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RFID - IDENTIFICAÇÃO POR RADIOFREQÜÊNCIA  (12)

Autora:    Sandra Regina Matias Santana


5.7. Caso de Uso Tecnologia da Intermec no Check-in Móvel da TAM

Empresa utiliza tecnologia para tornar mais rápido o atendimento de passageiros nos aeroportos.
O "check-in móvel", feito com o auxílio de um computador de mão, sem fio, fornecido pela Intermec Technologies em parceria com a Quebeck, representante autorizado Intermec, está revolucionando o atendimento nos aeroportos.
O conjunto é formado por um PC portátil, de pequenas dimensões, e a impressora que preenche o cartão de embarque com os dados do vôo e do passageiro.
A operação leva cerca de 40 segundos e atende aos passageiros sem bagagem. O sistema implantado tem as vantagens da simplicidade e da eficiência. Ele já está em operação nos aeroportos de Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ), de Brasília (DF), e Belo Horizonte (MG).

A idéia de adotar um computador de mão para fazer o check-in vinha sendo avaliada há algum tempo pela TAM.
A equipe técnica avaliou várias tecnologias, inclusive palm top, mas optou pelo modelo 6642 Pen*Key da Intermec, que roda o sistema operacional Windows 98, da mesma forma que os computadores PC instalados no balcão.
Foi preciso apenas dimensionar o aplicativo para o equipamento portátil e fazer uma pequena adaptação para a impressora, modelo 6804, da Intermec.
O kit, com peso inferior a 1 quilo, é carregado pelo funcionário em uma bolsa especialmente confeccionada para esse fim, que se ajusta ao corpo e deixa a impressora pendurada na cintura do portador.
Do "check-in móvel" para o servidor. As funções do software são as mesmas que os funcionários dispõem no sistema do balcão. Eles podem cancelar um check-in, fazer a troca de assentos ou pontuar o cliente no programa de fidelidade da TAM. Os dados são inseridos com a caneta do computador, na tela de toque.
O Pen Key transmite essas informações por radiofreqüência, como integrante da rede sem fio, para o servidor instalado no escritório da empresa. Com processador Intel 266 MHz Celeron, memória de 32 MB RAM, e tamanho reduzido (1,95cm de altura por 17cm de profundidade e 25,7cm de largura), o Pen Key (figura 15) dispõe de tela de cristal líquido e já vem com o sistema operacional Windows 98.
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Intermec 6642 Mobile Computer

Figura 15 : Pen Key – Computador portátil que utiliza radiofreqüência
Fonte: http://www.intermec.com.br/downloads/files/6642%20-%20Spec.pdf



5.8. Caso de Uso Chip RFID em Alunos no Japão

Alunos selecionados da Escola de Ensino Fundamental de Rikkyo, no Japão, já não precisam responder a chamadas em classe. Eles testam uma etiqueta eletrônica que amarrada em suas mochilas, é detectada por um sensor na porta do edifício.
Assim que um aluno passa, micros identificam a criança e mandam um e-mail para o celular dos pais, avisando que ela chegou com segurança.
As etiquetas usam a tecnologia Radio Frequency Identification (RFID), foram confeccionadas pela Fujitsu. O teste envolve 40 estudantes da quarta série, mas a meta é dotar todos os 718 alunos com o chip. O motivo é segurança. Nos últimos meses, casos de seqüestros de crianças a caminho ou de volta da escola têm preocupado pais e educadores.
Não é uma solução barata, cada chip custa US$ 30, mas deve se popularizar à medida que mais empresas a adotem.
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5.9. Caso de Uso Metro Group

Para alcançar este objetivo de atender os clientes mais informados, exigentes e que esperam cada vez mais um atendimento individualizado a Metro Group está com uma iniciativa, para melhor atender a este perfil do novo consumidor, que espera produtos e serviços customizados e fez uma parceria com os maiores fornecedores mundiais de tecnologia testando tudo o que há de mais moderno para transformar o ato da compra em uma experiência prazerosa e confortável.
Com o uso dessas tecnologias, estão transformando a maneira de fazer negócios dentro da cadeia de suprimentos, tornando o relacionamento de seus componentes mais eficiente através do desenvolvimento de novas maneiras de tornar o varejo e a indústria mais próximos. Trata-se de uma aliança forte que irá revolucionar o futuro do varejo e de toda a cadeia de distribuição.
A primeira loja foi criada na Alemanha (Reinhberg) e lá, todas as tecnologias foram integradas, pela primeira vez, em um ambiente real de produção, pois antes, existiam apenas projetos piloto. O objetivo é o de internacionalizar as inovações no varejo e oferecer, aos clientes, os serviços e produtos personalizados.
O Metro Group está presente em mais de 28 países e em cerca de 2.300 locais, com aproximadamente 240.000 empregados.

Algumas das novidades e das vantagens visíveis são:

1) Gôndolas inteligentes que estão sempre reabastecidas, pois o sistema dispara pedidos de auto-ressuprimento e ainda permite informar, aos estoquistas, que há produtos que estão fora do lugar, o que permite que a loja esteja sempre organizada e abastecida.

2) Através do uso dos PSA (Personal Shopping Assistent), não será necessário que os consumidores retirem suas mercadorias do carrinho uma vez que elas já foram escaneadas ao serem colocadas nele. O PSA é um computador, de fácil uso, que é acoplado ao carrinho e permite que o consumidor seja identificado pelo nome, através de seu cartão de fidelidade, disponibilizando informações da sua última lista de compras, de preços dos produtos, dirige o consumidor para a gôndola desejada, demonstrando onde ele está em relação à mercadoria e qual a melhor rota para chegar a ela. A qualquer momento, o cliente poderá checar o subtotal de suas compras além, é claro, de agilizar o fechamento da compra para os produtos já escaneados. Isto se dá no momento em que o consumidor chega ao check-out e aciona a transferência dos dados para o PDV (Ponto de venda). Assim que o PDV recebe as informações, imprime o ticket e efetua o recebimento que pode ser de diversas formas de pagamento: dinheiro, cheque, cartão, etc.
Esta comunicação é por Wireless (rede sem fio) e é utilizada rede Wlan. O sistema operacional utilizado é o Windows XP Professional, com um software especial. Os dados ficam armazenados em um banco de dados Oracle 9i.

3) Os displays eletrônicos promocionais (EAD - Eletronic Advertising Displays) são utilizados para apresentar os produtos, as promoções, detalhar informações através de vídeos e animações. Uma das grandes vantagens é a facilidade de se alterar as informações, em segundos. Estão conectados em um servidor Windows 2000 e rodam também com SQL Server 2000.

4) Terminais informativos, disponibilizam informações sobre produtos e detalhes do processo de fabricação, ingredientes, maneira de preparo, dicas, receitas e preços de vendas. Podem ser utilizados também como terminais de consulta de preços bem como localizador de produtos na loja. Eles são computadores que informam sobre carnes, vinhos, frutas e vegetais, cuidados com bebê, coloração de cabelo, entre outras. Oferecem, aos consumidores, informações úteis e permitem a sua impressão sugerindo, inclusive, produtos similares. Algumas das empresas que estão provendo conteúdo para estes terminais são: Henkel Schwarzkopf, Procter & Gamble e Kraft Food.

5) As etiquetas de preços eletrônicas (ESL - Eletronic Shelf Labeling), permitem que os preços estejam sempre atualizados nas gôndolas através da rede Wireless, o que é excelente, pois evita discrepância de preços entre etiquetas e check-outs. As etiquetas podem ser utilizadas para apresentar preços, código EAN e outras informações dos produtos como, por exemplo, produtos em promoção, quantidade de modelos nas gôndolas e/ou no estoque. É alimentado por uma bateria compacta, que dura pelo menos 5 anos, e equipado com receptor Wireless e com mini antena. A rede Wireless local é usada para enviar as informações de preços para as etiquetas e estas se comunicam por uma rede Wireless separada. Elas são todas equipadas com transmissor e receptor para poder haver comunicação com os ESL's.

6) Balanças inteligentes (Intelligent Scales) que reconhecem, automaticamente, que tipo de fruta ou verdura está sendo pesada. Para o consumidor, é uma comodidade a não necessidade de se saber o código específico de uma mercadoria, uma vez que o próprio equipamento reconhece o produto através de uma câmera e um software especial e compara cada produto por sua textura de superfície, cor, tamanho e peso, o item e o preço são salvos na memória da balança. A etiqueta de preços é impressa por uma impressora acoplada que imprime a descrição do produto, peso, código de barras e o preço total. Quando a balança não reconhece o produto, ela apresenta uma lista de opções para que o cliente possa selecionar entre as opções limitadas. Isto ocorre apenas quando as características físicas são muito parecidas, porém, geralmente a balança sugere um determinado produto e solicita ao cliente para confirmar.

7) O auto check-out (Self check-out), permite a simplificação da venda uma vez que basta o usuário escanear os produtos e efetuar o pagamento, economizando tempo e diminuindo as filas. Todos os processos são feitos sem a ajuda de um operador e são auto-explicativos. Permitem o pagamento em dinheiro (inclusive com moedas), com cartões de débito e crédito.

8) PDA (Personal Digital Assistant), trata-se de um computador de mão através do qual os empregados podem se comunicar de maneira mais flexível é eficiente. Podem acessar o sistema de merchandise, checar o nível de estoque, de qualquer lugar da loja, sem precisar ir até as gôndolas ou até os depósitos. Permite e envio e recepção de e-mails. No futuro próximo, poderão ser utilizados como telefones e estarão aptos a ajudar a localizar produtos que estejam em gôndolas erradas, além de permitir o controle do reabastecimento das gôndolas e, através do disparo de mensagens, poderão requerer o ressuprimento delas.

9) RFID e Wireless - todas essas tecnologias estão baseadas em uma rede Wireless de alta capacidade, que permite o uso de equipamentos móveis sem necessidade de acesso às redes públicas, sem fio, como GSM. A tecnologia básica para a loja do futuro é a RFID. Através desta tecnologia, as gôndolas nunca ficarão vazias, pois os inventários e a reposição são reais e, assim, os fabricantes poderão programar suas áreas de produção, o que possibilitará a redução dos custos e permitirá um aumento na segurança da qualidade dos produtos e o monitoramento das datas de validade. Simplificará os processos logísticos e a localização dos produtos na cadeia de abastecimento. As etiquetas não poderão ser lidas fora da loja do futuro, pois se tornam inoperantes. Segundo o METRO GROUP, o número de consumidores aumentou consideravelmente, após a implantação destas tecnologias. Pesquisas de satisfação constataram que grande parte dos consumidores declarou-se satisfeita ou muito satisfeita com a nova loja.
A privacidade dos clientes também é um item a ser destacado, uma vez que, após o término das compras, as etiquetas poderão ser apagadas através da inutilização dos códigos.
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5.10. Caso de Uso Biblioteca da PURCS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)

Sistema de auto-atendimento instalado e em fase de testes no Brasil é o produzido pela ID Systems.
A Biblioteca é a da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) e o software de circulação é o Aleph, comercializado pela empresa Ex-Libris.

Este sistema de auto-atendimento emprega uma exclusiva tecnologia que o torna compatível para operação com qualquer sistema de segurança eletromagnético ou seja que oferece desativação/reativação das etiquetas protetoras de padrão internacional. Além disso, o equipamento possui design ergométrico, o que facilita sua instalação na biblioteca.

A utilização do sistema é apresentada numa tela de monitor com instruções pormenorizadas, passo a passo. Inicialmente, o usuário deve identificar-se através de um dos seguintes tipos de leitores: magnético, código de barras, proximidade, smart card RFID ou biométrico.
Nesta fase inicial a identificação será feita através do software já utilizado na automação da biblioteca, sendo necessário para isso que o mesmo ofereça uma interface apropriada para auto-atendimento.

Depois de identificado e autorizado o usuário, o item objeto de empréstimo deverá ser posicionado no local designado e um scanner ótico (ou leitor de RFID) lerá o código de barras (ou a etiqueta de RFID), que o identificará .
Para empréstimos de itens de mídia magnética (fitas de vídeo, áudio, disquetes, etc) existem modelos específicos que permitem operar tais mídias sem nenhum risco de danos às mesmas.
Uma vez identificado o item e autorizado o empréstimo, o item terá sua proteção desativada e o empréstimo será efetuado.

O sistema é programável possibilitando à biblioteca definir parâmetros como: limite para itens emprestados, prazo de devolução, critérios para empréstimo e renovação, emissão de multas, dentre outros.
Estes parâmetros são os mesmos normalmente já oferecidos pela biblioteca. Ao concluir o processo de empréstimo, o usuário retirará o item já emprestado e o seu cartão de identificação.
A seguir receberá um comprovante impresso (extrato) com data e hora da operação além de informações como data de devolução, mensagem da própria biblioteca, avisos de quota de empréstimo ultrapassada, dados bibliográficos sobre o item.
Também é oferecida uma opção chamada Status que possibilita ao próprio usuário conferir sua atual situação com a biblioteca. Outra opção é Idioma, onde o usuário pode escolher em qual idioma deseja que estejam as instruções.(NOGUEIRA:2002).


(1) INTERMEC Technologies Corporation, “Tecnologia da Intermec no check-in móvel da TAM”, São Paulo, 04 abr.2005 [on-line]. Disponível em : http://www.intermec.com.br/news/news.htm

(2) SERPRO - Serviço Federal de Processamento de Dados, “Japão põe chip em alunos para controlar freqüência”, Artigo 18 out. 2005, Disponível em:
http://www.serpro.gov.br/noticiasSERPRO/20041018_11/view?searchterm=rfid%20jap%C3%A3o

(3) ROMANO R.R., “Loja do futuro”, FIAP – Faculdade de Informática e Administração Paulista: 31 mar. 2004: [on-line] Disponível em: http://www.fiap.com.br/portal/int_cda_conteudo.jsp?ID=1322
 

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