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Leia na Fonte: Teletime
[04/12/13]
O setor tem sido gerido por "janelas de oportunidades", afirma Igor Vilas Boas
- por Helton Posseti
Como o serviço prestado em regime público, em que o Estado pode fazer diversas
exigências às empresas, está estagnado e o serviço que cresce, o Serviço Móvel
Pessoal, é prestado em regime privado, o setor tem sido regulado pela Anatel por
"janelas de oportunidade".
Essa é a avaliação do futuro conselheiro da agência, Igor Vilas Boas, que foi
sabatinado pela Comissão de Infraestrutura do Senado. Essas janelas de
oportunidade são basicamente os leilões de radiofrequência, que se tornaram o
instrumento que a Anatel usa para imputar obrigações, quase sempre de cobertura,
às empresas.
Para o futuro conselheiro, o risco da proposta de Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC) que a Anatel está prestes a aprovar é que esses termos se tornem
uma nova "janela de oportunidade" para regulação. "O setor tem sido gerido por
janelas de oportunidade. Se esse instrumento (TAC) for utilizado de maneira
excessiva ou inadequada, vai gerar problema para a Anatel e para as empresas.
Ele não pode se transformar em uma nova janela de oportunidade. Precisa ser
utilizado com inteligência para que o seu objetivo não seja desvirtuado",
analisa ele.
Apesar da ressalva, Igor Vilas Boas disse ser favorável à proposta. Para ele, o
TAC é uma boa resposta ao problema do usuário, na medida em que, mesmo que as
multa aplica às empresas sejam pagas – e frequentemente elas não são – a conduta
infratora pode se perpetuar.
Bens reversíveis
Outro tema polêmico que surgiu na audiência de sabatina da recondução de João
Rezende e indicação de Igor Vilas Boas foi a questão dos bens reversíveis. O
futuro conselheiro concorda com Rezende que a melhor forma de tratar a questão é
através de uma lei que mude o entendimento atual.
"Eu não consigo ver como o Estado gerenciará, à luz da legislação vigente, esse
cenário de convergência tecnológica. Quais ativos ele (a concessionária) teria
direito de continuar?", pergunta Freitas, prevendo que haveria muita disputa
judicial. Igor apoia o PL 53/2010 do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que
substitui a reversibilidade dos bens pelo conceito da função social da
propriedade.