem a adaptações ou complementos permitidos pela própria estrutura do padrão global DVB. Existe flexibilidade no DVB para incorporar adaptações nacionais, dentro das normas de um padrão global. Existem aí oportunidades importantes para a comunidade cientifica e empresarial brasileiras—participar do desenvolvimento dos produtos DVB Brasil, e competir e participar internacionalmente.

    De que forma o consórcio está tentando convencer o governo?

    A Coalizão DVB Brasil procura fornecer de forma ampla e aberta as informações essenciais que auxiliem o Governo brasileiro a realizar uma escolha acertada do padrão de TV Digital, já que ela deverá repercutir sobre o desenvolvimento da indústria do conteúdo local e dos meios de sua disseminação pelos próximos 30 a 50 anos. Adicionalmente, as empresas da coalizão também estão informando ao Governo brasileiro as suas intenções de investimentos no país, incluindo fabricação local, exportações, e participação dos centros de pesquisa que se desenvolveram com o financiamento importante do governo, que não podem perecer, em parcerias conjuntas. Somos empresas comprometidas com o Brasil, com experiência de país e credibilidade que conquistamos ao longo do tempo.

    Como esse modelo atende aos objetivos propostos pelo governo federal no decreto 4901?

    O decreto se propõe à realização de estudos técnico-econômicos bastante detalhados sobre a viabilidade do uso de tecnologias e soluções, a fim de subsidiar o Governo Federal nas decisões que tomará a respeito da estratégia de implantação da TV Digital no Brasil. Dentro deste contexto, o Consórcio procura adicionar a sua voz de uma forma clara, mostrando que o padrão global DVB é o mais flexível para cobrir não só as certezas, mas principalmente as incertezas que acompanham um projeto da envergadura, dimensão e significado social e cultural do SBTVD. Assumimos também o compromisso de continuar trabalhando com os centros de pesquisas financiados pelo governo, com o qual nossas empresas já possuem um relacionamento bastante estreito.

    Quanto o Brasil deve pagar de royalty caso escolha o DVB?

    Em primeiro lugar, gostaríamos de atenuar um pouco a dimensão do debate que se trava em torno dos royalties, pois embora importante, ele não é determinante no custo final dos produtos que terão de ser pagos pelo consumidor. O que será determinante na composição do custo final dos produtos será o custo da microeletrônica, por sua vez dependente da escala mundial de produção e do nível de competição neste âmbito. Set-top boxes DVB-T são atualmente comercializados no mercado internacional por preços tão baixos como R$ 178, um valor já bastante comum e possível de ser comprovado na maioria das grandes lojas de departamentos em vários países. Aí encontram-se incluídos os impostos e royalties. Quanto aos royalties específicos do padrão DVB-T, eles oscilam entre U$ 0,50 e U$ 0,75 por set-top box. Muitos países decidiram adotar o DVB exatamente porque a estrutura de royalties está claramente definida e é a mais barata entre todos os padrões.

    Qual o canal de interatividade usado pelo modelo DVB?

    O padrão global DVB incorpora uma série de especificações que abre às emissoras de televisão uma ampla gama de possibilidades para implementação do canal de retorno e desenvolvimento de aplicações interativas, o que lhe permite ajustar da melhor maneira o seu modelo de negócios. Entre elas, tem-se a possibilidade de uso de pequenas porções do próprio espectro VHF/UHF, assim como alternativas que consideram links DECT, GSM ou LMDS.
     


     

    Tecnologia - 20/1/2006 11:36
    ARIB
    Modelo não cobrará royalties caso seja o escolhido

    Cada um dos três modelos de TV digital existente no mundo apresentou suas principais vantagens para ser usado no Brasil. O japonês ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial) é o que possui melhor mobilidade e portabilidade, ou seja, é capaz de transmitir sinal digital para televisores instalados em veículos, aparelhos portáteis ou telefones celulares. Segundo o representante do padrão, Murilo Pederneiras, outra vantagem é o compromisso das empresas, registrado em carta ao ministro das comunicações, Hélio Costa, em não cobrar royalties para a fabricação dos equipamentos no Brasil.

    O padrão tem o suporte da ARIB (Association of Radio, Industries and Businesses), associação que reúne 269 empresas japonesas para desenvolver as tecnologias aplicadas no padrão de TV digital (veja no arquivo anexo a relação das empresas). Utilizado no Japão desde dezembro de 2003, o sistema terá no próximo dia 1º de abril o início da recepção portátil, já testado com sucesso no Brasil pela universidade Makenzie.

    De acordo com Murilo Pederneiras, o ISDB-T é o que possui melhor robustez e flexibilidade, isto é, permite modelos de negócios variados e atende aos interesses dos radiodifusores brasileiros. Diferente do modelo europeu, o modelo japonês permite a transmissão em alta definição (HDTV) em um canal de 6Mhz, mesmo usado no Brasil. Sobre as críticas dos outros representantes ao elevado preço dos equipamentos no padrão japonês, Murilo diz que isso depende dos recursos que são disponibilizados nos aparelhos.

    No Japão, todas as emissoras utilizam a transmissão HDTV, que tem som digital e qualidade de imagem melhor do que DVD. Apenas a televisão educativa daquele país optou pela transmissão em definição Standard (SDTV), que permite utilizar os 6Mhz para veicular até quatro programas no mesmo horário, a chamada multi-programação. Essa opção pode ser adotada pelo Brasil na busca pelos objetivos do decreto 4901 de inclusão social e digital.

    Segundo Murilo Pederneiras, a opção de multi programação é inviável do ponto de vista econômico, já que as TVs abertas não teriam receita suficiente para produzir quatro programas e encher a grade diária. A opinião é compartilhada pelo diretor de engenharia da TV globo, Fernando Bittencourt, que confirmou a intensão de iniciar as transmissões digitais no dia sete de setembro. Já o representante do modelo japonês acredita que o governo precisa definir as regras para a nova tecnologia e a implantaçao do sistema deve demorar pelo menos um ano e meio após a escolha do padrão.



    Tecnologia - 10/1/2006 11:16
    Marcelo Zuffo lidera consórcio sobre terminal de acesso
     

    O modelo de referência do sistema de TV Digital terrestre a ser adotado pelo Brasil gera polêmica pela importância futura dessa decisão. Uma das críticas levantadas pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) é que os novos mecanismos desenvolvidos pelos pesquisadores brasileiros não levam em consideração a viabilidade econômica. O pesquisador do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da USP, Marcelo Zuffo, nega a informação e diz que todos os trabalhos começaram com estudo de viabilidade técnica e econômica, impacto do royalties, entre outros requisitos do decreto 4.901, como inclusão social.

    Zuffo, que lidera o consórcio responsável por pesquisar e propor soluções para o terminal de acesso (aparelho de TV ou conversor na casa do consumidor), confirma que trabalhou em consonância com os requisitos da indústria de radiodifusão e eletroeletrônica. Ele cita como exemplo reuniões com Intel, Samsung, Philco e Gradiente, nas quais foram feitas sugestões para desenvolver as inovações.

    O terminal de acesso desenvolvido pelo consórcio leva em consideração maior flexibilidade na oferta de serviços, melhor exploração do espectro ao longo das próximas décadas e aprimoramentos e compatibilização com as tecnologias do resto do mundo. O pesquisador explica que toda a tecnologia usada no desenvolvimento dos terminais no Brasil adotou padrões universalmente aceitos, definidos por agencias internacionais de padronização isentas, como o ITU (braço da ONU para normatização de padrões em telecomunicações).

    Segundo Marcelo Zuffo, o terminal mais barato dentro da tecnologia mais avançada (transmissão digital H264, protocolo de Internet IPV6, multidefinição e mobilidade) custa em torno de US$ 40 a US$ 60. Levando em consideração margem de lucro e royalty, o custo ao consumidor final deve ser em torno de US$ 200. Para reduzir esse valor, Zuffo aponta como alternativas uma política industrial do governo, linhas de crédito ou desenvolvimento local para encontrar tecnologia mais barata.

    A alternativa de utilizar especificações subdimensionadas para reduzir os custos não é vista com bons olhos pelo pesquisador da USP. Segundo ele, a Itália optou por usar tecnologia mais barata em 2000, e hoje tem mais de 6 milhões de terminais que precisam ser atualizados. Isso seria um desastre para o Brasil, que possui 100 milhões de aparelhos de televisão e um volume de vendas previsto na ordem de 10 milhões por ano.
     


    ----- Original Message -----

    Sent: Thursday, January 19, 2006 9:43 AM
    Subject: [wireless.br] TV DIGITAL - Relatório de evento na USP

     
    Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    Recebi do nosso participante Tom Jones Moreira de Assis, autor do site TVDigitalBR e coordenador do blog comunitário TV Digital, cópia de um relatório detalhado de um evento ocorrido na USP em dezembro passado.
     
    Este texto consta do site Sistema Brasileiro de TV Digital (http://sbtvd.cpqd.com.br/), que precisa de um cadastro (com RG e CPF - que contra-mão, sô!!!)  gratuito para acesso completo.
     
    Obrigado, Tom, pela remessa do texto!

    Abaixo, O futuro da TV chegou
    Boa leitura!
    Um abraço cordial
    Helio Rosa
    heliorosa@wirelessbrasil.org
    Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-group WirelessBr
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    WirelessBR

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    Eduardo Prado
    "Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
     

     
    Valdecir Becker - Plano de Comunicação do SBTVD (12/12/2005)
     
    A televisão digital interativa deu os ares da graça no Brasil. Após muitas discussões, debates com todos os envolvidos do setor e quase um ano de pesquisa, o Sistema Brasileiro de TV Digital apresentou a maior revolução que televisão brasileira já passou. Durante a tarde da última sexta feira, dia 9, imprensa, governo e sociedade puderam visitar a demonstração dos resultados de 10 dos 22 consórcios envolvidos no projeto. “Hoje mostramos que o SBTVD é plenamente possível dentro das realidades socioeconômicas do país e totalmente compatível com o que existe no exterior”, diz Marcelo Zuffo, pesquisador e professor do LSI-USP, organizador do evento.
     
    Os visitantes puderam comparar as tecnologias e os diferentes tipos de vídeos que podem fazer parte do dia-a-dia brasileiro a partir do ano que vem. Foram apresentados vídeos em baixa definição, recebidos por aparelhos celulares, vídeos em definição normal, conhecida como standart por ser na mesma proporção da TV atual, e vídeos em alta definição.
     
    Além disso, também foi possível interagir com diferentes programas audiovisuais. Foram apresentados programas de auditório em que o telespectador faz as mesmas brincadeiras que a platéia participa no estúdio; debates e talk shows onde é possível votar e enviar perguntas; programas culturais, em que são oferecidos vários ângulos de câmera e diferentes opções de áudio.
     
    Além disso, as tecnologias que subsidiam essa nova realidade na comunicação foram apresentadas, o que facilitou a compreensão das diferentes opções que o país dispõe para efetivar a transição da TV analógica para digital. O terminal de acesso, aparelho que permite o uso das TVs analógicas para receber o sinal digital e participar dos programas interativos, pode ter diferentes custos e várias funcionalidades. O principal diferencial está no vídeo de alta definição e na interatividade.
     
    Para as demonstrações foram montadas duas estações transmissoras de TV. Uma transmitiu o sinal no canal 24 do bairro Sumaré, em São Paulo, em alta definição e para recepção em aparelhos celulares. Para os vídeos de definição normal e programas interativos foi disponibilizada uma estação móvel que ficou dentro da própria USP, transmitindo o sinal no canal 23. O professor da Universidade Mackenzie, responsável pela transmissão, Gunnar Bedicks, fez uma avaliação muito positiva do evento. “A transmissão foi um sucesso, mostrando que é plenamente possível transmitir canais de vídeo adjacentes, com qualidade e robustez de sinal”, diz.
     
    Na primeira fase das pesquisas do SBTVD, de apoio à decisão, foram estudados os três sistemas de TV digital estrangeiros (americano, europeu e japonês), e foi desenvolvida uma alternativa nacional para esses sistemas. O SBTVD adaptou as tecnologias já consolidadas no mercado internacional, consideradas relevantes para o contexto brasileiro, e desenvolveu o que não foi possível adaptar ou não atendia plenamente as necessidades do país. Apesar disso, o sistema apresentado mantém a compatibilidade com os padrões tecnológicos internacionais, de olho na evolução desses padrões, podendo facilmente ser adaptado a diferentes ambientes. “O sistema brasileiro de TV digital vai ter componentes dos três sistemas internacionais. Os cientistas brasileiros estão estudando no que há de melhor em cada um, e a partir daí será estruturado o sistema brasileiro”, explica o Ministro das Comunicações, Hélio Costa.
     
    Para isso, o governo distribuiu recursos do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) para 22 consórcios, compostos por 79 instituições de ensino e pesquisa. Ao todo, são 1.300 pesquisadores das cinco regiões do país desenvolvendo a tecnologia, a linguagem e um modelo de conteúdo.
     
    Avaliação O SBTVD tem como foco o uso da televisão digital para gerar inclusão digital. Ou seja, oferecer serviços hoje só disponíveis na internet pela televisão e ensinar a população a usá-los. Dessa forma, as pessoas têm acesso a novas informações, usando apenas o controle remoto da TV.
     
    O balanço do projeto é positivo. Segundo o professor da Universidade Federal da Paraíba, Guido Lemos, um importante resultado foi a criação de uma rede de conhecimento na área de TV Digital. “Hoje a gente tem mais de mil pesquisadores que dominam o assunto, que estão nivelados internacionalmente”, conclui ele. Ricardo Benetton, diretor de TV digital do CPqD, completa: “O SBTVD possibilitou uma compreensão total do tema. Agora é possível avaliar de uma forma mais completa quais as opções tecnológicas possíveis e as conseqüências de cada uma”.
     
    A segunda fase do projeto, que deve iniciar-se após a definição do modelo que o Brasil vai adotar, já existente ou local, é a de desenvolvimento. Nessa fase, o modelo de referência, produzido na fase anterior, será desenvolvido e preparado para a implantação – a terceira fase do SBTVD. Ricardo Benetton, diretor de TV digital do CPqD, acredita que os maiores desafios ainda virão. Segundo ele, o SBTVD ainda está em fase inicial e até agora foi mostrado que o país tem plenas condições de ter um sistema próprio de TV digital. “O grande desafio vem agora: desenvolver o implantar o sistema. A partir do ano que vem, haverá muito mais trabalho do que tivemos esse ano”, afirma.
     
    Se fizermos uma retrospectiva da história da TV brasileira, podemos perceber que ela é muito dinâmica. Trazida para o Brasil na década de 1950, a TV deu os primeiros passos copiando o rádio. Na década de 1970, as cores fizeram a primeira revolução da imagem.
     
    Na década de 1980 a segmentação mostrou que é possível fazer conteúdo voltado para determinadas faixas da população, com abordagens mais restritas e direcionadas para um grupo seleto de pessoas. Apesar da pouca aceitação da TV por assinatura, foi possível perceber que não são os números absolutos que definam o faturamento das empresas de radiodifusão, mas sim a qualidade da audiência. Essa característica, que pode ser melhor explorada com a TV digital, tem impacto direto nos produtos e programas interativos a serem oferecidos.
     
    Interatividade Em 2006 a interatividade vai agregar à televisão recursos antes inimagináveis na telinha. Será possível ter uma postura mais ativa diante da programação, participar e ser ouvido. “A TV digital é uma verdadeira revolução, não só tecnológica, mas também da inclusão digital e da inclusão social que vem com ela. Com a TV digital você participa, você vai ser ouvido, sua opinião vale, é importante”, explica o Ministro das Comunicações, Hélio Costa.
     
    Um dos projetos que exploraram essa interatividade e se preocuparam com a inclusão que a TV permite, foi o Serviço de Saúde, coordenado pela Universidade Federal de Santa Catarina. O consórcio criou um programa de auditório que mostra como funciona a interatividade local, sem canal de retorno. O programa, intitulado Viva Mais!, oferece testes interativos sobre saúde em que o telespectador responde a um questionário e recebe automaticamente um resultado, já armazenado no terminal de acesso.
     
    Os visitantes da demonstração na USP puderam participar de um exemplo de programação desse tipo. Usando o controle remoto, foi possível fazer um teste de estresse, em que o apresentador faz 5 perguntas sobre sintomas e o telespectador deve responder sim, apertando o botão amarelo do controle, ou não, apertando o botão azul. No fim do teste, o sistema emite um resultado, alertando para o estado de saúde do telespectador. “Isso é muito melhor do que os programas que vemos hoje na TV”, avalia Viviana Mendes, jornalista freelancer que visitou o evento.
     
    Além desse programa de auditório, a UFSC apresentou também um portal de saúde, em que é possível marcar consultas no posto de saúde mais próximo, usando o controle remoto da TV. Basta digital o número do cartão do SUS, escolher a especialidade médica, o dia e a hora.
     
    A Universidade Federal do Ceará apresentou uma ferramenta de governo eletrônico, chamada TVoto. Durante debates no congresso ou nas assembléias legislativas, o telespectador é convidado a dar a sua opinião. “No momento da discussão de uma matéria, seja no plenário ou nas comissões, o usuário poderá opinar sobre assuntos relacionados aos projetos em votação. Ao mesmo tempo, os parlamentares poderão acessar os resultados regionais das enquetes on-line”, explica Fernando Carvalho, coordenador do projeto, que acrescenta ainda que o TVOTO é seguro para uso em votações eletrônicas, podendo atuar em eleições.
     
    Na mesma linha do governo eletrônico, o Instituto Brisa, de Brasília, desenvolveu um museu virtual, capaz de exibir uma ou mais salas e várias obras de arte. Para se ter uma idéia, é possível exibir oito modelos tridimensionais com apenas 3Mb de memória, o que inclui movimentação do usuário por duas salas e visualização de dois quadros. O conceito do museu é importante porque permite ao usuário uma experiência de interatividade sem a utilização de canal de retorno. “Com o natural aprimoramento do middleware, a eficiência e a flexibilidade do museu virtual podem crescer ainda mais, como, por exemplo, a expansão para uso em celulares e palm-tops”, afirma Henrique Conti, coordenador do projeto.
     
    Entretenimento
     
    Quem não gosta de futebol? Que tal tornar a transmissão das partidas ainda mais emotivas, com a participação da torcida, esteja ela onde estiver? Pois é, a Universidade Federal da Paraíba pensou nisso e criou a Torcida Virtual. Através dela, o telespectador pode escolher o ângulo da câmera e o som da torcida que quer ouvir. O usuário seleciona a cadeira da arquibancada e, usando um microfone instalado no terminal de acesso, pode conversar com a pessoa sentada virtualmente a seu lado, que pode estar em uma outra cidade, do outro lado do país.
    Mas para que todas essas maravilhas pudessem ser apresentadas, foi preciso usar uma plataforma de interatividade, conhecida como middleware, que facilita o desenvolvimento das aplicações. Trata-se de uma base para o desenvolvimento de aplicações em televisão digital interativa. Em outras palavras, o middleware permite que a mesma aplicação seja executada em todos os receptores de televisão digital, independente do fabricante.
     
    No contexto do SBTVD, dois consórcios desenvolveram o middleware: a Universidade Federal da Paraíba e a Unicamp. A arquitetura do FlexTV, desenvolvida pela UFPB, se baseia no uso de componentes de software, o que permite a adaptação a diferentes tipos de aparelhos receptores e infra-estruturas de comunicação, através da adição ou remoção desses componentes. O FlexTV oferece suporte tanto a aplicações desenvolvidas para vídeos HDTV, SDTV e LDTV. Segundo Guido Lemos, coordenador do projeto, essas características tornam o FlexTV mais adequado à realidade brasileira. Apesar dessas características peculiares, o middleware está alinhado com padrões internacionais, o que permite a exportação de programas, assim como a exibição de conteúdo produzido por outros países, promovendo, dessa forma, o desenvolvimento econômico e o intercâmbio cultural do país.
     
    A Unicamp, responsável pelo outro middleware, focou o desenvolvimento na inclusão digital, com o oferecimento uma plataforma que facilita o ensino à distância, um dos requisitos do Decreto 4.901, que instituiu o SBTVD. Além disso, o consórcio liderado pela Unicamp também fez um software que permite o acesso à internet, usando apenas o um monitor de TV normal e o terminal de acesso.
     
    Além desses dois projetos, a PUC-Rio apresentou uma proposta de middleware declarativo. Em palavras bem simples, no middleware procedural, desenvolvido pela UFPB e Unicamp, o desenvolvedor de aplicações descreve todo o caminho que a aplicação deve fazer para executar determinada ação, inclusive como essas ações devem ser executadas. Já no middleware declarativo, é necessário apenas dizer o que a aplicação deve fazer. O sistema se encarrega de fazer o resto. O professor Luiz Fernando Gomes Soares explica que o middleware declarativo não substitui nem representa uma alternativo ao procedural. “Depende muito do contexto da aplicação. Há momentos em que o middleware procedural é mais indicado e outros em que é um declarativo é melhor”, afirma.
     
    Um exemplo de uso de middleware declarativo está no sincronismo de mídias, que nada mais é do que a sincronização temporal e espacial dos fluxos de áudio e de vídeo, além da interatividade. O projeto da PUC integrou diferentes aplicações desenvolvidas por outros consórcios, como saúde. Além disso, foram desenvolvidas aplicações em que o telespectador escolhe qual vídeo ele quer assistir e qual áudio prefere ouvir, além de navegar na internet.
     
    Novas tecnologias Na TV digital existem vários tipos de interatividade. Há situações, como o programa de auditório descrito anteriormente, em que o próprio software calcula a probabilidade da pessoas ter estresse ou não. Já na marcação de consultas, é necessário uma conexão ao posto de saúde para acessar o banco de dados e ver quais as especialidades médicas, dias e horários estão disponíveis. Nesse caso, pode ser usado uma simples linha telefônica. Mas como o objetivo da aplicação é chegar as pessoas de mais baixa renda, que mais sofrem nas filas do SUS, a PUC-Rio apresentou um canal de interatividade que dispensa o uso do telefone.
     
    A instituição desenvolveu uma tecnologia de canal de retorno chamada intra-banda, ou seja, o próprio canal de TV é usado para transmitir as informações do telespectador para a emissora. É uma tecnologia semelhante à telefonia celular, e já vem integrada ao terminal de acesso. Basta usar uma anteninha adicional, bem menor do que a antena que recebe o sinal da TV, que vai enviar as respostas a votações, fazer as conexões na marcação de consultas, ou até permitir o recebimento e o envio de e-mails.
     
    Tudo isso são algumas demonstrações do que os cientistas brasileiros desenvolveram durante os últimos meses para a TV digital brasileira. Essas aplicações, assim como o áudio e o vídeo assistidos atualmente na TV, precisam ser transmitidas. Quem se responsabilizou pela transmissão durante a demonstração foi a Universidade Mackenzie, de São Paulo. O coordenador do projeto, Gunnar Bedicks, explica que o sistema de modulação apresentado é focado nas necessidades de transmissão da TV brasileira. Baseado na tecnologia BST-OFDM, com banda segmentada, o sistema permite a transmissão de múltiplos serviços, como vídeo em alta e baixa definição. A alta definição, também conhecida como HDTV, melhora consideravelmente a qualidade do áudio e do vídeo, tornando-os semelhantes ao cinema. Já a baixa definição, ou LDTV, é usada em recepções móveis e portáteis.
     
    Segundo Bedicks, por ser mais robustos que as versões estrangeiras, o sistema permite uma área de cobertura maior, com imagens livres de fantasmas e sem ruídos. “Essa característica é fundamental se considerarmos algumas peculiaridades brasileiras, como extensão territorial, densidade demográfica e relevo”, afirma.
     
    Para ter acesso a todos os serviços demonstrados na USP na última sexta feira, incluindo vídeo com qualidade de DVD e som com qualidade de CD não é necessário comprar uma TV nova, nem mesmo trocar a atual. Basta comprar um aparelho chamado terminal de acesso, que adapta a televisão analógica e permite o acesso a tudo que a TV digital oferece.
     
    O Laboratório de Sistemas Integráveis da USP apresentou o que eles chamam de família de terminais. São uma série de aparelhos que variam do mais simples ao mais sofisticado, podendo oferecer apenas a decodificação do vídeo digital, ou ter interatividade e até vídeo de alta definição. O objetivo, segundo o coordenador do projeto, Marcelo Zuffo, é atender a todo tipo de consumidor.
     
    Além disso, também estão sendo apresentados estudos referentes à codificação MPEG-4, tanto SDTV como HDTV, que fazem parte de dois outros projetos executados pela Universidade de São Paulo: H264 e AAC. Essa tecnologia, MPEG-4 áudio e MPEG-4 vídeo, já foi adotada pela França e está em vias de ser adotada por vários outros países europeus. Zuffo afirma que o país mostra, através do desenvolvimento dessas tecnologias, que está alinhado aos avanços tecnológicos internacionais. “O que o Brasil está desenvolvendo no contexto do SBTVD é plenamente compatível com as tecnologias estrangeiras e considera, inclusive, a evolução dessas tecnologias”, diz.
     
    Os próximos passos do SBTVD são a definição das tecnologias a serem adotadas e começar a implantação do sistema. Segundo o Ministro das Comunicações, Hélio Costa, essa definição deve acontecer em janeiro próximo. Já as primeiras transmissões estão previstas para a copa do mundo do ano que vem. Em vista a USP durante a demonstração, Costa afirmou que as transmissões comerciais devem começar no dia 7 de setembro, dia da independência. Para isso, o Ministro anunciou a liberação de verbas para janeiro, que devem passar dos R$ 50 milhões.
     
    A demonstração da USP é apenas a primeira de uma série de quarto. Essa semana serão demonstrados mais resultados, abrangendo os demais consórcios, em Brasília, Santa Rita do Sapucaí (MG) e São Leopoldo (RS). A demonstração de São Paulo focou a integração do SBTVD, mostrando que o sistema está no ar. Já em Brasília serão apresentadas oportunidades que a TV digital propicia para o desenvolvimento de software e de conteúdo. As duas demonstrações finais vão abordar os diferentes subsistemas de modulação, que tem impacto direto na qualidade do vídeo e no alcance do sinal.
     
    A demonstração de Brasília acontece nesta terça, dia 13, no Ministério das Comunicações. As demais datas serão divulgadas oportunamente no site http://sbtvd.cpqd.com.br.
     
    Anexos:
      57_124_SBTVD_Release_12de.pdf  []
     
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    ----- Original Message -----

    Sent: Thursday, January 19, 2006 10:58 AM
    Subject: [Celld-group] TV Digital: informação e contra-informação na mídia?

     
    Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em 
    www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    TV Digital - momentos decisivos...  :-)
    Pela importância do tema, estar informado é preciso, para formar opinião.
     
    Transcrevo mais abaixo uma notícia e um artigo com data de ontem, 18 jan 06. E uma "coluna" do dia 13.
     
    (...) Há um clima de grande agitação nos dias que antecedem a definição oficial do padrão de TV Digital a ser adotado no Brasil - o que acontecerá até o próximo 10 de fevereiro. (...)
    (...) Neste clima, é natural a existência de um intenso jogo de informação e contra-informação disseminado na mídia. (...)
     
    A notícia está sendo veiculada hoje pela newsletter do Computerworld:
    TV digital: estudo descarta padrão dos EUA assinada pela Daniela Moreira do IDG Now!
     

    Este artigo cita uma coluna do Luis Nassif, da Folha SP (13/01/06) que também está transcrito mais abaixo:
    A TV aberta e a TV digital
     
    O Luiz Nassif, por sua vez, cita artigos do site Projeto Brasil.  :-)
    Eis os mais recentes:
     
    Boa leitura...obrigatória... de tudo!!!  :-)
     
    Um abraço cordial
    Helio Rosa

    heliorosa@wirelessbrasil.org
    Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-group WirelessBr
    Coordenador da
    ComUnidade WirelessBRASIL e do Giga Site WirelessBR
    Coordenador-Adjunto para "Novas Tecnologias":
    Eduardo Prado
    "Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
     

     
    TV digital: estudo descarta padrão dos EUA 
    Quarta-feira, 18 janeiro de 2006 - 13:05
    Daniela Moreira, do IDG Now!

    O Comitê de Desenvolvimento do Sistema Brasileiro de Televisão Digital, composto por 11 ministérios, se reuniu na terça-feira (17/01) para apreciar o relatório final sobre o processo de implantação da TV digital no Brasil. A proposta seria apresentada ao presidente Lula nesta quarta-feira.
     
    De acordo com uma matéria divulgada pelo jornal O Estado de São Paulo, o governo teria descartado o padrão norte-americano como referência para o sistema brasileiro, que será adaptado às necessidades locais.
     
    O abandono do padrão norte-americano é uma recomendação de estudo técnico realizado pela Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).
     
    Isso deixaria no páreo para a escolha de um modelo base para o padrão nacional os sistemas europeu e japonês.
     
    A Agência Brasil, no entanto, publicou nota após a reunião do comitê, dizendo que o ministro das Comunicações Hélio Costa afirmou que, em fevereiro, o governo inicia as discussões com representantes dos Japão, Europa e também dos Estados Unidos, para definir o modelo a ser adotado.
     
    Costa também reiterou que após o dia 10 de fevereiro o país terá uma posição definitiva sobre as principais ferramentas que vão compor a TV digital: modulação, compressão de áudio e vídeo e interatividade.
     
    A proposta técnica apresentada ao comitê é resultado de um estudo realizado em oito meses por 20 consórcios compostos por cem instituições de pesquisas e empresas e envolveu, segundo Costa, 1,2 mil pesquisadores.
     
    O decreto 4901/03 prevê o dia 10 de fevereiro como data limite para o anúncio do padrão a ser usado no Sistema Brasileiro de Televisão Digital.
     
    Também estabelece o mês de julho para a implantação do sistema em caráter experimental e setembro para o sistema entrar em operação definitivamente.
     
    Para representantes da indústria, contudo, este prazo é pouco realista. "O Brasil só estará pronto para adotar a TV digital de fato no prazo mínimo de dos anos", defende Fernanda Summa, gerente de produto para a área de TV da LG Eletronics.
     


    TV Digital - O que de fato está sendo discutido
    18/01/2006
    Nelson Hoineff - Observatório da Imprensa
     
    Há um clima de grande agitação nos dias que antecedem a definição oficial do padrão de TV Digital a ser adotado no Brasil - o que acontecerá até o próximo 10 de fevereiro. Na terça-feira (17/1), o CPqD apresenta a 11 ministros o resultado dos trabalhos dos 22 consórcios que foram formados para fornecer o embasamento tecnológico para as decisões de governo.
     
    São trabalhos que devem ultrapassar 10 mil páginas de texto e que contêm extraordinárias contribuições para a formação de um sistema que contemple desde a mobilidade até a alta-definição, mas que não apontam conclusões. Estas são deixadas a cargo do governo. São decisões que passam ainda pelo exame dos ganhos sociais, das viabilidades face à legislação e, naturalmente, dos compromissos políticos. E envolvem grandes investimentos.
     
    O CPqD (citado pela revista Exame de 13/1/2006) estima em 1,5 bilhão de dólares o custo para a troca dos sistemas de transmissão pelas emissoras de TV, e em 4 bilhões de dólares o custo da compra de novos aparelhos pelos consumidores brasileiros. Outras estimativas, que consideram os investimentos em produção, elevam para 10 bilhões de dólares em uma década o preço da digitalização. E isso é pouco, se comparado ao valor do impacto social que vem na esteira da implantação das novas plataformas.
     
    "Plural, diverso, democrático"
     
    Neste clima, é natural a existência de um intenso jogo de informação e contra-informação disseminado na mídia.
     
    O jornalista Luís Nassif, por exemplo, em sua coluna de sexta-feira (13/1) na Folha de S.Paulo, reproduz a visão dos radiodifusores sobre a questão. Há no texto algumas incorreções, como atribuir ao cabo o "diferencial da interatividade", mas ele expressa com clareza os pontos defendidos pelo diretor técnico da Globo, Fernando Bittencourt.
     
    A estratégia dos radiodifusores consiste em não aceitar qualquer modificação nos modelos de negócios vigentes, já que, na visão deles, as emissoras de televisão já estão sendo invadidas pelas companhias de telecomunicações e não teriam como suportar a presença de novos players neste mercado. Nassif reproduz o discurso de sua fonte. Ressalta que "com a implantação da TV Digital, as emissoras atuais não prevêem um crescimento do bolo publicitário. Por isso, trata-se muito mais de uma estratégia defensiva, para não perder publicidade para os concorrentes que já se digitalizaram".
     
    Não é essa a visão de outras partes envolvidas no processo. É bastante emblemático, até, o fato de que o próprio Nassif abra sua coluna dizendo que "na discussão sobre TV Digital, os maiores interessados obviamente são as emissoras abertas, os chamados broadcasters". Isso parece fazer sentido, mas olhando-se mais a fundo para a questão percebe-se que além das redes de televisão há outros setores ligados à mídia profundamente imersos nessa discussão.
     
    Um exemplo disso pode ser visto num documento de 30 páginas intitulado "TV Digital: princípios e propostas para uma transição baseada no interesse público". O documento é elaborado pela ONG Intervozes - Coletivo Brasileiro de Comunicação Social. Nele, a organização discute três questões essenciais no ambiente digital que está em formação: o modelo de serviços, a política industrial e a produção de conteúdo.
     
    Há nesse documento discordâncias muito fortes em relação à visão expressa por Bittencourt, mas deve-se levar em consideração que muitas dessas discordâncias não constituem necessariamente uma confrontação. São, por assim dizer, um complemento natural à forma pela qual as principais redes de televisão do país encaram o desenvolvimento de seus negócios num ambiente digital.
     
    O Intervozes começa pedindo o que a essa altura parece impossível: o adiamento da decisão marcada para 10 de fevereiro. Diz o documento:
     
    "Objetivamente, não há qualquer razão, sob o prisma do interesse público, que justifique 'pressa' nas decisões acerca do SBTVD. (...) Ao contrário, uma definição mais criteriosa, que conte com a participação dos diversos setores envolvidos no processo, fará com que o Brasil tenha reais condições de se inserir de maneira independente em âmbito global e dará ao país a oportunidade real de desenvolver um sistema de comunicações que seja plural, diverso e verdadeiramente democrático."
     
    Debate regulatório
     
    As noções de pluralidade, diversidade e democracia variam de acordo com quem as utiliza. E elas são igualmente utilizadas hoje pelas emissoras de televisão, pelas teles e pelos chamados setores sociais. É isso, em resumo, o que está sendo discutido neste momento. Os radiodifusores querem um ambiente de TV Digital que reproduza o ambiente existente hoje, valorizado pelas transmissões em alta-definição (HDTV) e algumas propriedades interativas, mas sem a entrada de novos players. Sustentam, como expressa o diretor técnico da Rede Globo, que os atores da televisão aberta são os que operam neste momento e gozam das concessões para transmissão em VHF. E que novos players têm constantemente entrado na própria televisão analógica - principalmente mas não só - através de concessões em UHF. Nem mais nem menos do que isso.
     
    Em outras palavras: os radiodifusores estão convencidos de que a migração para a TV Digital é um problema que concerne exclusivamente às emissoras que existem hoje num ambiente analógico.
     
    É uma posição sustentável. Mas outros setores, opostamente, acreditam que as plataformas digitais, com as possibilidades de multiprogramação que oferecem, deveriam servir ao aparecimento de novas redes abertas, inclusive com a entrada de emissoras públicas, como as universitárias, que hoje são distribuídas apenas pelos sistemas de TV por assinatura.
     
    As redes de televisão estão afinadas na defesa de uma posição única. Mas não têm mantido a mesma afinação nas suas práticas como concessionárias de serviços públicos de radiodifusão. Não se deve negligenciar o fato de que a hegemonia da Rede Globo, tanto no campo comercial quanto no da construção de conteúdo, acaba gerando no seu discurso um grande paradoxo: a voz da emissora é geralmente acompanhada pela voz de radiodifusores que têm visões muito distintas no que diz respeito a questões essenciais - como a nacionalização da produção ou a construção de conteúdo de qualidade, por exemplo.
     
    Foi a diferença de estilos entre a Globo e outras grandes redes que acabou gerando o racha na Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e o surgimento de entidades que representam mais de perto o pensamento de outros radiodifusores.
     
    Conflitos semelhantes têm surgido também em outros momentos do debate regulatório no país. A discussão do projeto da Ancinav, ao longo de quase todo o ano de 2004, é um exemplo marcante disso. O discurso da rede de televisão que mais produz e fatura no país - e que em alguns pontos essenciais traduzia apenas o que muitos gostariam de ver implantado em todo o ambiente televisivo - foi tomado então como o discurso de toda a televisão brasileira, que na sua maior parte não cogitava em adotar o mesmo modelo no que diz respeito às estratégias de produção e programação e, principalmente, no tocante à construção de ambiente televisivo como um todo.
     
    Construção de consensos
     
    É claro que a discussão não se esgota aí. O padrão japonês - que será a base do sistema escolhido em fevereiro - permite a transmissão móvel (isto é, para telefones celulares, computadores de mão e afins) sem a intermediação das operadoras. Isso representa uma vitória dos radiodifusores sobre as empresas de telecomunicações.
     
    Há muito tempo os radiodifusores argumentam que as teles têm a prerrogativa de utilizar o sistema que bem entenderem num espectro muito maior que as emissoras de televisão. Acham que na definição de um cenário possível nas plataformas digitais, não há como vestir nas emissoras uma camisa-de-força que não coube às teles. Isso indica apenas que a nova Lei Geral de Comunicação de Massa vai ter que ir muito fundo na questão para dar suporte legal às demandas da convergência. Por mais que se tente driblar a realidade, não há muito mais espaço para deixar radiodifusão e telecomunicação falando sobre as mesmas coisas em campos opostos.
     
    Tanto num caso quanto no outro - isto é, tanto no campo da convergência quanto no da definição de um projeto brasileiro de TV Digital - é muito mais produtivo, hoje, trabalhar sobre a possibilidade de construção de consensos do que sobre as confrontações. Por que é mais produtivo? Por conta da irreversibilidade do avanço tecnológico e das complementaridades que são capazes de beneficiar a todos.
     
    Isso é visível de qualquer ponto que se eleja para observar a questão. Não se pode, por exemplo, imaginar para o futuro imediato uma forma de televisão que não siga os padrões do que é chamado hoje de alta-definição. Desde 1987, quando a japonesa NHK começou (com a Sony, a Mitsubishi e outros fabricantes de equipamentos profissionais) suas transmissões em HDTV analógico, já era claro que os padrões vigentes na época (NTSC, PAL, Secam) estavam com os dias contados.
     
    Naquele momento, estimava-se em 30 a 40 mil dólares o custo de um receptor doméstico. Hoje, alguns dos melhores receptores de plasma em HDTV, com padrão de 42 polegadas, são comercializados nos Estados Unidos a menos de 3 mil dólares. (Por exemplo, o Panasonic TH42P, a 2.800 dólares; o Samsung HP R4272, a 2.600 dólares; ou o JVC PD42X, a 2.000 dólares, todos evidentemente operando no padrão norte-americano ATSC, portanto inviáveis para utilização no Brasil).
     
    Isso lembra também que a televisão em alta-definição não é atributo específico das plataformas digitais. Foi concebida muito antes disso. O desafio da compressão e o avanço da tecnologia digital é que associou uma coisa à outra. As plataformas digitais servem, de qualquer forma, a fins que abrangem - mas vão muito além - a melhoria na qualidade da imagem e do áudio.
     
    Os radiodifusores terão certamente dificuldades em digerir algumas propostas expressas seguidamente por outros setores da atividade audiovisual. Entre essas propostas, incluem-se a de que todo conteúdo veiculado no SBTVD seja gratuito, ou que a tecnologia deva servir exclusivamente ao expresso no Decreto 4901 (promoção da diversidade cultural, inclusão digital e democratização da informação) em detrimento da sofisticação das formas de comercialização de seus produtos.
     
    Por outro lado, muito do que vem sendo defendido fora das emissoras pode servir de base para a construção de consensos que tornem mais palatável o debate, especialmente no que diz respeito à valorização das culturas regionais e das potencialidades interativas da nova mídia.
     
    Compromisso constitucional
     
    Mais do que isso. Não é plausível que alguém tenha seriamente em mente a ilusão de que o atributo da alta-definição servirá apenas para que se aprecie com mais detalhes as fisionomias do Faustão ou do Gugu. Mesmo quem sustenta com toda convicção que a televisão é um negócio fechado a quem hoje detém as concessões, há de reconhecer que os atributos proporcionados pelas novas plataformas - onde se inclui a capacidade interativa - deverão servir à construção de conteúdos específicos. E que isso não se esgota no cuidado maior com a cenografia ou a maquiagem da teledramaturgia.
     
    É claro que as redes estão pensando nisso, mas não se pode querer que emissoras de televisão sejam ao mesmo tempo exibidoras, produtoras e centros de pesquisa. Há importantes propostas de desenvolvimento de modelos de conteúdo que não estão nascendo dentro das emissoras. Novos paradigmas tecnológicos criam novos paradigmas de construção de conteúdo. Disso não há como escapar.
     
    Muito da aridez criativa que se observa na televisão analógica - e certamente migrará para a televisão digital - poderia ter sido contornada se houvesse alguma disposição em se saber o que o público está pensando sobre o que lhe é oferecido. Isso é feito sistematicamente na televisão inglesa, por exemplo. Medições de audiência, como se sabe, não aferem o grau de satisfação do público, muito menos as suas demandas. Apenas registram a sua escolha circunstancial entre um conjunto limitado de opções.
     
    É compreensível a determinação dos radiodifusores em manter nas plataformas digitais os mesmos modelos de negócio que eles vêm praticando até agora, assim como é justificável a demanda de setores sociais por um ambiente mais, digamos, arejado.
     
    Mas é um grande desperdício que estejamos perdendo esse momento de mudança administrando interesses, mas sem investigar o que o público brasileiro gostaria que fosse a sua televisão. Quem está e quem não está cumprindo o compromisso constitucional que assumiu com a população. E qual o ganho que a sociedade terá com os 10 bilhões de dólares que serão investidos nos próximos anos na sua televisão.

     


    LUÍS NASSIF
    Folha SP - 13/01/06
     

    Na discussão sobre TV digital, os maiores interessados obviamente são as emissoras abertas, os chamados broadcasters. Há dez anos, o tema vem sendo estudado pela Sociedade de Engenharia de Televisão. De cinco anos para cá, passou-se para a etapa de testes e avaliações.

    Diretor técnico da Rede Globo, Fernando Bittencourt considera que a decisão sobre a TV digital poderá representar a diferença entre a vida e a morte para as TVs abertas.
    Sua visão é simples. No começo, havia apenas os broadbanders, gerando conteúdo distribuído pela TV aberta. Depois, surgiu o cabo, com conteúdo dos broadcasters e outros mais, tendo o diferencial da interatividade. Junto, veio o satélite, com as mesmas qualidades. Mais recentemente, as empresas de telefonia, que eram apenas voz, tornaram-se digitais, abrindo espaço para a banda larga e para a internet. Dentro de muito pouco tempo, a qualidade técnica da banda larga será igual ou melhor do que a TV em casa, assim como a qualidade dos celulares. De todas as mídias, a única que não é digital é a TV aberta. E é a única gratuita, que vive apenas de publicidade.
    Com a implantação da TV digital, as emissoras atuais não prevêem um crescimento do bolo publicitário. Por isso, trata-se muito mais de uma estratégia defensiva, para não perder publicidade para os concorrentes que já se digitalizaram.
    Para competir nesse ambiente, a TV aberta necessitará das seguintes características:
    1) Programação com qualidade similar ao satélite, cabo e telecom.
    2) Condições de ser recebida em aparelhos móveis, também sendo gratuita e sem necessitar da intermediação da telefonia celular.
    3) Integração com demais mídias. Será possível, por exemplo, assistir ao jogo pela TV aberta e encomendar o replay pelo cabo ou pela rede de telecom.
    O sistema que melhor supre essas necessidades é o japonês, segundo Bittencourt. Há uma questão relevante em jogo. Cada canal possui 6 Mhz no espectro. Há duas alternativas para o uso do espectro: ou colocar a alta definição (o que comprometerá o espectro todo) ou fazer quatro transmissões diferentes, simultâneas, mas sem a alta definição.
    Como modelo de negócio, Bittencourt considera que a divisão em várias programações é suicida. De um lado, não será suficiente para a TV aberta competir com as centenas de canais da TV a cabo. De outro, haverá uma pulverização da audiência e, conseqüentemente, da publicidade.
    O grande problema é que, se quiser lançar a alta definição, o governo terá que disponibilizar um outro canal para cada emissora poder, durante oito a dez anos, transmitir simultaneamente a programação analógica e a digital -até que se complete a renovação dos aparelhos para a nova tecnologia.
    Para o consumidor, a transição do analógico para o digital seria feita por meio dos setop-box. De início, será uma caixinha que receberá sinal digital e jogará em um aparelho analógico, com algum ganho de qualidade. Depois, o sinal poderá ser colocado diretamente em uma tela plana.

    No endereço eletrônico http://www.projetobr.com.br , há um conjunto grande de artigos e trabalhos dos diversos atores envolvidos no processo.
    Luis Nassif 
    Luisnassif@uol.com.br
     

    ----- Original Message -----

    Sent: Monday, December 12, 2005 8:08 AM
    Subject: [Celld-group] Blog sobre TV Digital + Notícia + Turbo Code

     
    Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    Deu no Estadão deste Domingo (11 dez):
    Brasil terá TV aberta mais interativa do planeta (transcrição mais abaixo).
     
    (Parênteses: O Estadão tem uma promoção de acesso grátis por 30 dias. Basta se cadastrar para receber uma senha.)

    Nas próximas mensagens, mais transcrições do Estadão sobre TV Digital.
     
    Conversando ("emeiando") com nosso participante  Tom Jones Moreira de Assis (tomjonesmoreira@yahoo.com.br) , autor do site TV DigitalBR, e que está envolvido nas pesquisas do SBTVD, acertamos em criar um novo blog comunitário para abrigar as últimas informações e repercussões sobre a implantação da TV digital no Brasil.
     
    Todos já conhecem a idéia do "blog comunitário": registrar o máximo de informações sobre um assunto e também as principais mensagens (que funcionam como "posts") de nossos Grupos.
    Assim, apesar de haver a figura do "coordenador do blog", há a possibilidade de participação de todos, liberando para o público externo, o que rola de "preciosidade" em nossos fóruns.
     
    As informações do blog TV Digital, tão logo seja possível, também serão registradas no site do Tom Jones.
     
    Ainda estamos formatando o blog e coletando material mas a primeira versão já está disponível em:
    Aguardamos a colaboração de todos!
    Enviem as informações via mensagens para os Grupos e elas serão registradas no blog!
    Obrigado, Tom, por mais esta participação!
     
    Voltando à notícia do Estadão "Brasil terá TV aberta mais interativa do planeta ".
    Vamos comentar este trecho?
     
    "Para Gunnar Bendicks Jr., integrante do grupo de pesquisas da Universidade Mackenzie que já realiza testes com transmissão de sinais de TV digital em São Paulo, uma nova tecnologia chamada Turbo Code irá aumentar o alcance das transmissões e acabar finalmente com os problemas de imagens ruins. "

    Turbo Code? Quequéiss...sô!  :-)
    Ótima oportunidade para atualizarmos uma antiqüíssima e empoeirada Seção Turbo Coding em:
    http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/secoes/sec_turbocode.html
     
    Vamos começar pelo Wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Turbo_coding):
    "Turbo codes are a class of recently-developed high-performance error correction codes finding use in deep-space satellite communications and other applications where designers seek to achieve maximal information transfer over a limited-bandwidth communication link in the presence of data-corrupting noise."

    UAU!!!  :-)  Alguém arrisca uma explicação didática, mastigadinha, em bom português?   :-)
    Por falar nisso, cadê a sumidíssima Maria Luiza Melo que sabe tudo sobre códigos?   :-)
    Mesmo sumida ela tem uma página com "mensagens-artigos" em http://www.wirelessbrasil.org/maria_melo/maria_melo_01.html. Vale conferir!
     
    Vamos lá?  :-)
    Em frente, ComUnidade!  :-)
    Um abraço cordial
    Helio Rosa

    heliorosa@wirelessbrasil.org
    Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-group WirelessBr
    Coordenador da
    ComUnidade WirelessBRASIL e do Giga Site WirelessBR
    Coordenador-Adjunto para "Novas Tecnologias": Eduardo Prado
    "Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
     

     
    11/12/2005
     
     
    Televisão do futuro cria torcida virtual
    Pelo que indicam os projetos em andamento para o chamado Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), a TV aberta do Brasil pode vir a se tornar a mais interativa do planeta.
     
    Recentemente, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Unicamp e Mackenzie revelaram os primeiros contornos de como essa nova TV irá se parecer: um pouco com a internet, outro tanto com o computador e, acima de tudo, capaz de mostrar imagens de qualidade bem superior à que estamos acostumados hoje.
     
    Em um evento realizado na USP, na última sexta-feira, o professor Guido Mantega , da UFPB, apresentou alguns exemplos do que será possível dentro do novo SBTVD. Um deles é a chamada torcida virtual, em que torcedores em qualquer lugar do País podem assistir ao mesmo jogo, conversar e torcer “juntos” por meio de uma linha telefônica ligada à televisão. Além da diversão, o novo sistema deverá ser usado para programas de educação à distância.
     
    Já os pesquisadores da Unicamp vêm dando ênfase nos serviços de correio eletrônico na tela. Por meio do controle remoto ou de um teclado sem fio, será possível configurar e acessar suas contas de e-mail pela nova TV digital.
     
    Para Gunnar Bendicks Jr., integrante do grupo de pesquisas da Universidade Mackenzie que já realiza testes com transmissão de sinais de TV digital em São Paulo, uma nova tecnologia chamada Turbo Code irá aumentar o alcance das transmissões e acabar finalmente com os problemas de imagens ruins.
     
    Ainda que desenvolvido nacionalmente, o modelo de TV digital brasileiro deverá ser compatível com os outros padrões disponíveis atualmente no mundo: o ATSC, dos EUA, o DVB europeu e o sistema japonês, chamado de ISDB.
     
     

    ----- Original Message -----

    From: TOM JONES
    Sent: Thursday, December 08, 2005 8:52 PM
    Subject: Re: [Celld-group] TV Digital: Três artigos

    NOTICIAS DO FRONT...

    O LSI-TEC, nomeado pelo governo federal como líder do consórcio responsável por analisar e propor uma arquitetura de referência para o terminal de acesso do Sistema Brasileiro de Televisão Digital, fará uma demonstração  dos resultados de integração nas instalações da Universidade de São Paulo no dia 09 de dezembro de 2005.
    Apresentaremos um ambiente de demonstrações  onde poderão ser apreciados os resultados das integrações de consórcios convidados participantes do SBTVD ao Terminal de Acesso de Referência.
    Serão apresentadas as diversas configurações possíveis para um terminal de acesso de TV digital terrestre como:
    . recepção via celular . terminal com interatividade local
    . terminal com interatividade bidirecional
    . recepção em HDTV
    . recepção em televisor convencional analógico
    . serviços de saúde e educação
    . programas interativos para terminais simples ou avançados

    Entre os consórcios convidados, temos: Canal de Interatividade - PUC-RIO,
    Sincronismo de Mídias - PUC-RIO, Modulação -
    Mackenzie, Middleware declarativo e procedural- UFPB,
    Middleware declarativo - UNICAMP,
    Serviços de Saúde - UFSC,
    Aplicativos - UFC.

    Prometo trazes mais noticias sobre esse super-evento, logo logo
    abç
    TOM JONES
    PS:  BENVIDO AO GRUPO Marcus e Pei
     


    ----- Original Message -----
    Sent: Wednesday, December 07, 2005 2:11 PM
    Subject: [wireless.br] Luiz Nassif na folha - A TV digital brasileira
     
    LUÍS NASSIF
    E-mail - Luisnassif@uol.com.br

    A TV digital brasileira

    A definição de um padrão brasileiro de TV digital foi um trabalho coordenado, juntando diversos institutos de pesquisa, cada qual incumbido de um ângulo, como o terminal de acesso, a modulação, o software básico. Foram feitos 20 editais, e as pesquisas se iniciaram no começo do ano. Nesta sexta-feira, serão apresentados os primeiros resultados. Mesmo assim, há que pensar seriamente antes de dar os passos definitivos.
    Há muitos interesses em jogo e uma estratégia tecnológica complexa para não reinventar a roda, nem criar um produto de uso exclusivo, nem perder o bonde das próximas ondas.
    Um padrão brasileiro de televisão digital teria sentido dentro das seguintes circunstâncias:
    1) Se representasse, ao mesmo tempo, um diferencial em relação aos padrões internacionais, mas não a ponto de se configurar em uma ilha. Tem que haver a identificação de mercados potenciais externos capazes de proporcionar escala a essa tecnologia.
    2) A escala é fundamental para baixar o preço, ainda mais em um país de baixa renda.
    3) A absorção de tecnologia não pode ser considerada argumento definitivo na hora de definir um plano desses. Há duas maneiras de se capacitar em novas tecnologias: ou dominando uma tecnologia que já faz parte do presente; ou tentando identificar as novas ondas tecnológicas e começar a preparar o país para surfá-las. Ou seja, não adianta despender esforços e recursos em uma tecnologia em que existem parceiros mais fortes e se preparando há mais tempo. É mais sensato tentar estimar o que será o mercado daqui a dez anos, quais os novos setores que emergirão e preparar o país para atuar nesses setores.
    4) Com a convergência de mídia, não se pode pensar mais em padrões tecnológicos isolados. Daí a importância de ampliar a participação do país em fóruns de definição de padrões tecnológicos. São esses padrões que definirão, futuramente, acesso a mercados. Cada país, cada empresa participa desses fóruns para conseguir emplacar condições que facilitem a sua vida e impliquem barreiras de entrada para os competidores.
    5) Há que compatibilizar os diversos interesses envolvidos na história. Para os institutos de pesquisa, interessa apenas a pesquisa, o desenvolvimento. Em geral, não estão ligados em aspectos mais práticos, como competição mercadológica. Para a indústria, interessa o que for mais imediato e barato.
    6) Não adianta mencionar possibilidades de integração digital, educação, atendimento das necessidades da população se o programa não vier acompanhado de políticas sociais integradas. É bonito para legitimar investimentos, mas não para alcançar resultados.
    7) Qualquer mudança de padrão tem que levar em conta a legislação de radiodifusão. Em um mundo de convergência digital, de voz sobre IP, a definição sobre o novo papel da telefonia, da TV a cabo, da TV aberta, do rádio tem que ser equacionada antecipadamente. Acabou a era das concessões para rádio e TV.
    Nas próximas colunas, procurarei trazer a opinião dos diversos setores envolvidos com o tema.
     

    -------------------------------------------- 
    Courtnay Guimarães Jr.
    msn: courtnayguima@hotmail.com
    blog on: - http://valueclouds.blogspot.com/
    "So long and thanks for all the fish"
     


    ----- Original Message -----
    Sent: Tuesday, December 06, 2005 10:51 PM
    Subject: [wireless.br] TV Digital: Três artigos

    Olá, 
    ComUnidade WirelessBRASIL !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em 
    www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    Estão publicados no site WirelessBR e já constam de nosso Portal três artigos sobre TV DIGITAL, abordando o tema Canal de Interatividade.
     
    (...) Conceitua-se Canal de Interatividade como um sistema que possibilita a cada usuário, individualmente, interagir encaminhando ou recebendo informações e solicitações das emissoras/programadoras: provedor de conteúdo, provedor de serviço/aplicações, provedor de interatividade, provedor de rede, programador, distribuidor, outros usuários.
    O Canal de Interatividade deverá ser constituído pela interconexão das redes de televisão com as redes de telecomunicações, resultando em dois canais de comunicação: Canal de Descida e Canal de Retorno.
    O Canal de Descida estabelece a comunicação no sentido emissoras/programadoras para os usuários. É constituído pelos canais de radiodifusão, podendo se dar enquanto uma comunicação Broadcast (Ponto-Multiponto) - aberta e disponível a todos os usuários ou Unicast (Ponto a Ponto) - individualizada.
    O Canal de Retorno é compreendido por qualquer tecnologia de redes de acesso de telecomunicações que estabeleça a comunicação no sentido dos usuários para as emissoras/programadoras. (...)
     
    Sobre os autores:

    Marcus Manhães (manhaes@cpqd.com.br)
    Trabalha no CPqD desde 1984; obteve o titulo de mestre em educação pela Universidade Estadual de Campinas -Unicamp em 2003.
    Na Fundação CPqD vem participando de pesquisas e desenvolvimentos em projetos de telecomunicações wireless, passando por sistemas de rádio digital, telefonia celular e televisão digital. Realizou inúmeros trabalhos de certificação internacional em equipamentos de telecomunicações, além de ter desenvolvido metodologias para testes de interoperabilidade, benchmarking e otimizarão em redes de telecomunicações celulares CDMA e GSM. Atualmente está envolvido no desenvolvimento do Sistema Canal de Interatividade para a Televisão Digital brasileira.

    Pei Jen Shieh  (pei@cpqd.com.br)
    Possui graduação em Bacharelado em Física pela Universidade de São Paulo (1981) e mestrado na Área de Tecnologia Nuclear/Crescimento de Cristais pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (1984).
    É Pesquisadora em Telecomunicações da Fundação Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações; trabalhou na área de Dispositivos Ópticos, passando depois para a de Gerência de Redes.
    Sua presente atuação é na área de TV Digital, principalmente no tema Canal de Interatividade.

    Os artigos são:
    - Canal de Interatividade: Uma Visão de Futuro ,
    - Canal de Interatividade: Conceitos, Potencialidades e Compromissos e
    - Padrão para TV Digital Brasileira: o Limite do Sistema Canal de Interatividade

    Os autores, que acabem de ingressar em nossos fóruns, estão à disposição para interagir sobre o assunto TV DIGITAL.
     
    Parabéns, Marcus e Pei, pelos excelentes artigos!
    Obrigado pela autorização para publicá-los no âmbito da ComUnidade!
     
    Boa leitura!
    Um abraço cordial
    Helio Rosa

    heliorosa@wirelessbrasil.org
    Da equipe de moderadores dos Grupos Celld-group WirelessBr
    Coordenador da
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    ----- Original Message -----
    From: TOM JONES
    Sent: Tuesday, November 29, 2005 11:27 PM
    Subject: Re: [wireless.br] No ar! TV Digital padrão "Brasil"!!!

    As cortinas começam a se abrir e o show vai começar !!
    Como pesquisador interveniente do grupo LSI, posso dizer que o principal objetivo do TAC (TERMINAL DE ACESSO) é ser uma alternativa barata e de qualidade .
    Quando o Prof Zuffo diz que essa é apenas a primeira etapa, ele não esta brincando não ,todo o projeto é corrido e demanda muito esforço em conjunto de todos para cumprir metas muitas vezes apertadas e trabalhar inclusive com a MIDIA no pé ,querendo respostas que não podem ser dadas de uma hora para outra.
    Novos desafios estão por vir como, a questão de interatividade e inclusive o uso de novas tecnologias que possam tornar a TVDIGITAL brasileira com um diferencial no mundo inteiro ,que é o uso do protocolo IPv6 no apoio a essa interatividade.
    Estão no horizonte de nossas ambições ...
    Então para os céticos de plantão a frase é:"Não sabendo que era impossivel eles foram lá e
    realizaram!"
    Para os otimistas a frase é : Esperar para ver !!
     



    ----- Original Message -----
    Sent: Monday, November 28, 2005 12:17 AM
    Subject: [Celld-group] No ar! TV Digital padrão "Brasil"!!!
     
    Olá,  ComUnidade WirelessBrasil !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em 
    www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
    Nesta mensagem, "tudo" sobre TV Digital (olha a modéstia, sô!)  :-))
    O colunista Ethevaldo Siqueira, no Caderno de Economia no Estadão deste domingo (27 nov) pergunta e responde:
    - O Brasil pode ter sua própria TV Digital?
    - Sim, pode.
    (Li no "papel": algum assinante do Estadão poderia conseguir uma cópia desta coluna?)
     
    Ethevaldo comenta sua coluna anterior (20 nov) que contém a  informação do êxito dos primeiros testes reais.
    Esta coluna, do domingo passado, está transcrita abaixo: Cientistas criam a TV digital brasileira .
    Leitura estimulante! Não perca!!!
     
     
    Mais abaixo ainda, coleção de notícias.
     
    Os interesses em jogo são "galácticos"!  :-)
    Vamos ao debate?
    Quem possui mais informações?

    Boa leitura... de tudo!...para formar opinião!  :-)
    Um abraço cordial
    Helio Rosa

    heliorosa@wirelessbrasil.org
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    20/11/2005
    Cientistas criam a TV digital brasileira
    Primeiras imagens de alta definição estão em teste desde 15 de novembro
    Ethevaldo Siqueira

    Transmissor brasileiro, caixa de conversão brasileira, software básico brasileiro. E tudo compatível com o resto do mundo. Assim começa a TV digital brasileira, cujo primeiro sinal está no ar desde o feriado de 15 de Novembro, em São Paulo. Bem melhor que o nome – Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) – são suas imagens de alta definição, com 1.080 linhas, transmitidas do Alto do Sumaré e recebidas na Cidade Universitária, da Universidade de São Paulo (USP), em televisores fabricados no Brasil, sendo um deles de 40 polegadas de tela plana, no Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica. O sinal digital é decodificado numa caixa de conversão desenvolvida pelos pesquisadores do LSI sob a coordenação do professor Marcelo Knörich Zuffo.

    “Essa é a primeira prova de que o Brasil pode ter um sistema próprio de TV digital, sem qualquer incompatibilidade, concebido para atender à sua realidade socioeconômica e cultural e criado mediante a associação de padrões abertos internacionais e padrões proprietários nacionais e internacionais”, comemora Zuffo.

    O fato essencial é que a tecnologia utilizada no projeto funciona. Em TV digital não há meio termo: ou a imagem chega perfeita ou se transforma numa tela preta ou numa imagem congelada. É impressionante a qualidade obtida nas primeiras transmissões, graças ao padrão de modulação utilizado, que os especialistas chamam de Muliplexação por Divisão de Freqüência Ortogonal (OFDM. Com esse padrão de modulação, o sinal se torna muito mais intenso e estável, garantindo boa recepção em locais de difícil propagação e até com antenas internas de baixo custo.

    Sem pretender reinventar a roda, a equipe de pesquisadores optou pelo padrão OFDM de modulação do sinal, o mesmo utilizado nos padrões japonês (ISDB) e europeu (DVB). O transmissor utilizado foi desenvolvido pela empresa brasileira STB, de Santa Rita do Sapucaí (MG), com apoio dos pesquisadores da Universidade Mackenzie, liderados pelo professor Gunnar Dedics.

    Com financiamento da Finep, recursos do Fundo Nacional de Tecnologia de Telecomunicações (Funttel) e apoio do Ministério das Comunicações, o SBTVD congrega o esforço de mais de 90 pesquisadores, incluindo equipes da Universidade Federal de Santa Catarina, liderada pelo professor Valdecir Becker; do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), da Universidade da Paraíba e de entidades como FiTEC, CPqD e Instituto Genius.

    PRIMEIRA FASE

    Entre os pesquisadores, ninguém pensa que o desafio está vencido. Por maior que seja a vitória inicial, essa é apenas a primeira fase, a da integração de uma plataforma da TV digital brasileira. O circuito básico de transmissão só se completou no dia 14 de novembro, com o acoplamento da caixa de conversão brasileira. As etapas seguintes incluem os testes de middleware, a partir de amanhã. “A cada semana deveremos dar um passo adiante e anunciar novos avanços”, prevê Zuffo.

    O SBTVD, segundo os pesquisadores, se propõe a ser totalmente compatível com os demais sistemas do resto do mundo, permitindo a adoção das tecnologias mais avançadas de produção, transmissão e recepção, tanto para imagens de alta qualidade como para as aplicações interativas. Para Marcelo Zuffo, “o SBTD segue a trajetória de evolução da televisão no Brasil, por incorporar em suas grandes linhas os padrões abertos e as tecnologias de domínio universal, como o próprio OFDM”.

    Uma das peças básicas desse sistema é a caixa de conversão. Esse equipamento é, na realidade, um conversor digital-analógico que possibilita a recepção de sinais da TV digital pelos televisores de hoje, com imagens da melhor qualidade. Foi desenvolvido pela equipe do SBTVD da Escola Politécnica, com apoio da ST Microelectronics.

    Graças a um controle remoto padronizado para a TV digital brasileira, essa caixa de conversão permitirá, ainda, um grande número de aplicações interativas, como pesquisas de opinião e audiência, votações eletrônicas e comércio eletrônico. A previsão é que o preço das caixas de conversão, quando produzidas em escala industrial, não supere os R$ 300.

    Além da excelente imagem, a TV digital proporciona o salto qualitativo da interatividade. É com base nessa característica que o Brasil poderá criar projetos de inclusão digital e de governo eletrônico. Num só canal de freqüência de 6 Megahertz (MHz) podem ser transmitidos até quatro programas, em quatro níveis de definição: baixa, normal ou padrão, melhorada e alta ou high definition (HDTV).

    A essência da contribuição brasileira ao projeto está no chamado middleware, software intermediário que funciona à semelhança de sistema operacional e conecta duas aplicações separadas, que torna possível a maioria das aplicações interativas. Há uma tendência mundial à padronização do middleware, liderada pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), que tem recomendações específicas nessa área. O Brasil poderá utilizar muito dessas recomendações de middleware de TV digital.

    Guido Lemos, líder das pesquisas no Mackenzie e representante do consórcio de desenvolvimento do middleware, diz que o projeto brasileiro levantou e estudou os pontos comuns aos diversos middlewares (europeu, japonês e americano) para, a partir daí, incluir a contribuição brasileira a esse segmento essencial da tecnologia de TV digital. Desse modo, o Brasil poderá não apenas manter as características do núcleo comum aos diversos middlewares, comoacrescentar as funcionalidades que a realidade brasileira assim o recomendar, sem depender de autorização dos detentores dos padrões internacionais. O padrão que atende a essas condições está em desenvolvimento final na UIT.


    26/11/2005
    Indústria de eletroeletrônicos critica postura de Helio Costa em relação à TV digital

    A polêmica parece não descolar das discussões sobre o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD). Embora o padrão que vem sendo desenvolvido por pesquisadores de várias universidades do País já esteja em fase de testes há cerca de dez dias, o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Paulo Saab, criticou a falta de diálogo entre o ministério das comunicações e a indústria.

    Em entrevista ao Estado, Saab afirmou que o ministro Hélio Costa até hoje não se encontrou com os fabricantes de televisores para discutir o assunto. Em compensação, tem ouvido constantemente as reivindicações dos radiodifusores.

    Segundo o presidente da Eletros, a indústria se queixa da falta de diálogo porque seus investimentos no setor deverão ser contínuos, enquanto, para os comunicadores, estes serão feitos uma única vez.

    Leia mais sobre a entrevista com Paulo Saab no caderno de Economia do Estadodeste sábado.

    Outras informações:

    Cientistas criam a TV digital brasileira


    Veja outras opiniões de Paulo Saab sobre o Sistema Brasileiro de Televisão Digital

    Conheça os outros padrões de TV digital:

    Americano –
    http://www.atsc.org/


    Japonês – http://www.nhk.or.jp/strl/open99/de-2/index.html

    Europeu – http://www.dvb.org/



    Colecionamos alguns artigos da mídia e as últimas notícias publicados pelo IDG Now! (acionando o mecanismo de busca do seu Portal).
    Estão transcritos mais abaixo (primeiro as mais recentes) e seus títulos são:
     
     
    O ótimo site Clube do Hardware fala sobre TV Digital num pequeno artigo de Gabriel Torres (abaixo) que vale como um "resumo resumido".  :-)
     
    Notícias anteriores:
     
    Vale conferir a Seção TV Digital do site TELECO em http://www.teleco.com.br/tvdigital.asp
     
     
    Neste período tivemos estes eventos noticiados em nossos Grupos:
    - "Evento do Minicom (março)
    - Ciclo de Palestras - IEEE:TV Digital (maio) 
    - Simpósio Internacional de TV Digital (junho) - veja como foi.
     
    Visite o Site TVDigitalBR de Tom Jones Moreira de Assis
     

    ----- Original Message -----
    Sent: Monday, November 14, 2005 5:20 PM
    Subject: [Celld-group] TV DIGITAL (10) - Editorial de Tom Jones de Assis

     
    Olá,  ComUnidade WirelessBRASIL !  
    Helio Rosa escrevendo.
    Nesta ComUnidade (Portal em  www.wirelessbrasil.org)  interagimos e compartilhamos conhecimentos com muita cordialidade, cortesia, tolerância e paz - sempre fazendo novos amigos!  
     
    Como já citei em outra mensagem, o Giga Site WirelessBr possuía uma antiga "Seção TV Digital" que o seu Coordenador, o nosso Tom Jones Moreira de Assis transformou em site independente, "parceiro" informal da ComUnidade.
     
    O Tom Jones vai publicar um novo Editorial no seu site e nos envia em primeira mão. Está mais abaixo.
     
    Para os inúmeros recém-chegados, transcrevo, logo após, a última mensagem sobre TV Digital, com bom conteúdo para ambientação.
    Obrigado, Tom!
    Sucesso!
     
    Boa leitura!
    Um abraço cordial
    Helio Rosa
    heliorosa@wirelessbrasil.org
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    "Owner" do Celld-group: Leonardo Pedrini
     
    EDITORIAL

    Novos mercados ... Velhas questões ...
    Tom Jones Moreira de Assis
     
    Os consecutivos atrasos do tão esperado SBTVD, tem deixado todo mundo muito descrente de que veremos a Copa do Mundo , com imagem Digital .
    Porém esses consecutivos atrasos, vem para o bem ou para o mal, mostrar o quanto existe de preocupação em se desenvolver algo que atenda realmente as exigências do mercado brasileiro e que não nos coloque novamente dentro de uma “ilha Pal-M” , afastados do mercado mundial .
    Longe de assumir a figura do advogado do diabo, acredito que os inúmeros grupos de trabalho que se formaram para definir uma arquitetura de referência para o Sistema Brasileiro de TV Digital, estão somando todos os seus esforços para que isso não aconteça. Embora seja forçado a reconhecer que existem interesses que vão muito alem do mundo acadêmico, (e que muitas vezes ao longo do tempo, fizeram sua vontade prevalecer , em detrimento do bem comum).
    Porém precisamos acreditar que dessa vez será diferente, e que todo o trabalho, pesquisa e empenho desse grudo de engenheiros, técnicos e pesquisadores não terá sido em vão, mesmo porque com o decreto do então Ministro das Comunicações Miro Teixeira, que instituiu o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), foi criado o Comitê de Desenvolvimento do SBTVD, que tem como objetivos principais a definição do modelo de negócio da televisão digital terrestre no Brasil, a definição do padrão a ser adotado e a forma de exploração do serviço, assim como a concessão do espectro de freqüência às emissoras e definições sobre o período de transição do sistema analógico para o sistema digital, garantindo que o usuário possa aderir ao sistema quando o desejar, a um custo compatível com a sua renda.
     
    As principais diretrizes deste comitê devem ser aquelas propostas pela Anatel (Fonte: Ministério das Comunicações, 2003.) que são:
    • Promover a inclusão digital;
    • Atualizar e revitalizar o setor de radiodifusão e a indústria eletrônica nacional;
    • Otimizar o uso do espectro de radiofreqüências;
    • Melhorar a qualidade de áudio e vídeo;
    • Contribuir para a convergência dos serviços de telecomunicações;
    • Baixo custo e robustez na recepção (voltado às classes mais baixas);
    • Flexibilidade e capacidade de evolução (para a classe alta).
     
    Através do desenvolvimento do SBTVD, o governo também espera estimular o desenvolvimento tecnológico e a indústria nacional através da formação de pesquisadores, da capacitação da indústria instalada e do estímulo ao comércio exterior, resultando em saldos comerciais favoráveis.
    O Comitê de Desenvolvimento do SBTVD tinha até dezembro de 2004 para apresentar suas conclusões.
    Com o intuito de auxiliá-lo, foi criado em maio desse mesmo ano um Comitê Consultivo, formado por pesquisadores de universidades, entidades da indústria e representantes dos próprios ministérios ligados à TV digital, o qual prorrogou o prazo para dezembro de 2005, e cujo o mesmo todos  esperam que seja  cumprido...
     
    Mas não só de SBTVD vive o mercado, mas também do Triple Play que alimenta de sonhos e esperança as operadoras de TV por assinatura (PayTv) e, acreditem, também as companhias telefônicas.
    Vários “namoros” tem acontecido e alguns casamentos estão prometidos para  o fim de 2005 e começo de 2006 .  A entrada no  mercado de VoIP, por parte das companhias de TV por assinatura, tem aguçado as companhias de  telefonia  a voltar seus olhos para o mercado de IPTV e, embora embrionários, os projetos prometem uma boa briga pelo mercado de Triple Play (imagem, telefonia e acesso de alta velocidade).
    Isso traz à tona um outro projeto futuro, o mercado de HomeGateway, que dará vazão a convergência de banda larga e industria de consumo.
    VoIP é apenas a ponta do “iceberg”, novas tecnologias estão em desenvolvimento para tornar nossas casas em verdadeiras centrais multimídias .
    O modem residencial evolui para um complexo dispositivo de acesso, que se tornará a  ponte de conexão entre um conjunto de dispositivos residenciais (entre eles Set Top Box; Vídeo Games, PDA’s etc) e o mundo.
    HomeGateway promete entregar : IPTV (Internet Protocol Based TV), VoIP, Internet Banda Larga e muitos outros serviços, em uma rede totalmente bidirecional e endereçada sobre o protocolo IP.
    Como funciona: Usando a estrutura híbrida de Fibra e Cabos coaxiais da TV a cabo, ou a velocidade dos modens xDSL, os serviços de HomeGateway serão todos encapsulados em protocolo IP e entregues aos usuários através de cabos ópticos que formarão um backbone único entre o headend das operadoras e a rede dos usuários. Transmissores ópticos que recebem os dados dos roteadores presentes no headend transmitem esses sinais até as centrais digitais próximas dos usuários que estão solicitando algum tipo de serviço como, por exemplo: VOD/PVR, TV INTERATIVA, VOIP, VIDEO CONFERENCIA e JOGOS ON LINE
    O HomeGateway transformará não só nossa forma de assistir TV e navegar na Internet como também poderá mudar por completo o modelo de negócio de muitas empresas, que poderão alugar suas redes, para prover serviços como: segurança e monitoramento em tempo real para edifícios residenciais e comerciais;  produção de conteúdo especifico para determinados segmentos e oferta de inúmeros novos serviços para empresas e lojas.
    O futuro esta vindo, prepare-se para ele.
     

    Notícias


    [27/01/06]   Os impasses na TV digital  (link acessível para assinantes da Folha e do UOL)

    [26/01/06]  Câmara terá comissão sobre TV digital

     
     
     
     
     
     
    [04/01/06]   TV Digital: Abert defende modelo japonês
     
     Disputa da TV digital está entre Japão e Europa

    - Ministro promete TV Digital e FUST para 2006

    - Ministro quer isenção para importar TV Digital

    - TV digital: governo só define em 2006

    - Ministro afasta padrão brasileiro de TV digital

    - Pesquisa de TV Digital no Brasil sai em dezembro

    - Minicom promove evento sobre TV digital 

    - Presidente adia projeto de TV digital

    - Finep libera R$ 36 milhões para TV Digital

     - Minicom contrata universidades para padrão digital

     - Brisa é uma das escolhidas para implantação de TV Digital brasileira

     - Intel cancela projeto de chip para TV digital

     - Lançado site oficial sobre TV digital

     - TV digital no Brasil vai ser aberta e gratuita

     - Comitê Consultivo de TV Digital promove primeira reunião

     - TV digital brasileira recebe 90 propostas

     - Prazo para cadastrar projetos de TV digital vai até 11 de junho

     - Governo investe R$ 65 mi em TV digital

     - Instalado Comitê que definirá o sistema de TV digital no Brasil

     - Anatel relaciona sete desafios que planeja superar até 2006

     - Inatel finaliza núcleo do transmissor para TV Digital nacional
     


    Artigos



    O futuro da TV chegou
    Valdecir Becker - Plano de Comunicação do SBTVD (12/12/2005)
     

    Portal AliceRamos.com
    Editorial
    Tv digital prestes a sair do papel para a telinha


    Autores: Marcus Manhães (manhaes@cpqd.com.br) e Pei Jen Shieh  (pei@cpqd.com.br) :

    - Canal de Interatividade: Uma Visão de Futuro

    - Canal de Interatividade: Conceitos, Potencialidades e Compromissos

    - Padrão para TV Digital Brasileira: o Limite do Sistema Canal de Interatividade



    Vale conferir a Seção TV Digital do site TELECO em http://www.teleco.com.br/tvdigital.asp
     

     

     

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