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TELEFONIA CELULAR (7) |
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Autor: MÁRCIO RODRIGUES |
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2.1.1.
Sistemas Digitais
A modulação digital oferece
muitas vantagens quando comparada à modulação analógica. Entre elas, pode-se
citar: maior imunidade a ruído e a outros efeitos nocivos do canal; maior
facilidade e praticidade de se multiplexar várias formas de informação, como
voz, dados e vídeo, por exemplo; e maior segurança nas informações. Além
disso, esquemas de modulação digital podem comportar códigos de deteção
e/ou eliminação de erros e ainda códigos complexos de codificação e
equalização, entre outros, para melhorar o desempenho geral do sistema. [1]
Muitos fatores devem se
considerados quando da escolha do esquema de modulação, incluindo: largura de
banda requerida, minimização de interferências intersimbólica e de canal
adjacente, e desempenho quanto à taxa de erros. [5]
Um esquema de modulação ideal
provê baixas taxas de erro de bit (BER) com baixos níveis de relação
sinal-ruído na recepção, tem bom desempenho em situações de propagação
com multipercursos (e, portanto, sujeito a desvanecimentos), ocupa uma banda mínima,
e ainda é fácil e econômico de ser implementado. Nenhum esquema de modulação
atual satisfaz a todos esses requisitos simultaneamente. Alguns esquemas possuem
melhor desempenho em termos de taxa de erro de bit, enquanto que outros utilizam
melhor o espectro alocado. Portanto, um compromisso deve ser estabelecido na
escolha do esquema de modulação, dependendo das demandas da aplicação. [1]
O desempenho de um esquema de
modulação é usualmente medido em termos de eficiência de potência e eficiência
de uso da banda. Eficiência de potência está relacionada com a habilidade do
esquema de modulação em preservar a fidelidade da mensagem original com baixos
níveis de potência. Em um sistema de comunicação, para que se obtenha maior
imunidade a ruído é necessário que se aumente o nível de potência do sinal.
Entretanto, o quanto o nível do sinal deve ser aumentado para que se obtenha
determinada qualidade (ou seja, uma taxa de erro de bit aceitável) em um
sistema digital depende da técnica de modulação empregada. A eficiência de
potência (também chamada eficiência de energia) é uma medida do quão bom é
o compromisso entre qualidade e potência do sinal, e é frequentemente expressa
como a razão entre a energia por bit e a densidade espectral de ruído (Eb
/ N0) necessária na entrada do receptor para que se obtenha uma dada
probabilidade de erro máxima. [1]
Eficiência de uso da banda
refere-se à capacidade do esquema de modulação de acomodar dados (bits) em
uma banda limitada. De maneira geral, quando aumenta-se a taxa de transmissão,
a largura de pulsos diminui, aumentando a faixa de freqüências ocupada pelo
sinal. Dessa forma, há uma relação intrínseca entre taxa de transmissão de
dados e banda ocupada. A eficiência de uso da banda é definida como a razão bits
por segundo por hertz, ou seja, taxa de transmissão por banda. Chamando de
R a taxa de transmissão em bits por segundo, e de B a banda ocupada pelo sinal
de RF modulado, a eficiência de uso da banda é dada por: [1]
(2-29)
A capacidade do sistema é
grandemente influenciada pela eficiência de uso da banda, uma vez que um valor
mais elevado de hB
significa que mais dados poderão ser transmitidos em um mesmo espectro alocado.
Porém, há um limite para o aumento da eficiência de uso da banda. O Teorema
de Shannon mostra que, para uma determinada probabilidade de erro muito pequena,
a máxima eficiência de uso da banda possível está limitada pelo ruído do
canal, e é dada pela fórmula : [1]
(2-30)
onde :
C - capacidade
máxima do canal, em bits por segundo
B - banda
de RF
S
/ N - relação sinal-ruído.
Ou seja, dado um valor máximo de
S/N que pode ser obtido na comunicação, há um limite para a máxima taxa de
transmissão, C, através de uma banda limitada, B.
Modulações binárias, como FSK (frequency
shift keying) e PSK (phase shift
keying), são relativamente robustas e de implementação simples, mas são
ineficientes em termos de uso da banda. Nesse sentido, modulações multinível
são preferidas, apesar de seu desempenho inferior no que diz respeito à taxa
de erro de bit. Como exemplo, considere-se uma taxa de B kbits/s através de um
canal. Se agora unirmos os bits em pares 00, 01, 10 e 11, e a eles denominarmos
de símbolo 0, 1, 2 e 3, respectivamente, a taxa de símbolos será dividida por
um fator 2 (antes símbolos eram bits, agora são pares de bits), com uma
correspondente diminuição, pelo mesmo fator, da banda ocupada. Por outro lado,
se nada for feito, a BER será degradada, pois agora existem mais níveis a
serem distinguidos na recepção (e mais próximos uns aos outros), aumentando a
probabilidade de erro. [5]
A partir do que foi exposto no parágrafo
anterior, pode-se entender o compromisso frequente que se faz entre eficiência
de potência e eficiência de uso da banda. Exemplificando, ao se acrescentar códigos
de deteção e/ou correção de erros, é aumentada a banda ocupada (reduzindo a
eficiência de uso da banda); porém, o nível de sinal requerido na recepção,
para uma mesma taxa de erro, é diminuído (pois agora tem-se os códigos, que
tornam a comunicação mais robusta). Então, foi trocada eficiência de uso da
banda por eficiência de potência. Por outro lado, esquemas de modulação
multinível diminuem a banda ocupada, mas aumentam o nível de recepção necessário
(para manter uma mesma taxa de erro de bit). Dessa forma, é trocada eficiência
de potência por eficiência de uso da banda. [1]
Uma
observação a ser feita é que, embora a taxa de erro de bit dê uma boa
informação a respeito do desempenho de determinado esquema de modulação, ela
não dá informação a respeito do tipo de erro, por exemplo erros em rajada.
Em comunicações móveis, esse é um fator importante, pois os desvanecimentos
acentuados podem gerar perda completa do sinal. Uma outra forma de se medir o
desempenho do esquema de modulação quanto a erros é através da probabilidade
de falha (outage), onde uma falha é
dada por uma determinada quantidade de bits errados em uma transmissão. [1]
Para uma ampla penetração de
sistemas celulares, a complexidade e, portanto, o custo dos terminais devem ser
minimizados. Para tanto, um esquema que seja de simples deteção é o mais
atraente. O desempenho do esquema de modulação em condições de
desvanecimento rápido e de dispersão temporal por multipercursos é outro
fator importante. E, por fim, em sistemas celulares, onde interferência é um tópico
fundamental, o desempenho da técnica de modulação sob esse aspecto é de
extrema importância. [1]
2.1.1.1.
Técnicas de modulação digital
Quando se transmite um feixe
digital, o sinal original é convertido em uma forma analógica A(t) cos (wt + q).
As características desse sinal são amplitude, freqüência e fase; dessa
forma, pode-se alterar qualquer uma dessas três características para se
formular um esquema de modulação (como nas modulações analógicas). As três
formas básicas de modulação usadas na transmissão de sinais digitais são :
-
Chaveamento de amplitude (amplitude shift keying) – ASK;
-
Chaveamento de freqüência (frequency shift keying) – FSK;
-
Chaveamento de fase (phase shift keying) – PSK.
Se w e q
permanecem inalterados, tem-se ASK. Quando A(t) e q
não são modificados, tem-se o FSK binário, ou M-ário. Finalmente,
quando A(t) e w não são alterados, é obtido o PSK binário, ou M-ário. Há
ainda os esquemas híbridos, onde duas características são alteradas a cada
novo símbolo. O método híbrido mais comum é obtido fixando-se w e fazendo
variar A(t) e q.
O esquema assim produzido é conhecido por Modulação de Amplitude em
Quadratura (Quadrature Amplitude Modulation) – QAM. Cada um dos esquemas de
modulação obtidos resultam em diferentes mecanismos de transmissão e recepção
(mais ou menos sofisticados), diferentes larguras de banda ocupada e diferentes
taxas de erro. [8]
2.1.1.1.1.
ASK
Na técnica ASK, a modulação
ocorre através de mudanças na amplitude da portadora. É transmitido um de
dois sinais: s0(t) = 0, para o binário “0”
e s1(t) = A cos
(w0t), para o binário “1”.
É possível agrupar-se bits em símbolos,
de forma a se obter esquemas ASK M-ários, porém esses esquemas não são muito
usados pelo fato de outros esquemas apresentarem melhor desempenho quanto à
taxa de erros. [8]
As altas variações de amplitude devido a desvanecimentos rápidos presentes
nas comunicações móveis, fazem com que esse tipo de esquema não tenha
utilidade prática [9].
2.1.1.1.2.
PSK
Esse esquema baseia-se na alteração da fase da portadora, de acordo com
a informação a ser transmitida.
O
esquema de modulação PSK oferece boa flexibilidade em termos de compromisso
entre banda necessária e taxa de erro, gerando assim uma grande variedade de
esquemas de modulação com base no PSK original.
No
PSK binário, a representação dos bits se dá da seguinte forma: s0(t)
= A cos (wt), para o bit “0” e
s1(t) = A cos (wt + p),
para o bit “1”. Em um esquema de modulação PSK M-ário, são necessárias
M diferentes fases, sendo que a cada log2M bits é gerado um símbolo,
transmitido através de um sinal da forma A cos (wt + qj ), j = 1, ..., M. [8]
A
seguir são apresentadas algumas técnicas que se usam do conceito PSK.
BPSK
Esse é o esquema PSK binário já
citado. Apresenta o mesmo desempenho quanto à taxa de erros obtido pelo esquema
ASK. Isso pode ser explicado pelo fato de que, representando-se os sinais BPSK
da seguinte maneira: s0(t) = A cos (wt) e s1(t)
= -A cos (wt) , nota-se que o BPSK é constituído de sinais ASK com amplitude A
e –A. [8]
QPSK
Esquema PSK em quadratura. É criado
através da definição de quatro sinais, defasados de 900. Cada uma
das quatro fases possíveis representa dois bits de informação (22
= 4), ou seja, há dois bits por símbolo. A representação geral de um
conjunto de sinais com modulação QPSK é da forma : [5]
si (t) = A cos [ wt + (i-1)p/2 + l] (2-31)
onde
:
i
= 1, 2, 3, 4
l - fase
inicial.
São gerados, dessa forma, sinais
com fases l,
l+p/2, l+p
e l+3p/2.
Definindo
fi como sendo a fase instantânea :
(2-32)
Assim,
si (t) = A cos (wt + fi) (2-33)
e expandindo o cosseno da equação,
tem-se
si (t) = Ii A cos (wt) – Qi A sen (wt) (2-34)
onde :
(2-35)
O sinal pode ser visto então como
duas portadoras em quadratura, com amplitudes A cos fi e A sen fi . [5]
A
probabilidade de erro no esquema QPSK é a mesma do esquema BPSK. Então, se
comparado ao BPSK, o QPSK provê o dobro de eficiência de uso da banda (insere
dois bits em um símbolo) e a mesma eficiência de energia (mesma probabilidade
de erro). [5]
Esquemas
QPSK melhoram a eficiência de uso da banda, porém, requerem deteção coerente
(recuperação de informação de freqüência e fase da portadora [1]). Em ambientes sujeitos a desvanecimentos multipercurso (típico dos
ambientes de comunicação celular), o uso de demodulação coerente resulta, em
geral, em um pobre desempenho se comparado a demodulação não-coerente. [8]
Através
da simples rotação da constelação, pode-se obter diferentes conjuntos de
sinais QPSK.
OQPSK
Técnica QPSK com offset.
Essa técnica surge devido à necessidade de que os sinais QPSK sejam
amplificados apenas por amplificadores lineares, caso contrário há a geração
de lobos laterais, levando ao alargamento do espectro ocupado. Porém,
amplificadores lineares são menos eficientes. Daí o surgimento da técnica
OQPSK, que é menos susceptível aos efeitos de alargamento espectral,
permitindo amplificação mais eficiente, através de amplificadores não-lineares.
[1]
O
offset vem do fato de que,
diferentemente do QPSK, onde os bits dos feixes que serão modulados em fase e
em quadratura possuem transição no mesmo instante de tempo, no OQPSK os bits
relativos ao feixe em quadratura sofrem um deslocamento no tempo em relação
aos bits do feixe em fase, de meio período (metade da duração de um símbolo).
[1]
No
esquema OQPSK o sinal ocupa a mesma banda ocupada no esquema QPSK, possuindo,
inclusive, o mesmo espectro. A vantagem é que o esquema OQPSK mantém sua
natureza de limitação em banda mesmo após amplificação não-linear, sendo
muito atraente para comunicações móveis, onde limitações de banda e uso de
amplificadores não-lineares eficientes, para o baixo consumo de energia, são
críticos. [1]
p/4 QPSK
Esse esquema apresenta a mesma
característica de preservar o envelope constante apresentada pelo QPSK, porém
o faz de forma melhorada. Uma qualidade muito importante desse esquema é que
seus sinais podem ser detectados de forma não-coerente, simplificando o projeto
do receptor. Além disso, observa-se que na presença de espalhamento temporal e
desvanecimento por multipercurso, o p/4 QPSK tem melhor desempenho que o OQPSK. [1]
Nesse
esquema, os pontos que representam símbolos, são escolhidos de duas constelações
QPSK deslocadas de p/4
entre si. Através de um esquema de alternância na escolha das constelações,
o receptor realiza recuperação de relógio e sincronização. Pela forma
particular como é feita a modulação nesse esquema, a informação está
completamente contida na diferença de fase entre dois símbolos adjacentes.
Devido a essa característica, é possível que se realize deteção diferencial
mesmo que não se use codificação diferencial na modulação. Em canais com
baixa taxa de transmissão e sujeitos a desvanecimentos rápidos, a deteção
diferencial provê patamares de erro mais baixos. É comum o uso desse esquema
na sua forma diferencial (p/4
DQPSK), para facilitar a implementação de deteção diferencial. [1]
DPSK
É um esquema PSK não-coerente, ou
seja, evita a necessidade de informação coerente de portadora na recepção.
Possui a vantagem de que receptores não-coerentes são mais baratos e simples
sendo, portanto, amplamente usados em comunicações móveis. Porém, o esquema
DPSK possui a desvantagem de que sua eficiência de potência é cerca de 3 dB
abaixo da eficiência do PSK [1],
ou seja, para uma mesma taxa de erro, necessita de nível 3 dB acima do PSK não-diferencial.
l DQPSK
Na modulação DQPSK os símbolos são
transmitidos através de variações na fase (característica dos esquemas PSK
diferenciais) e não através de valores absolutos de fase. Pode ser vista como
uma versão não-coerente do QPSK que, conforme dito, necessita de demodulação
coerente.
Para
a compreensão do esquema l
DQPSK, primeiro será explicado o funcionamento do BPSK diferencial, DBPSK.
Nesse esquema, de maneira geral, um bit “0” é enviado através do
deslocamento da fase de l
(por exemplo, 0) radianos. Para o envio do bit “1”, a fase é deslocada de l + p
(seguindo o mesmo exemplo, p)
radianos. Em um esquema l
DQPSK, os deslocamentos de fase relativos são l, l
+ p/2,
l + p
e l
+ 3p/2, onde l
é usualmente 0 ou p/4.
[5]
As
técnicas baseadas em PSK descritas têm a característica de requererem alta
linearidade na modulação e amplificação do sinal
de RF antes da transmissão (são também conhecidas por técnicas de
modulação linear). Têm a vantagem de apresentar maior eficiência de uso da
banda se comparadas às técnicas descritas a seguir. [9]
Os
esquemas que serão agora apresentados, conhecidos por técnicas de modulação
de fase contínua, evitam a necessidade de linearidade de amplificação,
permitindo o uso de amplificadores mais eficientes. [1],[9] O sinal modulado ocupa uma
faixa estreita (a irradiação fora da banda é da ordem de –70 dB a –60 dB [1]
) embora, por outro lado, essas técnicas apresentem menor eficiência de
uso da banda. [9]
Se eficiência de banda é mas importante que eficiência de potência,
esses esquemas de modulação não são indicados. [1]
2.1.1.1.3.
BFSK
Nesse esquema de modulação, a
freqüência do sinal transmitido é alterada conforme o sinal modulante da
seguinte maneira: s0(t) = A cos (w + Dw)t,
para o bit “0” e s1(t)
= A cos (w - Dw)t,
para o bit “1”.
O esquema BFSK tem o mesmo
desempenho que o ASK em termos de Eb / N0 . A
probabilidade de erro de bit em ambos os esquemas de modulação é dependente
apenas da relação Eb / N0, de forma que o BFSK tem, então,
o mesmo desempenho que o ASK quanto à probabilidade de erro de bit. Permite
deteção não-coerente. [8]
2.1.1.1.4.
MSK e
GMSK
MSK
(Minimum shift keying) e GMSK (Gaussian
Minimum shift keying) são dois casos especiais da técnica FSK, nos quais a
informação de fase do sinal recebido é explorada de tal forma que há um
aumento considerável no desempenho quanto a ruído. Em ambos os casos, cada símbolo
é identificado por uma freqüência de portadora. [5]
MSK
MSK é uma técnica FSK com índice
de modulação 0,5. O índice de modulação FSK tem definição semelhante à
do índice de modulação de FM: kFSK
= (2Df)
/ Rb , onde Df
é o desvio máximo de freqüência e Rb é a taxa de bit. [1]
A
Figura 2-17
[1]
mostra que o espectro MSK tem lobos laterais mais baixos que o QPSK e o OQPSK.
No QPSK e no OQPSK, 99% da energia está contida em uma faixa de freqüências
cerca de sete vezes maior que a ocupada pelo MSK (para a mesma percentagem), ou
seja, o MSK possui maior eficiência na ocupação do espectro (espectro mais
estreito). A figura também mostra que o lobo principal do MSK é mais largo que
o dos outros dois esquemas e, portanto, se comparados em termos de banda até
primeiro nulo, o MSK é menos eficiente que as técnicas PSK. [1]
Sinais
MSK podem ser amplificados usando-se amplificadores não-lineares de alta eficiência.
Uma outra vantagem reside no fato de que o MSK tem circuitos simples de
sincronização e demodulação. Quanto à probabilidade de erro, a técnica MSK
tem desempenho igual à técnica QPSK. [5]
Figura 2-17 - Espectro MSK, QPSK e OQPSK
fc é a freqüência da portadora
GMSK
A técnica GMSK realiza a modulação
utilizando pulsos de formato gaussiano. O GMSK é uma extensão do MSK, onde a
amplitude dos lobos laterais é reduzida ainda mais. [1]
Com
essa técnica, consegue-se maior diminuição na banda ocupada porém, como o
pulso usado não satisfaz ao critério de Nyquist de cancelamento de interferência
intersimbólica, há uma degradação no desempenho. Dessa forma, quando o
esquema GMSK é usado, deve ser estabelecido um compromisso entre banda de RF
desejada e interferência intersimbólica aceitável. [1]
É
uma técnica muito atraente por possuir excelente eficiência de potência (por
ter envelope constante, como o MSK) e por sua grande eficiência na ocupação
do espectro (maior que a alcançada pelo MSK) [1].
As
técnicas MSK e GMSK são especialmente atrativas para comunicações móveis
dadas as suas características de redução de interferência de canal adjacente
(espectro estreito) e alta eficiência de potência (levando a baixas taxas de
erro).
A
Tabela
2-1 [9], a seguir, faz uma comparação entre alguns dos esquemas de modulação
descritos.
Modulação |
eficiência
de uso da banda (bps/Hz) |
relação
sinal-ruído requerida (dB) |
BPSK |
1 |
11,1 |
QPSK |
2 |
14,0 |
PSK (16 níveis) |
4 |
26,0 |
MSK (2 níveis) |
1 |
10,6 |
MSK (4 níveis) |
2 |
13,8 |
Tabela 2-1 - Comparação entre algumas técnicas de modulação
Como
considerações finais, pode-se dizer que: se maior eficiência de uso da banda
e equipamentos de complexidade razoável são pontos chave, esquemas como QPSK e
p/4 QPSK são boas escolhas. Por outro lado, se aumento de isolamento
espectral e uso de amplificadores não-lineares são questões importantes, e o
aumento de complexidade de equipamento não é de grande importância, o GMSK é
a melhor solução. Um aumento de eficiência de uso da banda pode ser obtido
usando-se técnicas de codificação adequadas. [9]