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Padrão para TV Digital
Brasileira: o Limite do Sistema Canal de |
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Autores: Marcus Aurélio Ribeiro Manhães e Pei Jen Shiehs |
3. Arquitetura de análise para TV Digital
Os padrões de televisão digital terrestres ATSC, DVB-T e ISDB-T apresentam
características bastante peculiares.
No entanto, para nossa análise podemos admitir uma representação generalizada,
conforme a figura 2, pois todos
estes sistemas possuem uma estrutura macro bastante similar, padronizada pela
UIT.
Figura 2: Representação de sistema de TV Digital
Este diagrama pode representar um transmissor em qualquer padrão adaptado ao
caso do SBTVD, contendo a
entrada de dados destinada ao Canal de Descida em broadcast do Canal de
Interatividade.
Os padrões possibilitam a entrada de sinais de áudio, vídeo e dados compondo
um programa independente, além de
entrada para sinais de dados provenientes de serviços e aplicações de
interatividade. Os sinais de áudio e vídeo
passam por etapas de digitalização, codificação e compressão, visando a
redução substancial na taxa final, para cada
um destes sinais, sendo encaminhados ao mux para formarem um fluxo de
programa. Junto as estes incluem-se os
sinais de dados provenientes de serviços e aplicações, relativos ao Sistema
Canal de Interatividade que também são
encaminhados ao mux.
A função de multiplexação organiza as diversas entradas e fluxos de programa
constituindo um feixe de transporte
denomidado Transport Stream – TS, que adota o padrão MPEG-2 Sistemas, com taxa
líquida variando de 4 a 27
Mbps, para então ser encaminhado à etapa de modulação. No modulador, o TS
recebe informações adicionais que
têm como objetivo garantir sua recuperação com a máxima perfeição nos
receptores. Estas informações acrescem
significativamente a taxa final de transmissão em forma de códigos corretores
de erro, Reed Solomon, FEC, entre
outros, mas são essenciais para a robustez do sinal transmitido em
radiofreqüência.
Vamos admitir em nossa análise que o TS e os Codec´s de áudio e vídeo sejam
comuns em todos os padrões citados,
embora saibamos que, por exemplo, o ATSC adote codec de áudio diferente dos
demais, sem no entanto implicar de
forma contundente no TS. Assim procedendo, a diferença mais relevante entre os
padrões está situada na arquitetura
de modulação.
Nos padrões DVB-T e ISDB-T ocorrem certas similaridades, pois optam por
modulações em múltiplas portadoras.
Nestes padrões, o TS é distribuído em um grande número de portadoras,
aproximadamente entre 1400 e 6817, onde
cada portadora carrega um fragmento da informação, num método de transmissão
conhecido como Coded
Orthogonal Frequency Division Multiplex- COFDM. Nestes padrões, embora não
comum, podem ser admitidas
configurações diferentes para grupos de portadoras que perfazem capacidades e
robustez distintas, o que
denominamos modulação hierárquica. Deste modo, cada grupo de portadoras
poderia admitir variações, de forma
particularizada, na capacidade de dados transmitidos e na robustez, bem como,
cada grupo ainda poderia ser
destinado a transmitir informações específicas de entrada (programa, vídeo,
áudio, dados) que, intencionalmente, são
extraídas do TS e encaminhadas para a modulação do grupo específico.
Diferindo dos anteriores, em conseqüência da modulação empregada, o padrão
ATSC apresenta portadora única, que
tem uma única configuração de modulação digital, e portanto com capacidade e
robustez estabelecidas de forma
unívoca para todo o TS. Assim, em função da banda de ocupação espectral e dos
codificadores adotados, o TS é
fixado em 19,39 Mbps e modulado em seqüência contínua de pulsos, que podem
assumir um dentre 8 valores
possíveis de potência em modulação denominada 8-PAM – Pulse Amplitude
Modulation. Esse sinal digital, double
side band, ocuparia aproximadamente 10 MHz de largura, mas como é destinado
para um canal de 6MHz, parte da
banda lateral inferior é cortada, o que justifica a denominação do padrão ATSC
como 8 Vestigial Side Band
(8VSB).
Nos padrões ISDB-T e DVB-T, a
banda de ocupação espectral é de 6 ou 8 MHz - 6 MHz para o caso brasileiro,
sem, no entanto, ocorrer o corte parcial da banda ocupada após a modulação,
uma vez que as portadoras são
preestabelecidas exclusivamente para ocupar a faixa de 6MHz. Além disso,
nestes padrões, em função da robustez
objetivada, é possível empregar uma taxa de TS maior do que 19,39Mbps.
4. Composição do TS
Neste capítulo exercitamos a ocupação, ou constituição, do Transport Stream
como uma função dependente das
informações de entrada e das prioridades de transporte preestabelecidas em
relação a estas.
Admitimos a estrutura do TS ilustrada na figura 3, onde os pacotes possuem 188
bytes, incluindo um cabeçalho de
identificação do conteúdo de cada pacote, sendo composto por diversos campos.
Mas, como em nossa análise
adotamos uma forma reduzida para os diversos temas, vamos considerar
simplesmente os pacotes correspondentes às entradas previstas na figura 2,
generalizando os demais enquanto funções de controle e outros dados inseridos
pelo mux.
(Figura grande: aguarde a carga)
Figura 3: Estruturas de pacotes do TS
(1)
(1) ITU-T Recommendation H.222.0 - “Information technology – Generic coding of
moving pictures and assciated
audio information: systems”