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Como otimizar sua rede GSM, agora e no futuro (7) |
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Cortesia Agilent Technologies Brasil |
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7. Otimização da margem de handover
A mesma técnica de medição de delta pode
ser usada para verificar e otimizar as margens de handover. Tendo
uma chamada estabelecida e fazendo medições na borda da célula, podemos ver
na tela as medições feitas pelo
telefone das células atendente e vizinha; então, na tela de amplitude/tempo,
podemos colocar o marcador na
atendente e o marcador delta na célula vizinha dominante. O valor delta
resultante será a diferença entre os
RXLEVs da célula atendente e da vizinha (veja a Figura 13). Em algum ponto da
rota do drive-test, o RXLEV da
vizinha será mais forte que o sinal da atendente; assim, esta leitura de
delta será negativa, e o handover
ocorrerá quando o valor de delta ultrapassar a margem de handover. O valor da
margem de handover é
configurado na célula, mas não transmitido pela interface aérea. Com a
monitoração simultânea dos valores de
RXQUAL durante o handover, o valor da margem de handover poderá ser
determinado e será possível decidir se
este valor é adequado para a qualidade de serviço desejada. Com uma margem
de handover alta, o handover
ocorrerá após o usuário ter sofrido alguma deterioração na qualidade.
Margens de handover altas podem
resultar em recepção ruim e chamadas derrubadas, enquanto que margens de
handover baixas podem produzir
efeitos "ping-pong", com a passagem muito freqüente de uma unidade
móvel de uma célula à outra.
8. Parâmetros C2, resseleção e tabela BA
Antes de descrever o processo de handover e a
otimização das listas de vizinhos, explicaremos três termos
apresentados na seção anterior: parâmetros C2, resseleção de célula e
tabela BA.
No modo ocioso, a unidade móvel sempre prefere permanecer na, ou passar para
a, melhor célula atendente.
A melhor célula é estabelecida com base em um balanceamento dos percursos de
uplink e downlink das células.
Este balanceamento é calculado por cálculos C1 definidos para o GSM. Os cálculos
C1 forçam a unidade móvel a
passar para a célula mais forte. Em certos casos, como na arquitetura de
macro-micro células, a otimização
pode requerer que, em determinadas áreas, a unidade móvel não permaneça na
melhor célula, mas em uma
célula escolhida com base no carregamento de tráfego. Os parâmetros C2
oferecem a opção do uso de offsets
positivos ou negativos ao cálculo de C1 em cada célula. Desta forma, mesmo
que C1 indique uma célula vizinha
como sendo a melhor, a aplicação dos parâmetros C2 pode retardar a resseleção.
Os parâmetros C2 também
permitem que uma unidade móvel aplique offsets temporários por um período
conhecido como penalty time,
o que ajuda a reduzir os efeitos "ping-pong".
Uma unidade móvel faz uma seleção de célula assim que ativada ou quando
sair de uma área de cobertura.
Quando a unidade móvel tiver conseguido fazer o " camp-on" em uma célula,
ela irá monitorar o ARFCN da célula
vizinha (conforme a tabela BA, descrita abaixo) e fazer os cálculos de C1
e/ou C2 para os ARFCNs da célula
atendente e da vizinha a intervalos regulares. Os cálculos de C1 e C2
informam a unidade móvel sobre o
balanceamento do percurso do uplink e downlink na célula, permitindo que a móvel
selecione ou rejeite a célula.
Quando a unidade móvel encontrar o C1 e/ou C2 (como C2 é opcional) da célula
vizinha melhor que o C1 e/ou C2
da célula atendente, ela passará para a célula vizinha. Este processo de
passagem a outra célula no modo
ocioso é conhecido como resseleção de célula. A resseleção de célula é
totalmente controlada pela unidade
móvel. O equivalente da resseleção de célula no modo dedicado é o
handover, que é controlado pela rede.
As medições de delta podem também ser usadas para evitar o excesso de
resseleções de células (análogas aos
handovers no modo ocioso), que podem resultar na perda de mensagens de paging.
Neste caso, os parâmetros
C2 e os valores de histerese podem ser otimizados com o uso das mesmas técnicas
de medição de delta
descritas acima.
Figura 13.
Medição por delta da margem de handover
de RXLEV executada pelo receptor GSM.
Uma tabela ou lista de Alocação de BCCH
(BA) é um conjunto de ARFCNs difundidos à unidade móvel nos modos
ocioso e dedicados à monitoração das células vizinhas potenciais. No modo
ocioso, esta lista é difundida no
BCCH como uma mensagem System Information Type 2. A unidade móvel decodifica
esta mensagem e monitora
os ARFCNs relacionados na tabela como vizinhos no modo ocioso. No modo
dedicado, uma tabela com um
formato similar é enviada ao móvel no Canal Lento de Controle Associado (SACCH),
em uma mensagem System
Information Type 5. Esta tabela do modo dedicado pode conter a mesma lista de
ARFCNs que a tabela do modo
ocioso ou uma lista diferente.