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Como otimizar sua rede GSM, agora e no futuro (8) |
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Cortesia Agilent Technologies Brasil |
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9. Otimizaçâo das listas de vizinhos
Em GSM, podemos definir diversas células
vizinhas para uma célula atendente. Normalmente, queremos que o
handover seja feito para a vizinha mais forte mas, em alguns casos, handovers
freqüentes para esta melhor
vizinha podem resultar em um congestionamento nesta célula vizinha, que afeta
os usuários que iniciam
chamadas nesta célula. A situação contrária também pode ocorrer, quando
um handover necessário para a
melhor vizinha puder resultar em rejeição devido a uma indisponibilidade de
recursos que faça que o handover
seja tentado na melhor vizinha seguinte, o que pode retardar o processo e
deteriorar a qualidade ainda mais.
Sob certas circunstâncias, podemos querer remover uma vizinha potencial da
lista de vizinhos e fornecer
alternativas. Normalmente, este tipo de decisão é tomada com base em
considerações demográficas.
O analisador de BCH no receptor GSM torna fácil determinar quais serão estas
vizinhas alternativas
(veja a Figura 10).
O analisador de BCH pode ser usado para criar uma lista de todas as portadoras
BCH possíveis na vizinhança
próxima e executar a medição de RXLEV (vinculada à performance de RXQUAL
do telefone) em cada uma destas
portadoras. Quando RXQUAL atingir o limiar de decisão de handover, poderemos
determinar as vizinhas
potenciais neste estágio e definir uma destas como a vizinha ótima. Isto
também pode ser feito com o telefone,
mas neste caso você estará limitado à lista de BA definida na rede, que
pode não incluir vizinhas potencialmente
boas.
Por exemplo, uma célula que seja uma boa vizinha devido à propagação pela
água pode não ser colocada na lista
BA. Além disso, o número de vizinhas na lista BA normalmente é limitado,
porque um número grande reduz o
número de amostras de medição por vizinha, reduzindo assim a autenticidade
dos handovers. O receptor
apresenta uma visão completa e independente de todas as portadoras BCH disponíveis
em um determinado local
em que um handover seja necessário, e os seus recursos de software de
controle (incluindo os marcadores,
marcadores delta e pós-processamento) simplificam a tarefa da configuração
das vizinhas.
10. BER no modo ocioso
No modo ocioso, uma unidade móvel de teste somente informa o RXLEV; desta
forma, qualquer interferência do
downlink (que poderá deteriorar a qualidade) será ignorada. A unidade móvel
será afetada por um problema de
interferência no downlink no modo ocioso por meio de um processo definido
pelo GSM denominado Falha de
Sinalização no Downlink, que é baseado na decodificação das mensagens de
paging. O Contador de Sinalização
do Downlink (DSC) será inicializado no número inteiro mais próximo do valor
de 90/BS_PA_MFRMS quando a
unidade móvel fizer o " camp-on" em uma célula. Este contador será
decrementado em 4 quando a unidade
móvel não for capaz de decodificar uma mensagem de paging (BFI=1), e
incrementado em 1 quando a unidade
móvel conseguir decodificar a mensagem (BFI=0). Assim que o DSC atingir o
valor zero, uma falha no enlace de
rádio será declarada e a unidade móvel fará uma resseleção de célula.
BS_PA_MFRMS pode ter um valor entre 1 e 9 multiquadros; assim, o DSC irá
variar entre 45 e 10. Isto significa
que, em um ponto de qualidade particularmente ruim, para o valor baixo de
BS_PA_MFRMS, a unidade móvel
precisará de 45 mensagens ruins para declarar uma falha. Para o valor alto,
serão necessárias 10 mensagens
ruins para declarar uma falha, assim no pior caso serão necessários 90
multiquadros (21 s) para declarar uma
falha. Um sistema de drive-test feito somente com o telefone no modo ocioso
somente poderá experimentar
resseleções a intervalos mínimos de 21 s. A única maneira de se obter uma
indicação mais rápida de qualidade
ruim é estabelecer uma chamada e monitorar o RXQUAL. Se a unidade móvel
executar um número excessivo de
resseleções de célula, ela poderá perder mensagens de paging.
O receptor GSM da Agilent, que mede a BER no Canal de Sync de Tráfego (TSC)
no modo ocioso para a
atendente e também qualquer número de ARFCNs, fornece um quadro contínuo em
tempo real da BER no modo
ocioso. Esta BER pode ser facilmente vinculada ao DSC. Com esta informação
disponível, podemos também
localizar a causa desta BER, usando o recurso de analisador de interferência
do receptor. Isto nos ajudará a
localizar células com problemas de interferência no modo ocioso e, nas células
em que não seja possível
executar ações imediatamente, poderemos ajustar os parâmetros C1 e C2 para
definir a prioridade das células
para a resseleção.
11. InterferÍncia do uplink
A interferência do uplink em
GSM pode ser gerada internamente pelas unidades móveis em reuso em células
ARFCN adjacentes, ou externamente, por transmissores defeituosos ou transmissões
ilegais. A detecção da
interferência interna é bastante difícil, pois ocorre em bursts; não há
transmissão contínua no uplink. Mesmo se
fizermos uma medição de C/I no uplink, os resultados irão variar no tempo,
devido ao efeito near-end/far-end e
ao controle de potência compulsório do uplink implementado nas células GSM.
Desta forma, não podemos
prever, estimar ou medir a gravidade da interferência no uplink gerada por
fontes internas.
Entretanto, há um modo para se resolver este problema de medição. Conecte o
receptor GSM no percurso de
recepção da estação radiobase, altere o ARFCN usado na célula de F1 para
F2 e inicie a medição de
F1, F2, F1 + 200 kHz e F1 - 200 kHz, usando o analisador de potência de canal
do receptor GSM (veja a Figura 14).
Figura 14.
Medições de potência do canal no sinal do uplink
e nos canais adjacentes.
A monitoração a longo prazo
precisa ser feita; assim, podemos configurar alarmes para detectar um nível
de
sinal no canal que ultrapasse o limiar e fazer uma monitoração de interferência
completa e não assistida.
Após capturar estes dados por um período longo, como um grupo de horas de
pico, podemos exportar os dados a
um software de pós-processamento ou uma planilha Microsoft® Excel® e gerar
plotagens de "probabilidade de
interferência" para os diversos limiares. Por exemplo, podemos plotar a
porcentagem de tempo em que a
potência do canal de interferência co-canal esteve acima de -110 dBm,
-100 dBm,
-90 dBm e assim por diante.
Fazendo esta plotagem para F1 e F2 e comparando estes dois gráficos, podemos
estimar com facilidade a
gravidade da interferência do uplink. Mesmo se a interferência não for
grave, poderemos otimizá-la ajustando os
parâmetros de faixa de células. Esta técnica é a mais eficaz, mesmo para o
caso de interferência externa gerada
por transmissões ilegais (por exemplo, por um telefone sem fio de 900 MHz que
gere uma interferência contínua
no uplink por toda a duração da chamada).
Monitorando o canal com alarmes configurados para indicar sinais que
ultrapassem um determinado limiar por
um período de, digamos, 3 minutos, podemos reproduzir estes dados de alarme
posteriormente e usar o
analisador de espectro do receptor para observar as características
espectrais do sinal (Figura 15). Isto permitirá
que determinemos se a interferência contínua por 3 minutos em um nível fixo
era interna ou externa.
Figura 15.
A tela de espectro dos sinais do uplink fornece uma ferramenta
de eliminação de problemas de interferência.
12. Conclusão
Esta nota de aplicação fornece
vários exemplos que mostram como os sistemas de drive-test podem ajudar os
operadores de rede wireless a melhorar a qualidade do serviço de suas redes
GSM. Os exemplos descrevem os
benefícios de uma solução baseada em receptor, como a oferecida pela
Agilent Technologies. O receptor
independente de rede fornece medições completas e precisas de cobertura e
interferência e simplifica a
otimização da margem de handover e das listas de vizinhos.
Soluções baseadas em telefone e em telefone e receptor integrados também são
oferecidas pela Agilent. Para
obter informações detalhadas sobre toda a linha de soluções de drive-test
oferecidas pela Agilent, veja a
literatura do produto relacionada no final desta nota de aplicação. A lista
de referências inclui notas de
aplicação e de produto que abrangem as questões de rede de RF e a otimização
da rede com os sistemas de
drive-test.
Acrônimos
AGCH Canal de Concessão de Acesso
ARFCN Número Absoluto de Canal de Freqüência de Rádio
BA Alocação de BCCH
BCH Canal de Broadcast
BCCH Canal de Controle de Broadcast
BER Taxa de Erro de Bit
BFI Indicador de Quadro com Problema
CCCH Canal de Controle Comum
DRX Recepção Descontínua
DSC Contador de Sinalização do Downlink
FCCH Canal de Controle Rápido
FDMA Acesso Múltiplo por Divisão de Freqüência
GPS Sistema de Posicionamento Global
GSM Sistema Global para Comunicações Móveis
PCH Canal de Paging
RXLEV Nível de Recepção
RXQUAL Qualidade de Recepção
SACCH Canal Lento de Controle Associado
SCH Canal de Sincronização
TDMA Acesso Múltiplo por Divisão do Tempo
TCH Canal de Tráfego
TSC Canal de Sync de Tráfego
Referências
[1] ETS-300 578, Digital Cellular Telecommunications System (Phase 2), Radio
Subsystem Link Control (GSM 05.08 versão 4.22.1).
[2] Optimizing Your CDMA Wireless Network Today and Tomorrow:
Using Drive-Test Solutions, Nota de Aplicação 1345, número de literatura da Agilent 5968-9916E.
[3] Optimizing Your TDMA Network Today and Tomorrow:
Using Drive-Testing to Identify Interference in IS-136 TDMA Wireless
Networks, Nota de Aplicação 1342, número de literatura da Agilent 5980-0219E.
[4] Spectrum and Power Measurements Using the Agilent CDMA, TDMA and GSM Drive-Test System,
Nota de Produto, número de literatura da Agilent 5968-8598E.
[5] CDMA Drive Test, Nota de Produto, número de literatura da Agilent 5968-5554E.
[6] N3419A Vehicle-Mounted Display System, Apresentação do Produto, número de literatura da
Agilent 5980-0721E.
Informações adicionais disponíveis em:
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