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RFID - IDENTIFICAÇÃO POR RADIOFREQÜÊNCIA (11) |
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Autora: Sandra Regina Matias Santana |
5.2. Caso Michelin - Pneu com Microchip Informar Pressão do Ar ao Motorista
A Michelin North America, empresa fabricante de pneus divulgou que estará
embutindo um microchip em seus pneus que será capaz de enviar diretamente ao
painel do carro sem a necessidade de fios, informações como a pressão do ar e
a hora de calibrá-los.
O sistema consiste em uma antena e um circuito integrado do tamanho de uma
cabeça de palito de fósforo.
Por enquanto, a tecnologia ainda é cara demais. A Michelin disse que seus
circuitos integrados serão produzidos pela Fairchild e pela Philips. A antena
e os circuitos serão "vulcanizados" diretamente na borracha do pneu. O pneu
vulcanizado com o chip ainda terá 90% de sua capacidade de leitura mesmo
dentro da borracha. O custo da implantação do microchip não foi divulgado.
As informações podem ser lidas a uma distância de até 0,6 metro do pneu e
então podem ser armazenadas em um banco de dados. Os testes da nova tecnologia
já estão sendo realizados. Segundo a Michelin, o lançamento deverá ocorrer em
2005 (Folha OnLine:2003).
(1)
5.3. Caso EMBRAPA - Uso em Bovinos
A Embrapa testou vários métodos e equipamentos para identificação de bovinos e
optou pelo chip eletrônico colocado no rúmen do bovino (animais adultos) ou na
cicatriz umbilical do bezerro recém-nascido, como base de uma proposta de
rastreamento do rebanho brasileiro.
O sistema exige antena de captação de ondas radiofônicas no mangueiro, leitora
e computador, ou notebook, com os quais o criador pode identificar os animais
e alimentar um programa (software) de manejo do rebanho. O chip, revestido de
porcelana ou resina de mamona, custa cerca de 8 reais. Ele acompanha o animal
até o abate e pode ser reaproveitado.
Os primeiros chips testados no país eram introduzidos no pescoço do animal,
porém, devido ao tamanho minúsculo, podiam migrar pelo corpo do animal. A
solução foi aumentar o tamanho (comparável ao de meia caneta esferográfica),
assim, não se movem, a cicatriz umbilical funciona como bolsa para o aparelho,
que não tem como quebrar (PIRES).
(2)
A Embrapa fechou contrato com um fabricante norte-americano para produção de
transponders com especificações próprias, de forma a atender a sua demanda e,
eventualmente, garantir o abastecimento do mercado até o aparecimento de
similares nacionais, caso a tecnologia tenha aceitação. Todos os animais da
empresa (cerca de 12 mil cabeças, entre bovinos, ovinos, caprinos e suínos)
serão identificados com chips, dentro do Programa Embrapa Carne de Qualidade,
em fase de montagem. Implantado há três anos, o programa propõe uma série de
procedimentos, da fazenda ao supermercado, e a certificação com um selo de
qualidade através do qual o consumidor pode ter informações gerais sobre as
características do animal e do sistema de produção pelo qual ele passou.
5.4. Caso Hospital Jacobi Medical Center - Identifica Pacientes por Chip
O hospital Jacobi Medical Center da cidade de Nova York, Estados Unidos, está testando em 200 pacientes um novo sistema de chips de identificação por radiofreqüência (RFID) acoplado a pulseiras. O projeto piloto utiliza tecnologia da Siemens e tem o objetivo de reduzir o tempo gasto em tarefas administrativas e aumentar a precisão dos registros médicos. Os testes estão sendo realizados em duas unidades do hospital, cirurgia e oncologia (tratamento de câncer), em que as pulseiras armazenam dados como o nome, sexo, data de nascimento e número do registro médico dos pacientes. Médicos e enfermeiras portando computadores de mão (PDAs) integrados a leitores de RFID podem acessar a uma curta distância as informações sobre as pessoas internadas e também dados do computador central do hospital sobre registro médico, laboratórios, farmácias e sistemas de pagamento referentes ao paciente.O Jacobi Medical Center anunciou que pretende expandir o projeto para duas outras unidades de tratamento e utilizar de forma operacional o sistema ainda no segundo trimestre deste ano.Contudo, o diretor executivo de clientes da Siemens Business Services, Jerry Moy, declara que o paciente não pode escolher entre usar ou não as pulseiras com chips RFID, pois eles precisam ser identificados rapidamente pelos médicos. “A segurança do sistema, ressalta ele, é alta”. (3)
5.5. Caso Unisys – Unisys Realiza Projeto com RFID no Porto de Santos
Já está em operação o projeto piloto de controle de containeres por
radiofreqüência da importadora de café Sara Lee no porto de Santos (SP). A
medida é parte do programa norte-americano "Operação de Comércio Seguro", cujo
objetivo é aumentar a segurança no transporte de produtos por containeres que
chegam aos portos do país.
O projeto foi desenvolvido no Brasil em conjunto com as autoridades portuárias
de New Jersey e New York, e é considerado "piloto" por ser um teste das
soluções que poderão ser adotadas pelo governo norte-americano como padrão de
importação de mercadorias por containeres.
O controle das cargas de café é feito a partir da tecnologia RFID, que
possibilita a leitura e a monitoração das etiquetas que são colocadas nos
containeres da importadora no porto de Santos. A mercadoria é etiquetada e
monitorada desde o carregamento do container até o momento em que chega aos
Estados Unidos. Com a ajuda do sistema, é possível comunicar rapidamente se
houve alguma violação na carga durante o trajeto até New Jersey.
O objetivo é evitar tentativas de violação dos containeres, garantindo a
segurança da mercadoria, e agilizar o processo de liberação da mercadoria nos
portos americanos, já que as autoridades locais são constantemente avisadas
das condições do transporte.
O levantamento da cadeia de suprimentos da Sara Lee foi feito em janeiro deste
ano pela Unisys. Além da rota Santos/New Jersey, o governo dos EUA selecionou
outras 17 rotas, em todo o mundo, para a realização dos projetos-piloto de
Operação de Comércio.
Os projetos-piloto deverão ser oficializados em 2005, prazo estipulado pelo
governo norte-americano. A partir daí, o governo poderá definir as regras e os
padrões para o controle de importação de containeres pelos EUA. Atualmente,
mais de 21 mil containeres chegam aos portos dos Estados Unidos todos os dias,
e, segundo a agência norte-americana, os mecanismos de segurança utilizados
nos portos até hoje ainda são muito vulneráveis.
(4)
5.6. Caso Etiquetas de Bagagem em Aeroportos
Bagagens extraviadas são uma preocupação antiga das companhias aéreas, pois
além do custo financeiro, há um grande prejuízo à sua imagem. Os primeiros
testes em larga escala com smart labels, ou etiquetas inteligentes, ocorreram
em 1999 no setor de transporte civil, na identificação de bagagens, em
substituição aos códigos de barras. O código de barras decididamente não é a
melhor alternativa para esta aplicação, pois exige a manipulação manual para
ser lida. Em outras palavras, está sujeita ao erro humano.
As Etiquetas Inteligentes, ao contrário, permitem a triagem e identificação
automática (figura 14). Neste sistema, ao chegarem ao aeroporto, as bagagens
são transferidas para um túnel de leitura, configurada para fazer a triagem
automaticamente para os vôos de conexão, de acordo com a leitura realizada. O
sistema detecta automaticamente erros e pára a esteira caso isso ocorra para
que um funcionário possa separar a bagagem que não deveria estar neste local.
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Figura 14: Identificação de Bagagens em Aeroportos
Fonte: http://www.acura.com.br/aplic_transp_04.php
Iniciativas isoladas foram adotadas nos EUA e Europa, cada um com uma
freqüência de operação distinta, fazendo com que os sistemas não se
comunicassem entre si. Isso aliado à crise mundial na aviação civil, agravada
pelo 11 de Setembro, contribuiu para a relativa lentidão em seu avanço, apesar
dos benefícios patentes.
Um benefício adicional na adoção dos smart labels é a possibilidade de se
fornecer serviços de conveniência e conforto adicionais aos passageiros, como,
por exemplo, entrega das bagagens diretamente em seus hotéis ou residências.
(ACURA Technologies).
(1) REUTERS,
“Pneu com Microchip Informará a Pressão do Ar ao Motorista”:Artigo da Folha
OnLine 15 jan 2003. [on-line]. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u12057.shtml
(2) Pedro Paulo Pires, pesquisador da EMBRAPA.
BEZERRA, J. A., “Olhos Voltados para o Futuro”. Reportagem Revista Globo
Rural, Disponível em:
http://globorural.globo.com/barra.asp?d=/edic/193/rep_pecuariac.htm
(3) KENDALL, S.“Hospital Identifica Pacientes por Chip”. Artigo IDG Now!, 3 mar.2005. Disponível em: http://idgnow.uol.com.br/AdPortalv5/ComputacaoCorporativaInterna.aspx?GUID=9E757DA8-3190-49FE-B2F9-B712BEFEF611&ChannelID=2000006
(4)
COMPUTERWORLD, “Unisys realiza projeto com RFID no Porto de Santos” Artigo
Revista Computerworld, São Paulo, 21 out. 2004 [on-line]. Disponível em:
http://computerworld.uol.com.br/AdPortalv5/adCmsDocumentShow.aspx?DocumentID=79487