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Como otimizar sua rede GSM, agora e no futuro (6) |
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Cortesia Agilent Technologies Brasil |
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6. Interferência TCH - TCH
Uma célula GSM tem mais de uma portadora
para tratar dos requisitos de capacidade dos assinantes. Somente
uma das portadoras disponíveis será o BCH, que estará ativo continuamente;
as portadoras TCH restantes
somente serão ativadas durante timeslots específicos, quando uma chamada for
iniciada neste canal. Durante as
horas de pico, a atividade nas portadoras TCH estará no máximo, podendo esta
atividade ser zero fora do horário
de pico. As portadoras TCH também são reutilizadas, podendo desta forma
contribuir para a interferência
co-canal, embora esta interferência nem sempre esteja presente. Esta
interferência somente estará presente
quando estas portadoras TCH tiverem atividade de chamada (não necessariamente
durante as horas de pico).
Como medimos a C/I para estas portadoras TCH reutilizadas?
Um método é pegar a portadora reutilizada suspeita de ser a interferente,
estabelecer chamadas em cada
timeslot (oito chamadas) e então fazer o drive-test ao redor da célula
interferente, medindo o C/I. Este é um
processo tedioso.
A maneira mais fácil de se resolver este problema de medição é fazer medições
delta (de diferença). Como
exemplo, considere duas células, a Célula 1 e a Célula 2 (veja a Figura 9).
Figura 9. Interferência co-canal TCH-TCH.
A Célula 1 tem uma portadora BCH no ARFCN B1
e a Célula 2 tem uma portadora BCH no ARFCN B2, enquanto
que as portadoras TCH nas Células 1 e 2 estão no ARFCN T1. Ao invés de
fazer a medição de C/I em T1,
podemos fazer uma medição de delta entre B2/B1, que é próximo ao valor de
C/I de T1 quando ambas as
portadoras T1 estiverem "no ar", pois as perdas de propagação para
B2/B1 e T1 serão aproximadamente as
mesmas. Isto pode ser feito facilmente com o receptor GSM da Agilent, que
possui a função de tela de
analisador de BCH (veja a Figura 10).
Figura 10.
Tela do analisador de BCH gerada pelo receptor GSM.
O eixo x mostra os ARFCNs e o eixo y mostra o
nível de potência recebido.
O analisador permite a criação de um lista
de usuários de ARFCNs para a Célula 1 e a Célula 2 e depois, na tela
de amplitude/tempo, a colocação de um marcador em B2 e um marcador delta em
B1. A medição de delta é
igual à medição de C/I em T1 (veja a Figura 11).
Figura 11.
Tela de amplitude versus tempo,
que mostra o delta da diferença de amplitude entre B1 e B2.
Usando o software de pós-processamento,
podemos também plotar um mapa de C/I para a interferência
TCH-TCH (Figura 12).
Figura 12.
Mapa de C/I da interferência TCH-TCH medida pelo receptor GSM.
Os pontos em que C/I < 9 dB são
indicados por setas.