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SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO MÓVEL DE TERCEIRA GERAÇÃO (6)

Autor: Dayani Adionel Guimarães



IMT-2000 CDMA Direct Spread (IMT-DS)  

A interface IMT-DS foi definida a partir da proposta de RTT UTRA FDD para a componente terrestre do IMT-2000, com técnica de múltiplo acesso CDMA faixa larga (WCDMA) e espalhamento por seqüência direta (DS-CDMA). 

As especificações dessa interface são desenvolvidas pelo 3GPP, com participação das Organizações para Desenvolvimento de Padrões (SDOs, Standards Development Organizations) ARIB, CWTS, ETSI, T1 da TIA e TTC. As especificações da rede são baseadas em um protocolo que corresponde a uma evolução do GSM MAP, incluindo a possibilidade de operação em redes baseadas na evolução do protocolo ANSI-41.

A banda ocupada é de aproximadamente 5 MHz a uma taxa de chips de 3,84 Mcps e duração de quadro de 10 ms. Essa interface suporta uma ampla gama de serviços, incluindo aqueles que operam com comutação de circuitos (exemplo: serviços baseados na RTPC e RDSI) e com comutação de pacotes (exemplo: aqueles baseados em redes IP). Diferentes serviços como voz, dados e multimídia podem ser oferecidos a um usuário, multiplexados em uma única portadora. O transporte de dados pode ser efetuado no modo transparente e no modo não transparente [1] e a QoS pode ser ajustada em termos de atraso, taxa de erro de bit ou taxa de erro de quadro. 

A referência [Rrspc] apresenta detalhes sobre essa interface e uma extensa lista de documentos já disponíveis, suas datas de publicação, suas versões, suas localizações em Web Sites da Internet (quando pertinente), os órgãos padronizadores e o status de cada documento (publicado, aprovado, etc.).   

IMT-2000 CDMA Multi-Carrier (IMT-MC)  

A interface IMT-MC foi definida a partir da proposta de RTT cdma2000 (componentes 1X RTT e 3X RTT) para a parte terrestre do IMT-2000, com técnica de múltiplo acesso CDMA faixa larga (WCDMA) e espalhamento por seqüência direta (DS-CDMA). A duplexação utilizada é FDD, tendo os canais quadros de 5, 10, 20, 40 e 80 ms. As organizações padronizadoras compõem o 3GPP2 (ARIB, CWTS, TIA, TTA e TTC). 

Como já mencionado, essa interface corresponde à evolução da família de padrões TIA/EIA-95 e as especificações de rede são baseadas numa evolução do ANSI-41, com compatibilidade necessária para operação em redes baseadas na evolução do atual protocolo GSM MAP. 

A interface IMT-MC suportará serviços de voz e dados por comutação de pacotes e de circuitos, simultaneamente ou não, incluindo controle de QoS de acordo com o serviço oferecido. 

As larguras de faixa dos canais de RF podem ser de N x 1,25 MHz, onde N é função da taxa de espalhamento espectral e também corresponde ao número de portadoras utilizadas. Atualmente N = 1 (1X RTT) e N = 3 (3X RTT) estão especificados, podendo ser posteriormente estendidos para N = 6, 9 e 12. Para as taxas de espalhamento 1 e 3 existem 6 configurações da interface para o link reverso e 9 para o link direto, mantendo a compatibilidade com sistemas TIA/EIA-95-B conforme especificado na norma TIA/EIA/IS-2000-A [TIA00a].

Os diferentes números de portadoras (ou taxas de espalhamento) dependem da taxa de dados requerida. Essa operação com multiportadoras também facilita a implementação de sistemas IMT-MC em faixas espectrais já ocupadas por sistemas TIA/EIA/95. A essa sobreposição de sistemas é dado o nome de overlay

A referência [Rrspc] apresenta detalhes sobre essa interface e uma extensa lista de documentos já disponíveis, suas datas de publicação, suas versões, suas localizações em Web Sites da Internet (quando pertinente), os órgãos padronizadores e o status de cada documento (publicado, aprovado, etc.).   

IMT-2000 CDMA TDD (IMT-TC)  

A interface IMT-TC foi definida a partir das propostas de RTTs UTRA TDD e TD-SCDMA para a componente terrestre do IMT-2000, com técnica de múltiplo acesso CDMA faixa larga e CDMA combinado com TDMA faixa larga (WCDMA e W-C/TDMA) e espalhamento por seqüência direta (DS-CDMA). 

As especificações dessa interface são desenvolvidas pelo 3GPP, com participação das organizações ARIB, CWTS, ETSI, T1 da TIA, TTA e TTC. As especificações da rede são baseadas em um protocolo que corresponde a uma evolução das redes GSM MAP, incluindo a possibilidade de operação em redes baseadas na evolução do protocolo ANSI-41. 

A RTT UTRA TDD já possuía uma grande quantidade de aspectos comuns e inter-operaveis (high commonality) com a RTT UTRA FDD. Na interface IMT-TC, às características da RTT UTRA TDD são somadas as características da proposta TD-SCDMA de forma a manter também um alto grau de aspectos comuns. 

Há duas versões de taxas de chips nessa interface: na componente UTRA TDD tem-se um espalhamento espectral em uma banda de aproximadamente 5 MHz (@ 3,84 Mcps) e na componente TD-SCDMA o espalhamento espectral é de aproximadamente 1,6 MHz (@ 1,28 Mcps). Essa interface também suporta uma ampla gama de serviços, incluindo aqueles que operam com comutação de circuitos e com comutação de pacotes. Diferentes serviços como voz, dados e multimídia podem ser oferecidos a um usuário, multiplexados simultaneamente em uma única portadora. O transporte de dados pode ser efetuado no modo transparente e no modo não transparente e a QoS pode ser ajustada em termos de atraso, taxa de erro de bit ou taxa de erro de quadro. 

A referência [Rrspc] apresenta detalhes sobre essa interface e uma extensa lista de documentos já disponíveis, suas datas de publicação, suas versões, suas localizações em Web Sites da Internet (quando pertinente), os órgãos padronizadores e o status de cada documento (publicado, aprovado, etc.).   

IMT-2000 TDMA Single-Carrier (IMT-SC)  

Desenvolvida pelo TR45.3 da TIA com colaboração do UWCC, essa interface é especificada a partir de uma evolução do padrão TIA/EIA-136 com o objetivo de manter alto grau de aspectos comuns com o serviço GPRS e atender gradativamente aos requisitos do IMT-2000. A interface IMT-SC assume também o nome de UWC-136 [TIA00b]. 

A estratégia de evolução da tecnologia do padrão 136 em direção à terceira geração consiste em incrementar as capacidades de transmissão de voz e dados em canais de 30 kHz (136+), adicionar uma componente com canais de 200 kHz de forma a suportar taxas de dados mais elevadas (384 kbit/s) e alta mobilidade (136HS Outdoor) e adicionar uma componente com canais de 1,6 MHz para transmissão de dados a taxas ainda mais elevadas (2 Mbit/s) em situações de baixa mobilidade (136HS Indoor). A combinação dessas implementações constituem o escopo das especificações da interface IMT-SC [2]

Os serviços de dados por comutação de pacotes da interface IMT-SC, designados por GPRS-136, permitem taxas de 11,2 kbit/s a 2 Mbit/s em redes baseadas nos protocolos X.25 e IP. Serviços por comutação de circuitos também são suportados, mantendo a compatibilidade dessa interface com todas as versões anteriores consideradas. A rede do IMT-SC combina TIA/EIA-41 com GPRS e a inter-operação com o padrão GSM se dá através da rede GPRS (o IMT-SC ainda não especifica sua operação em redes GSM MAP). 

A referência [Rrspc] apresenta detalhes sobre essa interface e uma extensa lista de documentos já disponíveis que compõem as especificações do UWC-136 [TIA00b], suas datas de publicação, suas versões, suas localizações em Web Sites da Internet (quando pertinente), os órgãos padronizadores, o status de cada documento (publicado, aprovado, em revisão, etc.) e ainda uma sucinta descrição do escopo de cada documento. 


[1] Aqui o modo transparente é aquele onde os dados do usuário não sofrem nenhuma proteção adicional pela interface. No modo não transparente é implementada codificação de canal (ou similar) nos dados do usuário.

[2] Cada canal de 30KHz do IMT-TC é compartilhado temporalmente, contendo 6 slots. Nas versões 2G, cada canal de tráfego ocupava os slots 1 e 4, 2 e 5 ou 3 ou 6 com codificador de voz do tipo full-rate (7.950 bit/s). No IMT-TC cada canal poderá também ocupar os slots 1, 2, 3, 4, 5, ou 6 com um codificador de voz do tipo half-rate (3.975 bit/s) que não estava disponível na versão 2G.

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