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TELEFONIA CELULAR (3) |
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Autor: MÁRCIO RODRIGUES |
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2.1.1.1. Cluster e Reuso de freqüência
a - exemplo de cluster b - reuso de freqüências
Figura 2-4 - Cluster e reuso de freqüências
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Figura 2-5 - Padrões regulares de geometria de células
Na Figura 2-6 [5] são apresentados os sistemas de coordenadas convenientes para a análise das três geometrias.
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Figura 2-6 - Sistemas de coordenadas dos padrões regulares
As áreas de um triângulo equilátero, um quadrado e um hexágono são
dadas, respectivamente, por
,
2R2
e
, onde R é o raio das células, de
mesmo comprimento nas três geometrias, indicado na
Figura
2-6. Portanto, para um dado raio de célula, o hexágono é o que tem a
maior área entre as três geometrias propostas. Assim, através do uso da
geometria hexagonal, a região em que será prestado o serviço móvel pode ser
coberta usando-se o menor número de células possível. Além disso, o hexágono
é mais próximo de um diagrama de radiação circular que seria provisto por
uma base com antenas omnidirecionais e propagação em espaço livre [1].
Deve ficar claro, porém, que a planta de cobertura real é determinada pelo
contorno no qual a base serve os móveis de forma satisfatória. A seguir são
explicados os sistemas de coordenadas usados na Figura
2-6, com ênfase na geometria hexagonal.
(Figura
2-6b); e, para a geometria hexagonal, a distância unitária é dada por
(Figura
2-6c). A distância unitária é chamada distância celular. Tomando como
exemplo a geometria hexagonal: o ponto (u1,v1) = (1,2) e o
ponto (u2,v2) = (3,-1).
Geometria
triangular:
(2-2)
Geometria
quadrada :
(2-3)
Geometria
hexagonal :
(2-4)
onde :
i = (u2 – u1) e j = (v2 – v1)
com :
(u1 , v1) e (u2 , v2) - coordenadas do centro de duas células quaisquer, no sistema de coordenadas adotado.
É possível demonstrar que, para a geometria hexagonal, o fato de se
desejar distâncias de reuso isotrópicas (distâncias iguais entre todas as células
cocanal) implica em que os clusters
sejam hexagonais, como mostrado na Figura
2-7. [3],
[5]
Figura 2-7 - Formato hexagonal dos clusters
(2-5)
(2-6)
(2-7)
(2-8)
Como,
de acordo com a Figura
2-6c,
é a distância unitária :
(2-9)
N =
= i2 + ij + j2
(2-10)
S
= kN
(2-11)
A tabela de q é criada da seguinte maneira. Sabendo-se que :
(2-13)
de
acordo com a expressão (2-8)
:
(2-14)
Um valor grande de N indica que a razão entre a distância entre células
cocanal e o raio das células é grande. Por outro lado, um valor pequeno de
tamanho de cluster indica que as células
cocanal estão localizadas muito mais próximas entre si, comparado ao valor de R.
Nesse último caso, N pequeno, fica
claro o problema que pode haver quanto à interferência entre células cocanal.
Referindo-se à Figura
2-9, uma região coberta com clusters de uma célula apresentará muito mais problemas quanto à
interferência cocanal (se nenhuma medida for tomada) do que apresentaria se
fosse coberta com clusters de doze células.
Dessa forma, o valor de N (ou q) a ser escolhido é também, além de uma função
da capacidade desejada, função de quanta interferência um móvel ou estação
base pode suportar mantendo uma qualidade aceitável de comunicação.