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IPv6 (Internet Protocol
version 6) |
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Autor: Wiliam Hiroshi Hisatugu |
A base do funcionamento do protocolo IP Móvel
vem de definição do IPv6 – em algumas referências das quais este trabalho
foi extraído o IP Móvel é chamado por IPv6 Móvel – onde o endereço IP
original do host é acessível através de um host intermediário denominado
carrier-host. O IP Móvel deve fornecer meios para que o host móvel possa se
comunicar com hosts que não suportam essa tecnologia.
A idéia de mobilidade também se aplica em
hosts em movimento – como um
laptop conectado a um celular – onde a comunicação é via ondas de rádio
e que por conseqüência tem alta probabilidade de ocorrer erros na transmissão.
Um outro fator a ser considerado é que equipamentos de comunicação móvel são
movidos a bateria e, portanto o consumo de energia. Esse consumo de energia não
é um problema a ser resolvido exclusivamente pelos fabricantes de
equipamentos de comunicação móvel, mas também pelos desenvolvedores do
protocolo.
Entidades envolvidas com o IP Móvel
A
mobilidade introduziu sete entidades :
Mobile
Agent
(Agente Móvel)– um nó ou host que faz parte de uma rede, mas que pode
mudar de rede, mas continuar a pertencer a rede original;
Home
Agent
(Agente Local)– um nó que representa a rede original do Agente Móvel. Este
agente redireciona todos os datagramas endereçados ao Agente Móvel.
Foreing
Agent (Agente Estrangeiro)– um nó ou host
que representa a rede onde o Agente Móvel está temporariamente alocado. Ele
é o intermediador entre o Agente Móvel e o Agente de Origem.
Home
Address
– é o seu endereço original e permanente que o identifica junto a sua rede
de origem.
Local-link
Address
– é um endereço com o qual os hosts da rede de origem podem se comunicar
com o Agente Móvel sem o intermédio de roteadores.
Carrier-of
Address
– é o endereço que é associado ao Agente Móvel, quando ele não se
encontra em sua rede de origem.
Túnel
– é um caminho, o qual os pacotes endereçados ao host móvel
deve ser encapsulado
O
routing de datagramas IP baseia-se
em endereços de rede. Os dispositivos que realizam o encaminhamento são
conhecidos por routers, ou na terminologia Internet por gateways. Um router IP
não é mais do que um "host" que possui um endereço IP em mais do
que uma rede. Com o software adequado pode assegurar a transferência de
datagramas entre as várias redes nas quais possui endereço.
Geralmente
um router possui mais do que uma interface física, assegurando a transferência
de datagramas entre diferentes tecnologias de enlace. E um router IP pode
ligar duas redes IP. Neste caso um router de ligação destas redes IP
sobrepostas pode assegurar a sua interligação como uma única interface física
possuidora de dois endereços IP.
Uma
tabela de encaminhamento é um conjunto de associações (rede,
caminho 1, caminho 2, ...). Cada associação regista várias rotas possíveis
para atingir a rede indicada. Cada caminho é da forma (próximo
gateway, métrica), indica qual o gateway seguinte para onde deve ser
enviado o datagrama e qual a métrica associada a esse caminho. A métrica é
uma medição da eficiência do caminho até ao destino, pode ser definida com
base em vários critérios tais como:
·
Atraso na Transmissão
·
Número de "Hops" (nós intermédios)
·
Capacidade das linhas
·
Preço da ligação
Tanto
os "hosts" como os "gateways" implementam geralmente
tabelas de encaminhamento. Estas tabelas de encaminhamento podem ser estáticas
ou dinâmicas. Uma tabela estática é definida pelo administrador da rede, e
sempre que se produzem alterações na topologia da rede as tabelas devem ser
actualizadas manualmente.
As
informações de encaminhamento podem ser trocadas entre gateways de modo a
atualizar dinamicamente as tabelas. Para o efeito usam-se protocolos de routing.
Os protocolos de routing usados nas
redes terminais são conhecidos por IGP ("Interior Gateway Protocols"),
sendo o mais comum o RIP ("Routing
Information Protocol"). Os protocolos usados nas redes de trânsito são
conhecidos por EGP ("Exterior Gateway Protocols").
Como
vimos, o IP faz o routing de
pacotes de um ponto final fonte a um destino, permitindo que os routers façam
seguir os pacotes de entrada para interfaces de rede de saída de acordo com
as tabelas de routing. Estas
tabelas tipicamente mantêm a interface de saída para cada endereço IP
destino, de acordo com o número de redes às quais o endereço IP está
ligado. O número de rede é derivado a partir do endereço IP definindo os
quatro últimos bits iguais a zero. Assim, o endereço IP leva consigo informação
que especifica o nó IP de conexão.
Para
manter as atuais conexões da camada de transporte à medida que o nó móvel
viaja de um ponto para outro, ele tem de manter o seu endereço IP. No TCP (o
protocolo usado na maioria das conexões à Internet), as conexões são
indexadas pelo conjunto (IP Fonte;
Porta Fonte; IP Destino; Porta Destino). Alterando qualquer um destes
quatro números fará com a que a conexão seja interrompida e perdida. Por
outro lado, a entrega correta de pacotes ao ponto atual de conexão do nó móvel
depende do número da rede contido no endereço IP do nó móvel, que se
altera em cada novo ponto de conexão. Para mudar o routing
é necessário um novo endereço IP associado ao novo ponto de conexão.