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Métodos para o Planejamento de Sistemas de Comunicação WLL e LMDS (4) |
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AUTOR: Bruno Maia Antonio Luiz |
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II - DESVANECIMENTOS
O
Desvanecimento é a redução aleatória do nível de recepção causado pelos
efeitos do meio de propagação, o estudo dos efeitos dos desvanecimentos é
de fundamental importância na avaliação dos limiares de recepção, uma vez
que estes são os responsáveis pelas grandes discrepâncias do sinal recebido
em relação ao sinal nominal.
Eles são classificados com relação ao tempo de duração em rápidos e lentos, em geral os lentos obedecem uma distribuição gaussiana, enquanto os rápidos uma Raylght ou uma Riciana.
Tem-se
também algumas nomenclaturas que são amplamente utilizadas:
- Profundidade de Desvanecimento (D) – É a diferença entre o nível de
recepção nominal e o recebido
A- Obstrução da
primeira Zona de Frenell:
Se
um enlace é dimensionado para operar em visibilidade direta, tem-se então
uma atenuação adicional (devido a obstrução do feixe) causada pela variação
do fator K (como foi visto este distorce a trajetória das ondas EM, e
dependendo desta pode-se haver obstrução do raio). A probabilidade da ocorrência
deste desvanecimento não é complicado se estiver disponível a distribuição
cumulativa de DN/Dh.
Tem-se então que avaliar o Kmin abaixo do qual há obstrução do
feixe (devido a distorção da onda, ou da cota do perfil), daí acha-se o DN/Dh
máximo e a
referente probabilidade deste ser superado, que no caso é igual a
probabilidade de ocorrência deste desvanecimento. O critério para
dimensionamento é fazer com que o Kmin seja superado em
99,9% do tempo.
Quanto
o enlace já se encontra difratado (em sistemas fixos) a variação do fator K
é o principal fator que causa as variações no nível de recepção nominal
do enlace, devido ao fato desta variação estar ligada com a variação do
grau de obstrução do raio direto, lembrando que o nível de atenuação está
diretamente ligado a esta obstrução tem-se um modelo para o cálculo da
indisponibilidade de enlaces difratados por desvanecimentos lentos
(predominantes para sistemas fixos)[1]
tem-se:
B- Desfocalização
da Antena:
Só é relevante quando o enlace possui antenas muito diretivas onde existe uma grande diferença de ganho entre o lóbulo principal e secundário, este tipo de antena e comumente encontrado em enlaces que operam a altas freqüências por necessitaram de altos ganhos.
A
variação do fator K causa uma variação na trajetória do raio direto
podendo faze-lo “sair” do lóbulo principal, trazendo então grande atenuação
para o enlace. O critério prático para se minimizar esse desvanecimento é:
DqRT £ q3 dB/2 onde:
C-
Reflexões no Solo:
-
Raio refletido em terreno rugoso - Área efetiva de reflexão (60% do
elipsóide de Fresnell) da componente refletida é refletida por terreno
rugoso, com isso há uma perda no coeficiente de reflexão, podendo-se
desprezar a componente refletida.
-
Obstrução do raio refletido – Utilizar obstáculos do perfil para
obstruir o raio refletido com isso esta componente terá uma perda adicional
por difração.
-
Desacoplamento do raio refletido do lóbulo principal da antena –
Dimensionar uma antena de tal modo que a raio refletido se encontre fora do lóbulo
principal, com isso este terá um ganho muito inferior a componente direta.
Somente utilizado quando o enlace O
critério de desempenho se encontra abaixo:
D - Efeitos Troposféricos
A
probabilidade do surgimento destas regiões na localidade da antena está
diretamente ligado com a geometria do enlace, ou seja, a relação entre as
alturas da antena, distância do enlace e localização, fazendo com que em
enlaces curtos a probabilidade de formação de dutos é mínima podendo ter
seus efeitos desprezados.
Este
tipo de desvanecimento é responsável pela variação do nível de recepção
em intervalos de tempo pequenos ou a deslocamentos de curta distância. Será
descrito agora o efeito de canal multipercurso onde serão avaliados dois
casos importantes:
A - Multipercursos causados por Dutos Troposféricos com Tx e Rx fixos
No
caso tornando D igual a Margem (M) do enlace tem-se a probabilidade de
indisponibilidade do enlace por efeito de multipercurso.
B- Multipercursos causados por várias componentes refletidas sem desvanecimento do raio direto podendo ter mobilidade das antenas:
Neste
caso não há a necessidade do condicionamento com o desvanecimento lento para
haver efeito de multipercurso, isso se deve ao fato de que as componentes
refletidas tem quase a mesma intensidade do raio direto. Há superposição de
variação lenta causado pelos deslocamentos de média e longa distância (se
existe antena móvel) e as variações rápidas causados pelos
variações das condições de fase das componentes refletidas devido
aos deslocamentos curtos[2],
geralmente tem-se esse efeito em ambientes urbanos. Denote que as componemtes
de multipercursos afetam o desempenho de sistemas digitais de duas formas
distintas, sendo respectivamente na variação rápida na intensidade do sinal
(já descrito acima) e também no retardo de símbolos causando então uma
interferência intersimbólica. A
análise deste caso não é simples sendo dividida em duas etapas: Variações
da intensidade do sinal e Interferência Intersimbôlica. Abaixo tem-se a análise
com da variação da intensidade do sinal:
S(t)=L(t)R(t)
Com número
grande de difrações causados (típico de ambientes urbanos) a componente
difratada segue uma distribuição gaussiana.
Analisando-se
a parte rápida tem-se:
-
Taxa de cruzamento de níveis
Com
isso os efeitos das variações rápidas tornam-se importantes quando existe
deslocamentos do receptor (modelado
pelo parâmetro fm). Em sistemas fixos este é efeito é bem
reduzido, fazendo com que a degradação do nível nominal de recepção seja
praticamente desprezível[4].
Esses
parâmetros são obtidos fazendo-se medidas experimentais no ambiente onde será
implantado o enlace.
-
Duração média dos desvanecimentos:
Abaixo
tem-se dois gráficos que são utilizados na caracterização destes
desempenhos:
II.III-
Desvanecimentos por chuvas em Enlaces Terrestres
Em
freqüuencias superiores a 10 GHz as gotas de água das chuvas passam a ter um
papel relevante na potencia recebida, pois estas tornam-se um obstáculo por
absorverem, refletirem, espalharem e despolarizarem a radiação eletromagnética.
Serão analisados todos os efeitos causados pelas chuvas com suas respectivas
conseqüencias.
Atenuação
específica pela chuva é dada por:
; K e a
são parâmetros que são função da freqüência e polarização. Caso a
polarização seja circular tem-se:
A
atenuação total é dada então por:
Ach=
Deffg
[dB]
Para
se achar este raio efetivo deve-se modelar a chuva por uma célula cilindrica
de raio inversamente proporcional a taxa de precipitação, tem-se então:
onde:
onde:
A0,01 = K(R0,01)aDeff
Obtenção
do Limiar e Degradação por Interferências:
Figura 4:Indisponibilidade
por Chuvas
Uma
vez calculado o ruído térmico (ou ruído branco) inerente do sistema pode-se
determinar o nível de recepção mínimo, de modo que se obtenha uma relação
sinal ruído (C/N ou RPRT) que forneça uma taxa de erros de bits máxima
aceitável no sistema, sendo assim este nível de potência torna-se o limiar
de recepção. Denota-se que o limiar então e função da taxa de erros de
bits máxima que se deseja no sistema, o ITU-R regulamentou esses valores de
taxa de erro dependendo das características do enlace, essas recomendações
se encontram em vários documentos tais como: G-821, G-826, etc..
Abaixo
tem-se métodos de cálculo do ruído térmico e do RPRT (C/N), mostra-se também
relação de BER e C/N
K
--> Constante de Boltzman
Te
--> Temperatura equivalente do Receptor
B
--> Banda (MHz)
Sendo:
RPRT
= C/N = Prnom/N
Tem-se:
RPRT (dB) = PRnom – F – 10Log B(MHz) -114
Ou
RPRT
(dB) = Eb/N0+10Log(log2M)
Pode-se
obter da equação acima o valor da nível nominal de recepção em funcão do
RPRT desejado tem-se:
PRnom
= RPRT (dB) + F + 10Log B(MHz) +114
Finalmente:
Abaixo tem-se a relação entre Taxa de Erro de Bit e C/N:
III.I- Degradação por Interferências:
Até
agora a análise do enlace só estava sendo feita apenas levando-se em
consideração o meio de propagação, estando este então completamente
isolado de outros enlaces, porém isto não corresponde a realidade, de fato
este opera na presença de outros sistemas, que no caso são fontes de ruídos
levando-se em conta que o sistema de recepção não é ideal e introduz também
distorções e ruídos no sinal.
Como
foi dito os sistemas tem que tem que possuir um nível de recepção acima do
limiar para operar satisfatoriamente, quando a potência no receptor abaixa
deste limiar o sistema opera com uma taxa de erro acima do seu limite, onde
então este fica indisponível. As interferências são fontes que também
degradam o sinal fazendo-o muitas vezes assumir valores inferiores ao limiar,
o efeito causado então é uma degradação do desempenho do enlace.
Para
caracterizar e levar em consideração os efeitos dos ruídos interferentes
utilizam-se o parâmetro tais RPI que é a relação portadora e sinal
interferente, onde esta informa o nível do sinal interferente com relação
ao sinal da portadora (o RPI também
é denominado de C/I em sistemas celulares), Este então é tratado como um ruído
aditivo ao ruído térmico. O cálculo deste é tratado a seguir.
A
partir destes parâmetros redefini-se o limiar, que passa a contar como uma
componente de ruído degradando ainda mais a relação sinal ruído ou RPRT.
Este novo limiar causará então uma alteração na margem do enlace,
reduzindo seu valor. A redução da margem afeta a capacidade do enlace
resistir as variações do nível de recepção por desvanecimentos (que são
os efeitos do meio de propagação).
Abaixo
tem-se um protocolo que mostra como tratar e incluir o efeito das interferências
e ruídos térmicos no enlace:
1.
Identificar fontes de ruído na região do enlace ®
Tem o
objetivo de isolar os possíveis causadores de interferências para poder
identificar seu tipo e modela-lo.
2.
Levantamento de parâmetros e características das fontes ®
Uma vez
determinadas as fontes relevantes tem-se que descreve-las de acordo com seu
tipo. Isto requer um banco de dados sobre a informação da natureza das
fontes detectadas. A ANATEL possui um banco de dados deste tipo.
3.
Cálculo do RPI de cada fonte onde ®
4.
Cálculo da degradação e determinação de seus efeitos no Limiar:
Da
equação acima denota-se o caráter degradante do RPI, ele tente a reduzir a
relação RPRT (aumentando assim o limiar). Sendo assim pode-se dizer que o ruído
causado por interferências é tratado matematicamente como uma componente de
ruído térmico onde então a relação portatora ruído total denomina-se: C/[N+I]
(claramente a componente de ruído sofre um aumento devido às
interferências)
Pode-se agora redefinir a
margem líquida do enlace tem-se que:
ML=MB-DEG (dB)
Pode-se
também obter a margem líquida incluindo diretamente a degradação no cálculo
tem-se então:
RPI(dB)
= DPT
+DGT
+ DAp
+ DGR
+ FRI
DPT ---> Diferença entre os níveis de transmissão da portadora e do sinal interferente em questão
DGT ---> Diferença entre os ganhos das antenas transmissoras da portadora e do sinal interferente em questão
DAp ---> Diferença entre atenuações dos raios da portadora e do sinal interferente em questão
DGR (q) ---> Diferença entre os ganhos da antena receptora da portadora na direção do raio principal (portadora) e na direção do raio do sinal interferente em questão. Denota-se que caso a antena receptora for omnidirecional essa diferença será zero.
FRI
--->Fator de sobreposição espectral, ou seja, o sinal de outra fonte só
é relevante quando este compartilha parte do mesmo espectro da portadora.
Este parâmetro mede o grau de sobreposição destes espectros sendo que para
sistemas co-canais FRI = 0 dB
Como
foi descrito o nível de PR chegando ao limiar faz com que o
sistema tenha uma taxa de erro de bits (ou no caso em sistemas analógicos um
S/N) limite a partir do qual o sistema fica indisponível pode-se calcular a
probabilidade desta taxa de erro ser superada:
P(BER³BER0)
= P(PR£Limiar)
= P(desvanecimento³ML)[5]
Analisa-se essa probabilidade para os casos de visibilidade direta e sem visibilidade direta:
Levando-se em consideração
a ocorrência de desvanecimentos por formação por multipercursos (neste caso
condicionados a formação de dutos) tem-se:
Sendo o parâmetro r
descrito na seção de desvanecimentos de multipercursos como sendo o fator
de ocorrência de formação de dutos.
b)
Difratados (sem visibilidade direta):
Levando-se em consideração
desvanecimentos lentos (somente variações do fator K, aumentando o grau de
obstrução dos objetos) tem-se:
Como
foi visto que a degradação do Limiar é inerente do meio em que se é
considerado o enlace, o engenheiro de RF pode atuar no melhor dimensionamento
da potência nominal recebida, aumentando assim a margem do enlace e sua
robustez. Para tal aumento pode-se alterar projetos de antenas, nível de
transmissão, qualidade de alimentadores e dos circuitos utilizados em geral.
III.III-
Interferênia Intersimbólica:
É causado pelo fato de existirem limitações de banda no canal e a existência de multipercursos que além de degradarem o nível de recepção nominal (como já foi descrito nos desvanecimentos) em links digitais causam interferência entre os símbolos transmitidos devido ao atraso temporal das componentes refletidas (de multipercurso). Este é atualmente o principal fator que limita a velocidade de transmissão em sistemas radio-digitais, pois quanto maior a taxa de transmissão mais sensível fica o sistema com relação ao atraso dos sinais. Deve-se lembrar que os efeitos causados pela interferência intersimbólica não tem ligação com a variação da margem do enlace e sim com os atrasos dos sinais refletidos, com isso os efeitos da degradação da margem e interferência entre símbolos são descorrelacionados.
Os
efeitos das interferências entre símbolos são modeladas através de uma função
de transferência do canal, onde esta é determinada pelas diversas
componentes de multipercursos. Levando-se em consideração a existência de
um feixe mais intenso tem-se:
Onde K e t são respectivamente a amplitude e o atraso da componente refletida com relação ao raio principal.
Como em geral a caracterização da função de transferência por todos os raios é inviável, utiliza-se um modelo matemático de 2 raios, que procura modela os efeitos da componentes refletidas tem-se então:
OBS: l=1-K
Onde
tem-se que:
a ---> desvanecimento médio do canal
K ---> amplitude relativa do raio menos intenso – determina a profundidade de notch note que este parâmetro fornece a quanto intenso é o efeito de multipercurso na degradação do sinal
F’ --->freqüencia central do canal
F0 ---> frequencia de off-set
t ---> retardo do raio menos intenso
· F0 mais próximo do centro do canal é o mais relevante
· Freqüência de notch é o inverso do retardo – quanto maior for o retardo mais mínimos de notch aparecerão na faixa de freqüência do canal, sendo então maior o efeito do multipercurso.
Note que os parâmetros l e t são de natureza aleatória pois dependem do meio de propagação e este tem não tem um caráter determinístico.
Pode-se
caracterizar os parâmetros com as seguintes distribuições:
l ---> Segue uma distribuíção uniforme
t ---> Segue uma distribuição exponencial: pt(t) = (1/tmed)exp[-t/tmed)
F0
---> Segue uma distribuição uniforme
A
obtenção dos parâmetros é feita através de medidas experimentais. Na prática
a determinação do retardo médio (tmed)
tem a seguinte expressão empírica:
d – distância do enlace
A – Fator climático (aproximado geralmente por 0,05)
Ep – Inclinação entre as antenas (definida anteriormente na seção sobre desvios multipercursos)
Descreve-se
agora o modelo de indisponibilidade causado pela interferência intersimbólica:
Tendo-se
as distribuições pode dizer que:
Ou
pode-se determinar o valor prático como sendo:
Onde:
B – banda do sistema
S
– Área de assinatura normalizada (dividida pelo valor de retardo médio).
Esse parâmetro é dado pelo fabricante do sistema, variando de equipamento
para equipamento.
Os
efeitos de multipercurso na degradação do sinal são caraterizados na prática
por parâmetros que ajudam na estimativa do desempenho, estes parâmetros são
respectivamente:
-
Perfil de retardos
Como
cada sinal de multipercurso está sujeito a um caminho diferente é natural
perceber que estes tem comprimentos diferentes, levando os sinais a terem
tempos de propagação diferentes. Com isso existem retardos múltiplos
levando-se a um espalhamento temporal. Como foi visto este efeito leva a uma
interferência entre símbolos limitando a taxa de transmissão com que o
canal digital pode operar. Tem-se para sinais impulsivos:
Tipos
de Região |
Valores
de sT
(ns) |
Área Aberta |
£ 0,2 |
Área Sub-urbana |
0,5 |
Área Urbana |
34 |
-
Banda de coerência:
Como
os sinais transmitidos não são impulsos e sim ocupam uma faixa de freqüências.
A banda de coerência é a máxima separação entre as freqüências e
diferentes freqüências apresentam uma correlação cruzada maior do que 0,5.
Tem-se então:
Banda
de coerência é função do retardo médio:
Sistemas
com faixa maior do que a banda de coerência são fortemente afetados pelos
efeitos de multipercurso. Denota-se então a limitação na taxa de transmissão.
IV – Elementos de Propagação para o sistema LMDS:
Devido a este enlace operar em alta freqüência ele somente é viável quando se opera em visibilidade direta, ou seja, havendo obstrução do feixe a atenuação é muito grande causando então uma indisponibilidade do enlace.
O
fato deste tipo de enlace ser de pequeno comprimento, algumas aproximações
pode ser feitas com relação ao cálculo de PRom e aos
desvanecimentos:
- Para cálculos da obstrução do feixe podem ser desprezados os efeitos da curvatura terrestre e atmosféricos (inclusos no fator K) com isso a análise de obstrução do feixe e feito apenas considerando-se as cotas do perfil planificado[6].
-
1. Como este serviço é ponto-área de curtas distâncias as antenas utilizadas são omni direcionais ou se for o caso setorizadas. Com isso os desvanecimentos por desfocalização do feixe podem ser desprezados
2. Pode-se desprezar efeitos de formação de dutos troposféricos devido ao fato destes terem uma probabilidade muito pequena de de ter seus efeitos sentidos, conforme já comentado, em enlaces pequenos
3. Com relação aos desvanecimentos por multipercursos estes tem seus efeitos bem inferiores aos desvanecimentos por chuvas, devido ao fato de não haver mobilidade das antenas, não se tem a variação da fase das componentes refletidas devido a variação das condições morfológicas do sistema só existindo aquela devido a variação do fator K.
4.
Devido as altas taxas este sistema é muito sensível aos efeitos de
multipercursos com relação a interferência intersimbólica.
Será
descrito agora os métodos utilizados para se calcular o PRnom.
Esse cálculo pode ser realizado de duas formas: Analiticamente ou utilizando
os alguns dos métodos empíricos apresentados no texto.
IV.I- Cálculo analítico
do PRnom:
Tem-se
um protocolo que pode ser seguido para o cálculo do nível de recepção
nominal do sistema, os passos são relatados abaixo:
1. Verificação da condição de visibilidade direta do enlace:
2. Verificação da existência de componentes refletidas
3. Equação de propagação utilizada levando-se em consideração os dois primeiros ítens e efeitos de atenuação causados pela atmosfera e chuvas
4.
Devido as características do sistema pode-se utilizar tanto métodos
ponto-a-ponto quando ponto área
IV.II- Dimensionamento do Desempenho do Sistema:
Abaixo
tem-se as principais fontes de desvanecimento nestas condições de propagação:
- Desvanecimentos por chuvas
- Absorção por gases atmosféricos
- Desvanecimentos por Multipercursos causando IIS devido a variação do fator K (este sob certas condições pode ser desprezadoPoderia
incluir o efeito de IIS no limiar do sistema contudo para facilitar as análises
posteriores este será incluído na margem do sistema
V-
Elementos de Propagação para o sistema WLL:
Este sistema possui uma estação central (uma espécie de ERB) onde se tem os links com diversas estações dos usuários, este link substitui o par trançado das redes telefônicas comuns. Sendo assim o tipo de antena utilizado pela estação central é omnidirecional e as dos usuários podendo ser diretivas, isso juntamente com o fato das antenas estarem fixas tornam este sistema característico de ponto-a-ponto.
Ao contrário do sistema LMDS as células de WLL tem em geral um raio maior do que as dos sistema LMDS contudo, no sistema WLL, o principal fator limitante é a capacidade de tráfego, que vai ser o fator dominante no cálculo da área de cobertura[7]. Este tratamento será descrito no quarto capítulo.
O
fato deste tipo de enlace ser de pequeno comprimento (limitado não pela
cobertura e sim pela capacidade), pode-se fazer algumas aproximações com
relação ao cálculo de PRom e aos desvenecimentos:
· Para cálculos da obstrução do feixe podem ser desprezados os efeitos da curvatura terrestre e atmosféricos (inclusos no fator K) com isso a análise de obstrução do feixe e feito apenas considerando-se as cotas do perfil planificado[8].
·
Quanto aos desvanecimentos pode-se considerar:
-
Os desvanecimentos lentos pela variação do fator K é basicamente a
única fonte de desvanecimento dado que as antenas são fixas, a variação
deste fator influencia em um maior grau de difração
-
Pode-se desprezar efeitos de formação de dutos troposféricos devido
ao fato destes terem uma probabilidade muito pequena de de ter seus efeitos
sentidos, conforme já comentado, em enlaces pequenos
-
Com relação aos desvanecimentos por multipercursos estes tem seus
efeitos muito pequenos devido ao fato de não haver mobilidade das
antenas, não se tem então a variação da fase das componentes refletidas
devido a mudança nas condições morfológicas do sistema só existindo
aquela devido a variação do
fator K (que é muito pequena)
- Os efeitos de chuvas e absorção por gases são completamente desprezados a esta freqüência.
Será
descrito agora os métodos utilizados para se calcular o PRnom.
Esse cálculo pode ser realizado de duas formas: Analiticamente ou utilizando
os alguns dos métodos empíricos apresentados no texto.
V.I- Cálculo
analítico do PRnom:
Devido as características do sistema o cálculo da potência nominal de recepção pode ser calculada tanto utilizando-se metodologias ponto-a-ponto, ou seja tratando cada par Tx-Rx como um enlace fixo, ou pode-se utilizar também modelo empíricos que tenham sido modelados para esta faixa de freqüência, obviamente algumas considerações e cuidados adicionais deverão ter de ser tomados, como mostra-se mais adiante.
V.II- Dimensionamento do Desempenho do Sistema:
Abaixo
tem-se as principais fontes de desvanecimento nestas condições de propagação:
- Desvanecimentos Lentos causados pela variação do fator K
-
Desvanecimentos por Multipercursos causando IIS. São praticamente
desprezados em ambos os sistemas, como estas antenas são fixas o projeto é
bastante facilitado pois pode-se na fase de implantação buscar ao redor do
local de instalação uma posição ótima que minimize efeitos de raios
refletidos e em certos casos até se conseguindo condição de visibilidade
direta.
Como
no sistema LMDS aqui também poderia incluir o efeito de IIS no limiar do
sistema contudo para facilitar as análises posteriores este será incluído
na margem do sistema