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TELEBRÁS E PROJETO NACIONAL DE BANDA LARGA (PNBL)

ELETRONET

 
Telebrás e PNBL

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Eletronet

Página inicial sobre a Eletronet

Com "Resumo" e "Relação Geral (links) das notícias sobre a Eletronet


WirelessBrasil

BLOCO Tecnologia

  


Notícias de 2010 a 2011
(Ver transcrições mais abaixo)


2011

Leia na Fonte: Tele.Síntese Análise 316
[27/10/11]  Reestruturar e abrir a Anatel, as prioridades de Rezende

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[07/10/11]  Eletronet informa recebimentos de R$ 4,32 mi em setembro - por Lúcia Berbert

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[30/06/11]  Bernardo negocia parceria entre Eletrobras e Telebrás - por Lúcia Berbert

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[19/05/11]  Telebrás esclarece que usará cinco pares de fibras do sistema elétrico e da Petrobrás - por Miriam Aquino

Leia na Fonte: Senado
[15/02/11]  Eletronet: Debate revive denúncias sobre Eletronet

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[26/04/11] Denúncias Eletronet

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[26/04/11]  Senadores debatem sobre Eletronet

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[04/04/11] Telebrás fecha acordos de 10 anos com as elétricas - por Lucia Berbert e Miriam Aquino

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[02/02/11]  Orçamento da Telebrás dá até setembro - por Lia Ribeiro Dias
 

2010

Leia na Fonte: Convergência Digital
[05/05/10]  Para a Casa Civil, pendência jurídica acabará após o fim da Eletronet - por Luiz Queiroz

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[04/05/10]  Líder do DEM vê irregularidade na reativação da Telebrás - por Lúcia Berbert

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[04/05/10]  União injetará R$ 3,22 bi na Telebrás até 2014 - por Miriam Aquino

Leia na Fonte: Convergência Digital
[05/05/10]  Furukawa e Alcatel-Lucent não estão impedidas de prestar serviços à Telebrás - por Luiz Queiroz

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[05/04/10]  Câmara adia audiência sobre situação da Telebrás - por por Lúcia Berbert

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[29/03/10]  Provedor de internet paga preço médio de R$ 1,2 mil por megabit - por Miriam Aquino

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[15/03/10]  PGR indica subprocurador para avaliar representação contra Dirceu - por Lúcia Berbert

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[24/02/10]  Credores contestam AGU e negam depósito de caução por Eletronet - por Fatima Fonseca

Leia na Fonte: O Globo
[25/02/10]   Eletrobrás denunciou síndico da massa falida da Eletronet por celebrar novos contratos - por Gustavo Paul, Mônica Tavares e Bruno Rosa

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[11/02/10]  Credores da Eletronet pedem caução do governo - por Fátima Fonseca


Transcrições


2011

Leia na Fonte: Tele.Síntese Análise 316
[27/10/11]  Reestruturar e abrir a Anatel, as prioridades de Rezende

Trecho em destaque:
(...) Além de presidente da Abramulti, Manoel Santana – dentista que há 14 anos abandonou as brocas e o motor para se dedicar à tecnologia – é também presidente do provedor Via Real, que opera na Zona da Mata mineira, com sede em Conselheiro Lafaiete. Ele foi um dos que ainda não aderiu ao PNBL via Telebras, embora já ofereça o banda larga popular. “Mas comercializo o plano de 1 Mbps a R$ 35, e com 10 GB de download, apenas para as famílias inscritas em programas sociais do governo federal e ou da prefeitura”, diz ele. Com essa restrição, que não é permitida pelo contrato do PNBL da Telebras, Santana diz que atende aos objetivos sociais sem canibalizar sua base de quase 9 mil assinantes. Já são 300 os assinantes do banda larga popular e ele espera chegar a mil em fevereiro.
A região, que logo mais será atendida também pela Telebras, tem seis fornecedores: Global Crossing, CTBC, Oi, Embratel, Intelig e Eletronet. Como há concorrência, o preço gira por volta de R$ 140 o Mbps. A Via Real, que tem rede mista de fibra óptica e par metálico, é cliente de Intelig, Eletronet e Embratel. Seus pacotes vão de 1 Mbps a 30 Mbps. Os concorrentes são outros provedores locais e as concessionárias Oi e Embratel. Sanches garante que enfrenta a concorrência das grandes com atendimento personalizado e suporte de qualidade. Além de banda larga, oferece voz. E espera, até março, licença para prestar serviço de TV paga. “Temos de ter oferta multimídia para enfrentar a concorrência dos grandes”, diz.

Oferta suficiente
A chegada da Telebras ao Sudeste não é aguardada com muita ansiedade no Paraná, pois lá a oferta no atacado já conta com vários provedores e valores que permitem aos pequenos provedores desenhar seu modelo de negócios. Além da estatal Copel Telecom – que tem um programa para prefeituras e provedores inscritos no Simples
(R$ 230 por 1 Mbps, mais elevado que o preço da Telebras) –, GVT, CTBC e Eletronet atendem à região Centro-Sul do estado, onde opera a Cybernet. Nataniel Kling, presidente do provedor, diz que os preços já caíram, embora deseje que caiam mais. Tão logo foi anunciado o acordo do Ministério das Comunicações com as concessionárias, ele lançou seu programa banda larga popular, a R$ 35 por 1 Mbps, com 300 MB de limite de download. “Tive 36 clientes que migraram de um plano superior, onde pagavam R$ 45 e R$ 50 por mês, para este, mas logo retornaram ao plano original. Só quatro permaneceram no banda larga popular”, relata. Segundo ele, o limite de download no seu plano banda larga popular não satisfez aos usuários que tinham limite maior, pagando mais. “São apenas duas horas de download ou 60 músicas”, explica, dizendo que fixou esse limite para acompanhar as grandes operadoras. Com 1.300 clientes, especialmente do segmento residencial, que gastam um ticket médio de R$ 50, Kling atende com sua rede sete cidades, tendo como sede Guarapuava. (...)

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[07/10/11]  Eletronet informa recebimentos de R$ 4,32 mi em setembro - por Lúcia Berbert

Dívida da massa falida, entretanto, deve chegar a R$ 1 bilhão.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (7) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o síndico da massa falida Eletronet informa recebimentos da ordem de R$ 4,32 milhões no mês de setembro. A maior parte desses recursos – R$ 3,99 milhões – vem de empresas de telecomunicações, que alugam a rede da empresa.

Os pagamentos no mês – pessoal, tributos, despesas administrativas, contratação de consultoria e acesso ao backbone, entre outros – somaram R$ 2,98 milhões. O saldo do fluxo de caixa em setembro foi de R$ 1,04 milhão, valor três vezes menor do que o obtido no mês de março, de R$ 3,36 milhões, melhor resultado do ano.

São clientes da Eletronet a Intelig, a Vivo, a Sercomtel, a CTBC e a GVT. O saldo em caixa da empresa em setembro chegou a R$ 52,35 milhões. A dívida da empresa, especialmente com a Alcatel-Lucent e Furukawa, não foi divulgada. Em 2010, esse débito era estimado entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão.

Disputa

O governo criou a Eletronet em 1999 para administrar a rede de fibras ópticas das subsidiárias da Eletrobras e leiloa 51% ao grupo AES. Os 49% ficam com as subsidiárias elétricas, reunidas na Lightpar. Em 2002, a Lightpar, considerando que a AES não cumpriu totalmente sua obrigação contratual quanto aos investimentos na rede, assume o controle da Eletronet, seguindo o acordo de acionistas.

Em 2003, diante do endividamento da companhia e das perspectivas de mercado, a Lightpar pede a autofalência da Eletronet. A AES decide sair da companhia em 2004, e vende sua participação integral à Contem Canada, que, em 2006, acaba vendendo metade de sua participação (cerca de 25%) à offshore Star Overseas, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas.

Em agosto de 2009, as subsidiárias da Eletrobras pediram na Justiça, e obtiveram em segunda instância e por meio de liminar, a retomada da posse dos seus cabos de fibra ótica.

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[30/06/11]  Bernardo negocia parceria entre Eletrobras e Telebrás - por Lúcia Berbert

Objetivo é, por meio da criação de uma terceira empresa, garantir investimento da elétrica na rede pública de banda larga.
A Eletrobras poderá se unir à Telebrás no esforço de ampliar e explorar comercialmente a rede de fibras ópticas das elétricas. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, isso poderá ocorrer por meio da criação de uma terceira empresa, nos moldes da Eletronet, o que possibilitaria investimentos das duas empresas na infraestrutura de banda larga.

“Eu sugeri isso à presidente Dilma Rousseff e ela me autorizou a conversar com a Eletrobras e já tivemos a primeira reunião nesta semana”, disse o ministro. Ele adiantou que, caso essa negociação prospere, o acordo comercial para uso das fibras no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), já firmado pelas duas estatais, será alterado.

Com a parceria, a Telebrás ficaria responsável pela comercialização da capacidade de rede no atacado, e a Eletrobras faria os investimentos para implantar as fibras ópticas necessárias para completar a rede. “A conversa foi bem recebida, mas ainda precisa avançar”, disse Bernardo.

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[19/05/11]  Telebrás esclarece que usará cinco pares de fibras do sistema elétrico e da Petrobrás - por Miriam Aquino

A estatal lembra que a justiça manteve com a Eletronet apenas quatro fibras acesas
A Telebrás esclareceu hoje que a sua infraestrutura contará com cinco pares de fibras pertencentes ao sistema elétrico e à Petrobrás, e não à Eletronet, conforme foi publicado ontem por este portal.
A assessoria de imprensa da empresa assinalou que a decisão da justiça do Rio de Janeiro, ao conceder a imissão de posse para a União (através das concessionárias de energia elétrica) da massa falida da Eletronet, preservou para a mesma massa falida apenas as quatro fibras acesas que estavam sendo usadas pela empresa. As demais 40 fibras apagadas é que foram repassadas para a União. Algumas dessas fibras é que serão usadas pela Telebrás no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

A disputa por essas infraestrutura de telecom ocorre há alguns anos. Nesta disputa estão os controladores da Eletronet (que já mudaram várias vezes), os fornecedores das fibras - Furukawa e Alcatel-Lucent- que não foram pagos, e empresas de energia elétrica, proprietárias finais desta rede. Em 2009, a 5º Vara Empresarial da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, decidiu conceder a imissão de posse para as concessionárias de energia, o que permitiu ao governo começar pensar em resgatar a Telebrás. Um resumo da história da Eletronet pode ser encontrado aqui

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Leia na Fonte: Senado
[15/02/11]  Eletronet: Debate revive denúncias sobre Eletronet

Num dos momentos mais tensos do debate sobre o PNBL na Comissão de Ciência e Tecnologia, o senador Flexa Ribeiro e Rogério Santanna, presidente da Telebrás, trouxeram à tona as denúncias veiculadas pela imprensa de que teria havido uso de informações privilegiadas antes da divulgação do Plano Nacional de Banda Larga no que se refere ao uso dos ativos da empresa Eletronet, que hoje é uma massa falida em disputa judicial.

O imbróglio tem origem em 1999, quando, para explorar os mais de 16 mil km de rede instalada ao longo das torres de transmissão do Sistema Eletrobras, o governo decidiu constituir uma nova empresa, a Eletronet. À empresa Light Participações S.A. (Lightpar), atual Eletrobras Participações S.A. (Eletropar), representante das subsidiárias do setor elétrico e dona da Eletronet, foi cedido o direito de utilização parcial da rede.

Pouco depois, o governo federal leiloou 51% das ações da Eletronet ao grupo AES Corporation (multinacional de origem americana que controla várias empresas do setor elétrico no Brasil, entre elas a Eletropaulo). Segundo o estatuto da Eletronet, a AES seria responsável pelos investimentos necessários à operação da rede.

Em 2001, a AES deixou de pagar aos credores e aportar recursos à Eletronet. Em 2002, a Lightpar, considerando que a AES não cumprira suas obrigações contratuais, reassumiu o controle da Eletronet. Em 2003, a Eletronet pediu autofalência.

Em dificuldades financeiras nos Estados Unidos, em 2004, a AES transferiu suas ações na Eletronet para a LT Bandeirantes (a ex-AES Bandeirantes), que, por sua vez, as vendeu à Contem Canada, offshore pertencente ao brasileiro Ítalo Hamilton Barioni, que também representava um grande grupo canadense de engenharia, o SNC-Lavalin Group Inc.

Esse dado teria feito, inclusive, com que os credores aceitassem o negócio. Em 2006, metade dessas ações da Eletronet foi repassada, por R$ 1, à Star Overseas Venture, outra offshore, localizada nas Ilhas Virgens Britânicas e pertencente ao empresário Nelson dos Santos.

Em agosto de 2009, as subsidiárias da Eletrobras pediram na Justiça, e obtiveram em segunda instância e por meio de liminar, a retomada da posse dos seus cabos de fibra ótica.



Em nota oficial, a Eletrobras afirmou, em 25 de fevereiro de 2010, que “a rede de fibras óticas do sistema de transmissão da Eletrobras pertence e sempre pertenceu, exclusivamente, à Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras” e que apenas temporariamente o direito de uso parcial da rede esteve cedido à Eletronet, por meio de contrato que “preserva integralmente os direitos da Eletrobras sobre a rede”.

A disputa na Justiça se arrasta, e os credores da Eletronet, capitaneados pelas empresas Alcatel-Lucent e Furukawa, que detêm 80% da dívida, recorreram, visando à posse da infraestrutura física (a rede de fibra ótica) da massa falida para cobrir o passivo, estimado entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão.

O argumento dos credores é de que a Eletronet, apesar de ter sido criada com 51% de participação da americana AES, era uma empresa pública quando pediu falência, já que, como a AES foi afastada da gestão, era a Lightpar (uma empresa pública) que estava no comando naquele momento.

Caso esse argumento vingue, o processo de falência da Eletronet deixará de existir, porque uma
estatal não pode fazer um pedido de falência, e o governo, por meio da Eletropar, teria que arcar
com as dívidas e sanear a empresa.

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[26/04/11] Denúncias Eletronet

Em 23 de fevereiro de 2010, o jornal Folha de S. Paulo publicou notícia afirmando que o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula José Dirceu teria recebido R$ 620 mil a título de consultoria prestada à Star Overseas. O jornal levantou a suspeita de que uma eventual incorporação da Eletronet pela Telebrás renderia a Nelson dos Santos em torno de R$ 200 milhões, mesmo tendo pago R$ 1 ao controlador canadense para assumir as dívidas, já que, nesse caso, a Telebrás teria que saldar os débitos da ­Eletronet.

No dia seguinte, o jornal O Estado de S. Paulo divulgou que Nelson dos Santos teria oferecido à empresa de telefonia Oi a rede de fibra ótica da Eletronet, por R$ 200 milhões. Concluída a negociação, dizia o jornal, Nelson dos Santos receberia uma quantia entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões, e o restante seria usado para o pagamento dos credores, que, na época, mostraram interesse em receber apenas parte do que cobravam. Porém, o governo vetou a negociação, pois já tinha pretensão de assumir a rede para a reativação da Telebrás, frustrando as intenções de Nelson dos Santos, da Oi e dos credores, informava o Estadão.

Em 3 de março de 2010, a revista Veja retomou o assunto, afirmando que o objetivo do ex-ministro da Casa Civil era capitalizar as duas companhias, Eletronet e Telebrás, como parte do Plano Nacional de Banda Larga, o que resultaria em lucros milionários para Nelson dos Santos.

A Veja denunciou que o tempo entre a elaboração do PNBL e sua divulgação serviu ao propósito de enriquecimento ilícito daqueles que sabiam dos planos oficiais, por meio da compra de ações das duas companhias, especialmente da Telebrás, cujas ações foram fortemente valorizadas com o lançamento do PNBL. Em fato relevante de 21 de dezembro de 2007 comunicado ao mercado, a Telebrás informou sobre o aporte de R$ 200 milhões da União para a operacionalização do PNBL.

José Dirceu defendeu-se de todas as acusações, informando que nem sequer conhecia Nelson dos Santos à época da compra da ­Eletronet.

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[26/04/11]  Senadores debatem sobre Eletronet

Flexa Ribeiro questionou o presidente da Telebrás a respeito das denúncias de vazamento de informações privilegiadas que teriam beneficiado investidores. Foto: J. Freitas

Sobre essas denúncias, Flexa Ribeiro questionou Rogério Santanna: “O então ministro das Comunicações, senador Hélio Costa, apresentou a esta comissão e ao Senado o Plano Nacional de Banda Larga, do Ministério das Comunicações. Falamos a ele que o governo já tinha deixado vazar outro projeto, do Ministério do Planejamento. Foi publicado pela imprensa que esse vazamento de informação privilegiada favoreceu determinada pessoa, para que ela pudesse, lá atrás, adquirir as ações da Eletronet, que estava quebrada e que foi comprada por R$ 1, passando depois a valer R$ 200 milhões, segundo a estimativa. Eu gostaria de saber se houve realmente esse vazamento de informação privilegiada. Se houve, alguém teve lucro com isso?”

Em resposta a Flexa Ribeiro, o presidente da Telebrás negou qualquer ação do governo no sentido de privilegiar pessoas ou grupos envolvidos com a Eletronet.

“As fibras óticas foram devolvidas ao governo, que, em momento nenhum, pagou ou vai pagar a massa falida [as dívidas da falida Eletronet]. Não há nenhuma possibilidade de o senhor Nelson Santos ganhar um centavo. Que eu saiba, não houve informações privilegiadas. Em dezembro de 2007, e em outra ocasião aqui na Câmara, a Telebrás divulgou fato relevante que mencionava claramente que ela poderia ser utilizada para inclusão digital no Plano Nacional de Banda Larga. Depois, em dezembro de 2008, integralizou um capital de R$ 200 milhões para isso. Dizer que as ações da Telebrás variaram porque o mercado não conhecia a intenção do governo de utilizá-la não é correto, já que, a partir de dezembro de 2007, o fato relevante estava lá para qualquer investidor que quisesse consultar”.

Diante de pergunta de Flexa Ribeiro, Santanna não soube dizer a data em que Nelson dos Santos comprou parte da Eletronet. O senador replicou: “Em 2005. Como a Telebrás divulgou que ia entrar no mercado de banda larga em 2007 e, depois, em 2008, houve, sim, informação privilegiada."

Rogério Santanna discordou e rebateu: “Não há nenhuma relação da Telebrás com a massa falida Eletronet. Não há, ou haverá, nenhum contrato da Telebrás com a massa falida Eletronet.”

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[04/04/11] Telebrás fecha acordos de 10 anos com as elétricas - por Lucia Berbert e Miriam Aquino

A Telebrás fecha acordo com Eletronorte, Chesf, Eletrosul e Furnas

A Telebrás conseguiu concluir uma etapa importante para a consolidação de sua rede e início das atividades operacionais, ao firmar bons acordos de preços com as concessionárias federais de energia elétrica. A holding de telecomunicações já fechou contratos com a Eletronorte, Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), Eletrosul e Furnas pelo período de 10 anos.
O objeto dos contratos é a “cessão de uso, a título oneroso, de infraestrutura do sistema de transmissão de energia elétrica, bem como de fibras ópticas contidas nos cabos OPGW instalados nas linhas de transmissão”. Ou seja, a holding está contratando as fibras apagadas das concessionárias de energia elétrica.

Os extratos de contratos divulgados pela estatal só expressam os valores de desembolsos referentes aos meses de novembro e dezembro deste ano. Isto porque há uma observação no documento estabelecendo o prazo de carência de seis meses para a Telebrás começar a reembolsar as elétricas. E o documento explicita que “vai depender de quando a Telebrás terá a posse das fibras, pois é a partir delas que se começa a contar o prazo de seis meses para o pagamento”.

Embora técnicos da Telebrás não soubessem explicar porque a existência deste prazo de carência, eles confirmaram que estas fibras são mesmo as que compõem a Eletronet (pela qual o governo se bateu na justiça). Assim, fica a dúvida, pelo texto, se a Telebrás possui mesmo a posse das fibras, como afirma o governo, ou se ainda há pendências judiciais, como afirmam os fornecedores das fibras (Alcatel-Lucent e Furukawa). De qualquer forma, pelo calendário previsto no documento, a aposta é que a posse definitiva ocorra em maio, levando-se em consideração o prazo de carência de seis meses previsto nos contratos.

Pelos documentos liberados pela Telebrás, sabe-se que a Eletronorte receberá R$ 931,46 mil; Chesf R$ 1,308 milhão; e Furnas, R$ 873,969 milhões pelo aluguel da infraestrutura nos últimos dois meses do ano. A Telebrás não pretende usar a rede da Eletrosul este ano, embora também já tenha fechado o acordo. Os valores são diferenciados, porque o tamanho da rede alugada também é diferente, explicam as fontes. (...)

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[02/02/11]  Orçamento da Telebrás dá até setembro - por Lia Ribeiro Dias

Trecho em destaque:
(...)
Tele.Síntese – Nessa fase vocês não vão vender capacidade para a operadora?
Santanna – Não, nós vendemos para quem quiser. Esses provedores expontaneamente nos procuraram, pois viram que estávamos começando a fazer esses enlace, hoje pagam caro no mercado. Acabou de sair um daqui que disse que estava pagando R$ 1.200 o megabit.

Tele.Síntese – Um grupo de provedores fez uma reivindicação em relação ao preço, que o preço de R$ 230 por um megabit estava elevado e não viabilizava o negócio...
Santanna – Em primeiro lugar é preciso dizer o seguinte. Você está se referindo a reunião dos provedores com o ministro Paulo Bernardo, em que eles disseram que contratavam por R$ 180. Bom, temos que separar os provedores em dois mundos. O mundo dos provedores maiores, que são associados, são grandes, que compram em escala, compram com a operadora. Muitos deles são clientes da Eletronet e esse preço de R$ 180 que eles falam é um preço de transporte. A Eletronet dá transporte para eles, pega eles em sua cidade e leva até São Paulo, onde compram internet. Só é bom lembrar que a Eletronet não paga imposto, não paga fornecedor... Não é desse preço que estamos falando. Por R$ 230 estamos vendendo a saída para a internet para o provedor lá na sua cidade, isso ai custa uns R$ 30 a R$ 50 reais que é a saída da internet. Preço de transporte não é preço de saída da internet. Alguns dos grandes provedores conseguem de fato comprar saída e transporte por R$ 180, esses estão bem, com um preço bom, não precisam comprar de nós, podem continuar comprando de seu fornecedor. Entre os 272 provedores cadastrados aqui na Telebrás - tem provedor comprando a R$ 9,5 mil o mega. Mas essa não é a realidade dos pequenos provedores. Até porque o pequeno provedor atende duas a quatro cidades no máximo e paga um preço muito variável dependendo do tamanho da cidade e da concorrência. Quanto menor a cidade, maior o preço.

Agora, se o governo decidir que quer abaixar o preço, tem que botar mais dinheiro na Telebrás. Simples, a conta é econômica. Não estamos subsidiando nada. Esse preço foi acordado com a Fazenda para dar retorno para essa empresa em três anos, de acordo com o modelo teórico que nós fizemos. Agora vamos ver, na prática, se vamos conseguir alcançar o que a gente projetou como alvo.
 


2010

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[05/05/10]  Para a Casa Civil, pendência jurídica acabará após o fim da Eletronet - por Luiz Queiroz

A ministra- chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, acredita que a pendência judicial que ainda ronda o Plano Nacional de Banda Larga, - relacionada às fibras ópticas apagadas da Eletrobrás, que se encontravam em poder da Eletronet - será resolvida tão logo se encerre o processo de falência da companhia.

A ministra da Casa Civil lembra que o governo possui liminar favorável à romatada desses ativos em poder da Eletronet, razão pela qual, explica Erenice Guerra, não foram vistos motivos para não deixar de inserir todas as fibras que foram devolvidas à Eletrobrás por decisão judicial.

O PNBL, anunciado nesta quarta-feira, 05/05, e com a Telebrás como gestora, conta com o uso de pelo menos 16 mil quilômetros de fibras ópticas para levar a oferta de rede de banda larga aos interessados em prestar o serviço, em localidades aonde as empresas e telefonia não viram razão comercial para explorar o negócio.Acompanhe o posicionamento da Casa Civil, na CDTV, do Convergência Digital.

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[04/05/10]  Líder do DEM vê irregularidade na reativação da Telebrás - por Lúcia Berbert

O líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC), um dos maiores críticos da reativação da Telebrás, não quis comentar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), anunciado nesta quarta-feira ( 5) pelo governo. Ele disse que somente fará uma avaliação após a publicação do decreto que irá instituir o plano, previsto para ser publicado no prazo de 15 dias.

Bornhausen acredita, porém, que o fato relevante divulgado ontem pela estatal é mais
um indício de irregularidade no uso que o governo quer dar à empresa. Pelo comunicado, a empresa passa a ter novas atribuições, inclusive com a possibilidade de ofertar no varejo o serviço de acesso à internet.

O deputado disse que alterações nas atribuições da Telebrás não podem ser feitas por
decreto. “A estatal é uma holding, que foi criada por lei e somente uma nova legislação pode mudar sua atuação”, disse. Também considera que a forte oscilação registrada hoje na bolsa pelas ações da estatal poderá apressar a investigação do Ministério Público sobre irregularidades na Telebrás, conforme representação feita pelos líderes da oposição, no início do ano.

Representação

Em março, os líderes do DEM, PSDB e PPS na Câmara entraram com representação na Procuradoria-Geral da República solicitando a instauração de processo investigatório para apurar suposta prática de improbidade administrativa pelo ex-ministro José Dirceu e pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff na valorização de 35.000% das ações da Telebrás, no atual governo.

De acordo com a representação, essa acentuada valorização teria sido provocada por
rumores sobre a criação de uma estatal para comercializar serviços de acesso à banda larga. Os deputados sugerem que houve vazamento de informação privilegiada, citando a ligação entre Dirceu e o atual proprietário de parte da Eletronet e a preocupação do governo com a atuação do ex-ministro como consultor de empresas privadas que tem negócios com a administração pública.

A representação é baseada em reportagens publicadas em jornais. Assinaram o documento os deputados Paulo Bornhausen (DEM-SC), João Almeida (PSDB-BA) e João Coruja (PPS-SC).

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[04/05/10]  União injetará R$ 3,22 bi na Telebrás até 2014 - por Miriam Aquino

O Plano Nacional de Banda Larga, apresentado hoje pelo governo, prevê uma capitalização direta do orçamento da União de R$ 3,22 bilhões na holding Telebrás em três anos, visto que a previsão do governo é de que a empresa tenha resultados financeiros negativos (ou seja, prejuízos) nos três primeiros anos de operação. “Até o terceiro ano, a empresa apresentará resultados negativos, mas a partir do quarto ano, começará a apresentar resultados positivos”, afirmou o assessor do presidente Lula, Cezar Alvarez.

Segundo o secretário de Logística e TI do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, os resultados negativos iniciais previstos não significam que a empresa terá um desempenho ruim, visto que, afirmou, as projeções do governo apontam para margem de EBITDA ( que é a razão entre o fluxo de caixa da empresa e sua receita líquida) de 13% em seu primeiro ano de operação, de 25% no segundo, de 38% no terceiro e de 44% no quarto ano. “Em dez anos, a margem de EBITDA da empresa será de 51%, maior do que a da maioria das operadoras privadas”, afirmou o secretário.

Estas contas incluem as receitas com a venda no atacado para o mercado privado da capacidade da rede que irá compor o backbone ao preço de R$ 230,00 (para que ele chegue na ponta, para o usuário final por R$ 35,00) e a venda da infraestrutura para os grandes detentores das redes corporativas do governo federal (Serpro, Dataprev, Datasus, ECT e RNP), que deixarão de contratar os links no mercado privado e passarão a contratar a capacidade da Telebrás. Nas despesas, estarão presentes os investimentos na rede.

Segundo Santanna, a Telebrás será uma empresa enxuta – começa com 60 empregados – e pretende tercerizar toda a oparcionalização da rede. As primeiras licitações serão para a aquisição dos equipamentos para iluminar as fibras que estão apagadas.

Conforme o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, não há qualquer intenção do governo em fechar o capital da Telebrás, que, segundo ele, continuará vinculada ao Ministério das Comunicações. Mas para que a empresa possa começar a funcionar de fato com as novas atribuições – quando será convocada uma assembleia de acionistas – terá que ser assiando o Decreto do presidente Lula, o que só ocorrerá nas próximas duas semanas.

Dívida

A ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, disse que a dívida da Telebrás não soma mais do que R$ 280 milhões. Embora em seu balanço, a empresa informe a existência de um passivo a descoberto de R$ 1,2 bilhão. A ministra afirmou ainda que, embora a infraestrutura a ser usada pelo governo - a rede da Eletronet - ainda faça parte de uma disputa judicial, o governo entende que o ativo, que foi repassado para as concessionárias, faz parte do poder concedente.

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Leia na Fonte: Convergência Digital
[05/05/10]  Furukawa e Alcatel-Lucent não estão impedidas de prestar serviços à Telebrás - por Luiz Queiroz

Apesar de discutirem no judiciário um ressarcimento pelos serviços de rede que prestaram à Eletronet, quando a empresa era ligada à Eletrobrás, a Furukawa e a Alcatel- Lucent não estão impedidas de participar das futuras licitações que a Telebrás vai fazer para contratar serviços de infraestrutura do Plano Nacional de Banda Larga.

Segundo o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, o governo não vê nenhum óbice à participação dessas empresas nas futuras licitações do PNBL, porque entende que a briga judicial delas está restrita à Eletronet."Nós somente estamos usando os ativos da Eletrobrás no PNBL. Não estamos usando nada que seja da massa falida dessa empresa", destacou Santanna.

O presidente da Telebrás explicou que embora a Lei de Licitações (8.666/93), faculte à estatal fornecer serviços ao governo por meio da dispensa de licitação, no setor privado a relação é inversa. Ela está obrigada a adquirir bens e serviços por meio de licitação.

Porém, Santanna observou que priorizará as compras com fornecedores nacionais. "Os que ainda existirem", ironizou o excutivo, lembrando que desde a privatização do setor de telefonia as grande empresas do setor só contratam seus fornecedores globais.

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[05/04/10]  Câmara adia audiência sobre situação da Telebrás - por por Lúcia Berbert

A Comissão de Defesa do Consumidor adiou para 28 de abril a realização de audiência pública para discutir a situação atual da Telebrás sob o ponto de vista de seus acionistas e dos usuários dos serviços de telecomunicações. O debate não foi realizado hoje porque somente o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Roberto Pinto Martins, confirmou presença.

O presidente da comissão, deputado Cláudio Cajado (DEM-BA), reclamou da falta de atenção dos convidados. Além de Roberto Pinto Martins, foram convidados para a audiência o presidente da Telebrás, Jorge da Motta e Silva; o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, e o empresário Nelson dos Santos, proprietário da Star Oversears, que comprou parte da Eletronet.

A audiência foi proposta pelo deputado Índio da Costa (DEM-RJ). Ele citou informações veiculadas pela mídia segundo as quais as ações da Telebrás valorizaram 35.000% no atual governo. Ele argumenta que o governo federal vem reiteradamente confirmando o interesse em recuperar a estatal para levar a prestação de serviços de internet por banda larga, o que tem provocado oscilação das ações da Telebrás.(Da redação)

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[29/03/10]  Provedor de internet paga preço médio de R$ 1,2 mil por megabit - por Miriam Aquino

Os preços da infraestrutura de banda larga oferecidos pelos operadores privados para os provedores de acesso à internet variam de R$ 400,00 a R$ 4,5 mil, informou Ricardo Sanchez, o presidente da Associação Brasileira de Pequenos Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrappit), mas o preço médio (onde está a maioria dos contratos) é de R$ 1,2 mil em todo o país.

Segundo o executivo, os provedores terão uma margem muito pequena se o governo mantiver a sua proposta (apresentada nas reuniões com os provedores) de vender o Megabit por R$ 200,00 para que o provedor de acesso venda para o usuário final por R$ 35,00. "Mais de 3 mil municípios brasileiros têm menos de 15 mil habitantes. E nessas cidades a taxa de retorno é de no máximo 3%", afirmou.

Segundo o executivo, os provedores de internet têm pelo menos 200 contratos com a Eletronet, que são mais baratos do que as ofertas feitas pelas demais operadoras, mas afimou que a maioria dos contratos é feita com a Oi, seguida pela Embratel e Telefônica.

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[15/03/10]  PGR indica subprocurador para avaliar representação contra Dirceu - por Lúcia Berbert

A Procuradoria-Geral da República (PGR) designou o subprocurador Aurélio Virgílio Veiga Rios como o responsável pela análise da representação contra o ex-ministro José Dirceu, feita pelos partidos da oposição (PEM, PSDB e PPS). Rios vai avaliar a procedência da denúncia sobre a suposta prática de improbidade administrativa pelo petista na valorização de 35.000% de valorização das ações da Telebrás, no atual governo.

Segundo a representação dos partidos, protocolada na última terça-feira (9) na PGR, a análise vai incluir o suposto lobby em favor da empresa Star Oversea Ventures, nas negociações de reativação da Telebrás. A Star é sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe.

A representação se baseia apenas em notícias de jornais, que descrevem a compra de parte da Eletronet pela offshore por R$ 1, na época em que a empresa já somava cerce de R$ 800 milhões em dívidas.O principal ativo da Eletronet são os cabos de fibras óticas que interligam 18 estados.

De acordo com declarações de integrantes do Palácio do Planalto, o objetivo
do governo é usar as fibras ópticas da Eletronet que estão hoje apagadas e que devem voltar para controle do governo, conforme decisão judicial, para implantar o Plano Nacional de Banda Larga, que deverá ser gerido pela Telebrás. (Da redação)

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[24/02/10]  Credores contestam AGU e negam depósito de caução por Eletronet - por Fatima Fonseca

Os credores da Eletronet contestam a informação divulgada esta semana pela Advocacia Geral da União (AGU), segundo a qual a Eletrobrás já apresentou caução para a retomada da posse da rede da Eletronet. "Até onde temos conhecimento isso não corresponde aos fatos", afirmou ao Tele.Síntese o advogado Domingos Refinetti, do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Ópice, que representa a Furukawa no processo. Segundo ele, os autos do processo foram verificados na tarde de ontem e "não há caução feita no processo". A caução foi estabelecida pela Justiça do Rio, que acatou petição dos credores e fixou o valor em R$ 270 milhões para que as empresas do sistema Telebrás retomassem a posse da rede da Eletronet.

O advogado diz que tampouco houve a imissão na posse da rede de fibras ópticas, que continua sendo operada pela Eletronet. Na nota divulgada na terça-feira, dia 23, a AGU afirma que a União obteve, em reclamação apresentada ao Tribunal Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em dezembro de 2009, a retomada da posse das fibras ópticas do sistema de transmissão e distribuição de energia. A rede pertence às empresas do sistema Eletrobrás (Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul) e, por meio de contrato, é operada pela massa falida da Eletronet. (Da redação)

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Leia na Fonte: O Globo
[25/02/10]   Eletrobrás denunciou síndico da massa falida da Eletronet por celebrar novos contratos - por Gustavo Paul, Mônica Tavares e Bruno Rosa

BRASÍLIA e RIO - As quatro empresas do sistema Eletrobrás (Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul) que detêm os 16 mil quilômetros de rede de fibra óptica administradas pela Eletronet esperam terminar até março o imbróglio em torno do uso da rede. O advogado Márcio André Mendes Costa, representante das estatais, pedirá ao Tribunal de Justiça do Rio o fim do "regime de continuidade" da massa falida da empresa, ou seja, a interrupção das atividades.

Para tanto, Mendes Costa terá de vencer os últimos recursos impetrados pela massa falida e pelos credores. Em seguida, será pedida uma perícia para avaliar a indenização dos sócios privados da empresa pelos investimentos feitos na rede. E a Star Overseas, do empresário Nelson dos Santos, que contratou o ex-ministro José Dirceu, poderá ter algum lucro.

- Mas esse processo de perícia deve levar anos - prevê o advogado.

Leia mais: Quase ressuscita: governo federal chegou a considerar compra de dívida da Eletronet

O escritório de Mendes Costa já ofereceu denúncia ao Ministério Público contra Isaac Zveiter, síndico nomeado pela Justiça para representar a massa falida da Eletronet. De acordo com Mendes, Zveiter estaria celebrando novos contratos de forma irregular com empresas de telefonia para utilizar a rede da Eletronet.

- A massa falida só pode manter contratos antigos e não celebrar contratos novos - argumenta Mendes.

A massa falida, porém, não quer abrir mão de funcionar, pois a receita da empresa deve ser usada para pagar credores e débitos fiscais e trabalhistas. E os credores, capitaneados pela japonesa Furukawa e a francesa Alcatel-Lucent, querem manter os cabos como garantia de uma dívida que chegou a R$ 628 milhões. Mendes Costa e o governo garantem que a Eletronet e seus sócios não terão ganhos com a incorporação da rede pela futura Telebrás no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Argumentam também que, ainda que a falência seja levantada, não terão direito a indenização.

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[11/02/10]  Credores da Eletronet pedem caução do governo - por Fatima Fonseca

Se o governo federal quer a posse dos 16 mil quilômetros de fibras ópticas da Eletronet, vai ter de pagar por isso. Esse é o raciocínio que orienta a petição apresentada pelas empresas Lucent e Furukawa, principais credoras da falida Eletronet, junto à 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, no dia 25 de janeiro. As empresas pedem que as concessionárias de energia elétrica sócias da Eletronet façam o depósito da caução (fixada em juízo em R$ 270 milhões), a ser rateada entre os seus credores, e que não venham a utilizar a infraestrutura da rede da Eletronet para concorrer com ela.

De acordo com o advogado Domingos Refinetti, do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice, que representa a Furukawa, a Justiça concedeu liminar para a imissão de posse dos ativos da Eletronet à União, na qualidade de controladora de Eletronorte, Eletrosul, Furnas e Chesf, sem que as concessionárias tivessem prestado a caução oferecida anteriormente, como estabelece acórdão da mesma 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. E isso, diz ele, é apropriação indevida.

O texto da petição é duro: “Francamente, passados quase dez anos deste lastimável folhetim intitulado autofalência com continuidade de atividades (engendrado pelas cedentes e Eletrobrás para evitar pagamento aos credores da Eletronet), é preciso que o Poder Judiciário ponha fim às agruras e abandono dos credores da Eletronet e aos rodeios e manobras das cedentes e União Federal para apropriarem-se, gratuitamente, de seus ativos, em flagrante tentativa de enriquecimento sem causa (...)”.

Mas as chances de sucesso da Furukawa e Alcatel-Lucent, se já eram remotas, parecem ter ficado ainda mais distantes com a devolução das fibras da Eletronet para as empresas da Eletrobrás, sócias da norte-americana AES no fracassado empreendimento, depois que o governo federal decidiu usar esse e outros backbones para implementar um plano de banda larga. A batalha judicial, que se dá em várias instâncias, tem agora um novo ingrediente. Furukawa e Alcatel respondem por 80% da dívida da Eletronet, estimada pela empresa, há dois anos, em R$ 600 milhões. Esse seria o valor de seus ativos, segundo a empresa. Um nova avaliação da empresa foi solicitada na Justiça. (Da redação)