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Transmissão de dados via rede elétrica (7) |
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Autor: Gabriel Alan Gehm Marques |
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A matriz utilizada para gerar os tons DTMF corresponde à organização das teclas no teclado telefônico, e o pressionamento de uma destas irá produzir senoides com as freqüências da linha e coluna correspondente a seguir:
Figura 5: Tabela de tons DTMF
As freqüências foram definidas com uma razão de 21/19 no intuito de evitar
harmônicas.
O protocolo é robusto em relação a ruídos, especialmente os de 60Hz, e suporta
atenuações, existindo no mercado uma ampla gama de circuitos integrados
dedicados à geração e detecção destes tons.
4.3: Modulação da portadora
Neste trabalho o meio físico (rede elétrica) permite uma boa transmissão
apenas de freqüências na faixa de 100kHz, como já foi visto, no entanto o
protocolo DTMF utiliza a faixa de 600Hz a 2kHz.
A solução para o problema é a técnica chamada modulação, que pode ser vista
como um deslocamento no domínio da freqüência, elevando o valor desta. Isto é
realizado através de um sinal principal (portadora), que tem sua forma
alterada, em freqüência, fase ou amplitude, por um sinal secundário
(moduladora), que corresponde à informação incapaz de atravessar o meio
físico.
As técnicas mais recentes de modulação, como a de Espalhamento Espectral
(Spread Spectrum), têm grandes vantagens em termos de robustez, interferência
e qualidade de sinal, mas exigem tratamento digital de sinais (Digital Signal
Processing – DSP) bastante complexos e caros.
A modulação em freqüência ainda é a melhor alternativa em termos de custo,
benefício, mas exige circuitos de detecção difíceis de implementar, como o elo
de travamento de fase (Phase Locked Loop – PLL). Existem circuitos integrados
dedicados que realizam esta função, mas apenas na faixa de rádio freqüências
mais elevadas.
Assim a solução mais pragmática encontrada foi uma simples modulação em
amplitude (AM) utilizando um chopper como circuito de modulação. O chopper é
uma chave digital, que operando na freqüência da portadora, alterna o sinal de
saída entre zero e o sinal modulador. Mesmo com este circuito simples, foi
possível transmitir até música pelo sistema implementado, ainda que com
qualidade baixa, garantindo que o sinal DTMF seria transmitido
satisfatoriamente.
4.4: Implementação de um par transmissor/receptor
Esta etapa diz respeito à implementação de um par transmissor/receptor
completo de informação digital.
A fonte de sinal DTMF utilizada foi um teclado telefônico e o objetivo era
transmitir os números pressionados a um display de sete segmentos, localizado
em um ponto remoto da rede elétrica.
Buscou-se então um circuito integrado dedicado que implementasse a
decodificação de tons DTMF, considerando facilidade de uso, compatibilidade
com microcontroladores e custo.
integrado encontrado foi o MT8870, desenvolvido pela Mitel (Mitsubishi
Telecom) e fabricado pela Zarlink Semiconductors. Este integrado é um
decodificador de tons DTMF, com uma saída paralela de quatro bits,
correspondente ao tom identificado, e um pino indicador do recebimento de um
tom válido. Este já possui um amplificador operacional em sua entrada, o que
permite que o sinal captado da rede elétrica seja amplificado tanto quanto
necessário.
Para a geração dos tons empregou-se um teclado telefônico inicialmente, e em
seguida um gerador comercial dedicado. Utilizou-se o circuito integrado TP5088
fabricado pela empresa National, para que a informação pudesse ser gerada por
um microcontrolador ou vinda de um computador.