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Notícias de 2003
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2003
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[17/12/03] Eletronet recorre contra suspensão de falência
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[19/11/03] Eletronet pretende recorrer contra suspensão de autofalência
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[13/11/03] Governo está preparado para qualquer hipótese, diz Miro
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[10/09/03] Credores rejeitam alongamento de prazo da dívida da Eletronet
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[09/09/03] Governo estuda forma de usar rede da Eletronet
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[11/08/03] Furukawa fechará fábrica de Campinas
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[31/03/03] Eletronet reduz quadro de pessoal em 30%
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[13/06/03] Controladores da Furukawa apelam ao governo no caso Eletronet
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[30/05/03] Justiça amplia efeitos do arresto das ações da AES
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[27/05/03] Síndico da Eletronet consegue arresto de ações da AES
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[19/05/03] Credores ainda não sabem como reagir à falência da Eletronet
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[19/05/03] Síndico da Eletronet tem uma semana para apresentar plano
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[14/05/03] Bancos são oficiados para sindicância na Eletronet
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[07/05/03] Credores podem definir síndico da massa falida da Eletronet
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[30/04/03] Pedido de autofalência da Eletronet vai para o Ministério Público
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[28/04/03] Lightpar informa falência da Eletronet à CVM
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[24/04/03] Decisão de falência da Eletronet deve ir para concessionárias
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[04/04/03] Credores da Eletronet podem alegar enriquecimento ilícito do
governo
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[04/04/03] Eletronet teme que dívida trabalhista vá para massa falida
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[01/04/03] Eletronet só tem caixa para mais 20 dias
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[31/03/03] Governo deixa a Eletronet quebrar
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[31/03/03] Deputado cogita arremate de massa falida pelo governo
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[18/03/03] Pendências podem dificultar acerto com credores
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[18/03/03] Fibras da Eletronet ficam com elétricas em caso de insolvência
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[17/03/03] Futuro da Eletronet será decidido esta semana
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[31/03/03] Concessionárias de energia indenizarão rede da Eletronet
Transcrições
2003
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[17/12/03] Eletronet recorre contra suspensão de falência
A Eletronet entrou esta semana com embargos de declaração e recurso em
Segunda Instância contra o agravo de instrumento concedido em novembro
último pela 5ª Vara Empresarial do Tribunal da Justiça do Rio de Janeiro
(TJ/RJ) que determinou a suspensão da falência da empresa. Segundo o
advogado Luiz Nelson Halembeck, do escritório Jorge Lobo & Paulo Cezar
Pinheiro Carneiro, a 4ª Câmara de Desembargadores da mesma vara decidiu por
dois votos a um que os embargos poderão ter efeitos infringentes, isto é
poderão derrubar o agravo, e que a Lucent (uma dos maiores credoras da
Eletronet e autora do pedido do agravo) e o Ministério Público precisam ser
ouvidos antes do julgamento da ação.
Ocorre que a audiência só deverá acontecer após o recesso do TJ/RJ, que
termina no final de janeiro, e até lá, conforme Halembeck, a situação
falimentar terá de ser mantida. A Eletronet também adotou como recurso um
pedido de agravo de instrumento em Segunda Instância, de acordo com o
advogado, para poder realizar o pagamento deste mês dos funcionários da
empresa, suspenso por conta da medida tomada em atendimento à Lucent no mês
passado.
A desavença jurídica tem como origem o entendimento por parte dos credores
da Eletronet de que a empresa tem controle público, por meio da Lightpar
(holding ligada à Eletrobrás), e que portanto não pode sofrer processo de
falência, que neste caso foi solicitada pela própria estatal.
Da Redação
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[19/11/03] Eletronet pretende recorrer contra suspensão de autofalência
A Eletronet deve recorrer da decisão do Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro (TJRJ) que deu provimento na última terça, dia 18, ao agravo de
instrumento impetrado pela Lucent, uma das maiores credoras da empresa, para
a suspensão da autofalência concedida pela Justiça à operadora. O advogado
Luiz Nelson Halembeck, do escritório Jorge Lobo & Paulo Cezar Pinheiro
Carneiro, que representa a Eletronet, diz que decisão, assinada pelo
desembargador Jair Pontes de Almeida, foi resultado de um julgamento
tumultuado. �Não foi uma decisão com a qual possamos concordar. Temos uma
certa tranqüilidade de que poderemos recorrer com sucesso�, disse o
advogado. O escritório e a Eletronet no momento ainda estudam a estratégia
que usarão em seu recurso.
A medida do TJRJ teve como base a alegação de que a Eletronet é uma empresa
pública, uma vez que a Lightpar é responsável pelo seu controle, e como tal
não pode ter falência decretada. A holding estatal assumiu o controle da
operadora após o afastamento da empresa privada norte-americana AES da mesma
posição, pelo não cumprimento de aportes financeiros previstos em contrato.
Esta, inclusive, não participou da AGE que decidiu pelo caminho da
autofalência para enfrentar sua situação de insolvência.
Os grandes credores da Eletronet, com destaque para a Lucent e Furukawa, que
têm a receber mais de R$ 500 milhões da empresa pelo fornecimento de
equipamentos e fibras ópticas, querem que o governo se responsabilize pelo
débito. Por isso não concordam com o processo de autofalência.
Interesse ou natureza pública?
Os mesmos argumentos da Lucent foram usados em agravo da Furukawa, ainda não
julgado. De acordo com o advogado Domingos Fernando Refinetti, do escritório
Machado, Meire, Sendacz e Óbice, que atende o fornecedor, a tese de que a
Eletronet é uma empresa pública já estava implícita no próprio pedido de
autofalência, como base da solicitação da manutenção da continuidade de suas
operações após a falência.
Halembeck contesta a afirmação dizendo ter sido defendido apenas o interesse
público para que a rede continue a operar, uma vez que quatro das dezenas de
fibras ópticas da rede da Eletronet são reservadas ao controle e segurança
do sistema de distribuição das centrais elétricas de Furnas, Chesf, Cemig e
Itaipu, da Eletrobrás. �Alegamos interesse público, não a natureza pública
da empresa�.
Luiz Moura
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[13/11/03] Governo está preparado para qualquer hipótese, diz Miro
O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, disse nesta quinta, dia 13, que
o governo vai acompanhar com muita atenção todos os atos praticados que
envolvam a venda da Embratel pela sua controladora MCI. O ministro se
mostrou bastante tranquilo em relação ao anúncio feito na noite de quarta,
dia 12, e disse que dentro do governo não há temores em relação à venda.
"Nós temos soluções para qualquer cenário que se desenhar. Não vamos ser
surpreendidos". Segundo Miro, a Embratel vem sendo acompanhada há muito
tempo, desde o começo deste governo, pois detém posições brasileiras de
satélite e é uma concessionária de serviço público. "Numa hipótese remota,
inconcebível, que seria a interrupção do serviço, até para isto nós temos
uma alternativa", declarou o ministro. Miro disse ainda que a lei será o
balizamento do poder público para avaliar todos os atos praticados pela
empresa.
Ainda esta tarde, o secretário de telecomunicações do Minicom, Pedro Jaime
Ziller, receberá, a pedido do ministro, o presidente do conselho de
administração da Embratel, Dan Crawford, e Purificación Carpinteyro, VP de
marketing e assuntos locais da empresa. Segundo o ministro, ele não poderá
receber o executivo da MCI por compromissos determinados pelo presidente
Lula.
Jóia
Perguntado sobre a venda da empresa que na época da privatização foi
considerada a "jóia da coroa", Miro respondeu que "um investimento exclusivo
em longa distância era algo que já não sinalizava para um bom negócio, ao
contrário da telefonia fixa local, onde se tem o monopólio regional. Já a
área de longa distância tem muita competição", completando que "jóia da
coroa eu acho que é a Telefônica, porque pega o mercado de São Paulo, que é
um belo mercado, a empresa está se administrando bem, apresenta lucros
formidáveis".
De qualquer forma, uma das hipóteses levantadas na época da privatização em
relação à Embratel foi a de manter, em poder do governo, ações especiais da
Embratel (golden shares) para dar maior segurança justamente em casos de
troca de controle. Essa hipótese não foi adiante para evitar redução no
preço de venda da tele. A Embratel saiu por cerca de US$ 2,25 bilhões, no
leilão.
Transição
Vale lembrar que durante o período de transição o presidente Lula reuniu-se
com os deputados da área de telecomunicações do PT (Walter Pinheiro e Jorge
Bittar) e alguns especialistas (um deles está hoje no Minicom) para discutir
a questão da Embratel, na época em difícil situação financeira. A
preocupação do governo é com os serviços estratégicos (Exército e
comunicações governamentais), que dependem da infra-estrutura da tele. Desde
então, o governo, até como forma de diminuir a dependência em relação à
Embratel, começou a planejar o lançamento de um satélite próprio e estuda o
uso da infra-estrutura da Eletronet e da Petrobrás para seus serviços
internos e estratégicos.
Pacote
Segundo fonte da Star One, a subsidiária da Embratel para a operação de
satélites (que tem participação de 20% da SES Astra), não necessariamente a
empresa seria vendida junto com a Embratel em uma negociação única. Isso
dependeria da negociação com um eventual comprador da Embratel. "Pode ser
que a empresa (Star One) acabe sendo vendida separadamente. Nada disso está
definido", diz a fonte. Um possível comprador seria a própria Astra, que
ficaria com uma frota global de satélites.
Da Redação
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[10/09/03] Credores rejeitam alongamento de prazo da dívida da Eletronet
Ainda não existe por parte dos credores da Eletronet nenhuma perspectiva de
solução do problema da dívida da empresa a curto prazo. De acordo com
informações dos fornecedores da rede da empresa, que se encontra em estado
autofalimentar, a única proposta de renegociação feita pelo síndico da massa
falida, Isaak Zveiter, envolvendo o alongamento do prazo da dívida para 15
anos, foi rejeitada, pelo menos pelos dois maiores credores, a Furukawa e a
Lucent. Juntas, as empresas respondem por pouco mais de 80% do passivo da
Eletronet, avaliado em cerca de R$ 500 milhões. A assessoria de imprensa do
síndico, no entanto, diz que as negociações continuam, aguardando-se ainda
um posicionamento dos credores para as próximas semanas.
Tanto o síndico quanto os fornecedores alegam ter sabido apenas pela
imprensa da possibilidade de aproveitamento da rede da Eletronet por
empresas estatais, entre as quais a Petrobrás. A informação foi divulgada na
última terça, dia 9, pelo ministro das Comunicações, Miro Teixeira.
O grande impasse na negociação da dívida da Eletronet diz respeito à
responsabilidade pelo débito. Os credores buscam uma solução junto ao
governo, pois entendem que a Eletrobrás é a grande beneficiária da rede da
Eletronet, que continua a funcionar para a segurança e controle de
pára-raios da rede distribuidora de energia elétrica ligada à estatal (cabos
OPGW). Esta aplicação, aliás, é a prioridade da rede de fibras, cuja
capacidade excedente foi oferecida ao mercado de telecomunicações por meio
da Eletronet, especialmente criada para este fim.
Luiz Moura
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[09/09/03] Governo estuda forma de usar rede da Eletronet
O ministro das Comunicações, Miro Teixeira, admitiu nesta terça, 9, que o
governo estuda uma forma de utilizar a rede da Eletronet, mas negou que se
pretenda criar uma estatal para prestação de serviços de transmissão de
dados ao próprio governo. Segundo ele, o assunto não vem sendo tratado no
Minicom, mas no Ministério das Minas e Energia. Presente ao seminário
"Telecomunicações: Competição e Política", realizado por TELETIME nesta
terça, 9, em São Paulo, Miro respondia a um questionamento da
vice-presidente de marketing e assuntos externos da Embratel, Purificación
Carpinteyro, sobre a estratégia do governo para a Eletronet: �Estou surpresa
porque soube que órgãos do próprio governo estão se organizando para prestar
serviços de telecomunicações para o governo, excluindo as operadoras.� A
Eletronet é controlada pela AES (51%) e Lightpar (49%), esta última
controlada pela estatal Eletrobrás. Com cerca de R$ 500 milhões em dívidas,
a Eletronet decidiu pedir sua autofalência, em março passado, como
orientação da Lightpar. O assunto pode ter vindo à tona novamente nesta
terça devido à divulgação de que o BNDES assumiu 50% do controle da
Eletropaulo, como parte de um acordo sobre o débito de US$ 1,2 bilhão da AES
com o banco.
As informações da executiva indicam que a nova empresa estatal que poderia
gerar o serviço de dados é o Serpro. �Não se sabe se é o Serpro com a rede
da Eletronet. O governo, de qualquer forma, tem que fazer investimentos�,
opina Purificación. Outra especulação é de que a rede da Eletronet serviria
para complementar a rede da Petrobrás.
O ministro lembrou também que a Mitsui, controladora da Furukawa, é credora
da Eletronet, que tem uma rede nacional com 17 mil km, portanto, concorrente
da Embratel. Disse que os Correios têm um contrato com uma empresa para
prestação de serviços de telecomunicações, com a qual gastou R$ 30 milhões
em 2002 e a previsão para este ano é de R$ 60 milhões. �O ponto de
equilíbrio da Eletronet é de R$ 22 milhões, e isto poderia ser resolvido com
um contrato com os Correios�, ponderou Miro. �Mas não é o caso.� Miro
lembrou, entretanto, que é do interesse do governo ter economia em seus
contratos de uso de redes de telecomunicações.
Para a vice-presidente da Embratel, criar uma empresa para prestar serviços
ao governo não significa apenas resolver questões de infra-estrutura, mas de
serviços, de eliminar despesas do governo em telecomunicações.
Dívida
O presidente da Furukawa, Foad Shaikhzadeh, disse que a Eletronet deve à sua
empresa R$ 250 milhões, há dois anos, pelo fornecimento de cabos pára-raios
OPGW para evitar panes na rede elétrica. O executivo desconhece como o
governo pretenda usar a rede da empresa, que sempre atuou como carrier de
carrier.
Para tentar receber o pagamento da dívida, os COOs da Furukawa e Mitsui
vieram ao Brasil entre junho e julho e visitaram alguns ministérios, cujos
representantes se comprometeram a estudar o assunto. A situação é complexa,
diz o presidente da Furukawa, porque o governo entendeu que o pedido de
autofalência não foi a melhor saída. Por outro lado, ele observa que se
trata de um ativo valioso nas mãos do governo, o que leva as operadoras a
temerem a perda de receita. Entretanto, conclui que a Eletronet existe há
muito tempo e que a própria Embratel compartilha fibras com o sistema
elétrico. Outra possibilidade na divulgação do assunto seria o interesse de
alguma operadora, como a própria Embratel, em comprar os ativos da
Eletronet.
Da Redação
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[11/08/03] Furukawa fechará fábrica de Campinas
O presidente da Furukawa Industrial S. A., Foad Shaikhzadeh, esclarece que a
acionista majoritária da empresa, a japonesa Furukawa Electric, apenas
fechará no Brasil sua unidade local da divisão OFS, localizada em Campinas,
mantendo inalterada a operação de sua principal unidade produtiva, em
Curitiba. Segundo ele, a fábrica a ser desativada, dedicada exclusivamente à
produção de cabos ópticos, conta com cerca de 30 funcionários e uma
capacidade produtiva equivalente a apenas 20% da capacidade de fabricação da
unidade de Curitiba, que pode fornecer até 1,2 milhão km/fibra do mesmo
produto por ano.
O fechamento da unidade brasileira da divisão OFS, que conta com fábricas em
mais 11 localidades em vários países, faz parte do plano de contenção de
prejuízos anunciado pela Furukawa Electric. A escolha da unidade brasileira,
explica Shaikhzadeh, deve-se basicamente à estagnação do mercado de cabos
ópticos no Brasil. A OFS foi adquirida da Lucent pela Furukawa Electric em
joint venture com a Commscope em 2001.
A Furukawa Industrial, que opera fábrica em Curitiba, tem 85% das ações
controladas pela Furukawa Electric e 15% com a Mitsui. Além de cabos
ópticos, produz fios e cabos metálicos para eletricidade e telecomunicações.
Após ter arcado recentemente com um prejuízo de R$ 250 milhões decorrente da
dívida não paga pela Eletronet, em processo de autofalência, a empresa foi
recapitalizada. A Furukawa no momento briga na Justiça contra a autofalência
da Eletronet visando o ressarcimento do débito.
Da Redação
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[31/03/03] Eletronet reduz quadro de pessoal em 30%
A Eletronet passou por uma reestruturação para a redução de custos que
resultou no corte de 30% de seus 106 funcionários, segundo confirmou via
assessoria de imprensa do síndico da massa falida da empresa, o advogado
Isaak Zveiter. Segundo ele, nas filiais de Brasília, Santa Catarina e Recife
foi mantido apenas o pessoal de manutenção, sendo que o restante das
atividades ficou concentrado no Rio de Janeiro, onde fica a sede da empresa,
e em São Paulo. E assegura que a qualidade dos serviços, apesar do corte,
está sendo mantida.
O síndico afirma ainda estar renegociando contratos com a AT&T Latin
America, Telemar e MetroRede, e nega informações de que as empresas teriam
saído de sua rede. Como ele explica, os contratos não podem ser rompidos
unilateralmente, sob pena de multas, porque a falência da Eletronet foi
concedida com a continuidade dos negócios.
Além destas operadoras, Intelig, Comsat e Primesys também estavam entre os
clientes da carrier de carrier antes da decretação de sua falência. Sabe-se
que pelo menos a Primesys, do grupo Portugal Telecom, já acertou com outro
fornecedor de capacidade de rede para migrar após o vencimento de seu
contrato. Enquanto isso, a Eletronet continua a discutir com os credores,
encabeçados pela Furukawa, que questionou na Justiça o processo de
autofalência da operadora, o pagamento de uma dívida em torno de R$ 500
milhões.
Luiz Moura
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[13/06/03] Controladores da Furukawa apelam ao governo no caso Eletronet
Dois executivos da Mitsui, controladora da Furukawa, reuniram-se nos últimos
dois dias com o ministro da Comunicações, Miro Teixeira, e com a ministra
das Minas e Energia, Dilma Roussef, para expor o ponto de vista da companhia
japonesa sobre a Eletronet.
De acordo com o presidente da Furukawa do Brasil (uma das principais
credoras da Eletronet), Foad Shaikhzadeh, que esteve presente às reuniões, a
intenção era esclarecer o governo de que a Eletronet é uma empresa de
interesse público, e como tal não poderia ir à falência. �A Eletronet foi um
projeto criado pela Eletrobrás para controle e segurança das redes de
transmissão�. Foad explica que o problema foi que a Eletrobrás escolheu o
parceiro errado: a AES. �Vendemos pára-raios para a Eletronet e a fibra que
fornecemos tinha como objetivo monitorar e controlar as linhas de
transmissão. O uso para telecomunicações é secundário. Os nossos
equipamentos estão sendo usados e não recebemos nada por isso�, complementa
o executivo da Furukawa.
O que os controladores da Furukawa querem é que o governo encontre uma
solução amigável para o problema. �Por mais difícil que seja a situação com
a AES, o governo deve encontrar uma solução que não a dada pela justiça
carioca, que prejudica a todos, inclusive o próprio governo�, enfatiza Foad.
Ainda segundo ele, os ministros receberam com simpatia as alegações da
Furukawa, e só agora o governo está tendo acesso a informações detalhadas do
caso.
Apelação judicial
Paralelamente, a Furukawa entrou no último dia 3 com um agravo de
instrumento na segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
com pedido liminar de suspensão provisória da auto-falência da Eletronet. Na
última quinta, 12, foi publicado o despacho do desembargador Jair Pontes de
Almeida, relator da apelação, negando o pedido de liminar e solicitando
informações adicionais das partes sobre o caso, no prazo de dez dias.
Segundo o presidente da Furukawa, a fundamentação do agravo tem dois pontos
principais: um é o fato de a Eletronet ser uma empresa pública, e por isso
não pode ir à falência, sob o risco de também danos à imagem do governo no
exterior; o segundo ponto é que, do ponto de vista da legislação, de acordo
com a documentação apresentada pela Eletronet no pedido de auto-falência,
toda a base de operação e contabilidade da empresa é feita em São Paulo. Por
isso o foro competente para julgar o processo seria o do estado, e não o do
Rio de Janeiro.
Letícia Cordeiro
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[30/05/03] Justiça amplia efeitos do arresto das ações da AES
A juíza Ellen Garcia Mesquita Lobato, da 5ª Vara Empresarial do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro, que analisa o processo de falência da Eletronet,
determinou na quinta, 29, a extensão dos efeitos do arresto às ações que a
AES detém na Eletropaulo e na Cemig através das subsidiárias AES Transgás e
AES Elpa, bem como as ações existentes na AES Tietê, através da AES Tietê
Empreendimentos. De acordo com o despacho da juíza, como “as ações da
Eletropaulo e da Cemig são, na verdade, de titularidade das empresas AES
Transgás Ltda. e AES Elpa S/A, o que não impediria o leilão dos valores
mobiliários pelo BNDES, faz-se necessário que os efeitos sejam estendidos a
estas sociedades, sob pena de tornar-se inócua a providência cautelar
deferida cujo objetivo primordial foi o de assegurar a eficácia de eventual
e futura responsabilidade da AES pela falência da Eletronet, resguardando-se
o interesse da massa de credores”. Segundo o parecer do Ministério Publico,
consultado pela juíza, “a autonomia da personalidade jurídica não pode
servir de biombo para esconder-se bens de uma sociedade e a decisão há que
se tornar efetiva”. Com esta decisão judicial, o BNDES não fica impedido de
leiloar as ações da Eletropaulo, mas fica, sim, obrigado a resguardar o
valor do passivo da Eletronet de R$ 550 milhões. Resta saber se a
instituição financeira terá interesse em efetivar o leilão nessas condições
ou recorrerá da decisão.
Letícia Cordeiro
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[27/05/03] Síndico da Eletronet consegue arresto de ações da AES
O síndico da massa falida da Eletronet, Isaak Zveiter, obteve na última
sexta-feira, 23, junto à juíza Ellen Garcia Mesquita Lobato, da 5ª Vara
Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o arresto de ações da
AES na Eletropaulo e Cemig no valor de R$ 550 milhões, equivalente ao
passivo deixado pela empresa na carrier de carriers. O requerimento do
arresto foi feito a partir do temor de que a AES esteja disposta a abandonar
seus negócios no Brasil e autorizar o BNDES a leiloar seus papéis nas duas
distribuidoras de energia elétrica controladas por ela. Com a decisão, o
BNDES só poderá leiloar as ações se obtiver um recurso junto ao Tribunal de
Justiça.
De acordo com informações divulgadas pelo Escritório de Advocacia Zveiter,
via assessoria de imprensa, se levadas a leilão, as ações arrestadas
garantiriam, prioritariamente, o pagamento da dívida da AES na falência da
Eletronet, cujos maiores credores são Furukawa, Lucent, Banco do Brasil e
Banco Safra, que juntos detêm cerca de 80% dos créditos.
Já segundo o presidente da Furukawa no Brasil, Foad Shaikzadeh, a prioridade
seria dada, antes disso, ao pagamento do financiamento feito à Eletronet
pelo BNDES e só depois os demais credores seriam beneficiados. �De qualquer
forma, o fato mais interessante é que a AES foi chamada para o ambiente de
falência. Agora precisamos ver se os demais sócios também serão chamados�,
observou, em referência à estatal Eletrobrás.
Gerente
Também de acordo com informações do escritório de Isaak Zveiter, o síndico
da massa falida da Eletronet indicou para gerente da empresa, em
procedimento previsto no processo de falência, o engenheiro elétrico Carlos
Justo. Até o final desta terça, 27, era aguardada sua nomeação oficial pela
juíza Ellen Garcia Mesquita Lobato. Justo dedicou toda sua carreira à Furnas
Centrais Elétricas, onde se aposentou no ano passado como superintendente. A
empresa faz parte do sistema Eletrobrás, sendo uma das cessionárias de
direito de passagem à Eletronet.
Da Redação
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Leia na Fonte: Teletime
[19/05/03] Credores ainda não sabem como reagir à falência da Eletronet
A Furukawa e a Lucent, maiores credores da Eletronet, ainda aguardam os
próximos desdobramentos do processo de autofalência da empresa para decidir
que medidas tomarão sobre o assunto. Para a Furukawa, em princípio, as
decisões da juíza Ellen Garcia Mesquita Lobato da 5ª Vara Empresarial do Rio
de Janeiro, de declarar a falência da Eletronet com a nomeação de um síndico
dativo (não-credor da empresa) para a massa falida e de manter a operadora
em funcionamento foram positivas. No caso da Lucent, as negociações serão
conduzidas diretamente pela matriz da empresa, nos Estados Unidos.
Segundo o presidente da Furukawa no Brasil, Foad Shaikzadeh, a decisão criou
um ambiente semelhante ao do Chapter 11 (dispositivo legal da corte de
falências dos Estados Unidos), que permite que a empresa mantenha-se em
operação e, consequentemente, dá melhores condições para o pagamento de suas
dívidas. A Furukawa terá um fator novo com que trabalhar em sua relação com
a empresa devedora, negociando prazos de pagamentos de dívida com o síndico,
diz ele. A maior preocupação do executivo era de que fosse concedida uma
falência com o lacre da operação e com a transferência dos ativos para as
cedentes, no caso as distribuidoras de energia elétrica donas das redes de
transmissão por onde passa a rede de fibras ópticas da Eletronet.
Da Redação
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[19/05/03] Síndico da Eletronet tem uma semana para apresentar plano
A juíza Ellen Garcia Mesquita Lobato da 5ª Vara Empresarial do Rio de
Janeiro declarou, às 14 horas da sexta, dia 16, a falência da Eletronet S/A.
A juíza, contudo, permitiu liminarmente a manutenção das atividades da
empresa, considerando que "a Eletronet presta serviços essenciais ao país de
transporte de informações para o setor de telecomunicações e para a operação
do sistema elétrico brasileiro", diz a sentença. "Tais atividades não podem
sofrer solução de continuidade, pois garantem o perfeito funcionamento do
sistema elétrico de todo o Brasil", completa a Juíza. Ellen Lobato determina
ainda que durante esse período liminar (o número exato de dias não foi
explicitado na sentença) um perito analise a viabilidade econômica do
negócio e a possibilidade de recuperação financeira da empresa. Depois desta
análise a juíza poderá decidir pela continuidade ou não do funcionamento da
Eletronet.
Foi nomeado também como síndico da massa falida o especialista em falências
Isaac Motel Zveiter. TELETIME News apurou que ele terá, a princípio, uma
semana para apresentar o primeiro plano de reestruturação da Eletronet.
Segundo a sentença, em 20 dias os credores terão que apresentar documentos
com as justificativas para seus créditos.
Zveiter teria até esta segunda, às 14 horas, para nomear gerentes de sua
confiança para gerir a companhia durante o período de funcionamento liminar.
Até o momento, não há informações sobre a nomeação desses funcionários.
A questão trabalhista, a princípio, ainda não é um problema. Os salários
estão em dia e a juíza não constatou nenhum passivo desta natureza.
O síndico já esteve na Eletronet no sábado coletando informações, mas ainda
não deu informações sobre sua estratégia além de idéias já discutidas pelos
funcionários da Eletronet, como trocar parte da dívida por serviços,
sobretudo com o governo.
A falência decretada pela juíza retroage 60 dias antes do primeiro protesto
por falta de pagamento registrado contra a Eletronet. Isso significa que a
prioridade da justiça será a análise dos atos praticados a partir do começo
de fevereiro, de modo que o período sob gestão da AES (até setembro de 2002)
não será o foco central dos trabalhos do síndico.
Samuel Possebon
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Leia na Fonte: Teletime
[14/05/03] Bancos são oficiados para sindicância na Eletronet
A juíza em exercício da 5ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro, Ellen Garcia Mesquita Lobato, determinou que o Banco do Brasil e o
Banco Safra, respectivamente o quarto e quinto maiores credores da
Eletronet, sejam oficiados sobre o eventual interesse de exercer sindicância
sobre a massa falida da empresa. As duas instituições têm 24 horas para se
manifestar a partir do momento em que receberem a citação.
As duas maiores credoras da operadora, Furukawa e Lucent, foram consideradas
impossibilitadas de exercer a sindicância por não possuírem sede no fóro da
falência (Rio de Janeiro), como determina o artigo 60 da Lei de Falências.
De qualquer forma, nenhuma delas estava interessada em exercer a função, já
que sua maior preocupação é de que não seja concedida a autofalência
requerida pela Eletronet. A terceira maior credora é a Lightpar, que por ser
também sócia da Eletronet, não poderia ser síndica.
Da Redação
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Leia na Fonte: Teletime
[07/05/03] Credores podem definir síndico da massa falida da Eletronet
Ao que tudo indica, o pedido em caráter liminar de autofalência da Eletronet
deve demorar mais do que a empresa esperava para chegar a uma definição. A
5ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
determinou que antes de avaliar se defere ou não a petição, a empresa atenda
as solicitações do Ministério Público (MP) para regularizar a documentação
juntada ao processo. Pede para que sejam anexados, entre outros itens,
balanço específico para pedido de autofalência e a composição acionária e
integralização de capital entre os sócios (Eletrobrás e AES). O MP solicita
ainda a determinação de um técnico especializado para a verificação da
necessidade e da viabilidade da manutenção da operação mesmo após sua
falência, conforme o solicitado pela Eletronet.
No mesmo despacho da 5ª Vara, assinada pela juíza Ellen Garcia Mesquita
Lobato, é determinada a averiguação junto aos três maiores credores da
Eletronet (Furukawa, Lucent e Lightpar), se há interesse de exercer
sindicância da massa falida. A expectativa é de que os próximos passos do
processo, incluindo-se publicação do despacho, notificação dos envolvidos
etc , demorem pelo menos mais duas semanas. A demora agrava ainda mais a
situação da empresa, que além de enfrentar falta de caixa para saldar suas
obrigações mais urgentes pode enfrentar uma debandada de clientes.
Pelo menos a Furukawa não tem, a princípio, interesse em participar da
sindicância da massa falida, uma vez que já se posicionou contra o processo
de autofalência. Já a Lightpar dá indícios de que poderia aceitar, segundo
apurou este noticiário.
Na petição para a continuidade das operações, junto ao pedido de
autofalência, a Eletronet alega que a interrupção acarreteria danos a 94% da
população brasileira, uma vez que a rede de fibras ópticas da empresa é
essencial para a operação de distribuição de energia elétrica do Sistema
Eletrobrás (Eletrosul Furnas, Eletronorte, e Chesf).
Luiz Moura
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Leia na Fonte: Teletime
[30/04/03] Pedido de autofalência da Eletronet vai para o Ministério Público
A juíza em exercício da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Ellen Garcia
Mesquita Lobato, encaminhou na quarta, 30, o pedido de autofalência da
Eletronet para o Ministério Público, a fim de obter um parecer do órgão
antes de decidir se acata ou não a solicitação. O pedido, que também inclui
requerimento de continuidade da operação, chegou às mãos da juíza também na
quarta. A previsão é de que o Ministério Público emita seu parecer nos
próximos dias.
Antes mesmo do julgamento, a Furukawa, uma das principais credoras da
Eletronet, já manifestou à juíza sua contrariedade em relação ao pedido da
empresa, alegando irregularidades, como o interesse implícito no
requerimento de continuidade da operação de manter-se como síndica da massa
falida. A escolha do síndico teria de ser definida pela própria juíza. Como
se sabe, a Furukawa alega que a Telebrás não poderá manter o controle sobre
a infra-estrutura da Eletronet sem assumir a dívida, originalmente atribuída
à AES, ex-controladora da empresa.
Da Redação
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[28/04/03] Lightpar informa falência da Eletronet à CVM
A Lightpar enviou nesta segunda, 28, comunicado à CVM informando a
aprovação, em assembléia geral extraordinária, da confissão de falência de
sua controlada, a Eletronet. Também informa a aprovação de pedido de liminar
na Justiça para garantir a continuidade da operação e da deliberação da
suspensão dos direitos do acionista AES Bandeirante Empreendimentos sobre a
companhia.
A dúvida é saber se o Juiz deferirá o pedido de liminar preventiva para que
a Eletronet continue em operação. A empresa tem em caixa cerca de R$ 2
milhões, considerados insuficientes para manter suas despesas operacionais,
e nenhuma disposição dos acionistas de bancar algum investimento para manter
seu funcionamento. Se a liminar não for concedida (o que é bastante provável
dada essa situação), os clientes da empresa terão que buscar outras opções.
AT&T, Comsat, Intelig, Infovias, Eletropaulo, Light, Primesys, Metrored,
Pegasus e TIM são os principais usuários da rede da Eletronet, alguns deles
com contratos assinados por longo prazo e, em alguns casos, já integralmente
pagos.
Só as despesas com multas de rescisão contratual devem chegar a oito vezes o
caixa da empresa, segundo estimativas de mercado. Para os clientes, a
dificuldade, além de encontrar outro fornecedor, será encontrar os mesmos
preços da Eletronet, que mantinha uma política comercial extremamente
competitiva.
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[24/04/03] Decisão de falência da Eletronet deve ir para concessionárias
Os acionistas da Eletronet não conseguiram chegar a uma decisão sobre as
propostas de destituição de todos os direitos da sócia AES Bandeirante e
confissão de falência da operadora, em assembléia realizada nesta quinta,
24. Com isso, o conselho de administração da Lightpar, sócia controladora da
empresa, deve reunir-se nesta sexta, 25, para definir como as questões serão
encaminhadas. A expectativa é de que a decisão seja remetida às
concessionárias de energia ligadas à Eletrobrás que participam do conselho
da holding estatal.
Em caso de falência, a Lightpar, que também é credora da Eletronet (já que o
pagamento pelos direitos de passagem junto às linhas de transmissão das
concessionárias está atrasado em cerca de R$ 35 milhões) precisará encontrar
uma fórmula para apresentar às concessionárias de energia locais que permita
a indenização pela apropriação das fibras, parte dos cabos OPGW hoje usados
para a rede de segurança das linhas de transmissão de energia.
A Eletronet dispõe em caixa de cerca de R$ 2 milhões, o suficiente para
manter a operação por dois meses, sem o pagamento das dívidas com
fornecedores ou direito de passagem.
Se a falência for oficializada, a questão promete render ainda muita
polêmica entre governo e credores da operadora. Um dia antes da assembléia,
a Furukawa, um dos principais credores da Eletronet, enviou à Lightpar, uma
notificação extrajudicial de que o simples decreto de autofalência não tira
da holding a responsabilidade pelos créditos que o fornecedor tem a receber
da estatal e que a dívida não morre com a saída da AES do negócio.
O governo deve responder à altura, e provavelmente tratará a AES no âmbito
de um problema maior, envolvendo também as participações a Cemig,
Eletropaulo e as obrigações pendentes com o BNDES. A decisão está nas mãos
do presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli, e da ministra de Minas e
Energia, Dilma Roussef.
Da Redação
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[04/04/03] Credores da Eletronet podem alegar enriquecimento ilícito do
governo
Um dos principais argumentos que devem embasar as ações judiciais dos
credores da Eletronet em caso de falência da companhia, é a eventual
existência de "enriquecimento ilícito" por parte do governo, já que a rede
foi construída, entregue e agora o governo não quer assumir o ônus, alegando
que a dívida é da AES.
Segundo advogados ouvidos por este noticiário, em diversos momentos a
presença do governo na empresa fica clara: a partir de setembro a Lightpar
assumiu a gestão; a Lightpar sempre teve poder de veto sobre as deliberações
da companhia; os ativos em fibras serão revertidos para as concessionárias
de energia, já que os cabos OPGW são vitais ao funcionamento da rede
elétrica. Com isso, as ações buscarão mostrar que o governo tem, sim,
parcela de responsabilidade sobre a dívida de cerca de R$ 500 milhões da
Eletronet.
O governo deverá responder com outro argumento: as concessionárias de
energia deverão indenizar a Eletronet pela rede, de modo que não haveria,
aí, enriquecimento ilícito do governo. A disputa será sobre os valores dessa
infra-estrutura, já que há no governo inclusive leituras de que a rede foi
vendida à Eletronet com valores excessivos, acima dos de mercado. Já os
fornecedores dizem que, pelo câmbio atual, a rede deveria custar até mais do
que custou.
Da Redação
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[04/04/03] Eletronet teme que dívida trabalhista vá para massa falida
O governo deu aos credores da Eletronet, ao longo de 2002 e, inclusive, no
período de transição para o governo Lula, indicações de que buscava formas
de viabilizar a empresa. Em documento endereçado a um grande credor, a
Eletrobrás e a Lightpar reconheciam, em julho de 2002, "a importância do
projeto da rede nacional de transporte de informações da Eletronet para o
Sistema Eletrobrás". Eletronet e Lightpar, então, diziam que fariam tudo,
"no limite de suas possibilidades legais e estatutárias, para assegurar a
continuidade e o sucesso do negócio".
Em agosto de 2002, a Furukawa notificou a Eletronet "para constituir em mora
e formalizar o vencimento dos débitos". Trocando em miúdos, ficaria
autorizada a entrar em juízo para fazer a cobrança, onde o pedido de
falência é uma das opções. Mas o governo pediu para que a companhia
aguardasse antes de tomar medidas mais drásticas. A empresa, contudo, voltou
a ameaçar entrar em juízo, mas em novembro e dezembro a equipe de transição
do governo Lula pediu prazo até o primeiro trimestre deste ano para
apresentar uma solução.
No dia 2 de setembro de 2002, a Lightpar assumiu a gestão da Eletronet, que
tinha caixa de R$ 5 milhões reservados justamente para cobrir os custos de
fechar a empresa. Hoje, esse montante é de R$ 1,6 milhão, suficientes apenas
para demitir os funcionários. O consumo de caixa se deu com o pagamento de
alguns fornecedores, segundo fontes bem informadas, e sob a orientação do
governo.
Garantias
Há cerca de duas semanas, o presidente da Lightpar teria dado à Eletronet
garantias de que nenhuma ação drástica seria tomada até a assembléia de
acionistas. Uma semana depois, a Lightpar declarou a falência da Eletronet.
Segundo fontes do governo, a decisão foi tomada por conta de orientações
jurídicas. A novidade é que estão sim sendo estudadas formas de manter a
Eletronet ativa, para não desperdiçar a imensa rede de telecomunicações. A
premissa, contudo, é clara: não será colocado nenhum centavo em dinheiro do
governo para sustentar a empresa.
O que está preocupando os funcionários da Eletronet é o fato de a Lightpar
ter suspenso o pagamento do adiantamento de salários, que seria pago no dia
15. A assembléia que pode deliberar pela falência da empresa é no dia 24,
antes portanto da data de pagamento regular (dia 30). Com isso, teme-se
dentro da empresa que o atual governo petista esteja querendo, por
orientação dos advogados, jogar também as obrigações trabalhistas, que
poderiam ser honradas hoje, para a massa falida.
TELETIME News questionou algumas fontes próximas sobre a possibilidade de o
governo pelo menos garantir que a Eletronet tenha recursos para arcar com a
demissão dos funcionários. Ouviu apenas que essa providência não é
desejável.
Da Redação
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Leia na Fonte: Teletime
[01/04/03] Eletronet só tem caixa para mais 20 dias
O caixa da Eletronet garante uma sobrevida de apenas mais 20 dias, informou
José Eudes, presidente da Lightpar, controladora da empresa. A catástrofe
financeira iminente foi uma das razões para que o governo tenha optado pela
falência da Eletronet � decisão que ainda precisa ser confirmada em
Assembléia Geral Extraordinária (AGE) no próximo dia 14. �Não era mais
possível manter o paciente com pulmão artificial e tubo de oxigênio�,
comparou Luiz Pinguelli Rosa, presidente da Eletrobrás, controladora da
Lightpar, que, por sua vez, detém 49% da Eletronet. Os outros 51% são da
americana AES, mas apenas formalmente, pois o governo já tem a gestão da
empresa e foi o único a participar dos últimos aportes de capital, diluindo
a posição da AES.
De acordo com Rosa, o prejuízo mensal da Eletronet é de cerca de R$ 4,2
milhões. �As despesas giram em torno de R$ 6 milhões por mês, enquanto a
receita é de apenas R$ 1,8 milhão�, detalhou.
Dívida
Rosa também foi contundente ao afirmar que não há a menor possibilidade de a
Eletrobrás assumir a dívida de R$ 550 milhões que a Eletronet tem com
fornecedores � a maior parte com Furukawa e Lucent. Segundo o contrato de
acionistas, a dívida é de inteira responsabilidade da AES. �Eles (Furukawa e
Lucent) querem cobrar na casa errada�, disse o executivo, referindo-se a
notícias veiculadas na imprensa de que os fornecedores prefeririam que o
governo arcasse com a dívida.
Nos últimos meses, três grupos demonstraram interesse em comprar a
Eletronet, contou Rosa, sem revelar os nomes. Sabe-se, contudo, que a
Comsat, Nelson Tanure e o grupo GP fizeram propostas. De acordo com o
executivo, a AES venderia sua participação por R$ 1, o que ainda é caro por
causa das dívidas que seriam assumidas pelo comprador. Por isso nada foi
fechado até o momento.
Operação
Mesmo que a falência da Eletronet seja confirmada pela AGE, a companhia
continuará em operação, garantiu Rosa. �A Justiça irá indicar um gestor para
a massa falida. A intenção do governo é que a Eletronet continue a sua
operação�, afirmou. Segundo o dirigente, a maior parte do déficit mensal da
companhia não é operacional, mas financeiro. A própria Eletrobrás faz uso de
alguns cabos de transmissão de dados da Eletronet e, portanto, não tem
interesse em que a empresa pare de funcionar.
A rede da Eletronet tem 13 mil quilômetros de extensão, acompanhando as
linhas de transmissão da Eletrobrás. Os clientes da companhia são operadoras
de telecomunicações que alugam capacidade em seus cabos de fibra ótica. A
enorme oferta de backbones para transmissão de dados e a conseqüente queda
nos preços do aluguel de capacidade foram as algumas das razões que
conduziram a Eletronet à sua atual situação financeira. Hoje, um percentual
elevado de sua rede encontra-se ocioso.
Da Redação
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Leia na Fonte: Teletime
[31/03/03] Governo deixa a Eletronet quebrar
Como adiantou TELETIME News no dia 17 de março, o governo não quis bancar os
prejuízos e a dívida da Eletronet e deixou a empresa quebrar. Na sexta, dia
28, o controlador anunciou a falência da empresa por meio de fato relevante
da Lightpar (controladora da Eletronet). A Lightpar é a holding de
participações da estatal Eletrobrás. Segundo o fato relevante, �foram
esgotadas todas as possibilidades de manutenção da continuidade da empresa,
eis que nenhum posicionamento concreto, que indique uma solução positiva,
foi apresentado". Com isso, por unanimidade, os acionistas decidiram
"cumprir o que havia cientificado à Lightpar, deliberando, no seu nível de
competência, pela confissão da falência da Eletronet�. Agora, será convocada
Assembléia Geral Extraordinária para deliberar sobre a matéria.
Rede
A Eletronet tem uma das maiores infra-estruturas de telecomunicações do
Brasil, com cerca de 17 mil quilômetros em fibras. A dívida no final de 2002
chegava perto de R$ 500 milhões. O desafio dos credores (os principais são
Lucent e Furukawa) será encontrar uma forma de receber os seus créditos, já
que a rede da Eletronet, no entendimento de advogados que acompanham a
situação da empresa, não pode ser alienada.
As fibras são utilizadas por concessionárias de energia para o monitoramento
e manutenção e, portanto, são imprescindíveis para o funcionamento do setor
elétrico.
Por contrato, essas concessionárias tem direito à rede mesmo em caso de
insolvência da empresa operadora. Além disso, a rede também está fisicamente
atrelada à estrutura de proteção contra raios das torres de transmissão de
energia (cabos OPGW). Ou seja, é impossível negociar as fibras como um ativo
separado da rede de energia elétrica. Com isso, os fornecedores com créditos
a receber precisarão necessariamente recorrer à Justiça caso queiram reaver
o que lhes é devido.
O sócio do governo na Eleteronet é a AES, que deixou o controle da empresa
de telecomunicações justamente por não ter condições financeiras de se
manter no negócio.
Crise
O fato relevante da Lightpar pegou a Eletronet de surpresa. A empresa ainda
tentava algumas alternativas e, formalmente, não assumiu a falência,
mantendo suas atividades normais.
Samuel Possebon
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Leia na Fonte: Teletime
[31/03/03] Deputado cogita arremate de massa falida pelo governo
Na opinião do deputado Jorge Bittar (PT/RJ), não há mesmo como o governo
(por meio da Eletrobrás) salvar a Eletronet, que aguarda para o próximo dia
14 a análise da proposta de seu pedido de falência em assembléia de
acionistas. "Seria imoral o governo salvar uma empresa privada", observou.
Isto significa que as perdas resultantes da quebra da Eletronet serão
arcadas pelos credores, com destaque para a Lucent e Furukawa, fornecedores
de equipamentos e fibras ópticas instalados na rede.
Restará saber, portanto, qual será o destino da massa falida. Segundo
Bittar, existem duas alternativas: ou uma operadora de telefonia privada
arremata a infra-estrutura ou o próprio governo a assumiria. Neste último
caso, a rede poderia ser integrada a projetos governamentais como a rede
E-gov ou sistemas de educação e saúde pública.
Vale lembrar que qualquer destino que se possa dar à rede da Eletronet fica
mais complicado pelo fato de a rede estar ligada à infra-estrutura de
proteção contra raios das linhas de transmissão de energia das elétricas
Da Redação
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Leia na Fonte: Teletime
[18/03/03] Pendências podem dificultar acerto com credores
De acordo com fontes próximas à Eletronet, alguns contratos pendentes podem
contribuir para dificultar ainda mais as negociações com fornecedores em
caso de falência da empresa de telecomunicações. É o caso da Lucent, que foi
contratada para equipar o backbone da empresa com sistemas de transmissão
voltados principalmente para a venda de capacidade para operadoras de
telecomunicações. Entre fontes do governo, o que se ouve é que a fornecedora
deixou de cumprir seu contrato depois que começou a enfrentar dificuldades
financeiras nos EUA.
Mas a versão da Lucent, ouvida de fontes próximas, mas não oficialmente, é
bem diferente. A empresa celebrou acordo com os controladores da Eletronet
para a rede, por US$ 180 milhões, e sua operação por um ano, por US$ 30
milhões. Porém completou apenas o atendimento da primeira fase do projeto e
suspendeu o fornecimento de cerca da metade dos equipamentos contratados
após a interrupção do pagamento das parcelas estabelecidas pela Eletronet. A
pendência na instalação do que havia sido contratado, portanto, existe.
Resta saber que posição prevalecerá no caso de uma disputa judicial.
Da Redação
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Leia na Fonte: Teletime
[18/03/03] Fibras da Eletronet ficam com elétricas em caso de insolvência
Análise feita por advogados que estudam a situação dos credores da Eletronet
mostra que o cenário, caso a empresa chegue a uma situação de inviabilidade,
pode se complicar ainda mais. Contratualmente, em caso de insolvência, os
ativos da Eletronet, especialmente as fibras (os mais valiosos), ficam para
as concessionárias de energia elétrica, já que estas fibras são parte de uma
infra-estrutura essencial à manutenção dos serviços. As concessionárias
precisam dos cabos OPGW, de proteção contra raios, por onde passam as fibras
ópticas. Além disso, a infra-estrutura de telecomunicações é utilizada pelas
concessionárias para manutenção e gerenciamento da rede de energia.
Com isso, os fornecedores com créditos a receber precisarão necessariamente
recorrer à Justiça caso queiram reaver o que lhes é devido. A Eletronet é
controlada pela Eletrobrás (por meio da Lightpar). A sócia do governo na
Eletronet é a AES, que há alguns meses deixou de fazer parte do bloco de
controle da empresa por não ter acompanhado os aportes de capital. Esta
empresa, portanto, sequer é considerada pelos fornecedores como uma opção
para ressarcimento da dívida, segundo fontes ouvidas por este noticiário.
A Eletronet tem um dos maiores backbones de telecomunicações do Brasil, mas
vive em uma complicada situação financeira, com uma dívida de R$ 500 milhões
e um business plan que demanda hoje investimentos que o governo não está
disposto a fazer. A decisão em Brasília, segundo apurou este noticiário, é
deixar a empresa por sua própria conta caso não apareça proposta privada de
compra. Atualmente, fala-se de duas propostas na mesa: uma do empresário
Nelson Tanure e outra do grupo GP Investimentos. Ao longo desta terça, dia
18, foi realizada reunião do conselho da Eletronet para decidir o futuro da
companhia, mas até o fechamento desta edição ainda não havia informações
adicionais.
Da Redação
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Leia na Fonte: Teletime
[17/03/03] Futuro da Eletronet será decidido esta semana
A crise que se abateu sobre as empresas do setor elétrico pegou em cheio a
Eletronet, empresa controladora de uma das maiores redes de telecomunicações
do País. A companhia tem como sócios a estatal Eletrobrás, através da
Lightpar, e a AES. Amanhã começa a ser decidido o futuro da empresa, mas em
Brasília o comentário que se ouve é: o governo não vai salvar a Eletronet,
pelo menos não com dinheiro. A dívida da empresa, de cerca de R$ 500
milhões, na maior parte com fornecedores, é apenas uma parte dos problemas.
Soma-se a isso uma grande capacidade ociosa, um planejamento pouco funcional
para uma empresa competitiva no setor de telecomunicações e um sócio
estrangeiro (AES) que definitivamente não vive um bom momento com o governo
e também não mostra muito interesse em salvar seus investimentos no País.
Nesta terça, dia 18, o conselho da Eletronet se reúne para definir o futuro
da empresa. Em seguida, precisará ser convocada uma assembléia de
acionistas, e é nesse momento que ficará claro quem colocará ou não dinheiro
para salvar a companhia. Os principais credores (Lucent e Furukawa) poderão,
em tese, requerer a falência da empresa, mas evitam esse movimento por dois
motivos: seria mais difícil receber o que lhes é devido e, no caso de pelo
menos uma das duas empresas, precisariam instalar equipamentos contratados e
não-instalados.
Esperança
As esperanças de que a Eletronet se salve com uma operação de compra e venda
privada são remotas. Duas propostas ainda estariam na mesa, segundo apurou
este noticiário: uma do empresário Nelson Tanure (dono do Jornal do Brasil)
e outra do GP Participações (acionista da Telemar). Mas poucos acreditam que
essas propostas seguirão adiante, sobretudo no caso de Tanure. Também são
remotas as chances de que o Ministério das Comunicações use os 17 mil
quilômetros de rede da Eletronet como ferramenta de controle do mercado de
telecomunicações, como se chegou a cogitar no mercado. A decisão está,
portanto, nas mãos do Ministério de Minas e Energia, que decidiu que as
concessionárias de energia têm problemas muito maiores a administrar do que
redes de telecomunicações. A ordem, portanto, é não gastar dinheiro com isso
e, portanto, não socorrer a empresa.
Se a Eletronet não se viabilizar, restará, então, um problema: o que fazer
com a rede. Os credores podem querer estes ativos como parte do pagamento.
Mas a rede está fisicamente atrelada à infra-estrutura de proteção das redes
de transmissão de energia, pois os feixes de fibra correm nos mesmos cabos
OPGW responsáveis pela segurança contra raios da rede elétrica. Além disso,
as concessionárias de energia elétrica precisam de uma parte da
infra-estrutura de telecomunicações da Eletronet para monitoramento e
gerenciamento de suas redes. A solução será, então, a desapropriação das
fibras da Eletronet por parte dessas concessionárias. E daí então o debate
se dará sobre o valor das fibras ópticas. Para os credores da Eletronet e
para o gestor da massa falida (caso a empresa quebre), o valor das fibras é
o valor de um imenso potencial na área de telecomunicações. Para as
concessionárias de energia, o valor das fibras é o valor de uma simples rede
de monitoramento. Com o agravante de que para as empresas de energia
elétrica, a manutenção ininterrupta do serviço de energia é garantia que não
pode ser descumprida por lei.
Samuel Possebon
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Leia na Fonte: Teletime
[31/03/03] Concessionárias de energia indenizarão rede da Eletronet
A decisão da Eletrobrás de anunciar a sua disposição de pedir a falência da
Eletronet surpreendeu especialmente a própria Eletronet, que ainda buscava
uma solução até a data da próxima assembléia de acionistas, marcada para o
dia 14 de abril. A Eletronet estava consciente das dificuldades e muito
provavelmente chegaria a um ponto em que a falência seria inevitável, mas
havia a preocupação de continuar negociando e buscando alternativas. Com o
anúncio da Eletrobrás, a situação falimentar tornou-se irreversível (ou pelo
menos essa situação foi apressada). Agora, todos os credores devem pedir a
falência da empresa, que oficialmente não se manifestou nem publicou fato
relevante sobre o assunto. Segundo apurou este noticiário, a direção da
Eletronet ficou sabendo apenas no final de semana sobre o comunicado da
Eletrobrás/ Lightpar, sem tempo de se manifestar ao mercado.
Indenização
Os credores da empresa sabem que apenas a Justiça poderá garantir o
ressarcimento das dívidas, e essa batalha promete pegar fogo já esta semana.
A Eletronet tem contratos com as concessionárias de energia que impedem o
confisco das fibras por parte dos credores, já que elas fazem parte da
infra-estrutura de proteção contra raios das redes de energia. De qualquer
maneira, para ficar com as fibras indefinidamente, as concessionárias terão
que indenizar a Eletronet, e os maiores debates serão em relação aos valores
de indenização.
A maior parte das fibras da Eletronet está nas redes da Chesf, Furnas, Cemig
e Itaipu, que não estão dispostas a desembolsar valores altos. E como não
perdem o acesso à rede, também não têm pressa de fazê-lo.
No caso da Cemig, há ainda o problema da briga entre o governo do Estado de
Minas e a AES. Ambas são sócias na concessionária de energia mineira. A AES,
como se sabe, é tambem sócia da Eletrobrás na Eletronet, apesar de já ter
declarado esse seu investimento como perdido.
Crise
Fontes bem informadas garantem que a decisão da Eletrobrás de anunciar a
falência da Eletronet de forma como foi feito não tem nada a ver com
eventuais atritos entre Luiz Pinguelli Rosa (presidente da Eletrobrás) e
Dilma Rousseff (ministra das Minas e Energia). A revista Veja deste final de
semana publicou nota sobre desentendimentos entre os dois, o que é negado
por fontes próximas. Ambos sabiam, desde a semana passada, da decisão de
declarar a Eletronet inviável e não socorrer a empresa. A decisão, aliás,
foi conjunta e dentro da política de governo de não gastar com o que não
seja essencial para o funcionamento do setor elétrico.
Samuel Possebon
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